Estou a acabar de ler o livro "Mulheres" de Pearl Buck. Curiosamente, descobri que tinha dois exemplares desse livro, ambos ainda com ãs folhas coladas, o que significa que nunca foram lidos. Estranho! Mas é claro que eu já tinha lido um outro exemplar qualquer, porque me lembro bem de algumas cenas... enfim, antes deste li "Debaixo do Céu", da mesma autora e vou parar por aqui, senão não paro. Mas os meus favoritos são: Terra Bendita (ou Boa Terra) e os filhos de Wang Fô, se não me engano, que é a continuação de Terra Bendita.
Esta autora, que ganhou o Nobel, é talvez um dos poucos nobelizáveis que ainda se lêem com prazer.
O exotismo faz-nos evocar e despertar recantos escondidos da nossa alma, as tremendas injustiças, parece que as conhecemos pessoalmente, embora nada de semelhante se tenha alguma vez passado connosco... é apenas a compreensão humana, o grande equiparável ao pequeno, ou "o que está em cima é igual ao que está em baixo", da Tábua da Esmeralda.
Neste, que acabei de ler, nota-se claramente que pode haver algumas ou muitas vantagens para a primeira esposa no facto de o marido ter 1 ou 2 concubinas. Pelo prazer da solidão...
Mas, quem nunca experimentou as delícias secretas da solidão, aqueles e aquelas para quem a solidão é um terror, como entenderão este prazer? Resposta: sim. Entenderão. Conseguirão sentir tudo isto, mesmo que não o compreendam racionalmente.
É isto que distingue a grande literatura: o que nos irmana a todos.