sexta-feira, março 08, 2013

A FARSA: notas dos professores e dos alunos em Portugal



Em Portugal, a avaliação dos professores e a dos alunos são uma (duas) farsas. Ainda me lembro de quando eu andava a estudar e a avaliação se fazia com ofertas de presuntos e perus. E garrafões de vinho, sobretudo nos exames de fim de ciclo. Agora mudou... já nada se paga em géneros.

E ainda estamos a anos-luz da honestidade avaliativa. A começar pelos critérios ambivalentes do Ministério da educação.

É suposto haver muito sucesso escolar (leia-se boas notas dos alunos) e há. Há notas fabulosas nas disciplinas não sujeitas a exame, é mesmo frequente não haver uma única negativa. E haver notas elevadíssimas, que não são sujeitas a comparação com nada. Exceto a comparação com as disciplinas que têm exame nacional.

É um caso diferente: se os professores reprovarem muitos alunos, os poucos que vão a exame terão notas boas. O ranking será bom. E o Ministério, bem como os jornais que fazem rankings, ignoram o enorme insucesso escolar dessas escolas que têm sucesso nos rankings. Porquê? Porque se consideram alunos externos aqueles que estão matriculados a tudo, menos Às disciplinas de exame.

Não são nada externos, são internos. Mas não contam para o ranking.

E querem avaliar os professores em função desta completa trapalhada?

A OCDE parece não achar bem a avaliação dos professores. Para quando uma análise com um mínimo de rigor?
COMO DIZ AQUI

Estamos todos muito fartos de farsas e de arranjinhos!
Agora já não são os perus, os cabritos e os garrafões de vinho que dão direito a boas notas, nas disciplinas sem exame: é o medo. 

O medo que guarda a vinha!


quarta-feira, março 06, 2013

Polémica transatlântica: Comissão Europeia Versus Krugman

Não é preciso ser "Prémio Nobel da Economia", como o é Paul Krugman, para nos espantarmos com estas perguntas sem resposta. Pelo contrário. Senão, leiam isto:

“O que surpreende são homens que não sabem nem teoria nem a história de anteriores crises e que estão plenamente convencidos do que fazer na actual; e que a sua confiança nas suas receitas não tenha sido abalada pelo facto de se terem enganado sobre tudo até agora. E, claro, o que é ainda mais surpreendente é o facto de esses homens ainda estarem ao comando”. 
Paul Krugman

Mas a comissão Europeia reagiu mal e abriu polémica. Uma vez sem exemplo, por ter chamado Barata a Ohli Rehn. No post  “Baratas e comissários” do seu blogue. A polémica está para durar. Será que "da discussão nasce a luz"?

segunda-feira, março 04, 2013

Navegadores Portugueses Descobriram Austrália


Mapa Do Século XVI 



Há já muito que os australianos tentam demonstrar que foram os portugueses a descobrir a Austrália. Os portugueses nunca reivindicaram isso, descobriram tanta coisa...

Mas os australianos acusam os holandeses (alegados descobridores, através do navegador Willem Janszoon  - até o nome é parvo), de terem tranformado a enorme Ilha, quase pequeno continente, com uma biodiversidade especial e única, numa imensa colónia penal, para os muitos criminosos. E isto durante muito tempo. Durante séculos, a história australiana foi miserável.

É claro que esta narrativa não é nada invejável como mito das origens de país nenhum. Que chato!

Basta ler um livro interessante, sobre esse tema das colónias penais, ou um filme que retrata uma espécie de escravatura infantil, já no Sec. XX. Se alguém souber o título do filme, agradece-se que diga.

O LIVRO É: O Livro dos Peixes de Gould (CLICAR)

"Cristovão de Mendonça foi o lider de uma expedição de quatro barcos em 1522 que chegou a Botany Bay na Austrália." 

Em breve haverá romances sobre esta desconhecida aventura. Quanto mais desconhecida, mais romanceável.

Quem será esta criatura, Cristóvão de Mendonça? Que navegações terá feito?


domingo, março 03, 2013

JORNAL PÚBLICO: A GRANDE MERETRIZ: sem ofensa para as outras meretrizes


Vou ao ponto de concordar, quando o público de hoje afirma que houve muito menos pessoas na manif do que as declaradas pelo movimento Que se Lixe a Troika. Mesmo ao apresentarem os dados de que dispunham, bastava fazer contas de cabeça para entender que a soma nunca daria um milhão e meio.

Mas é um exagero o mesmo jornal, do mesmo dia, afirmar que a Manifestação teve pouco eco na Imprensa estrangeira, quando tudo indica o contrário.

Houve uma época em que o Público aceitava links para os blogues como comentário às notícias, mas, assim que as críticas subiram de tom, começou a só aceitar comentários a faits divers e depois também acabou com isso.

Fala-se muito desta parcialidade do Público, também no noticiar ou ignorar eventos culturais, mas isto é demasiado óbvio.

Houve uma longa época em que o Diário de Notícias era considerado a maior meretriz (a começar por um p) do país, por estar sempre do lado do poder. Agora foi destronado.


sábado, março 02, 2013

Que se Lixe a Troika - 2 de Março - Lisboa







Algumas pessoas capricharam nos cartazes. Pequenos e simples, mas muito imaginativos. 

Pequenos e simples, porque a Manif não foi convocada por partidos ou sindicatos.
E porque muito deles foram feitos por artistas, muito rapidamente, mas com gosto. Como se vê na última foto.
Havia muitos espanhóis na Manif. Tinham vindo de propósito.
Nunca se viram tantos espanhóis manifestando-se e fotografando tudo, em Lisboa.
E, claro, cantando a Grândola

Que se Lixe a Troika - 2 de Março - Lisboa



A novidade foi aquele aparelhinho telecomandado, que capta imagens,. Creio que é um drone.
E aquelas três amigas, divertidísimas, com os cartazes que lhes deram. Falaram em direto para dois canais, foram fotografadas por mil pessoas, incluindo pessoas espanholas... porque, numa manif triste, estavam alegres.

No Marquês de Pombal havia artistas a fazer estes cartazes para quem quisesse.

E  Lisboa ao fundo: Terreiro do Paço: restauração da estátua de D. José e do Arco da Rua Augusta.

Que se lixe a Troika - Lisboa - 2 de Março




E Lisboa ao fundo, sempre bela.
A 4ª cidade mais bela do mundo: Veneza, Paris, Praga, Lisboa.


GOSTO DESTA SENSAÇÃO: NÃO VALE APENA COMPRAR O JORNAL DO DIA DE HOJE. A MANIF A QUE VOU, SERÁ ACAPA DE TODOS OS JORNAIS DE AMANHÃ. PARTICIPEMOS NO ACONTECIMENTO, AGORA.

sexta-feira, março 01, 2013

PARECE QUE A MANIF DE AMANHÃ VAI SER HISTÓRICA. DEPOIS PONHO AQUI AS FOTOS

ADEUS BENTO XVI. FELICIDADES!





Bento XVI deixa-nos, num ato de humildade e de modéstia que ainda nenhum Papa tinha tido. 
O seu secretário, considerado pela revista Vanity Fair um homem tão belo como o Clooney do anúcio do Nespresso, (a Nadinha não é suspeita de ficar azul só porque um homem é muito bonito, comparado com outros homens, geralmente todos bastante feios :)) é visto nestas imagens completamente rendido (diríamos mesmo, em português vulgar, "derretido") por alguém que claramente admira.


E este mesmo homem bonito, inveja de tantas mulheres, entrou ontem para a clausura, juntamente com o ex-Papa.



Razões que a razão desconhece, ou melhor, motivos que os parolos e as parolas deste tempo nunca poderão compreender, nem que vivam mil anos. Têm a ver com o espírito. 



Têm a ver com a admiração, que é o oposto ou o contraponto da inveja. E quanto ao futuro desta pessoa, muito terá ainda de viver. Não é jovem, tem 56 anos.  Parece jovem. É jovem, só tem 56 anos.



(Qualquer leitor deste blogue saberá que sempre gostei deste Papa, Bento XVI, sendo esta uma das idiossincrasias do blogue Terra Imunda. 


(A Nadinha poderá ser acusada de várias coisas, mas não de falta de personalidade, seja o que for que quer dizer a palavra personalidade). 



:)



Os parolos e as parolas deste tempo julgam que um vestuário muito caro, ou até mesmo só o dinheiro, os livra da falta de nível, de inteligência, de cultura, de personalidade e de tudo.



quinta-feira, fevereiro 28, 2013

"Existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana."

Para corroborar o post anterior:
"Existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana." - Albert Eintein.


Também aqui neste país encontramos esta estupidez infinita, pela segunda vez (pelo menos, o outro foi o caso da Pêpa da Mala, referido neste blogue) em pouco tempo, da parte da gente da moda.



Todos suspeitamos que quem se interessa muito pela moda é fútil e parvo. Depois reconsideramos. E depois de reconsiderarmos, ficamos com a certeza.



Vejamos: uma jovem, Ana Sofia Alves, doente de cancro, conseguiu, através de uma empresa humanitária "Make a Wish", assistir À entrega dos Óscares, sendo entrevistada para televisões Americanas.

Uma blogger de moda decidiu criticá-la por estar mal vestida, na opinião dela. É claro que alguns da área da moda são capazes de fazer tudo para dar nas vistas por estarem bem vestidos. É o caso do tristemente célebre rapaz (não sei o nome) que matou o tipo do jet-set (não me lembro do nome) em Nova Iorque. Já ninguém se lembra do nome dos dois, embora eu até tenha falado algumas vezes com o mais velho. Um parvo qualquer.






Não é o caso de uma menina que esteve muito doente e que cumpriu o seu sonho. Jovem e elegante, tudo lhe fica bem. E tinha muito bom aspeto em Hollywood. Mesmo sem Chánéis e outras pascacices. Conjeturar que essas coisas são necessárias, seja para o que for, é mais uma atitude  provinciana do que uma versão cosmopolita.




Ou seja: as mulheres conquistam direitos, incluindo o de não condescenderem com o gosto imposto pelos outros e estes palermas regridem ao longo da história. 

Somos obrigadas a vestir como os outros acham que está bem e a gastar nisso o couro cabeludo e o cabelo.

Os parolos e as parolas deste tempo julgam que um vestuário muito caro, ou até mesmo só o dinheiro, os livra da falta de nível, de inteligência, de cultura, de personalidade e de tudo.

" E tem marés de fel, como um sinistro mar"

"A dor humana busca novos horizontes
 E tem marés de fel, como um sinistro mar"
(Cesário Verde)


"Existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana."

Albert Einstein


terça-feira, fevereiro 26, 2013

OLÁ! Você já comeu cavalo?

OLÁ! Você já comeu carne de cavalo?

Ou mesmo de égua, ou de póney?

Não confundir com: boi, vaca, vitela, novilho...

Você juraria que nunca iria comer o cavalo, a égua, o pónei, tão giro?

VER AQUI

domingo, fevereiro 24, 2013

Protestar, sim, mas "com termos", sem "passar das marcas"

Dia Dois de Março, vai haver mais uma manif contra o Governo, uma daquelas que prometem arrasar.

O Governo começa a receá-la, ao saber que a CGTP aderiu. E que é espontânea e que usa a Internet.

Desde que este governo está no poder, ou melhor, desde que esta cambada, incluindo o anterior governo, está no poder, vem sendo hábito dizer que as manifestações "passaram das marcas". 

Quais marcas?

O melhor será perguntar a Marcelo Rebelo de Sousa, porta-voz do regime, e Big Brother da angústia de domingo à noite, quais são as marcas.

Até agora, a sociedade portuguesa só mudou quando as manifestações populares "passaram das marcas": revolução de 1383-1385, revolução de 1640, revolução liberal seguida de guerra civil, revolução republicana.

Ia dizer revolução dos cravos, revolução do 25 de Abril, mas, como essa não "passou das marcas", ficou tudo quase na mesma e já estamos a voltar atrás.

Série "Os Tudors"

Passa atualmente no Tv5 Series uma série intitulada Os Tudors, que se calhar já é repetida, pois dá aos domingos de manhã.

Conta a história de Henrique Oitavo e suas mulheres. Henrique Oitavo, o rei que obrigou os ingleses a separarem-se da igreja de Roma para poder abandonar umas esposas e casar com outras, matando as anteriores. Inventou uma espécie de religião adequada aos seus propósitos, sacrificando os que lhe eram contrários, incluindo o escritor, humanista e político Thomas More, considerado santo e mártir pela Igreja Católica, porque foi executado na Torre de Londres, tal como algumas das novas esposas do rei..

E o povo inglês converteu-se.

Apetece perguntar: o que argumentam os ingleses aos filhos, quando estes lhes perguntam por que razão não cortaram a cabeça a esse rei, nem a nenhum rei depois desse, ao contrário do que fizeram os países republicanos.

Aparentemente, os ingleses continuam a considerar que existe uma família inglesa superior a todas as outras famílias inglesas (se calhar até têm razão) e, aparentemente, estão dispostos a converter-se a qualquer outra coisa, para fazer a vontade a essa família.


E ASSIM VAMOS ALEGREMENTE, A CAMINHO DO NAUFRÁGIO DA EUROPA

sábado, fevereiro 23, 2013

Sócrates, O Vampiro: E em Portugal, qual é o preço do sangue?



Esta criatura, José Sócrates Pinto, já foi primeiro ministro de Portugal, tendo deixado o país de rastos.

Agora, depois de ter sugado o sangue dos portugueses e de ter sugado o país até ao tutano, esta criatura anda a vender sangue e "seus derivados"( nada mais apropriado). 

Trabalha para uma empresa suíça, à qual o mesmo referido José Sócrates Pinto (enquanto 1º Ministro de Portugal) deu o monopólio da venda de sangue e "seus derivados em Portugal, a qual empresa foi acusada, no Brasil, de liderar a "Máfia dos Vampiros". 

Esta "Máfia dos Vampiros" vendia o sangue e "seus derivados" a um preço muito elevado, aos brasileiros, que protestaram contra isto e abriram um inquérito. A um preço muito elevado, por ter eliminado a concorrência. Vendia sangue a um povo que ainda não saiu da mais profunda miséria, apesar da recente evolução.



E EM PORTUGAL, QUAL É O PREÇO DO SANGUE? 

TALVEZ SEJA UM PARTIDO? UM PS? UM PSD? WATHEVER?

PODEM CONSULTAR ESTAS DUAS NOTÍCIAS DE HOJE, 23 DE FEVEREIRO DE 2013, UM DIA QUE TAMBÉM FAZ PARTE DA MUDANÇA QUE QUEREMOS VER.


ou no EXPRESSO


ESTE HOMEM É O NOSSO ORGULHO

Ou, para quem não é bom entendedor, 

ESTA CRIATURA É UMA DAS NOSSAS VERGONHAS!

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Fadistas e fadistas. "Esse mundo de fadistas, de faias"

Alguns fadistas, no pior sentido da palavra, (não quer dizer que não cantem bem), andam por aí, no Facebook, a defender este inenarrável governo.

Não admira. Também é este inenarrável governo que os sustenta. Que promove o faduncho do coitadinho. E os outros inenarráveis governos que temos tido.

E o fado, na pior aceção da palavra, é isso mesmo:

"Oh, como eu sou infeliz por ter nascido póóóoóbre!!! Tchum, tchum, tchum tchum!"
"E a minha mãããããe era uma meretriz e o meu pááái era um coveiro e também era arruaceiro e também era um pantomineiro de fáááca na liiiga!" Tchum, tchum, tchum tchum!"

Tudo isto vem a propósito da Grândola: ainda há quem se aflija com uma canção da revolução anterior?
Então, esperem pelas próximas. Fadistas que acham mal cantar a Grândola aos políticos e esses e outros até acham mal as manifestações contra o Relvas... 

As verdadeiras fadistas, as pessoas que nos podem representar enquanto povo, essas não estão com o sistema, essas não têm medo da Grândola e até a cantam.

Que me desculpem os fadistas homens. Deve haver, mas ainda não conheço nenhum homem fadista que não seja "fadista" - o que, no tempo de Eça de Queirós e, para citar as suas palavras , "Esse mundo de fadistas, de faias"


Pois, o fado pode também ser protagonista do humor involuntário, vulgo ridículo.


Vejamos, as próprias palavras de Eça de Queirós, em Os Maias:

"Falou-se logo do crime da Mouraria, drama fadista que impressionava Lisboa, uma rapariga com o ventre rasgado à navalha por uma companheira, vindo morrer na rua em camisa, dois faias esfaqueando-se, toda uma viela em sangue - uma sarrabulhada como disse o Cohen, sorrindo e provando o Bucelas.


Dâmaso teve a satisfação de poder dar detalhes; conhecera a rapariga, a que dera as facadas, quando ela era amante do visconde da Ermidinha... Se era bonita? Muito bonita. Umas mãos de duquesa... E como aquilo cantava o fado! O pior era que mesmo no tempo do visconde, quando ela era chic, já se empiteirava... E o visconde, honra lhe seja, nunca lhe perdera a amizade; respeitava-a, mesmo depois de casado ía vê-la, e tinha-lhe prometido que se ela quisesse deixar o fado lhe punha uma confeitaria para os lados da Sé. Mas ela não queria. Gostava daquilo, do Bairro Alto, dos cafés de lepes, dos chulos...

Esse mundo de fadistas, de faias (*), parecia a Carlos merecer um estudo, um romance... Isto levou logo a falar-se do Assomoir, de Zola e do realismo: - e o Alencar imediatamente, limpando os bigodes dos pingos de sopa, suplicou que se não discutisse, à hora asseada do jantar, essa literatura latrinaria. Ali todos eram homens de asseio, de sala, hein? Então, que se não mencionasse o excremento!"



(*) - [Antigo, Depreciativo]  Indivíduo considerado de baixa condição, desordeiro ou brigão, que frequentava tabernas, tinha modos e falar especiais, e costumava, nos seus folgares, cantar e tocar o fado. = FADISTA 

(in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)


quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Como o bispo de Lisboa e outros foram mortos e lançados da torre da Sé a fundo.


Fernão Lopes, Crónica de D. João I 

 "Como o bispo de Lisboa e outros foram mortos e lançados da torre da Sé a fundo."

"E elles, quando viram que não repicaram na Sé, e que o bispo d'aquella guisa estava na torre e as portas da egreja fortemente cerradas, que as não podiam tão azinha quebrar, houveram escadas e entraram por uma fresta, e foram mui á pressa abertas, e entraram entonce quantos quizeram, sen- do muito poucos, em respeito dos que estavam fora. E a commum voz de todos era que fossem acima ver quem estava na torre, e porque não repicara, como nas outras egrejas •, e se fosse o bispo que o deitassem a fundo. " 
............................................
"A sanha trigava os corações, e com mencoria co- meçaram de bradar, olhando todos pêra cima, di- zendo: Que tardada é essa que vós lá fazeis, que não deitaes esse trédor a fundo ? Já vos tornastes castellãos com elle ? De mais se vos peitou que o não deitásseis, e sois já todos de um accordo ?» Então começaram todos de jurar que se o não deitassem iam acima, que todos viessem a fundo com. elle. "


Ou, mais recentemente:

Rede de Cuidadores confirma denúncias contra bispo

Isto está tudo igual à revolução de 1383- 1385

MIGUEL RELVAS COM EQUIVALÊNCIA A VÍTIMA DO TARRAFAL


MIGUEL RELVAS JÁ TEM NOVA EQUIVALÊNCIA: A VÍTIMA DO TARRAFAL.
NA PRÓXIMA MANIFESTAÇÃO DO 25 DE ABRIL JÁ VAI DESFILAR COM OS SEUS PARES, AS VÍTIMAS DO TARRAFAL SEM EQUIVALÊNCIA.

ESTA EQUIVALÊNCIA FOI-LHE GARANTIDA POR TER PASSADO CERCA DE 15 MINUTOS NUMA UNIVERSIDADE E POR TER SIDO IMPEDIDO DE FALAR.

Fernão Lopes: Lisboa, Revolução: (1383-1385)



Pois, era chato, mas não seria a primeira vez que o povo assaltava os paços de Lisboa. Não com cantigas, mas com lenha e carqueija.

"Alguns deles bradavam por lenha e que viesse lume para porem fogo aos Paços e queimar o traidor e a aleivosa. Outros se afincavam pedindo escadas para subir acima e verem que era doMestre, e em tudo isto era o arruído tamanho que se não entendiam uns com os outros nem determinavam coisa nenhuma. E não somente era isto à porta dos Paços mas ainda ao redor deles, por onde homens e mulheres pudessem estar. Uns vinham com feixes de lenha, outros traziam carqueja para acender o fogo, e cuidavam queimar assim o muro dos Paços, dizendo muitos doestos contra a Rainha"
Fernão Lopes, in Crónica de D. João I