Vocês viram a pobre e triste figura que fez no Parlamento a assim designada Ministra da Educação? No ano iniciado por ela e que agora termina, chumbou toda a gente, incluindo ela.
isto é uma terra imunda em que os competentes pagam pelos idiotas.
A despropósito: ninguém gostou do meu "rimance" Shiatsu. Ainda estava só no princípio, mas já acabou por falta de fregueses.
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
domingo, julho 23, 2006
sexta-feira, julho 21, 2006
Shiatsu III
- Ó filha, eu acho uma seca estarmos aqui a empecer e a falar dessa coisa…
- Ó filho, a gente está à espera das raparigas das Amoreiras…
- Bem, nem queiras saber, o Mem e a mulher andam por aí a dizer, eu nem digo.
-Ele só me aleijou porque era o fogo amigo.
- Mas ele agora parece que é o ministro da Educação…?
- Quem? O Mem?
- Não, a mulher.
- Porra!!!?
Pergunto...
Vou aproveitar estes tempos mortos dos blogues, para tenta descobrir algo que me interessa.
Poema inglês
I thraw* an arrow into the air
It fell to earth, I knew not where.
I thraw a song into the air
It fell to earth, I knew not where.
Há outra coisa q ele atira ao ar
And the arrow, the …. And the song
I found them again in the heart of a friend.
* talvez threw
Sei de cor este poema, faltando-me o bocadinho, é um dos poemas mais inspiradores de que me lembro, mas não sei quem é o autor. Sei que o li numa antologia de 11º ano, for ages, ou de poesia inglesa ou, mais provavelmente, norte- americana.
Aproveito as potencialidades do blog para tentar descobrir. Digam-me, nem que seja daqui por um ano.
Poema inglês
I thraw* an arrow into the air
It fell to earth, I knew not where.
I thraw a song into the air
It fell to earth, I knew not where.
Há outra coisa q ele atira ao ar
And the arrow, the …. And the song
I found them again in the heart of a friend.
* talvez threw
Sei de cor este poema, faltando-me o bocadinho, é um dos poemas mais inspiradores de que me lembro, mas não sei quem é o autor. Sei que o li numa antologia de 11º ano, for ages, ou de poesia inglesa ou, mais provavelmente, norte- americana.
Aproveito as potencialidades do blog para tentar descobrir. Digam-me, nem que seja daqui por um ano.
segunda-feira, julho 17, 2006
Shiatsu
Quando eu comecei a escrever que D. Afonso Henriques não precisava de massagens de Shiatsu, realmente não sabia da história que era notícia, que pensavam desenterrá-lo.
Eu não vejo muita televisão e sou selectiva com o que leio nos jornais. Apenas aconteceu que nessa época fui ao Castelo de S. Jorge, como disse, e por isso pensei na figura, que sempre achei engraçada. Também me impressionou a nossa busca de felicidade e de conforto, por contraste com a atitude de pessoas, algumas contemporâneas, que só esperam viver, sem nunca terem pensado que viver pode ser uma opção. E estávamos todos a pensar no nacionalismo do futebol, levando-o tão a sério como se fosse tudo a mesma coisa, daí a ironia.
Quanto à ideia de o desenterrarem, só acho 2 coisas:
1º Têm que o enterrar outra vez;
2º Seria conveniente compará-lo com pessoas dessa época, não? Vão comparar as ossadas com as de quem?
Como sou alérgica a rituais de morte e a restos mortais, congratulo-me por haver em Portugal modos de fazer cremação, o que evitaria quase todos estes procedimentos ultra-modernos. Gosto dos Orientais, que inventaram isso há milénios.
E mais não digo, pois a minha especialista em história é a Tanitita, que provavelmente não tem tido tempo para ler isto.
Eu não vejo muita televisão e sou selectiva com o que leio nos jornais. Apenas aconteceu que nessa época fui ao Castelo de S. Jorge, como disse, e por isso pensei na figura, que sempre achei engraçada. Também me impressionou a nossa busca de felicidade e de conforto, por contraste com a atitude de pessoas, algumas contemporâneas, que só esperam viver, sem nunca terem pensado que viver pode ser uma opção. E estávamos todos a pensar no nacionalismo do futebol, levando-o tão a sério como se fosse tudo a mesma coisa, daí a ironia.
Quanto à ideia de o desenterrarem, só acho 2 coisas:
1º Têm que o enterrar outra vez;
2º Seria conveniente compará-lo com pessoas dessa época, não? Vão comparar as ossadas com as de quem?
Como sou alérgica a rituais de morte e a restos mortais, congratulo-me por haver em Portugal modos de fazer cremação, o que evitaria quase todos estes procedimentos ultra-modernos. Gosto dos Orientais, que inventaram isso há milénios.
E mais não digo, pois a minha especialista em história é a Tanitita, que provavelmente não tem tido tempo para ler isto.
domingo, julho 16, 2006
Uma senhora, claro!
Há nas Amoreiras um café em que todos os empregados são lindos e amorosos.
Eu não sei se vocês já notaram que em certas lojas só há empregados lindíssimos, sobretudo lojas de moda: creio que são recrutados nos cursos de modelo, que custam uma grana e não servem para nada.
Neste caso, não sei se é coincidência. Hoje, enquanto eu lia atentamente o Expresso, ouvi uma terrível discussão ao meu lado: a rapariguinha acusava uma senhora chiquérrima de que passava lá demasiadas horas, consumindo apenas um café e bebendo muitos copos de água gratuitos e reclamando se a água não tinha gelo suficiente.
A senhoreca gabava-se de que tinha amigos importantes que iam deixar de lá ir: não acredito, custa muito deixar um poiso habitual.
Desde que vim para Lisboa, fiquei a saber que uma verdadeira senhora, também aqui nesta terra designada por uma lady,
1. Nunca discute com ninguém. (Cá entre nós, mais depressa leva duas lambadas nas trombas), excepto:
1.1. Com a criadagem (que não conta)
1.2. Com todos os inferiores e demais ínfimos, que pode insultar à vontade, com palavrões (que também não contam).
1.3. O difícil, às vezes, é fazer a destrinça.
Eu, Nadinha, já desisti há muito de ser uma verdadeira senhora!!!
Vocês já me conhecem: no meio desta guerra de gritos e insultos, eu fiquei a olhar para o jornal com uma tal atenção, que… até parecia uma verdadeira senhora!
Eu não sei se vocês já notaram que em certas lojas só há empregados lindíssimos, sobretudo lojas de moda: creio que são recrutados nos cursos de modelo, que custam uma grana e não servem para nada.
Neste caso, não sei se é coincidência. Hoje, enquanto eu lia atentamente o Expresso, ouvi uma terrível discussão ao meu lado: a rapariguinha acusava uma senhora chiquérrima de que passava lá demasiadas horas, consumindo apenas um café e bebendo muitos copos de água gratuitos e reclamando se a água não tinha gelo suficiente.
A senhoreca gabava-se de que tinha amigos importantes que iam deixar de lá ir: não acredito, custa muito deixar um poiso habitual.
Desde que vim para Lisboa, fiquei a saber que uma verdadeira senhora, também aqui nesta terra designada por uma lady,
1. Nunca discute com ninguém. (Cá entre nós, mais depressa leva duas lambadas nas trombas), excepto:
1.1. Com a criadagem (que não conta)
1.2. Com todos os inferiores e demais ínfimos, que pode insultar à vontade, com palavrões (que também não contam).
1.3. O difícil, às vezes, é fazer a destrinça.
Eu, Nadinha, já desisti há muito de ser uma verdadeira senhora!!!
Vocês já me conhecem: no meio desta guerra de gritos e insultos, eu fiquei a olhar para o jornal com uma tal atenção, que… até parecia uma verdadeira senhora!
segunda-feira, julho 10, 2006
Tolerância aos molhos
Em Portugal as crianças podem fazer tudo oque lhes apetecer, pois nunca são responsabilizadas.
Entenda-se por criança: alguém com menos de 22, 23 anos...
Os que mataram o travesti brasileiro Gisberta estão a ser julgados, mas têm duas desculpas:
1- Só fizeram aquilo para se divertirem;
2- Realmente não a mataram: só a abandonaram sozinha, muito ferida por eles, sem tratamento, sem comida nem água. Claro que não a mataram!
Em países como a Inglaterra e a América do Norte, que não são propriamente atrasados, as crianças podem quase ser condenadas a prisão perpétua. É um exagero? E aqui, não há exagero?
Entenda-se por criança: alguém com menos de 22, 23 anos...
Os que mataram o travesti brasileiro Gisberta estão a ser julgados, mas têm duas desculpas:
1- Só fizeram aquilo para se divertirem;
2- Realmente não a mataram: só a abandonaram sozinha, muito ferida por eles, sem tratamento, sem comida nem água. Claro que não a mataram!
Em países como a Inglaterra e a América do Norte, que não são propriamente atrasados, as crianças podem quase ser condenadas a prisão perpétua. É um exagero? E aqui, não há exagero?
domingo, julho 09, 2006
visitas
O "Terra Imunda" atingiu hoje e ultrapassou as 700 visitas, não desde que existe, mas desde que tem contador. Nada mau, a meu ver.
O 701 é um site engraçado, de Israel:
http://hadasastoler.blogspot.com/2006_07_01_hadasastoler_archive.html
Tem boas imagens. Os "Escrevedoiros" têm muito menos, mas são mais novos.
O 701 é um site engraçado, de Israel:
http://hadasastoler.blogspot.com/2006_07_01_hadasastoler_archive.html
Tem boas imagens. Os "Escrevedoiros" têm muito menos, mas são mais novos.
Estranhas notícias
O fundador do IKEA, diz no Expresso, o 4º homem mais rico do mundo, veio a Lisboa e ficou hospedado numa pensão barata: pensão Alegria na Praça da Alegria. E deslocou-se de autocarro dos transportes públicos.
Há anos, Wim Wenders, ao realizar o filme "Lisboa" ficou hospedado numa pensão dita "rasca", O Ninho das Águias, que fica encostada ao castelo de S. Jorge. Desde então há uma lista de espera de anos para dormir no quarto da torre dessa pensão, que deve ter uma vista maravilhosa. E barata, ainda hoje.
Vocês não conhecem pessoas que se endividam para viajar, ficando sempre em hotéis de 3, 4 e 5 estrelas?
Tenho conhecido franceses ricos que viajam muito, mas também ficam em pensões. Guiam-se pelo Guia Michelin, que tem uma boa escolha.
Também é verdade que os portugueses não têm tradições de viajar: ou é o bairro da lata dos imigrantes, ou é o hotel caro das agências de viagens. Mas isso no fundo não é viajar: ir com um grupo de portugueses, ficar num hotel onde só há americanos e agora chineses, ser levado pela mão do guia ver palácios e ruínas... se vocês não perceberam bem o que disse o guia turístico, escusam de perguntar ao do lado: ninguém ouviu nada!
Mais vale ficar no sofá da sala a ver isso tudo na televisão.
Estranhas notícias
(Isto está mau para os blogs: o computador é uma coisa... quente. Ainda mais os meus, que são portáteis).
Há na televisão estranhas notícias, sobretudo se as relacionarmos entre si.
Morreram seis bombeiros em Portugal. Cinco eram chilenos. Eu nem sabia que havia chilenos em Portugal... país recentemente cosmopolita, para o bem e para o mal.
Logo a seguir: os Espanhóis começam a dominar a pesca portuguesa, e dizem os pescadores:
- Pois. Ninguém quer ser pescador! Os pescadores são quase todos reformados...
Depois: o desemprego em Portugal é muito grande.
Antes: nas escolas portuguesas os alunos batem nos professores e uns nos outros.
Pouco depois:
- Pois é, os professores bons só gostam dos alunos bons!- Diz a Ministra da Educação.
Então e os outros que vão pescar, em vez de andarem até aos vinte anos a empecer as escolas! Não é?
Vocês não acham que isto é um país esquisito?
Odeio dar razão ao meu avô, quando ele dizia que agora ninguém quer trabalhar!
Há na televisão estranhas notícias, sobretudo se as relacionarmos entre si.
Morreram seis bombeiros em Portugal. Cinco eram chilenos. Eu nem sabia que havia chilenos em Portugal... país recentemente cosmopolita, para o bem e para o mal.
Logo a seguir: os Espanhóis começam a dominar a pesca portuguesa, e dizem os pescadores:
- Pois. Ninguém quer ser pescador! Os pescadores são quase todos reformados...
Depois: o desemprego em Portugal é muito grande.
Antes: nas escolas portuguesas os alunos batem nos professores e uns nos outros.
Pouco depois:
- Pois é, os professores bons só gostam dos alunos bons!- Diz a Ministra da Educação.
Então e os outros que vão pescar, em vez de andarem até aos vinte anos a empecer as escolas! Não é?
Vocês não acham que isto é um país esquisito?
Odeio dar razão ao meu avô, quando ele dizia que agora ninguém quer trabalhar!
quinta-feira, julho 06, 2006
Shiatsu II
Entrementes, no palácio real, mas noutra sala.
- Ó filho, que é essa ferida aí no ombro?
- Isto não é nada.
- Foi um mouro?
- Não, isto é o fogo amigo!
- Fogo amigo???????? Foi o Mem?
- Foi.
- Grande amigo! Já te falta um bocado de carne numa perna, tens uma cicatriz horrorosa na cara e foi sempre o Mem.
- Ele ia dar uma espadeirada num sarraceno para lhe cortar rente o pescoço e o tipo baixou-se de repente e a espada do Mem raspou-me o ombro. O que me valeu foi a cota de malha, senão tinha morrido…
- É sempre assim! Então e os mouros nunca te acertam?
- Sim, mas é em sítios onde não se vê. O Mem é que é um despassarado, isto do fogo amigo, quer-se dizer…
- O Mem é um amigo de Peniche!
- Ele não é de Peniche, quer dizer, a gente só há pouco tempo é que conquistou Peniche.
- Fogo amigo, fogo amigo… Mau! A Urraca e a Sancha estão fartas de me dizer:
- Vocês tenham cuidado com o Mem! Com o Mem e com a mulher. Como é que ela se chama?
- Briolanja.
- O Mem é um grande amigo que nós temos. Então e as massagistas das Amoreiras nunca mais vêm?
- Está a chover muito, há muita lama no Rossio, coitadas das raparigas! Devem estar atoladinhas até aos joelhos dos cavalos.
- Se calhar ainda estão na rua D. Pedro V.
-Quem?
- Ó Sanchinho e Urraquita, ide brincar lá para fora. Com a ama. Ui que chatas que são as crianças!
- Ai, quem me dera que inventassem uma coisa moderna em que se pudesse ver o que acontece noutros sítios. [televisão, percebem? :)]
- Isso é uma coisa velha: uma bola de cristal.
As pessoas nessa época tinham nomes esquisitos porque havia o costume de escolher os inimigos para padrinhos?
terça-feira, julho 04, 2006
Aulas de Ginástica em grupo
Desde há 2 anos, dedico-me ao desporto, mas odeio as aulas de ginástica. Perguntem-me porquê. Eu não sabia porquê, mas acabo de descobrir.
No meu ginásio há aulas de hora a hora. Os professores são jovens, alguns são belos, alguns são elegantes, etc. E começam as aulas assim: com um ar alegre e feliz:
- Alguém aqui tem alguma doença? Não?! Vocês agora não dizem, mas depois acabam por dizer. Digam lá!
A resposta a esta pergunta deveria ser assim: com um ar igualmente feliz, a pessoa levantava o braço no ar e respondia alegremente:
- Eu tenho um cancro no pulmão!
- Eu tenho uma cirrose!
- Eu sou atrasado mental!
Escusado será dizer que quase todos os outros são jovens, mais ou menos elegantes e muito saudáveis. Não dá.
No meu ginásio há aulas de hora a hora. Os professores são jovens, alguns são belos, alguns são elegantes, etc. E começam as aulas assim: com um ar alegre e feliz:
- Alguém aqui tem alguma doença? Não?! Vocês agora não dizem, mas depois acabam por dizer. Digam lá!
A resposta a esta pergunta deveria ser assim: com um ar igualmente feliz, a pessoa levantava o braço no ar e respondia alegremente:
- Eu tenho um cancro no pulmão!
- Eu tenho uma cirrose!
- Eu sou atrasado mental!
Escusado será dizer que quase todos os outros são jovens, mais ou menos elegantes e muito saudáveis. Não dá.
segunda-feira, julho 03, 2006
Shiatsu I (Introdução)
Fizeram-me uma demonstração duma massagem de Shiatsu. Gostei, achei giro, mas fiquei tão dorida e com tanta preguiça que vi quase todo o jogo Portugal - Inglaterra, alternando com o Lawrence da Arábia noutro canal. Será normal pessoas modernas como nós andarmos a valorizar técnicas milenares como esta?
Pergunto-me se D. Afonso Henriques também faria massagens de Shiatsu quando chegava ao castelo completamente esbodegado de lutar. Elas já existiam muito antes disso (no Oriente).
-Ó Urraca – dizia o rei, enquanto atirava com a armadura de ferro, com o capacete (elmo de ferro) e com o espadão para cima dos poucos móveis do palácio – Eu preciso urgentemente de fazer uma massagem de Shiatsu ou uma massagem Ayurvédica. Que eu não aguento! Ui os meus pés!
-Então e eu, que fico aqui todo o dia sem fazer nada, só a aturar estas galdérias?Estas chatas!Que só sabem falar de bordados...
- Entretém-te a ler um livro…
- Mas eu nem sei ler…
- Manda ler um livro
- Já mandei ler os dois que temos e são ambos uma seca!
- Ui os meus joelhos!
- Ui a minha cabeça!
- Então, manda um pajem às Amoreiras com dois cavalos e diz-lhe que traga de lá duas massagistas de Shiatsu.
- Ai que bom, assim, aproveito para fazer a depilação!
Como toda a gente escreve romances históricos, não vejo outro jeito que não fazer o mesmo.
Tanitita, você que é entendida em história, acha que convém mudar algum pormenor?
sexta-feira, junho 30, 2006
Me again
E cá estou eu outra vez.para além da falta de tempo, tive um grave problema informático, mas parece que a minha mulher a dias o resolveu...
Não se riam: a porta do Cdrom não abria e agora abre. Perguntem-me porquê.
Não se riam: a porta do Cdrom não abria e agora abre. Perguntem-me porquê.
terça-feira, junho 27, 2006
sexta-feira, junho 23, 2006
Fotos do blog
Comprei há dias uma máquina fotográfica digital, o que quer dizer que os meus blogs vão melhorar mil vezes em termos de imagem (versus telemóvel), mas não tenho tempo para ler o calhamaço que me deram com as instruções, nem para a experimentar.Ver última foto deste blog.
Peço desculpa às pessoas que não entendem bem francês, e já agora, inglês, italiano, etc., o importante, obviamente, é vir a saber. Isto das línguas resolve-se, ou com o dicionário ou com a fala e os gestos.
Estou a comer chocolate com avelãs e a espirrar, o que me leva a presumir que talvez seja alérgica a avelãs, porque, de facto, não tenho estado perto de "avelaneiras frolidas". Quem não entendeu esta referência a um dos poemas mais simples, mas mais bonitos da língua portuguesa, pode procurar o poema no
http://www.escrevedoirosemaluquices.blogspot.com/
Até lá, Nadinha.
Sinto-me um nadinha na obrigação de mostrar estes poemas medievais e maravilhosos...
Peço desculpa às pessoas que não entendem bem francês, e já agora, inglês, italiano, etc., o importante, obviamente, é vir a saber. Isto das línguas resolve-se, ou com o dicionário ou com a fala e os gestos.
Estou a comer chocolate com avelãs e a espirrar, o que me leva a presumir que talvez seja alérgica a avelãs, porque, de facto, não tenho estado perto de "avelaneiras frolidas". Quem não entendeu esta referência a um dos poemas mais simples, mas mais bonitos da língua portuguesa, pode procurar o poema no
http://www.escrevedoirosemaluquices.blogspot.com/
Até lá, Nadinha.
Sinto-me um nadinha na obrigação de mostrar estes poemas medievais e maravilhosos...
Parabéns à Juanita
Parabéns à Juanita, auto-designada no blogue por Juanolla que hoje faz anos (hoje, 24 de Junho de 2004, dia de São João no Porto).
Que encontre tudo o que procura na terra, no espaço ou em qualquer outro lugar.
Mais importante: que saiba o que deve procurar!
Que encontre tudo o que procura na terra, no espaço ou em qualquer outro lugar.
Mais importante: que saiba o que deve procurar!
terça-feira, junho 20, 2006
domingo, junho 18, 2006
Baudelaire: les fleurs du mal: LXXVIII - Spleen
Quand le ciel bas et lourd pèse comme un couvercle
Sur l'esprit gémissant en proie aux longs ennuis,
Et que de l'horizon embrassant tout le cercle
Il nous verse un jour noir plus triste que les nuits;
Quand la terre est changée en un cachot humide,
Où l'Espérance, comme une chauve-souris,
S'en va battant les murs de son aile timide
Et se cognant la tête à des plafonds pourris;
Quand la pluie étalant ses immenses traînées
D'une vaste prison imite les barreaux,
Et qu'un peuple muet d'infâmes araignées
Vient tendre ses filets au fond de nos cerveaux,
Des cloches tout à coup sautent avec furie
Et lancent vers le ciel un affreux hurlement,
Ainsi que des esprits errants et sans patrie
Qui se mettent à geindre opiniâtrement.
- Et de longs corbillards, sans tambours ni musique,
Défilent lentement dans mon âme; l'Espoir,
Vaincu, pleure, et l'Angoisse atroce, despotique,
Sur mon crâne incliné plante son drapeau noir.
in http://t.dillenschneider.free.fr/Poesie/Baudelaire/Spleen78.html
Sur l'esprit gémissant en proie aux longs ennuis,
Et que de l'horizon embrassant tout le cercle
Il nous verse un jour noir plus triste que les nuits;
Quand la terre est changée en un cachot humide,
Où l'Espérance, comme une chauve-souris,
S'en va battant les murs de son aile timide
Et se cognant la tête à des plafonds pourris;
Quand la pluie étalant ses immenses traînées
D'une vaste prison imite les barreaux,
Et qu'un peuple muet d'infâmes araignées
Vient tendre ses filets au fond de nos cerveaux,
Des cloches tout à coup sautent avec furie
Et lancent vers le ciel un affreux hurlement,
Ainsi que des esprits errants et sans patrie
Qui se mettent à geindre opiniâtrement.
- Et de longs corbillards, sans tambours ni musique,
Défilent lentement dans mon âme; l'Espoir,
Vaincu, pleure, et l'Angoisse atroce, despotique,
Sur mon crâne incliné plante son drapeau noir.
in http://t.dillenschneider.free.fr/Poesie/Baudelaire/Spleen78.html
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa ele mesmo, in
http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/pessoa.html
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa ele mesmo, in
http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/pessoa.html
Esta juventude!!!!!!
- Ó Nadinha, tu já reparastes que esta juventude não sabe ler nem escrever?
- Ai não? Eu tinha a ideia de que eles até sabem ler e escrever em inglês, pelo menos na Internet…
- Não sabem falar nem ler nem escrever português. Eu, por mim, quando andava na Escola Primária já não dava nenhum erro, dava zero erros.
- Ai sim?
- Eu e os outros, claro! Percebestes? Fostes tu mesma que me dissestes…
- Mas tu ainda outro dia disseste que um carro ficou “subterrado (1)debaixo de água”
- E ficou!
- Mas tu também disseste que os políticos “camufulam”(2) a realidade…
- E camufulam!
- E que a CEE não é uma “panaceira”(3) universal…
- Não é nenhuma panaceira, não é uma panaceira!
- Ó filha, se tu já não davas erros na Escola Primária, quando é que começaste a dar erros por uma pá velha? (4)
Tradução para português: (1) submerso ou imerso, (2) camuflar, camuflam; para evitar palavras esquisitas como esta e outras, usar o infinito, a perifrástica: tentam camuflar, estão a camuflar. (3) Panaceia universal: remédio para todos os males, como os procurados pelos alquimistas (não tem nada a ver com peneira). (4) Quando as pás estão velhas, ao apanhar terra ou areia, ela foge pelos buracos, em tanta quantidade como a aqui representada.
Todas estas palavras e expressões correspondem à realidade, foram ditas pela mesma pessoa e são apenas um exemplo entre muitos.
- Ai não? Eu tinha a ideia de que eles até sabem ler e escrever em inglês, pelo menos na Internet…
- Não sabem falar nem ler nem escrever português. Eu, por mim, quando andava na Escola Primária já não dava nenhum erro, dava zero erros.
- Ai sim?
- Eu e os outros, claro! Percebestes? Fostes tu mesma que me dissestes…
- Mas tu ainda outro dia disseste que um carro ficou “subterrado (1)debaixo de água”
- E ficou!
- Mas tu também disseste que os políticos “camufulam”(2) a realidade…
- E camufulam!
- E que a CEE não é uma “panaceira”(3) universal…
- Não é nenhuma panaceira, não é uma panaceira!
- Ó filha, se tu já não davas erros na Escola Primária, quando é que começaste a dar erros por uma pá velha? (4)
Tradução para português: (1) submerso ou imerso, (2) camuflar, camuflam; para evitar palavras esquisitas como esta e outras, usar o infinito, a perifrástica: tentam camuflar, estão a camuflar. (3) Panaceia universal: remédio para todos os males, como os procurados pelos alquimistas (não tem nada a ver com peneira). (4) Quando as pás estão velhas, ao apanhar terra ou areia, ela foge pelos buracos, em tanta quantidade como a aqui representada.
Todas estas palavras e expressões correspondem à realidade, foram ditas pela mesma pessoa e são apenas um exemplo entre muitos.
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