segunda-feira, setembro 28, 2020

As posses das ratazanas: questões filosóficas e legais


 (Foto da Comunicação Social)

Esta ratazana gigante foi condecorada com esta medalha de ouro britânica por ter detetado 67 artefactos, entre minas anti-pessoal e outros explosivos. Detecta-as pelo faro e faz gestos a chamar o homem, o treinador, ela e as suas colegas. Lol. Como são muito leves, o seu peso não faz detonar o explosivo. 

A ideia é muito engraçada, mas levanta uma questão, ou várias, não só filosóficas, mas também legais.

Se as ratazanas podem possuir objetos de valor, como uma medalha de ouro com valor material e simbólico, então, como preservar estes valores?

- Podem as ratazanas queixar-se de que foram roubadas?

- Podem as ratazanas queixar-se de que foram vítimas de excesso de confiança, se alguém ficar indevidamente com a medalha para si?

- Podem as ratazanas deixar estes objetos como herança? A quem?

Já existiu, na história, um julgamento civil contra ratos, em França, os quais ganharam o caso, graças ao extraordinário advogado que os defendia.

Mas ratazanas queixosas, ou herdeiros de ratazanas queixosos, creio que isso não está previsto... nem mesmo nos direitos dos animais...

VER AQUI


Em Autun, diversos roedores foram intimados a comparecer ao tribunal e até tiveram um advogado

segunda-feira, setembro 21, 2020

Medidas contra o Covid, ou o beijo de Judas

As crianças e os jovens estão a ser acusadas de matarem os avós porque lhes deram um beijo: o beijo de Judas... estamos a formar bem a próxima geração! O terror instaurado, não pelo vírus, mas pela comunicação social, a que os políticos têm de obedecer em primeiro lugar, pois as consequências de não o fazer são incertas e ambíguas, já chegou ao ponto de aconselhar o abandono dos mais velhos, avós, para não falar em bisavós. Os avós são mencionados independentemente da idade que têm, pois, se forem professores, podem trabalhar e dar aulas, sem terem idade para constituir grupo de risco. Como professores, podem dar aulas a 28 aluno numa sala de cave, todos encostados uns aos outros, quase sem janelas, como avós, não podem estar na mesma sala em que está a netarrada, pois podem morrer e ser mortos pelos netos. Estes netos irão carregar pelo resto da vida a culpa de terem provocado a morte de alguém, alguém, neste caso, que os amava. 
Quem ganha com isto, no mundo? Será apenas estupidez?
 Aconselho a leitura do site do Facebook Médicos pela Verdade, que tentam ir contra a corrente e explicar científicamente os factos que ocorrem.

Médicos pela Verdade (clicar no link).


quinta-feira, agosto 13, 2020

Furnas, o Gabinete das Maravilhas






Continuando no “gabinete de maravilhas” que é esta terra, Furnas, encontramos fontes de água.

De uma delas sai água ferver, supus a mão, escaldou, não deu para provar, por falta de vasilha,

Pondo  mão na outra, era fria, mas parecia vulgar.

A terceira tinha água azeda. e corre dália um rio amarelo, creio que são águas ferrosas.

As pessoas da terra aproveitaram logo tudo isto. Vendem espigas de milho, cozido nas caldeiras, que têm água a ferver. Alguns restaurantes fazem um prato, a que chamam cozido das Furnas, em que a panela é enterrada e aquecida pela terra quente. 

Um e outro acepipe não prestam para nada em termos de sabor, mas ambos têm graça.

Há uns sítios par tomar banho em água quente, como a Poça da Dona Beija, mas estavam desativados devido ao Covid.

É tudo muito colorido.


Enfim, esta terra pode ser considerada o que so antigos chamavam Gabinete das Maravilhas ou Cabinet de Curiosités, ou ainda Gabinete de Curiosidades. 

Eram coleções de coisas fantásticas, que mais tarde vieram a dar origem aos Museus,

quarta-feira, agosto 12, 2020

Furnas, Açores

                   





Esta terra, chamada Furnas, na ilha de são Miguel, nos Açores, é verdadeiramente espantosa!

Ao aproximarmo-nos, notamos nuvens de fumo a saírem de muitos sítios ao mesmo tempo, Imaginams, claro, várias fogueiras, ou então casas à moda antiga, com lareiras e chaminés. Ao aproximarmo-nos, vemos que o fumo sai da terra.


Logo ao lado, vemos buracos no chaço de onde sai água a ferver, ou mesmo algo que parece enxofre, muito amarelo. Há um intenso cheira  enxofre.


Dizem-nos, então, os cartazes que estão expostos, que o sítio que vemos era  cratera de um vulcão já extinto. Mas não muito extinto.



Continua

segunda-feira, agosto 03, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: viajar de Portugal para os Açores ou de como Kafka tinha carradas de razão

Venho outra vez ao computador grande para imprimir em papel (!) o registo 9886 do "seu inquérito preenchido com sucesso"! A pedido dos "Azores", que me estão sempre a escrever.
Por via das dúvidas, enviei o inquérito duas vezes e ainda fiz print screen, portanto, também tenho o processo kafkiano 9883.
E pedem papéis impressos, numa altura em que já nem há papéis. E os papéis podem ter Covide!!!
Para ir à Índia, que é muito longe daqui, só tive de levar uns papelitos dobrados numa bolsinha, para ir aos Açores, que eu pensei que fossem em Portugal, tenho de levar um processo pouco mais pequeno do que o processo do José Sócrates, que o Ivo Rosa está atentar digerir há meses.
E ainda tive de comprar um tinteiro novo para a impressora.
E preencher o inquérito online, fora os 2 inquéritos que vou levar em papel e que ainda não preenchi? Em que hotel fica? Em que freguesia fica esse hotel? Há umas 10 freguesias em Angra do Não Sei Quê e eles é que sabem em que freguesia fica... sei lá!
Tenho a sensação de me ir meter numa terriola. Atrasada.Será?
Ah, o teste Covide deu algo como "não foi detetado", mas existem mais duas hipóteses: foi detetado, foi inconclusivo. Neste último caso, fica-se de quarentena até dar conclusivo, talvez para o inverno.
Poucas vezes na vida me senti tão idiota como quando percebi que, para ajudar a economia portuguesa, em vez de ir para Itália, para onde fui nos últimos 5 anos, ou para o Algarve, para casa de uma amiga onde não gastara aum cêntimo, decidi ir para esta terra. Onde ainda não tinha ido, por várias razões não menos válidas. Quase inconfessáveis.

domingo, agosto 02, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: a ditadura do Big Brother e assim se comem os tolos


Vamos acabar por morrer todos de fome, metidos dentro de casa sem ir trabalhar, felicíssimos por morrermos de perfeita saúde.
Mas não fazemos falta nenhuma, seremos substituídos por robôs que não comem comida nem usam dinheiro. E que trabalham melhor do que nós, porque não cometem erros, nem adoecem, nem se baldam, não têm preguiça nem exigências.
Sim, continuemos assim... Distraídos e entretidos com programas inenarráveis na televisão. Hoje, fim do Big Brother, vai ficar tudo grudado no écran e não, não é ironia, embora, no livro 1884, onde foi inventado o Big Brother, ficasse toda a gente grudada ao écran a ser enganada pelo... Big Brother! Leiam o livro. de George Orwell.
E quem tiver opiniões diferentes, ou melhor, quem tiver opiniões, irá para a fogueira, como nos tempos antigos...
Dizem-me que hoje, na praia, viram passar aviões com faixas anunciando o último dia do Big Brother.

sábado, agosto 01, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: os pobres também serão proibidos de ter animais domésticos

Qualquer dia, por haver tanta exigência no tratamento dos animais de estimação, um pobre vai preso, ou é trucidado pelo povo, por ter um cão ou um gato.
Por não o alimentar melhor do que se alimenta a si, por não lhe dar proteção médica e medicamentosa, tal como na as dá a ele mesmo...
- Onde é que estão as vacinas?
- As do gato, ou as minhas? Não tenho.
- E a alimentação adequada?
- Só comemos pão sem nada e sopa do Pingo Doce fria.
- Quer matar o cão? !!!
Mas eles comem o mesmo que nós comemos, eu e o meu filho. Sopa fria porque não temos dinheiro para pagar o gás... há sempre uma senhora que nos paga um balde de sopa com batata...
- Que horror!!! Vamos fazer queixa de si por maus tratos a animais!!!!

sábado, julho 25, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: opiniões para quê?




Porém, em Inglaterra... a máscara pode ser útil, afinal!

Em Portugal, pelo contrário, não se discute nem se questiona nada: nem a obrigatoriedade do uso da máscara, nem os direitos e liberdades e garantias individuais, nem coisa alguma...

Uns cumprem as regras de form acéfala, outros baldam-se de forma não menos acéfala. Opiniões para quê???? Afinal, temos uma imensa massa acrítica... acéfala...

Banksy colocou uma série de imagens de ratos com máscara, alegadamente por ser a favor do seu uso, mas um a favor muitíssimo irónico.

Vemos pessoas a serem advertidas por anónimos porque se esqueceram da máscara, vemos uma notícia em que uma senhora, suspeita de estar infectada com Covid, recusa fazer mais testes e vai para casa, mas é imediatamente perseguida pela polícia. Nada disto gera polémica neste país à beira-mar plantado, tal como não gera polémica que os fundos comunitários tenham enriquecido e vão enriquecer meia dúzia de nababos.

O fundospara ressarcir vítimas de incêndios vão para pessoas que nunca foram vítimas de nada e que, bem ao contrário, são videirinhas. E simpáticas. E pouco críticas.

(Fotos retiradas da Internet.
1. Tim Shieff, campeão mundial de freerunner
2. A segunda retirada da Internert, também em Londres.)

quarta-feira, julho 22, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: PETS, "tutores" e etc.


Qualquer dia, por haver tanta exigência no tratamento dos animais de estimação, um pobre vai preso, ou é trucidado pelo povo, por ter um cão ou um gato.
Por não o alimentar melhor do que se alimenta a si, por não lhe dar proteção médica e medicamentosa, tal como na as dá a ele mesmo...
- Onde é que estão as vacinas?
- As do gato, ou as minhas? Não tenho.
- E a alimentação adequada?
- Só comemos pão sem nada e sopa do Pingo Doce fria.
- Quer matar o cão? !!!
Curiosamente, o pet gosta tanto deste dono, como gostaria se ele fosse dono de um palácio.
Com a diferença de que os donos dos palácios não gostam muito de cães e gatos vadios... e que teria morrido de fome se estivesse à espera de donos milionários.
Aliás, "tutores".

segunda-feira, julho 13, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: quantos ratos, quantas formigas?




Quando vim viver para Lisboa, há muito tempo, porque passava por aqui a caminho do Algarve e ficava sempre deslumbrada com tanta beleza, chocou-me particularmente aquilo que nada tinha a ver com a beleza pura, estética: uma certa mesquinhez inquisitorial, ou digamos pidesca, um provincianismo que nunca me teria passado pela cabeça, ao ponto de haver cafés, como existe ainda hoje o célebre Galeto, que eram considerados lugares de engate, como se estivéssemos numa vilória, com lugares marcados para gente impura e para gente decente. Lugares de imoralidade... de ignomínia...

Chocou-me o não ver uma diferença imensa entre uma capital europeia e uma terriola do “interior”, que eu conhecia bem.

Impressionou-me também, pelo lado do ridículo, um fator curioso: era nesse tempo Presidente da Câmara de Lisboa aquele marido da mulher do já então falecido Sá Carneiro. Creio que o Presidente se chamava Abecassis, como a mulher.

Espalhados por todo o lado, havia cartazes enormes com uma mensagem que era algo deste género: A Câmara de Lisboa já conseguiu exterminar milhões de ratos. Diziam mesmo um número aproximado, vamos supor, 5 milhões, 100 milhões…

Tinha uma imagem com muitos ratos, representados como figuras antipáticas. 
Ponho-me a pensar: e se fosse hoje? Se fosse hoje pré-covid, ou seja, ontem, e se fosse hoje, ou mesmo após a pandemia, (pois haverá um pós-pandemia)?

Bem, se fosse hoje, haveria os que tinham muita pena dos ratinhos mártires, haveria o PAN, sigla que nada parece ter a a ver com PANdemia, a não ser o próprio PAN que é uma espécie de epidemia… haveria os artistas a protestar contra tal feiura de cartaz, que terá custado muito dinheiro à dita autarquia… haveria os vegetarianos a reclamar, os budistas e os hindus, enfim, não seria possível.

Como não é politicamente correto falar destas coisas, existem atualmente em Lisboa muitas pragas: de ratos, de baratas, de formigas…. milhões de milhões de bichos que, alegadamente, de acordo com essa teorias, se forem mortos, irão talvez encarnar em bichos ainda piores… para nos atazanarem ainda mais. Então, mais vale não falar muito no assunto.
Afinal, ainda nos falta o mosquito do dengue, que talvez emigre para cá em breve.

Lidemos com os ratos, as formigas, as baratas de esgoto e as baratas alemãs, como se vivêssemos num terriola do terceiro mundo (Ah, não se diz terceiro mundo), enfim, como é que se diz????

Alguém sabe?

(Imagem: rato sem máscara, Bansky, Street Art)

domingo, julho 12, 2020

Diário da quarentena e do desconfinamento: o Reino de Portugal e dos Algarves


Quando vivi em Portimão, um dia fui ao melhor restaurante de lá do sítio, com uns amigos, festejar o aniversário de uma amiga. Era grande, com muitas mesas, mas quando chegamos estava quase vazio. Que bom! 
Depois de o restaurante encher completamente, fomos os últimos a ser servidos, porque éramos os únicos portugueses. Fomos também os últimos a sair, com o restaurante quase vazio. Nunca mais lá fomos, claro, nem a comida nos soube bem naquele dia.
Agora que os ingleses não podem vir para Portugal, pode ser que, no Algarve, aprendam a cativar os portugueses, sejam eles turistas ou residentes.



Pode ser que o 
Reino de Portugal e dos Algarves se torne agora mais português.


sexta-feira, julho 10, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: Será que nos podemos passar dos carretos por causa do Covid?

Hoje numa frutaria de nepaleses, as frutarias em Lisboa são quase todas de indianos e de nepaleses, depois de terem pertencido a chineses, uma senhora portuguesa com ar de tia (de Cascais) perguntou-me por que razão uma cartela que dizia abacate estava no sítio das ameixas. Fiz-lhe ver que a cartela estava no sítio dos abacates e que havia outra no sítio das ameixas, que dizia: Ameixas.

Logo a seguir, ao balcão, estava mesma senhora atirar uma manga de mão para mão, como fazem os malabaristas. Ri-me, não apenas porque a senhora ainda não tinha pago e portanto estava a correr o risco de atirar para o chão a fruta sem a pagar, mas sobretudo porque descobri hoje que há uma palavra inglesa para dizer isso, sem tradução para português: joggling, ou to joggle. Nós temos os substantivos: malabarismo e "jogos malabares". Gosto destas diferenças entre as línguas, que têm, necessariamente, uma história.
Respondi, portanto, a rir, que a senhora poderia sempre encontrar emprego no circo, se não conseguisse noutra parte.
Qual não foi o meu espanto, ao ouvir a senhora diz que não quer levar aquela manga, porque está pisada. A nepalesa que, como os seus conterrâneos, costuma ter uma calma oriental, esotérica, começou a protestar, dizendo que tinha sido senhora a pisar a fruta. A senhora encolheu-se, mas não respondeu nem voltou atrás. Por mim, julguei ter ouvido mal, por causa da máscara.

Concluo, talvez, isto: dizem que o Covid 19 também ataca o cérebro e então, talvez tenhamos de nos habituar a situações insólitas, disparatadas e absurdas, como esta, que até parece uma anedota de loiras ou de "tias de Cascais" ...

quinta-feira, julho 09, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: Bolsonaro com Covid 19, porquê e para quê?




Então parece que o Bolsonaro se queixou de estar com Covid porque o filho estava a ser julgado por corrupção.
Resultou, aqui em Portugal e no mundo estava toda a gente a falar do pai, ninguém ouviu falar do filho...


Diário do confinamento e do desconfinamento: correr com a clientela

Sempre houve vendedores de lojas que não gostam de vender nada porque não gostam de trabalhar. Correm com os fregueses a grande velocidade e rapidamente levam à ruína um estabelecimento que lhes seja entregue, mesmo se antes era próspero. 

  • Sei lá, vá lá ver. Tem lá um papel que explica tudo. Quer saber o preço? Então vá lá buscar a coisa é traga-a cá. Depois, leve-a outra vez...

Agora há um outro tipo de vendedor que corre com os fregueses. Adora vender, é dono da loja, mas tem um tal terror do coronavirus que grita histericamente quando alguém se esquece da máscara, ou quando entram na loja mais um cliente do que o recomendado, afugentando para sempre a clientela. Que acha estranha aquela gritaria em vez da grande simpatia anterior. 

terça-feira, julho 07, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: Vem aí a peste negra medieval e a Inquisição





Foi recentemente confirmado um caso de peste negra na China.
Não é tão cedo que deixaremos de usar máscaras, distanciamentos, proibições de toda espécie.
A seguir à peste negra medieval, que mais pestes medievais virão aí?
Talvez a Inquisição, que já se anuncia.


Imagens da Internet: Máscaras usadas para evitar a peste negra: o bico continha ervas aromáticas.


Diário do confinamento e do desconfinamento: abraços não, turistas, sim. Aos molhos!

Clandestinamente já se dão e sempre se deram abraços não virtuais. Abraços reais: de carne e de músculos e de suor e de odores. e de corpos gelados ou febris.
Não me venham com conversas de que queremos cá os ingleses aos molhos, mas que eu não posso abraçar um aluno que vi há bocado e que me queria abraçar e eu a ele. Só pudemos falar a 2 metros de distância e de máscara.
Mas a distância entre os alunos é de um metro... os professores mais velhos, ainda que diabéticos e hipertensos, podem trabalhar, etc.
Vocês não veem isto? Não me ouviram protestar mil vezes? Mas diziam que eu não tinha razão.

segunda-feira, julho 06, 2020

Diário da quarentena e do desconfinamento: Os Doentes Imaginários (de Molière, por exemplo)

Estou em crer que, embora tenham morrido mais algumas pessoas por Covid ( até agora, em Portugal, só 1600, o que é cerca de metade das que morrem com gripe em Portugal todos os anos), embora morram mais pessoas por outras doenças porque têm medo de ir ao hospital, embora morram muitas pessoas por medo e por tédio, estou em crer que Estou em crer que, embora tenham morrido mais algumas pessoas por Covid ( até agora só 1500, que é metade das que morrem com gripe em Portugal todos os anos), embora morram mais pessoas por outras doenças porque têm medo de ir ao hospital, embora morram muitas pessoas por medo e por tédio, estou em crer que se vão safar muitas outras pessoas porque, em vez tomarem de remédios da farmácia, vão tomar chazinhos, ou não tomar nada.Como nas peças de Molière em que são os médicos que põem as pessoas doentes.


Que me desculpem os farmacêuticos e farmacêuticas, mas os que são bons já perceberam isto. E já vendem chazinhos e quejandos.se vão safar muitas outras pessoas porque, em vez tomarem de remédios da farmácia, vão tomar chazinhos, ou não tomar nada.
Como nas peças de Moliere em que são os médicos que põem as pessoas doentes.
Que me desculpem os farmacêuticos e farmacêuticas, mas os que são bons já perceberam isto. E já vendem chazinhos e quejandos.

quinta-feira, julho 02, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: a formação no trabalho e as outras formatações

Munindo-me de uma paciência de Job, dei-me ao trabalho de me inscrever em duas ações de formação sobre novas tecnologias e ensino a distância, este último conhecido como E@D.
Nas duas vezes, não percebi absolutamente nada. Depois, sozinha e com o auxílio do Google, descobri o que necessitava de saber.
Falando com outras pessoas e vendo os comentários no site, constatei que ninguém percebeu coisa alguma dessas explicações.
Não fiquei demasiado surpreendida, pois já me aconteceu muitas vezes, sobretudo com temas de informática e de pedagogia.
Assim vai este país... quem sabe ensinar não tem estes tachos que rendem muito dinheiro, apenas faz o seu trabalho muito bem e sem recompensas, que também não pede. A recompensa é só a gratidão dos alunos.
Talvez até... infelizmente.


Diário do confinamento e do desconfinamento: só um printscreen em vez de uma festa

Até mesmo o último dia de aulas não foi tão giro como costuma ser... uma festa...
Só fizemos um printscreen, para mais tarde recordar.


segunda-feira, junho 29, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: o amor à vida






Quando eu comecei a trabalhar, há muitos anos, já nesse tempo como professora, partilhei uma casa alugada com várias amigas, algumas delas médicas. Umas iam saindo e outras entrando, pelo que foram várias.
Uma delas era muito sensível e muito preocupada. Um dia chegou a casa debulhada em lágrimas e deixou-mea mim ainda mais de rastos. O caso não era para menos.
Um dos seus doente, ela era boa e trabalhava com um cirurgião apesar de estar a começar, já não tinha pernas nem braços, mas, para poder sobreviver, deveria ainda ser submetido a uma intervençãp em que lhe tirariam mais um bocado do pouco que tinha nos membros inferiores. 
O pior foi que ela, médica, tinha desatado a chorar na frente do doente,, com pena dele. Choramos as duas abraçadas, muitas vezes, com pena do homem...
Mais tarde, tive de lhe confessar: não aguentava mais aquelas confidência: eu já não dormia, já não conseguia pensar noutra coisa, eu não estava preparada para ouvir aqueles casos, nunca me teria passado pela cabeça escolher ser médica, o meu trabalho como professora estava longe de ser fácil eu detestava-o, pensava mesmo em desistir do ensino, etc... 
Enfim, deixamos de falar sobre esse assunto, claro.
Um dia, ela veio ter comigo e sentou-se na minha cama, mais abismada ainda do que antes e fez questão de me contar tudo o resto...
Embora a Maria tenha rezado para que o doente morresse durante a operação, a que ela tinha assistido como ajudante do ortopedista, quando o homem acordou, mostrou-se muito feliz por estar vivo e anunciou que se ia casar! 
O médico cirurgião, mais velho, explicou-lhe que só um imenso desejo de viver tinha permitido que aquele homem sobrevivesse. E que aquela situação não era assim tão rara.
Se compararmos esta história com outras, de pessoas aparaentemente felizes, saudáveis, belas e ricas que se suicidam, devemos constatar que não somos todos iguais. 
E, sobretudo, que não importam nada os detalhes.... 
Será que aquela pessoa se suicidou porque tinha problemas económicos? Será que ninguém a amava? Estaria muito doente? 

Enfim... A vida chama por nós. Talvez mais por uns do que pelos outros. Uns respondem, outros não.