sábado, junho 19, 2010

José Saramago

Aprecio muitíssimo a obra de José Saramago, mas nunca gostei da personagem José Saramago e não vou agora afirmar o contrário.

Pergunto-me se a personagem era real ou também fictícia, aquela que apostava sempre no cavalo errado em termos de polémica: pelo comunismo no pós-comunismo e no pós-muro de Berlim, estalinista décadas depois de se ter percebido o que foi o estalinismo, por Fidel quando os cubanos fugiam de Cuba em embarcações improvisadas para serem pasto de tubarões... contra a religião numa época em que o mundo inteiro regressa à religião, tentando livrar-se do materialismo que até hoje tem empedernido o planeta.
Fica a sua obra e deixa de existir, a partir de agora, essa diferença entre obra e autor, razão pela qual muitos irão dar o dito por não-dito.

E fica a satisfação de ter regressado a Portugal.

Quanto à obra, essa ficará para sempre no nosso coração e no nosso imaginário. Personagens como Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas... são tão de lado nenhum, que podem muito bem ser portuguesas.

sexta-feira, junho 18, 2010

Aung San Suu Kyi



Aung San Suu Kyi líder da oposição na Birmânia e Prémio Nobel da Paz, faz hoje 65 anos em prisão domiciliária, nesta casa do lago, completando quase 15 anos em cativeiro.
Uma coisa que podemos fazer é enviar-lhe uma mensagem através do Facebook, outra é, por exemplo, escrever um email ao Secretário Geral da ONU, instando-o a que se esforce para instaurar a democracia na Birmânia, também chamada Burma,


Também se pode dar dinheiro.

quarta-feira, junho 16, 2010

A Boneca da Montra



Lembram-se da Boneca da Montra?
Aquela boneca lindíssima que estava na montra?
A boneca que nós desejávamos levar para casa e amar para sempre, mas que tínhamos vergonha, medo, terror de pedir? E que nunca esquecemos porque nunca a tivemos, assim como a teríamos esquecido como uma das bonecas vulgares que usamos, até as termos escaqueirado em frangalhos, para sempre?

A minha Boneca da Montra eram umas galochas brancas de plástico, que havia aos montes na feira da minha terra, que não tinha montras nem bonecas. Ainda hoje sonho com elas, de noite, a dormir. Eram muito baratas, mas eu não sabia nada de preços. Um dia mostrei-as à minha mãe, com um ar de quem não quer a coisa (mas queria, juro!). Respondeu que não prestavam, que eram geladas para o Inverno (era Inverno) e esqueceu o assunto imediatamente. Eu não. Ainda me lembro.
Ainda hoje sonho com elas, de noite a dormir: duas botas brancas lindíssimas, ali assim.
Comprei esta boneca da montra, o computador pequenino e branco, mas maior do que o outro, também pequenino e branco, como duas botas brancas, pequeninas e desemparceiradas da feira onde as via de quinze em quinze dias...

Quando comprei o mais pequeno, que só tem 2 Gigabites de memória, postei aqui vários textos sobre a Boneca da Montra. Incluindo um concurso com prémios incríveis... eu não disse que eram bons, só que eram incríveis...
Para ler esses posts, basta clicar na tag em baixo e em verde "A Boneca da Montra".

Quanto às botas, galocha, tão brancas como estes dois netbooks, comprei no Outono passado umas galochas pretas de plástico e lindíssimas, no Stockmarket. E uma minha colega super-hiper-tia-de Cascais (em vez de Cascais talvez da Vorduzela, Vuvu) apontou-as a dedo e exclamou:
- São de plástico!
- Oh! Não! - exclamei eu, em pânico - É proibido? Vou presa por usar botas de plástico?!
Será proibido usar galochas pretas de plástico, em vez das galochas brancas e maravilhosas da minha infância... que povoam os meus sonhos a dormir...
Que sonhos! Que maravilha! Que terror!

Como é maravilhosa e terrível a juventude! Como o terror não desaparece com o tempo!

terça-feira, junho 15, 2010

Futebol!

Toda a minha experiência futebolística se resume a alguns jogos que vi no terreno entre o Arouquense Futebol Clube e o Paivense. Duas equipas rivais e duas terras rivais por causa da comarca de Arouca, pegavam-se sempre à batatada muito antes de haver "hooligans". Aliás, a gente aqui nunca precisou de expressões escritas noutra língua para fazer o que nos deu na bolha.

Como mulher do norte que sou, adorava ver a bagunça, (embora não batesse nem apanhasse) e só acompanhava os meus amigos ao estádio(zinhinhinho) nessa ocasiões e por este motivo. Também era quando tinha mais fregueses... ia todo o mundo.
Era um estádio com chão de terra, tinha uma corda a separar o público dos jogadores, tudo muito familiar, por entre a poeira da tarde.
Lembro-me, em particular, dos olhos abertos de surpresa e de espanto duma mulher, no momento em que alguém lhe partiu na cabeça o cabo dum guarda-chuva daqueles grandes e pretos, por exemplo, mas o momento mais emocionante foi quando uma jovem paivense mordeu o dedo dum jogador arouquense (arouquês?), o qual teve a ousadia e o desplante de lhe fazer aquele gesto do Pedro Abrunhosa... bem perto da cara... e da boca.
Imagino que lhe tenha servido de escarmenta e que nunca mais na vida tenha feito tal gesto, até porque me parece que ela lhe arrancou o dedo fora...

Bons tempos! Mas ainda não havia vuvuzelas.
Outra das minhas reivindicações contra o Mundial de Futebol (a primeira é a vuvuzela, uma tradição muito nossa) é que não posso ver na televisão o canal italiano Rai Uno, que gosto de ver... como também passa os jogos, não pode fazer concorrência ao nosso canal dos jogos. Talvez a RTP... não sei.

Il mio cuore va (titanic version) - Sarah Brightman


Lindo! Lindo!
Wonderfull!

Letra
Ogni notte in sogno,
Ti vedo, ti sento,
E così io so che ci sei.
Tu, da spazi immensi,
Da grandi distanze,
Sei venuta e so che ci sei.

Qui, la, dovunque sarai,
Sento forte il mio cuore che va.
Ancor la porta aprirai,
Per entrar nel mio cuore,
E il cuore mio va e va.

Per, la nostra vita,
Vivrà questo amore,
Se saremo insieme io e te.
Io ti ho sempre amata, ti ho
Stretta davvero e vivra
Per sempre il mio amor.

Qui, la, dovunque sarai,
Sento forte il mio cuore che va.
Ancor la porta aprirai
Per entrar nel mio cuore,
E il cuore mio va e va.

Sei qui, paura non ho,
Sente che batte forte il mio cuor.
Sarà per sempre così ti,
Protegge il mio cuore,
E il cuore mio va e va.



sábado, junho 12, 2010

O Teólogo Joseph Ratzinger

Ando a ler com prazer e entusiasmo um livro do teólogo Ratzinger antes de ser Papa. Escrito na década de 80, considera, no prefácio posterior, haver dois períodos importantes para a religião no Século XX. O Maio de 68, ou seja, 1968, em que a utopia passou para o lado do humano, desligando-se das religiões e negando-as, e a queda do muro de Berlim, em que a utopia deixou de se colocar ao nível humano, por falência dos ideiais políticos (a seu ver, eles também baseados no Cristianismo e tomados também como uma fé).
O Papa leva muito a sério a importância especial dada actualmente à parte mística das religiões, nomeadamente à expansão das ideias budistas no ocidente e outras...
E diz algo que me surpreende num Papa, já que o livro foi reeditado agora. E que ainda estou a ler no princípio. Passo a citar.
"... Assim como o fiel se sabe constantemente ameaçado pela incredulidade que o acompanha como uma tentação sem fim, também a fé constitui para o incrédulo uma ameaça e uma tentação para o seu mundo aparentemente completo. " p.32

E prossegue nesta ideia
" ... Tanto o fiel como o incrédulo participam, cada qual à sua maneira, da dúvida e da fé, desde que não se escondam de si mesmos e da verdade do seu ser. Nenhum deles consegue fugir totalmente à dúvida, nem à fé..." p.33

Chamam fanático e retrógrada a este homem? Gosto particularmente da frase "desde que não se escondam de si mesmos e da verdade do seu ser".

O que me leva também a reflectir sobre isto: há hoje inúmeras pessoas que afirmam ver Cristo e falar com ele, ver anjos, santos, espíritos, etc. Nem todos me parecem charlatães, antes me parecem estar noutra onda qualquer e, se enganarem alguém , fazem-no primeiro a eles mesmos.
Pergunta: por que razão não vêem os Papas a Deus? Por que razão são eles também assaltados pela dúvida, perante o silêncio e a invisibilidade de Deus? Invisibilidade de que este livro fala muito, também.
Acreditaremos nestas pessoas porque não nos enganam, sendo racionalistas e promovendo o racionalismo, ou acusamo-las de excesso de racionalismo e de falta de iluminação?
Comoveu-me e espantou-me, pelas mesmas razões, a confissão do Papa em Fátima, afirmando que é fácil um crente ter inveja de Francisco porque ele viu e o crente não vê. Inveja: refere-se a ela muitas vezes neste sentido.

Parece-me um alma torturada pelo silêncio de Deus, a invisibilidade de Deus, pela inveja de quem o vê, pela dúvida e pela fé.
Sempre gostei deste Papa, por me parecer, tal como outros Gurus, que tem algo para transmitir a toda a humanidade. Nem que seja a sua humilde e pobre humanidade, revestida de vestes douradas. Talvez de ouro falso.

P.S.: Os livros deste autor lêem-se com agrado,porque têm sempre uma feição narrativa.
Livro: Introdução ao Cristianismo, Joseph Ratzinger. - Estoril: Principia, 2006.

sexta-feira, junho 11, 2010

Poemas

Acabei de publicar dois poemas meus no Triplo V e deve sair uma minha peça de teatro no próximo número da revista Triplo V

quarta-feira, junho 09, 2010

Boas férias!




As aulas terminaram. Vêm aí as férias para todo o mundo, mais tarde ou mais cedo...
Ainda vivemos no Tempo da Abundância e estamos agora no Tempo das Cerejas.
Boas férias!

Uma chama feita de água



Linda esta música. E a imagem final, uma chama feita de água.
Gregorian and Vangelis: "Wish you were here" (Pink Floyd)

Letra:

So, so you think you can tell Heaven from Hell,
blue skies from pain.
Can you tell a green field from a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange a walk on part in the war for a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls swimming in a fish bowl, year after year,
Running over the same old ground.
What have you found? The same old fears.
Wish you were here.

segunda-feira, junho 07, 2010

河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハ

河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ

E aqui vai também uma sonora gargalhada em Japonês.
Ocorreu-me que, logo depois de ter sido rei da China, talvez eu tenha sido Samurai no Japão, daqueles das espadas sagradas. Se calhar matei mais umas centenas de pessoas, mas, mais centena menos centena... não é por aí...

sábado, junho 05, 2010

哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈

Agradavelmente, a minha reacção em relação ao narrado no post anterior, tem sido esta:

哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈

Ver tradução, a partir do Chinês, no Google Translator.

(Ou seja: uma grande gargalhada, em chinês.)


sexta-feira, junho 04, 2010

Que felicidade!!!

Há seis meses, foi-me diagnosticado um cancro de pele. Como o dermatologista não era bom e eu já tinha aquilo há muito tempo, não acreditei. Há três meses fui a uma médica óptima, que confirmou o diagnóstico.
Há quinze dias, fui operada para tirar o sinal, fizeram-me um buracão com muitos pontos. Hoje fui tirar os pontos e saber o resultado da biópsia: afinal não era nada, só um quisto sem importância nenhuma. UFFF. Quem anda pelos médicos!
A minha médica naturista, maluca, visionária, milagrosa, azamboada, essa sempre disse que não era nada. Que não tirasse o sinal e que o meu único problema era ter sido o rei da China numa anterior encarnação: declarei várias guerras, nessa época e por isso tenho um Karma complicado (como contei no penúltimo post).

Desejem-me bom fim-de-semana. Vou tentar esquecer o sinal, os pontos e o rei da China.
(Algumas pessoas pensam que inventei esta história, o que é natural, pois invento histórias, mas isto passou-se comigo.)

quinta-feira, junho 03, 2010

Biblioburro



Já tinha ouvido falar da saga deste homem, que leva os livros em burros pelos caminhos rurais da Colômbia. Uma biblioteca ambulante, de burro. E que terra tão tranquila, La Glória!

quarta-feira, junho 02, 2010

Ainda os médicos LOL

Uma senhora que conheci, foi um dia ao médico. O qual lhe disse, com ar pesaroso e dramático:
- Você nunca mais, em toda a sua vida, pode comer sardinhas. Ouviu?!
- Tudo bem - respondeu ela, alegre - detesto sardinhas!
O médico, desolado, descoroçoado e desorbitado de espanto, retorquiu, lúgubre:
- Você não sabe o que perde!

Interpretação: claro. Se ela tivesse começado por dar essa informação de que odiava sardinhas, logicamente o médico tê-la-ia aconselhado a comer sardinhas todos os dias durante o resto da sua vida.
Perante esta inusitada aversão ao prato quase nacional, e, a seu ver, delicioso, que diz ele? Volta atrás? Não. Mantém a sua palavra? Só pode, claro!

Nunca confiem nos médicos. Nunca lhes digam a verdade.

A não ser que sejam médicas naturistas, como a minha Rogélia, louca varrida, milagrosa, azamboada, com visões e que me revelou, recentemente, que eu fui o Rei da China há dez mil anos. Ainda perguntei, disfarçando a vontade de rir:
- Não seria a rainha?
Não, claro que não , a rainha não tem poderes nenhuns, nem responsabilidades nenhumas...
Fui ver à net: há dez mil anos já havia reis na China? Já existia um país chamado China? Resposta:
Sim.

É que Portugal tem 800 anos, mais coisa menos coisa... e é o país com as fronteiras mais antigas da Europa... A Europa é um pouco atrasada e recente.
LOL!

Em resumo: imaginem que vocês estão com o ego um tanto por baixo. Mesmo correndo o risco de ficarem ainda pior, suponham, por hipótese, que a vossa médica milagrosa vos diz que vocês foram o rei da China. Tinha-me sido detectada uma doença que parecia ser grave, pelos médicos normais, mas que afinal não era nada grave, como ela sempre afirmou. Afinal o meu verdadeiro problema é o Karma e mais nenhum!

Que não há motivo nenhum para eu me rir - diz ela, ofendida, ao ver-me rir às gargalhadas. Porque eu declarei guerra aos povos limítrofes, quando fui o rei, da China, diz ela. Que morreram milhares e milhares de chineses por minha causa. Isto para nem falar dos meus inimigos, ou, seja, os inimigos dos chineses, que caíram que nem tordos. E por minha culpa - diz ela. Porque eu tinha a missão de mudar o mundo para melhor, mas mudei-o quase para pior. Ou deixei-o estar tão mal como estava.

E concluiu, numa linguagem que não entendi bem se era espanhol (a sua língua) ou português ( a minha):

- Enfim, fodeste tudo!

Espero que fosse latim: "fodere" em latim, significa furar.

P.S.: Esta mulher curou uma minha amiga que estava desenganada dos médicos e que, não só está óptima, como deixou de usar óculos, porque agora vê bem sem eles.

domingo, maio 30, 2010

A praia e os médicos

Odeio praia.
Os médicos, pensando que me chateiam, dizem-me que não devo ir para a praia, por ser eu demasiado branca e demasiado sensível ao sol.
Nunca digam a um médico que gostam de alguma coisa. Mintam. Aldrabem!
Se vocês forem abstémios, mandam-vos beber álcool. Se gostam de álcool, dizem-vos que não podem beber uma gota.
Se vocês dizem que odeiam a praia, mandam-vos fazer praia, se dizem que adoram praia, proibem-vos de ir para lá.
Aqui estou eu à sombra, felicíssima por não estar a torrar à torreira do sol e a fazer a vontade aos médicos, que até recentemente, sempre me mandaram fazer praia. Por pensarem que eu não gostava de praia.
E agora mudaram de ideias. Parece que tenho um problema com o sol... e mesmo assim...
Embora com carradas de cremes, acham eles que eu posso, se quiser, ir para a praia. Não quero. Não vou! Ouviram bem?!

Adoro o mar, adoro o sol. Detesto praia, que é a terra. Terra Imunda!

domingo, maio 23, 2010

Os únicos amigos são os novos amigos

Biografia

Tive amigos que morriam, amigos que partiam
Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.
Odiei o que era fácil
Procurei-me na luz, no mar, no vento.


Sophia de Melo Breyner

Será que podemos tirar esta conclusão: os melhores amigos são os novos.
Segunda conclusão: os únicos amigos são os novos amigos

Nunca tal ouvi! - Dirão vocês!

sexta-feira, maio 21, 2010

Portugal no seu melhor


Já sei.
Já sei que os ledores desta escrevedora / escrevedeira (*) estão fartos de não terem visto um post novo durante uns dias. Cá esta.
Razões profissionais e outras, sobretudo OUTRAS me têm impedido de "postar"
"Wish me luck".

Portugal no seu melhor é, por exemplo, Sintra.
Cá fica a foto para os "ledores" estrangeiros ou que vivem no estrangeiro terem inveja de mim, que fui ontem a Sintra e hei-de voltar para passar uns dias.
Enveja? A enveja "Escura e feia" (de Bocage)?
Claro que não, refiro-me à inveja boa, claro. Tipo: Óh, quando eu for grande... /ou/ Óh, quando o Sócas estiver na cadeia, / ou / Oh, um belo dia veremos ("un bel di vedremo"), eu hei-de ir a Sintra. Depois de ter visto e revisto Lisboa, claro.

* A escrevedeira é um pássaro sazonal, que também passa por Sintra. Ver imagens da Escrevedeira no blogue Escrevedoiros.

domingo, maio 16, 2010

Le Temps des Cerises



Estamos, outra vez, no tempo das cerejas.
Aqui está uma bela e mesmo mítica canção francesa, Le Temps des Cerises.
Colocarei uma diferente versão no Blogue Escrevedoiros.


Letra

Quand nous chanterons, le temps des cerises
Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête.
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au coeur
Quand nous chanterons, le temps des cerises
Sifflera bien mieux le merle moqueur.

Mais il est bien court le temps des cerises
Où l'on s'en va deux cueillir en rêvant
Des pendants d'oreilles,
Cerises d'amour aux robes pareilles
Tombant sous la feuille en gouttes de sang.
Mais il est bien court le temps des cerises
Pendant de corail qu'on cueille en rêvant.

Quand vous en serez au temps des cerises
Si vous avez peur des chagrins d'amour
Evitez les belles!
Moi qui ne crains pas les peines cruelles
Je ne vivrai point sans souffrir un jour.
Quand vous en serez au temps des cerises
Vous aurez aussi des peines d'amour.

J'aimerai toujours le temps des cerises
C'est de ce temps là que je garde au coeur
Une plaie ouverte.
Et Dame Fortune en m'étant offerte
Ne pourra jamais fermer ma douleur,
J'aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au coeur.

Couplet ajouté pendant la guerre de 1871

Quand il reviendra le temps des cerises
Pendores idiots magistrats moqueurs
Seront tous en fête.
Les bourgeois auront la folie en tête
A l'ombre seront poètes chanteurs.
Mais quand reviendra le temps des cerises
Siffleront bien haut chassepots vengeurs.
n