terça-feira, janeiro 19, 2010

Tara Ghandi

Fui à Gulbenkian ouvir falar a neta do Ghandi, Tara Ghandi.
É uma mulher sábia, que tenta difundir e também pôr em prática o legado do avo^.
Disse algumas coisas que me impressionaram, senão totalmente originais, pelo menos interessantes no contexto.
- Qual é o contrário do amor? - disse ela. - O ódio? A indiferença?
- Não, é o medo.
Exprimindo amor e respeito por todos e também pelos animais, disse que em todas as línguas que conhece, os homens se insultam chamando uns aos outros nomes de animais. Além de os comerem, de tirarem deles alegria, companhia, etc...
"As vibrações do silêncio - é essa a melhor linguagem".
Uma mulher sábia, a que devemos prestar atenção: é provável que dê entrevistas a jornais...

domingo, janeiro 17, 2010

FERROADAS

É para mim um mistério isto:
Este blogue tem já 4 anos, 1027 Mensagens, 33 000 visitas e etc...
O meu blogue Escrevedoiros só tem:
448 Mensagens, 10 000 visitas, etc.
Este pequenino tem, no entanto, mais seguidores, mais blogues que linkam para ele, parece ter a preferência dos visitantes. Mas tem tão poucos por dia, que acabo por publicar aqui o que desejo que seja lido...
Enfim: escrevo neste o que me incomoda e lá, o que me agrada.
Estou convencida de que algo que distingue os poetas, (sem me estar a considerar poeta), é sentirem, por um lado, uma grande maravilhamento perante as coisas belas e superiores e por outro, um horror/asco/nojo perante os aspectos irrisórios e prosaicos do mundo. Creio que o que fiz foi separar os dois em dois blogues. Mas o que tem mais sucesso, no fundo, é este. Talvez por causa das "ferroadas" que dá...
Vem isto a propósito de Escrevedoiros estar agora nos links do Blogue Ferroadas, o que muito me orgulha, pelo que passo a colocar as Ferroadas aqui, nos Favoritos. Temos em comum o sermos mais ou menos anarquistas: o mais ou menos é da minha parte. E jovens, porque todos os anarquistas são jovens, independentemente da idade (biológica).
Saliento este post
de FERROADAS: Pão de Terra

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Pica-Pau

Às vezes não sei se hei-de colocar um post aqui ou nos Escrevedoiros, mas aqui é visto por muito mais gente...
Enviaram-me isto por email e é impressionante. Seria de esperar que desistisse, não acham?

terça-feira, janeiro 12, 2010

Falta de Mulheres

Já aqui falei disto em tempos, mas ainda não tinha uma prova a confirmar, como o é esta notícia do Jornal I.
Quando falei a primeira vez, a Jubi, que vivia no Japão, comentou que isto acontece e m todo o Oriente e que qualquer mulher casada tem, pelo menos, um amante.


Mais de 24 milhões de chineses podem não ter mulher em 2020

Frequentemente se acusam as mulheres de terem falta de homem, mas o inverso deve ser bem pior.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Um dos posts muito procurados neste blogue é aquele em que tenho o poema "Autogénese" de Natália Correia.
Aqui vai o vídeo em que a própria Natália o declama.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Conchelos


Agora que sei que os poupilos são conchelos, já posso pesquisar na net (ver post anterior).
E sinto-me muito feliz porque descobri grandes propriedades interessantes dos poupilos/conchelos: são bons para a epilepsia, o suco é calmante, a folha é boa para feridas e para queimaduras...
Era uma das plantas da minha infância, que tinha esquecido há décadas, até que as vi por acaso na Espiúnca, uma aldeia para onde gosto de ir passear, por ser ainda muito campestre.
Lembro-me de que me esqueci de que a minha mãe me ensinou uma brincadeira especial com esta planta. Creio que ela representava ou simbolizava qualquer coisa; uma boneca, a roupa da boneca? A comida? Vi na net que a planta fica vermelha no Verão e dá flores. Arroz? Será que as flores faziam de conta que eram arroz?
A minha mãe sabia brincar sem brinquedos, como quem nunca os teve e ensinava-me a fazer isso, o que era mais curtido do que ter um fogão que parece um fogão, uma panela que parece uma panela, como as das minhas amigas, que me pareciam ridículas. Elas e as suas domésticas panelas de brincar.

Duvido que alguém se lembre destes muitos pormenores que a minha mãe me dizia e que esqueci. Não é possível perguntar-lhe a ela, que já morreu há séculos... no século passado.
Mas eu lembro-me de que me esqueci. E sei que era giro aquilo que lembrava, se não tivesse esquecido. Tinha a ver com símbolos. Com representações irreais, muito mais belas do que a realidade.

"Infância, a idade de ouro dos poetas" - Garrett


Afinal, a Inteb e a Emília lembram-se bem disto tudo. Porque será que esqueci?

Mas vocês nunca tinham ouvido falar das suas propriedades medicinais, nem imaginavam, pois não? A Internet é incrível: juntou logo as vossas memórias e a informação dum "expert" no assunto.


terça-feira, janeiro 05, 2010

Poupilos... O que será?




De repente, vi um maciço de poupilos. Como não tinha máquina fotográfica, fui à procura no dia seguinte e encontrei estes, naquela borda da cruz.
Não sei o que são poupilos, nem os encontro na Internet. Ou têm um nome inteiramente diferente, ou são desconhecidos.
Fazem parte das plantas da minha infância. Bonitos, estranhos, agradáveis ao tacto.
Da infância passada no campo costumo guardar os sabores de todas a coisas e também das ervas. Sabor amargo, desagradável.
O que será?
Agradeço ao autor do blogue, muito interessante
o esclarecimento que deu aqui em baixo, em nota:
"São conchelos, e um dos nomes comuns que lhe dão é Umbigo-de-Vénus."

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Quarto aniversário deste blogue

Faz hoje quatro anos que decidi fazer este blogue e que o passei à prática. No dia um de Janeiro, por me parecer essa uma maneira boa de começar o ano, a fazer algo de diferente e de definitivo.
Muita água correu no entretanto no leito das águas.
A minha relativa filiação budista Zen nunca aparecia aqui, mas através do Facebook descobri muitas mensagens budistas interessantes, que decidi partilhar convosco.
Ver este vídeo com écran completo, descontrair, não dar muita importância à mensagem escrita com palavras: ouvir por dentro.
Nestes 4 anos, tive visitantes muito frequentes e muito participativos, que desapareceram e deram lugar a outros. Não sei se desapareceram para sempre, pois alguns deixaram de comentar mas continuaram presentes.
Orgulho-me muito dos que tenho agora como assíduos participantes.
Obrigada a todos, os leitores e os comentadores, pois é para vocês que escrevo, não só os blogues mas também muitas outras coisas!

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Procure um trevo de quatro folhas

UMA DÉCADA DE 2010 MUITO FELIZ!!!
QUE REALIZEMOS OS NOSSOS SONHOS
E QUE SONHEMOS OUTROS PARA REALIZAR DEPOIS
Procure um trevo de quatro folhas para dar sorte para este Novo Ano

terça-feira, dezembro 29, 2009

"Caim" livro de José Saramago

Foi com surpresa que li o livro "Caim" de José Saramago nestes dias de Natal.
Tanta celeuma, tanta polémica, tudo por causa dum livrinho aparentemente sem grandes ambições e até mesmo cómico?
Mais uma vez, depois de ter feito o mesmo em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", Saramago vai à Bíblia importar histórias magníficas e conta-as à sua maneira, ganhando muito dinheiro com essas histórias que lhe não pertencem, enquanto procura ridicularizá-las.
Gostei do livro, ri-me muito, mas não me parece que seja para levar a sério.
Caim, depois de matar o irmão Abel, como toda a gente sabe, viaja no tempo e assiste aos grandes episódios da Bíblia em que o Deus do Antigo Testamento mata ou manda matar milhares de pessoas ou mesmo todas (no caso do Dilúvio), sem que se veja um motivo para tal, se interpretarmos a Bíblia literalmente.
O interesse do romance é sobretudo o humor de Sramago, que só se lhe conhece dos livros, parecendo não o ter na vida "real" e a magnificiência dos episódios bíblicos "tomados de empréstimo", como este senhor costuma fazer.
Notar que o livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" foi publicado , mais ou menos em simultâneo com o livro dum escritor americano designado "O Evangelho Segundo o Filho" e numa época em que muito se fala muito dos Evangelhos apócrifos: "O Evangelho Segundo São Tomé", etc.
Fez-me lembrar aqueles filmes de Mel Brooks em que, usando hilariantes anacronismos, o cineasta conta a sua versão da História da Humanidade. Confesso que não me lembro do título do ou dos filmes. Se alguém se lembrar...
É caso para pensar se não será uma atitude de procura de fé por parte do autor, ainda o veremos dizer como Bocage: "Rasga meus versos [livros] /crê na Eternidade".

domingo, dezembro 27, 2009

O Caminho de Ferro





Nesta pequena localidade do Douro Litoral já referida, houve um dia o grandioso projecto de fazer um caminho de ferro, com comboios que chegassem lá e a ligassem à civilização.
Se observarem bem as fotos verão... não, não pode ser... será?
Por vicissitudes da política, que tão bem conhecemos hoje em dia, o caminho de ferro não se fez e os habitantes locais ficaram a ver navios...
A ver navios não, por duas razões: a primeira é que a terra não fica à beira-mar, a segunda é que o povão foi buscar os carris de ferro que estavam amontoados à espera de melhor sorte e fez com eles...
Ramadas para videiras de uvas para fazer vinho verde tinto. Para além dos postes / esteios de granito, impensáveis hoje em dia, reparem na configuração da secção dos ferros que seguram os arames, que por sua vez seguram as videiras.
Ampliar. Vê-se melhor na terceira fotografia. Chama-se a isto ramada ou latada, conforme a terra.
Também se chama caminho de ferro aéreo. Chão que deu uvas. Esperteza saloia. Aceito outras sugestões.
Agora fala-se do TGV...

sábado, dezembro 26, 2009

Cruzes!


Posted by Picasa
Aqui, no Douro Litoral onde me encontro agora, ainda se vêem algumas cruzes como esta na berma das estradas. E são bermas bonitas, agora no Inverno, com tanta vegetação. Adivinhem o que significa a cruz: que morreu aqui um homem, talvez há cinquenta, sessenta anos, creio que caiu. Imaginem se agora puséssemos ainda cruzes em todas as bermas de estrada onde morreu gente: era tudo cheio de cruzes em toda a parte.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Falar Línguas Estrangeiras

Um pássaro Mainá, que julgo ser um estorninho, na China, aprendeu a miar para impor respeito a dois papagaios que o dono tinha. Percebeu que os bichos têm medo do gato da vizinha e toca de falar a língua dele.
Não é giro?
VER AQUI

terça-feira, dezembro 22, 2009

Beijos, abraços e assim...

Vou às Amoreiras quase todos os dias, mas hoje, desde que entrei até que saí, dir-se-ia que conhecia todo o mundo: beijos, abraços, há que tempos, adeus com a mão, com o braço, outros fingiam que não me viam... é giro.
Nestas alturas percebe-se quem são as pessoas que nos dizem algo ou nós a elas e as que zarparam da nossa vida, talvez para sempre.

Suponho que andava todo o mundo a comprar umas prenditas... e uma roupita... e uns sapatitos...

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Este tempo parece um doce semi-frio. Encasacamo-nos por causa do frio e vem uma chuvada fortíssima. Embotamo-nos para o temporal e fica um tempo azul e morno...
Espero que o Natal seja quente, o que raramente acontece, apesar do aquecimento global.
Viva o aquecimento global!