segunda-feira, junho 05, 2006

Contenção orçamental

O actual primeiro-ministro desta terra devia seguir o exemplo de Salazar (embora este último nunca tenha fingido chamar-se Ptolomeu nem mesmo Aristóteles para fingir que era sábio).
Salazar (tão querido!) mandava a governanta (D. Maria) vender os ovos e as galinhas que ela criava em liberdade nos jardins do palácio de São Bento (qualquer semelhança com o Garcia Marquez é invenção do Garcia Marquez) e também a mandava remendar os cobertores e lençóis do palácio. Se alguma vez a rainha de Inglaterra dormiu em lençóis e cobertores remendados e acordou com o canto do galo, só lhe fez bem e só pode ter sido no nosso Palácio de São Bento (que nosso é como quem diz). Mas talvez agora esteja eu a inventar…
Em vez de roubar as reformas e os impostos e as idades das reformas e fechar maternidades e aumentar os impostos aos que não têm filhos e aos que têm muitos filhos, que compram muitas coisas, claro, e aumentar os impostos aos que nunca puderam ter filhos e aos que perderam os filhos que tinham (tão querido) (nem o tipo que não se chamava Arquimedes se atreveria a fazer tanta asneira junta).
Em vez de fazer esta ladroagem, que o ganhem e que o poupem.
Qualquer dia voltamos ao mesmo. Acabamos outra vez por ser mandados por um tipo vulgar e desta vez ainda temos que fingir que o homem é uma sumidade.

sábado, junho 03, 2006

Em que se trata da Europa e de outros bichos

Às vezes, por entre as estatísticas que nos colocam sempre na cauda de todos os bichos com cauda (CEE, OCDE, OTAN, etc.), aparecem algumas divergentes.
Estrangeiros e às vezes portugueses dizem por exemplo, com um ar envergonhado, que Portugal é um país seguro, que Lisboa é das poucas capitais do mundo em que se pode andar à vontade, mesmo de noite. Nem Londres, qual Paris, qual Nova Iorque?
Eu, Nadinha, acho que é realmente uma vergonha! Pelo que isto implica, percebem?
1º - Os nossos ladrões estão na cauda da Europa e dos outros bichos de cauda!
2º - São uns incompetentes e uns baldas!
3º - São uns cobardes!
4º - Já tem acontecido uma família mandar matar o pai e marido, mas o “jagunço”, em vez de fazer o servicinho como nos filmes e nas telenovelas, não: fica com o dinheiro e vai fazer queixa à polícia e à Sic, leva uma câmara oculta e lá estamos nós a ver e a ouvir a conversa toda, enquanto jantamos.
4.1º - Os nossos bandidos são todos uns queixinhas, só lhes falta também meterem atestado psiquiátrico para faltarem ao trabalho.
5º - Os nossos ladrões são uns corruptos: o absentismo de semelhante classe é de bradar aos céus! (Ao contrário dos ladrões americanos, italianos, etc, que são mais profissionais)

- Ó filha (oh dear) tu já viste algum bandido desde que nós entrámos em Portugal?
- Eu não, mas, como Portugal é um país pobre, se calhar emigraram todos, coitadinhos!
- Ó mamã (oh mum) isso não tem lógica! Mum, please!**
- Pois não, mas realmente, já que puseram as vacas da cow parade com os nomes em inglês, também podiam muito bem contratar alguns actores de teatro para fingirem que são ladrões e fingirem que roubam, para nós vermos [nós ingleses] e pensarmos que estamos num país civilizado!
Enfim… tanta coisa que fazemos para inglês ver, e afinal eles vêm cá e não vêem nada!
** Tradução: Ó mamã, não digas tantos disparates, por favor! É por estas e por outras que nós, ingleses, não saímos da cauda da Europa!

Cow Parade


 Posted by Picasa

Meia dose de orgulho pátrio

 Posted by Picasa

O chão do mundo coberto de flores de jacarandá

 Posted by Picasa

O chão visto do chão: Lisboa

 Posted by Picasa

A terra vista da terra com pétalas de jacarandá: Lisboa

Posted by Picasa Por favor, Carla, vai tirar fotografias aos jacarandás antes que lhes caiam todas as flores: estas foram tiradas com o telemóvel...

quarta-feira, maio 31, 2006

Contos populares: O Ancinho

Os ditados e contos populares são às vezes comicamente antiquados: “O que não mata engorda” – quem se guia agora por semelhante ideia?
Esta história foi-me contada quando eu vivia numa pequena terra onde nasci.


Uma rapariga da aldeia, filha de camponeses pobres, foi servir para o Porto. (Noutras versões poderá ter casado com um homem do Porto, o que seria um pouco estranho).
Um dia, quando voltou a casa, vinha de tal modo chiquérrima que já não se lembrava de nada e era preciso explicar-lhe tudo:
- Ó meu pai? O que é aquela coisa ali deitada no chão e cheia de picos????!
(Cá entre nós era um ancinho, uma coisa com picos que serve para apanhar as folhas que caem das árvores).
- Ai tu não sabes o que é aquilo?
- Não, meu pai. (A rapariga até era bem educada).
- Então põe o pé em cima dos picos.
A rapariga assim fez, mas, ao fazê-lo, o cabo do ancinho levantou-se e bateu-lhe no nariz. Ao sentir aquela sensação, muito desagradável mas muito familiar, a rapariga lembrou-se logo e disse assim:
- Ah, meu pai, é um inchinho! (corruptela de lá).


Moral da história:1º- Nunca devemos fingir-nos de chiquérrimos e fingir que não sabemos o que é um inchinho. 2ª- Não devemos esquecer / renegar as nossas raízes! 3ª- Convém sabermos onde pomos os pés.
Falta de moral da história: este conto foi-me narrado de forma interactiva: eu fingia que era a rapariga e punha o pé nos picos, para nunca mais me esquecer da sensação, realmente inolvidável (parece que foi ontem). Mas só o pus da primeira vez, porque eu não sou burra!
Ora, da última vez que experimentei, com muito cuidado, o cabo não me bateu no nariz, mas sim nas pernas, talvez nas ancas, no máximo. Daqui se conclui que a rapariga era criança. Quantas histórias e quantos ditados haverá, relativos ao trabalho infantil e outras coisas deste género?
“O trabalho do menino é pouco, mas quem o não aproveita é louco”.

Clicar abaixo no item Conto Popular para ler outros aqui no blogue

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, a ser queimada na lareira.)

domingo, maio 28, 2006

Estado da Nação: Part Five: Padamon no Afeganiston

De repente, o palácio é invadido e inundado pelas sogras das esposas de Rashid, que eram muitas. Estas mulheres, traumatizadas por séculos de exploração, mas espevitadas por décadas de modernidade, desataram à chapada e ao murro e ao pontapé a tudo quanto era homem, e sobretudo à Albira (não sei porquê) e sobretudo, também não sei porquê, ao Padamon. Que neste caso até não tinha culpa nenhuma, mas é sempre assim.
Aproveitando-se da confusão e das portas abertas, Albira escapulinzipou-se dali para fora à velocidade da luz.
Conseguiram os dois (marido e mulher) sumir daquela terra e, para não serem apanhados nos aeroportos, foram de boleia em boleia até ao Afeganistão.
Lá, então, no Afeganistão (rimou), para não virem de mãos a abanar, Padamon tem uma ideia! Cuidado! Uma ideia?!
Padamon decide casar-se com uma atleta nadadora afegã de alta competição. Quando chegar a Portugal como segunda esposa de Padamon, a rapariga será uma portuguesa genuína e fará parte da selecção portuguesa de natação, para a qual ganhará grandes prémios.
Andam os portugueses a queixar-se de que estão na cauda da Europa economicamente e depois começam a gabar-se de que estão nos cornos do mundo desportivamente, com base nestas selecções que, se por um lado nos custam os olhos da cara, por outro nos deixam bem vistos como um povo que só gosta de curtir.
Neste caso, a rapariga nem chegou a pagar nada, a selecção depois pagava quando eles cá chegassem.
A questão com os tribunais é a mesma: resolve-se quando vier cá o Papa.

Laurindinha, eu estava a precisar duma receita oriental fácil. Arranja-se?

Apesar do incómodo, havia um problema um tanto embaraçoso (sobretudo para uma feminista como eu): a rapariga nunca tirava a burka! Também não a queriam obrigar, mas, por favor!


Cenas dos próximos capítulos: Padamon e Padamona.

Lisboa: a mulher e a vida

Hoje estou muito mole porque sempre fui à tal corrida das mulhereres - até porque algumas das minhas conhecidas do ginásio me disseram que achavam mal os homens serem excluídos, ao que redargui: e as mulheres não estão excluídas de jogar no Mundial de Futebol?
Algumas pessoas parecem pensar que os homens não se safam se não forem protegidos. Há umas décadas havia manifestações feministas, mas não havia disto.
Enfim, como quase todas as mulheres adoram cantar, começámos a corrida a cantar a plenos pulmões: "We are the champions of the world", o que me pareceu apropriado. Depois, pelo caminho, havia umas raparigas giríssimas, parcamente vestidas a dançar aos saltos para animar.
Não sei quem ganhou: como estava lá, não vi a televisão, mas não fui eu.

terça-feira, maio 23, 2006

Língua portuguesa arrepiada

Descobri o blog da minha xará, com 2 posts e um comentário. Vale a pena ler tudo.
http://nadiavanessa.blog.com/2006/5/

Guarda o que não presta: por exemplo, a bandeira nacional

“Guarda o que não presta e terás o que precisas” é o que diz o ditado popular.
Os portugueses, segundo e seguindo o ditado, deixaram na janela ou na varanda um trapito esfarrapado e imundo, desde o último campeonato. (Não escrevo as palavras todas para não voltar a ser citada nos blogues dessa coisa). [Quando escrevi isto, em 2006, referia-me ao futebol, tendo este meu blogue aparecido num site de futebol, o que me deixou zonza].


Os estrangeiros, em viagem por Portugal, ficam admirados com isto e perguntam assim:


- Ó filha (oh dear), o que será aquele farrapito que todos os portugueses têm pendurado à janela?
- Deve ser alguma tradição portuguesa, talvez o pano das touradas…
- Mas o pano das touradas é vermelho e este é preto.
- Cinzento!
- Castanho!
- Depende, este, por exemplo, é todo verde!
- Talvez seja uma superstição portuguesa: quando uma rapariga casadoira quer marido, pindura à janela um panito esfarrapado e imundo!
- Ó mamã, (mom) não tem lógica!
- Ah, pois, como os portugueses são pobres, não deitam nada fora nem lavam nada.


Eu, Nadinha, espero que estes ingleses não tenham entendido que se tratava da bandeira da nossa selecção… (natural)… ou seja, da nossa pátria, para inglês ver.


Como diria o meu pai: “Guarda o que não presta e encontrarás o que não presta!”


A prova disto é que estes trapitos estão a ser substituídos por bandeiras novas, para durarem mais uns anos e se transformarem outra vez numa coisa, que não se percebe se é a expressão do orgulho nacional ou do desprezo... enfim...

domingo, maio 21, 2006

Estado da Nação: Padamon: Part Four

Lá na Índia, viviam as várias viúvas de Rashid num enorme palácio rodeado de jardins perfumados. E maior não era a sua felicidade, por andarem aborrecidas: como eram mulheres um tanto modernas, já não se identificavam muito com a tradição. Também não lhes agradava serem chamuscadas, mas a sua religião e a sua cultura lá as mantinham conformadas. Albira Alzira, porém, morria de medo! Um vago cristianismo e um claro materialismo não a haviam preparado para a adversidade.

Qualquer escritora moderna a sério, neste momento escreveria aqui uma receita de cozinha, para despertar sensações gustativas e olfactivas e tácteis e outras. Mas eu, que falho muito nesse ponto, enfim…
Durante muitos anos, como sempre gostei de ler livros de culinária, que me abrem o apetite (era eu magra e esqulética, o que já não sou), quando lia 2 colheres de sopa de azeite, uma colher de chá de vinagre ou de fermento, pensava que havia sopa de azeite e chá de vinagre, chá de fermento… a culinária parecia-me algo de esotérico, pois não via à venda nada disto. Porque é que ninguém explica estas coisas????????
Sopa de leite, sopa e açúcar, chá de pimenta, chá de vinagre, sopa de mel, chá de farinha…
Por favor, Laurindinha, eu e os meus leitores já estamos enjoados de mousse de manga! E de pão com queijo. Queremos outra receita de salgados, pouco engordativa e fácil. Salgados, a meu ver, serão o que não são doces, que eu não sou doceira.

Quem se sentia nas suas sete quintas era o Tobias. No palácio de Rashid, todas as suas viúvas tinham televisores, plasmas, DVDs, etc, e como andavam o seu tanto abstraídas e baralhadas, Tobias consolava-se, carregado de comandos.
As outras viúvas indianas não conseguiam dizer o nome dele, e portanto chamavam-lhe Padamon (o mesmo que murcom em português do norte (ultra versátil)). Aqui em Portugal, antes de ir, (Padamon (murcom mas nem tanto assim) ) meteu um atestado psiquiátrico e, portanto, não perdeu o emprego. Albira nem de tal se lembrou, o que significa, infelizmente que, se não morrer, perde o emprego. Eu parece que me deu a mania das vírgulas... que é quando a gente acha que faltam vírgulas...


Cenas dos próximos capítulos: a revolta das sogras.
Vocês querem ouvir os próximos capítulos? Esta história só tem mais dois, mas “quem faz um cesto, faz um cento”.

quinta-feira, maio 18, 2006

O meu outro blogue

Eu pensava que o meu outro blog tinha pouca freguesia por as pessoas não gostarem dele. Acabo de descobrir que algumas não sabem que existe. Dicas para os computadores e a net:
Clicar em "my complete profile" zuc, zuc. Aparece uma página toda interactiva: se clicarem em caminhar, aparecem outras pessoas que gostam de caminhar e que têm blogs. É clicar nos nomes dos blogs, zuc zuc.
Algumas pessoas pensam que a informática é imposível: não, é só fazer zuc zuc, zuc zuc, zuc zuc zuc. Não estraga o computador nem o blog.
O outro meu é:
http://escrevedoirosemaluquices.blogspot.com/

quarta-feira, maio 17, 2006

Futeboleiros e outras pragas

Vocês acreditam que este meu blog é citado num blogue do mundial de futebol?
Se não acreditam podem ver: http://pt.blogservatorio.info/mundial2006/
Juro que não tenho mesmo nada a ver com os outros.
Eu só espero não sermos invadidos por futeboleiros e outras pragas. (Pior ainda se forem do Benfica).
Estávamos aqui tão bem...
Aviso à navegação: se houver comentários muito chatos, elimino temporariamente a possibilidade de os fazer... o meu email está em "my complete profile". Se me chatearem também o apago, mas vocês podem escrevê-lo num papel… só me faltava esta!

Estado da Nação: Padamon: Part Three

Não sei se sabem que um negócio que está a dar é casar com emigrantes, pagando eles. Se forem jogadores de futebol, por exemplo, ganha-se bem.
A Albira Alzira resolveu então casar com um desses, para equilibrar o orçamento e escapar do Tobias..
Rashid dizia ser brasileiro, tinha cara de indiano, falava uma coisa que ninguém entendia e, depois de casar com Albira, passou a ser português e a jogar na selecção portuguesa, no Mundial de Futebol. Como ele tinha uma religião indiana, podia casar com várias mulheres. O ser a Albira também casada era algo que os advogados iriam depois resolver, da maneira como resolvem tudo: vão adiando até que o Papa venha a Fátima. Nessa altura há uma amnistia e os processos são arquivados.
O pior é que este Papa não parece ter grande vontade de sair de casa.

Quando o anterior Papa cá vinha (isto é para a Jubi, que não sabe), havia uma amnistia. Quem tinha multas para pagar esperava até haver a amnistia, quem tinha insultado o vizinho também esperava até o processo ser arquivado: o vizinho ficava insultado e o insultador ficava ilibado.
Durante 15 dias, Lisboa parecia um daqueles bairros perigosos de Nova Iorque (do tipo Hill Street). Os polícias andavam nova roda-viva, (pareciam os do CSI Miami), menos aqueles muitos polícias que eram como o nosso Tobias, uns padamões ( o mesmo que murcões). Mas depois voltava tudo à pacatez desta terra (imunda) e os amnistiados voltavam para a cadeia, desta vez com a pena agravada por terem feito mais alguma.

Qualquer escritora moderna a sério, neste momento escreveria aqui uma receita de cozinha, para despertar sensações gustativas e olfactivas e tácteis e outras. Mas eu, que falho muito nesse ponto, enfim…
Deveria ter ervas aromáticas e palavras de som esquisito como osso da suã, (não confundir com chez Swann) rabadilha, manzanilha… esfregar com força (sensações tácteis), etc.
Por favor, Laurindinha, eu e os meus leitores já estamos fartos de mousse de manga! Queremos uma receita de salgados, pouco engordativa e fácil de fazer.

Mudou-se a Albira Alzira para casa do brasileiro (no papel) jogador de futebol português e levou os filhinhos.
Uma semana depois apareceu por lá o Tobias Jaquim e pegou logo nos comandos todos da televisão, do DVD, do iPode, etc. Isto não estava previsto, portanto não foi controlado.
No Mundial de Futebol, pela primeira vez, estava a família toda reunida a ver o jogo, quando o recente marido da Albira Alzira cai morto com uma síncope.
Alegria geral na sala: estamos ricos!
Vários dias a Albira Alzira festejou com as amigas e com o amigo gay, até que começaram a aparecer muitas pessoas esquisitas, indianas. Eram os sogros, as sogras, os cunhados, as outras esposas, etc., do Rashid. Vinham todos com um ar abatido e, apesar do problema da tradução, lá acabaram por perceber que a Albira tinha que ir com eles para a Índia.
Quando lá chegou, veio então a descobrir que o marido pertencia àquela religião em que as viúvas são queimadas vivas, juntamente com o falecido, na pira funerária.
Coitadinha da Albira Alzira! Para se livrar duma chatice, acabou por "se meter em assados" (entre aspas) ainda piores. E tudo por vossa culpa! Da vossa vocação para o martírio!

Cenas dos próximos capítulos: que fazer com o viúvo Tobias Jaquim? Isto não estava previsto, portanto não foi controlado.

Só escrevo a continuação se vocês disserem que querem ouvir.

terça-feira, maio 16, 2006

Blogosfera Portuguesa

Estive a dar uma vista de olhos pela Blogosfera Portuguesa. Só os títulos já são uma seca. E a blogosfera não é universal?

Lisboa: a mulher e a vida 5 KM EDP

Filhas:
Eu hoje matriculei-me nesta corrida. Não juro que vou, da última vez doía-me uma perna, (a direita), e a corrida é num sábado de madrugada, tipo 10:30. Ainda parece um pouco estranho que muitas mulheres se juntem para fazer algo que não diga respeito a bordados, ou assim...
E se os chineses vissem tanta mulher junta, acho que se passavam. Os portugueses olham para o lado e falam do Benfica.
Pormenor giro: as inscrições, que são feitas no banco Banif, custam 10 euros, revertendo esta quantia para a compra de aparelhos de rastreio do cancro da mama. Sendo assim, as mulheres que "tenham tido qualquer tipo de cancro" não pagam a inscrição.
A parte gira, a meu ver, é esta: há mulheres que têm ou tiveram cancro e que vão correr 5 kilómetros... ou só caminhar, mas não é pouco...
As boas notícias passam sempre despercebidas.

domingo, maio 14, 2006

Escultura Eros e Psique, de Canova


Metade desta escultura é lindíssima, não é? Dirijo a pergunta aos homens que não sabem se os outros homens são bonitos ou feios. E às mulheres que não sabem se as outras mulheres são bonitas ou feias. Se as há. Há-as?

sábado, maio 13, 2006

Achas para a fogueira

Em muitos países orientais pratica-se hoje o aborto selectivo, também chamado feticídio: se for menina, aborta-se. Em aldeias remotas e pobres pode fazer-se uma ecografia para esse fim. Pior ainda, se nascer menina, abandona-se ou mata-se.
O resultado é haver, neste momento, milhões de homens sem qualquer possibilidade de um dia encontrarem uma mulher, número que crescerá no futuro (com o avanço da técnica…). Como são os mais pobres que ficam de fora, as autoridades começam a ficar preocupadas.