segunda-feira, novembro 14, 2011

Austeridade do OE, escandalosa injustiça

Cito aqui um artigo de opinião do economista António Amaro de Matos, 14 Novembro 2011, in
 Jornal de Negócios


"[...]Ao limitar ao sector público a medida relativa aos subsídios de férias e/ou de Natal repete-se uma injustiça que já vinha do governo anterior com a redução de 5%, ainda vigente. Descriminam-se novamente funcionários e reformados, com o pretexto de que se estão compensando privilégios. Argumento só válido para pessoal não qualificado, aliás os menos atingidos. 

Claro que, com a nova medida, contribui-se para reduzir o défice pela via “virtuosa” da redução da despesa. E como reduções salariais aplicadas a trabalhadores do sector privado não reduziriam a despesa pública, estes foram poupados, poupando-se, de caminho, os descontentes. 

Mas perdeu-se uma oportunidade para dar um impulso muito significativo, talvez decisivo, à competitividade da economia portuguesa. Ao mesmo tempo que se originou uma séria iniquidade. Seguindo-se pela via fiscal, porque não penso possível no sector privado reduzir unilateralmente salários ou pensões (será possível no Estado e no SEE?), seria possível fazer a mesma redução salarial também no sector privado. Seriam cerca de 2,5 mil milhões, já considerada a quebra de IRS, a abater à receita da TSU.
 

Ao mesmo tempo, mantinham-se as relações pré-existentes de níveis de poder aquisitivo entre classes de profissionais, conforme a sua área de actuação, pública ou privada, contribuindo para a aceitação e estabilidade social.

No sector público, podia obter-se a mesma redução “virtuosa” da despesa proposta no projecto de OE, consignando a receita obtida a outras despesas do Estado, por exemplo, à CGA. 

Desvalorizo o efeito na economia da redução dos consumos das famílias. Trata-se de um ajustamento que em grande parte será para ficar. Os consumos vinham sendo artificialmente empolados por facilidades de crédito, o qual, já se sabe, não é possível manter.

E quanto às comparações fáceis com a Grécia, que a comunicação social tem promovido entusiasmadamente, preferiria que ensaiássemos comparações com a Irlanda, que suportou corajosamente medidas duríssimas, viu o PIB descer 15% e está já a crescer."

A injustiça aludida no começo, que julgo escandalosa, especialmente se lhe estiver associada a consideração suspeitada de que o sector público não é base eleitoral dos partidos no Governo*, o que já vi insinuado, acresce a outras também difíceis de explicar. Por exemplo, quanto à chamada aos sacrifícios dos cidadãos com maiores rendimentos, especialmente dos que são objecto de taxas liberatórias. Comunicadas pelos bancos sem referência a titulares dos rendimentos. Sem que o Estado se preocupe por não ter sequer conhecimento de quem lhe paga esses impostos e a que rendimentos correspondem."


* Saliento, eu, Nadinha, esta suspeita de que ninguém tinha ouvido falar: Parece, de facto, consensual que os Governos socialistas meteram na função pública muitas pessoas, que serão potenciais votantes do PS. Por isso, este governo sacrifica-os.

Então e os outros? Os que sempre foram contra essa caricatura chamada Sócrates? E as pessoas honestas e decentes? Estão em desuso? Pois.

domingo, novembro 13, 2011

POORCOS (PIIGS) e outros hominídeos, ou Tio Patinhas versus Patacôncio

"Foi bonita a festa, pá". Da demissão do Berlusconi. E talvez da demisão do Papaqualquer coisa, substituído por um Papaoutracoisa.
Mas ambos foram substituídos por gente afecta aos mercados e aos bancos. Por escravos da finança. Gente de plástico.
Ou seja, "andamos de cavalo para burro", ou, pior ainda, de cavalo para hominídio dos mercados.
O grupo a que nos orgulhamos de pertencer, PIIGS, tradução POORCOS,* está na vanguarda do desastre.
O importante é que os bancos continuem a ter dinheiro, os muitos ricos a continuarem muito ricos, os remediados a tornarem-se pobres, os pobres a serem miseráveis.
Mas para que querem eles tanto dinheiro? Parece a rivalidade do Tio Patinhas versus Patacôncio. 
O que o Tio Patinhas tem, na sua caixa forte e sem qualquer utilidade para os outros, serve só para lhe dar prazer. Um dos seus prazeres é ter mais do que o Patacôncio. Guardado dentro do cofre.

Vamos ver aqui um vídeo que talvez nos esclareça sobre a situação que vivemos.


*PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha - Spain em inglês) - traduzido: POORCOS

sábado, novembro 12, 2011

Também há boas notícias

Aung San Suu Kyi, líder política da Birmânia que este presa vinte anos, apesar de ter ganho, entretanto o Nobel da Paz, agora em liberdade, vai provavelmente, participar nas próximas eleições.

Pertence-lhe a frase

"Use a sua liberdade para promover a nossa"

Este blogue muitas vezes se referiu a este problema, como se pode ver aqui, por exemplo

Ou clicando no nome, por baixo desta mensagem.

quinta-feira, novembro 10, 2011

Livros Ultra-Light

Fui hoje comprar a revista Sábado a uma banca de jornais. Por aí, tudo normal. Uma outra cliente da banca dos jornais ofereceu-me 3 livros, no valor de 6 Euros e 40. Tinha-os comprado para a sua mulher-a-dias, a qual não os quis por já os ter repetidos. Poisou-os em cima dos jornais, eu fui logo "cheirá-los", ofereceu-mos.


São livros ultra-light, tão light que nem se encontram nas livrarias. Creio que correspondem às fotonovelas que se liam antes do 25 de Abril. Ou aos da Corin Tellado, mas mais marginais.


Comecei a ler um: a rapariga encontrou na praia um mocetão bronzeado, muito másculo, etc, apaixonaram-se um pelo outro... Começa assim, não me parece que acabe mal...


Como leitora compulsiva de tudo quanto seja legível em todas as línguas que eu conheça, mal posso esperar para me atirar à leitura. Depois conto. Se me lembrar de contar.


Como quando li duma assentada todos os livros da irmã Lúcia, oferecidos também por alguém que os recebeu e não os quis.
Ou uma caixa de sapatos cheia de cartas e de postais recebidos por uma freira que, mudando de terra, não poderia fazer-se acompanhar de nada, mas não os queria deitar fora... ofereceu-os a alguém que mos deu. Comoveu-me a delicadeza das emoções e das ofertas de comida entre freiras, porque as outras oferendas não se podem guardar...
Parece-me que fiz justiça às cartas, que nem podiam ser guardadas, nem ir para o lixo. Hei-de voltar a lê-las.

terça-feira, novembro 08, 2011

Acordo ortográfico: Conversor Ortográfico Lince e corrector automático Microsoft

Se você tem textos em português antigo, o mesmo que dizer, em português actual, que em breve se tornará antigo, pode convertê-los rapidamente em português moderno.
Basta importar da net o


Conversor Ortográfico Lince (clicar por cima).


Depois, é colocar lá o textos "antigos". O conversor altera a ortografia do texto todo, sem alterar a formatação.


Se pretende fazer correcção ortográfica com o novo acordo, é importar da net e do Microsoft a actualização.


Por exemplo, AQUI


P.S.: Se isto foi útil para vocês, escrevam assim, aqui: "Obrigado/a Nadinha!"
P.S.2: Constato que muita gente veio aqui, levou e nem disse "Obrigado/a Nadinha!" Nem "Água Vai!".

Acordo ortográfico

Existe na net um bom guia do acordo ortográfico.

Uma linguista, amiga da Nadinha, diz que está muito bom.

A tendência vai no sentido de acabar com, ou pelo menos reduzir, os acentos e os hífenes. Só o saber isto, já ajuda a entender o resto. E acabar de vez com as consoantes que não se pronunciam: há as que se pronunciam aqui e não no Brasil e vice-versa.
A regra, um pouco estrambólica é: se em Portugal se pronuncia, os portugueses são obrigados a escrever, mesmo que não seja obrigatório no Brasil, mesmo se for proibido para os brasileiros. 
Ninguém é perfeito, e os acordos também não o são...
Exemplo: a palavra facto em Portugal, fato no Brasil.

Curiosidade engraçada: a palavra Egito passa escrever-se assim e, por esse motivo, não pode ser pronunciada Egipto. Esta pronúncia era um pouco afetada, talvez pronúncia de tia. 

Ao obrigar todo o mundo a dizer assim, faz uma alteração fonética da língua portuguesa.

Aparentemente, e ao contrário do que se afirma nos princípios gerais e metodológicos, também se fazem alterações na morfologia e na semântica. Assim, se Maio e Primavera se escrevem agora com letra minúscula, imitando o francês, também é verdade que se está a estabelecer uma diferença de grau dentro dos nomes (antigos substantivos) próprios: passa a haver pelo menos dois tipos de nomes próprios: os que se escrevem com letra maiúscula e os outros. 
Esta distinção é baseada em que critérios? Só pode ser em critérios semânticos...


(P.S.: Se isto foi útil para vocês, escrevam assim, aqui: "Obrigado/a Nadinha!")
Vieram cá muitas pessoas ver isto e não escreveram "Obrigado/a Nadinha!", nem "Água Vai". 

segunda-feira, novembro 07, 2011

Quadrilha

Ninguém sabe de Duarte Lima? Estranho... talvez ande a estudar filosofia com o Sócrates.

Esta gente gostava tanto de se exibir, como é que desaparece assim, de repente?

domingo, novembro 06, 2011

OLÁ, JANITO. WELLCOME.

"Retalhos da Vida de" uma Setôra I

Uma amiga minha é professora, como vocês sabem, e conta-me às vezes algumas histórias, incluindo esta, de quando trabalhou no Algarve. Vou iniciar a série "Retalhos da Vida de" uma Setôra, que inclui episódios já narrados, neste blogue, mas com link para eles.. 

Eu tinha uma turma do ensino secundário, com opção de Desporto. Quase todos os alunos eram jogadores da Torralta, ganhavam bem, viviam em grupo, às 6 da manhã já andavam a correr e a saltar, às 8 e meia estavam na minha aula cheios de speed, enquanto eu morria de sono da noitada da véspera...
A Torralta obrigava-os a estudar, mas não a ter resultados. Podiam chumbar todos os anos, que tudo bem.

Havia duas raparigas na turma, muito aplicadas e sossegadas, que não tinham nada a ver com os outros e um moço pouco atlético, mas filho de uma advogada e política local, o pior de todos e que me ameaçava com a mãe e com as leis da mãe. As raparigas estavam à frente e eu tentava dar aulas para elas as duas, enquanto os outros se riam, se divertiam, etc...

Tudo corria horrendamente mal, até que eu tive uma queda de tensão e de glicémia, o que me acontece muito. Fiquei pálida, com os olhos descentrados, sentei-me.
- O que é que a setôra tem?
Pela primeira vez, ficaram todos calados a olhar para mim. Disse-lhes que não era grave. Mas que eu poderia desmaiar. 
- Bem, se eu desmaiar, não se assustem, estas duas meninas (as tais) ficam aqui, uma de cada lado da minha cadeira, para não me deixarem cair ao chão. Alguém que me vá buscar um café com muito açúcar. E deixem-me em paz, não chateiem. Daí a pouco, fico bem.

Saíram quase todos, as doces mocinhas ficaram ao meu lado, simpáticas e atentas. Não tardou muito, regressaram todos os rapazes. Cada um deles trazia um café quase compacto de tantas carradas de açúcar que lhe tinham deitado. Colocavam o café em cima da mesa e sentavam-se no seu lugar, a olhar para mim, muito atentos, com uma expressão muito preocupada. Como não aguentei aquela atenção inusitada, pedi-lhes que me levassem para a pastelaria mais próxima, onde todos me chamavam a "doutora do Cimbalino". Cimbalino era o termo que se usava no Norte do país (Portugal) para designar o café expresso, a máquina tinha a marca italiana La Cimbali. E ali fiquei até à aula seguinte, que fui dar. Nunca faltei a uma aula sem um forte motivo.

Um motivo muito forte, nessa época, foi que me sentia sozinha, desadaptada e esquisita. No Carnaval, meti um atestado quinta e sexta feira, para o ir passar ao Porto. Ou talvez mesmo à minha terra, não me lembro bem. Creio que já contei neste blogue a aventura do atestado, passado por um médico que nunca cheguei a ver e pela sua simpática esposa. Chamado Liberto Espinha. Deve estar neste blogue, mas não está indexado, como quase todos os primeiros posts.

Cenas dos próximos capítulos: "Os aluno miam..."

sábado, novembro 05, 2011

BURRO MÓRBIDO

BURRO MÓRBIDO

Ao escutar esta expressão na televisão e sem estar muito atenta, (não ligo muito à televisão), sou, obviamente, levada a pensar:

- O quê? BURROS MÓRBIDOS? Isso é coisa que não falta neste país, a começar por um tipo que nem conseguiu tirar um curso, (a não ser aos domingos), mas que conseguiu dar cabo da nossa economia, da nossas política, da nossa moral e que, estranhamente, está em liberdade. Não uma liberdade provisória, mas uma estranha liberdade de fazer tudo o que lhe apetece, incluindo gastar o erário publico dum país, apesar de ser um BURRO MÓRBIDO, etc...

Como sou um pouco distraída ou desatenta ( quanto não prestamos atenção a uma coisa é porque estamos a prestar atenção a outra) dou-me conta, de repente, de que estou a ver, sem lhe prestar atenção,  a Televisão Italiana. 

Um programa de Culinária. A RAI Uno tem programas giríssimos de culinária e gastronomia que aconselho vivamente, como por exemplo, "La prova del Cuoco" Sábado de manhã, ou mesmo "Linea Verde" Domingo de manhã, ambos ao fim da manhã.

Bem, desculpem, acho que me enganei. Percebi mal.
BURRO MÓRBIDO, em italiano, quer dizer manteiga (burro) mole (morbido)

É quase como a expresão italiana TASCA SINISTRA. Adivinhem o que quer dizer. Resposta: bolso (Tasca) esquerdo (Sinistro/a).

P.S.: (PS?): Nunca me passaria pela cabeça, sequer, chamar burros mórbidos ao que votaram no BURRO MÓRBIDO e que o reelegeram.

sexta-feira, novembro 04, 2011

Civismo, Civilização, versus Medo

Alguns estudantes e turmas inteiras de alunos reflectem a sociedade portuguesa no seu pior.
Todos nós tivemos professores horríveis, uns que não sabiam nada, outros, ou os mesmos, que tinham um temperamento insuportável. Ainda os há, se bem que mais moderados nos danos que podem causar... pois já quase não existe a agressão física.
Os alunos que refiro, portam-se muitíssimo bem com professores horríveis e muitíssimo mal com os outros. Como consequência, os professores mais simpáticos e que mais seguem a pedagogia correcta, são os mais martirizados. Os que nada entendem disso nem querem entender, esses estão sempre bem. Reinam pelo terror.

Não é isso o que acontece, em geral, na sociedade portuguesa? Passa-se o sinal vermelho e o risco contínuo, conduz-se com excesso de velocidade e sob o efeito do álcool, mas, sob o efeito do medo, somos exemplares.

Há muitos anos atrás (provavelmente ainda agora), acontecia muito o seguinte:
Um tipo que ia a conduzir via um parente ou um amigo e fingia que o ia atropelar. Guinava para cima dele e, quando estava quase a colidir, guinava para outro lado ou metia travões a fundo. Esta manobra era de alto risco. Por isso aconteceu muitas vezes matarem os filhos, os pais, as esposas, as namoradas e os amigos. 
Sem culpa nenhuma! Coitadinhos! Estavam só a brincar...

Por essa altura, numa longa viagem em Marrocos, constatamos que o motorista fazia esta brincadeira sempre que encontrava grupos na beira da estrada (o que era raro). Mas quase todos fugiam a sete pés, mal viam aproximar-se uma viatura...

quinta-feira, novembro 03, 2011

Por favor, não me chamem anarquista. Nem nihilista. (Nadinha, mesmo)

Agora já entendo por que gostavam tanto do Sócrates: tinha tantas certezas, tantas seguranças, tanta confiança de que tudo ia correr bem, ele era tão bom que só poderia fazer tudo bem (excepto tirar um curso ao domingo, claro)... 


Este primeiro-ministro, pelo contrário, diz coisas como esta, que nos deixam aterrados:


“Não tenho assegurado o financiamento da economia portuguesa”


Também convinha ser um nadinha mais assertivo, criativo e crítico da MERKOSI (nome dado, e muito bem, ao duo  Merkel/ Sarkozy pelo político francês Cohen Bendit, um dos melhores deputados europeus, embora tenha, a seu tempo, feito a apologia da pedofilia, de forma inequívoca).


Ver Aqui, em francês, se não acreditam, não quero o vídeo no blogue


E são estes os nossos políticos europeus! nossos representantes europeus! Para onde nos leva esta cambada? Porque é que nós nos deixamos levar? E para onde, já agora?

segunda-feira, outubro 31, 2011

Bem-vinda, Narguiss

Olá, sete mil milhões!
Bem-vinda a esta terra, Narguiss!

Porque havemos nós de pagar o que outros embolsaram?

Alguns jornais e até mais o Correio da Manhã (curiosamente?) têm denunciado casos de desvio de dinheiros e de corrupção. 
O Expresso afirma que ainda precisamos de mais 25 mil milhões (não confundir com 25 milhões). O que se perde com os subsídio de Natal e outros, não chegam para nada disso.

Mas o Rui Soares ganhou milhões que não poderia ter ganho e vai ficar com eles...
Isaltino de Morais é acusado de ter recebido perto de meio milhão em luvas. Vai ficar com o dinheiro?

Afirma ‎o economista americano Joseph E. Stiglitz que "Socializámos as perdas e privatizámos os ganhos": Isto nem é capitalismo nem economia de mercado, é uma economia distorcida"

O Duarte Lima fugiu por ser acusado de crime de morte. E o dinheiro que desviou e o que "pediu emprestado" ao BPN? Vai ficar com ele?



E o BPN?

Vamos aceitar isto? E que mais vamos nós aceitar? A miséria?

sábado, outubro 29, 2011

Será possível existir tanta corrupção sem existirem crimes de morte?

Escrevi aqui, em 2010, um post com este título


PARA VER, CLICAR AQUI: Será possível haver tanta corrupção sem haver crimes de morte?


A resposta só pode ser não. E agora constatamos isso.
É claro que os mais angélicos dirão que não tem nada a ver uma coisa com a outra, o Duarte Lima pessoa, já indiciado por tantos crimes e o mesmo Duarte Lima político, ávido de dinheiro ao ponto de matar uma senhora... incriminando outra.

Só se esquecerem que este Duarte Lima político foi um importante político português, que contribuiu, com muitos da sua laia, para o buraco em que nos encontramos. E que vai ser pago, não pelos multimilionários que enriqueceram à nossa custa, mas por todos nós, incluindo os mais pobres, que pagam o pão e o leite com um IVA insuportável, para além do preço já alto dos cereais...


Nem era a Duarte Lima que eu me referia quando escrevi esse e outros posts do mesmo género. Referia-me à imensa quantidade de dinheiro desviado: os que se opusessem, os que descobrissem e considerassem a hipótese de denunciar os crimes... mas falamos de brandos costumes. Tão ingenuamente...

quinta-feira, outubro 27, 2011

Divani, a Festa das Luzes, ano de 5772

(Foto extraída da net)


Começou ontem na Índia  a Festa das Luzes, que marca o início do novo ano e celebra a vitória do bem contra o mal, da luz contra a escuridão, o nascimento da nossa luz interior, que nos traz paz e alegria. É comemorado por Hindus, Sikhs, Jains (da Índia) e ainda pelos Budistas do Nepal.
Celebra também Lakshmi, a deusa da prosperidade e da beleza.
A data é variável, começa na lua nova ou cheia,  entre Outubro e Novembro. 
Inicia-se agora, para todas essas religiões, o ano de 5772.


Vestem roupas novas, oferecem bolos e acendem muitas velas e lamparinas. A celebração dura 10 dias, sendo mais importante o último, em que lançam fogos de artifício. A família junta-se nesta ocasião e trocam-se votos de prosperidade, paz e alegria.

                                     

Fica aqui expresso o voto,  para todos os que lerem este post, de prosperidade, paz e alegria. Que  a vossa luz interior se ilumine, extinguindo a escuridão! Para sempre! :)

segunda-feira, outubro 24, 2011

Onde começa a corrupção e onde acaba a cauda das caudas

Ver esta notícia: clicar por cima:

Plágio alastra nas universidades portuguesas

Citando: "E há até quem faça teses a troco de alguns milhares de euros."

Nem vamos tão longe. Toda a gente copia e toda a gente acha normalíssimo copiar. Que leis temos contra esta actividade (copiar), que nem tem propriamente um nome?

Sim, a notícia do Expresso é verdadeira: a mim, foi-me proposto fazerem a minha tese por 1000 euros. Como eu andava com falta de tempo para a elaborar... Coisa chata: a tese do criaturo que me levava 1000 euros, não foi aceite... problema dele: o meu teria sido ter perdido os mil euros e ainda chumbar. O que, provavelmente, aconteceu a muita gente. Mas não a toda a gente.

E ainda existe o copiar, por exemplo.
Lei francesa: quem for apanhado a copiar no Bac, exame correspondente ao do 12º, é julgado. A pena pode ser ficar 5 anos sem poder realizar nenhum exame, incluindo o da carta de condução. A pena máxima, provavelmente não aplicável por obsoleta, é ser interdito, para sempre, de fazer exames.

Temos demasiadas leis, mas ainda não temos as suficientes. O que acontece em Portugal, a quem for apanhado a copiar no exame do 12º? Nada, claro.

Sim. Quem tem problemas em Portugal são só os bons. 
Os que não copiam ficam atrás dos que copiam. 

Os fraquitos e que copiam, têm 10, depois de terem tido negativa, mas... tadinhos...
Os muitos bons nunca têm 20. Os bastante bons raramente têm 18 ou 19...
Os que não sabem ler, entre aspas, têm 11 ou 12...
E asim é espoliado este país, enquanto muitos são apanhados distraídos,  a trabalhar... e talvez nem percebam que muitos, muitíssimos, não fazem nada e ficam à frente. Pelas razões que acabo de explicar e por muitas outras.

E sobretudo, pela mentalidade.

domingo, outubro 23, 2011

Palhaço Rico

O palhaço rico atravessa a pista do circo ou o écran da televisão
(O que é agora a mesma coisa)
E confessa:

"Eu confesso!" "Não, eu não confesso!
Antes direi, por mim, a verdade relativa:
Perdi a virtude, a honestidade, a fé...
Quem as não perde?

Com este dinheiro que ganhei, pude comprar muitas coisas
E todos me admiram por eu ter muitas coisas

Sou rico! Sou um palhaço... Que importa?
Todos se riem de mim, mas todos me admiram, no fundo.

Tanto foi o que perdi, pobre de mim...
Ninguém me ama, todos me desprezam
Fiz aquilo que todos fazem, mas muito melhor:
Entre os palhaços ricos, há-os muito menos ricos do que eu...

Vejam estas coisas que eu tenho, eu tenho tantas coisas:
Anéis, jóias, carros, casas, barcos, jardins,
Tudo isto ganhei com o suor do meu rosto,
Com a vergonha da minha cara, que perdi.

Se é de ouro falso que tudo em mim rebrilha
Que importa?
Eu tenho muitas coisas, tenho tudo o que é preciso
E muito mais

Sonhar, já não sonho a não ser a dormir
Realizei todos os meus sonhos... essa é a parte chata da questão

O que posso desejar ainda, me perguntareis vós:
Ser mais rico e mais palhaço ainda
Fazer rir toda a gente e mostrar as minhas coisas

Fazer rir às gargalhadas, para sempre
E chorar por dentro...
(Os palhaços também choram, sabiam?)
Porque perderam a ilusão e o sonho,
Porque todas as coisas são demasiado coisas e envelhecem

E existirão todas elas depois de mim, pertencendo a outros
Eu, pobre palhaço rico, chorarei então por dentro e por fora,
Pois já nada me pertence:

Tudo o que eu sou, comprei.
Tudo o que poderia ter sido, vendi.
Tudo o  que não fui, o que poderia ter sido... esbanjei.


             Graciete Nobre, Lisboa, Fevereiro de 97

(Outubro de 2014: Escrevi este poema em 2011 e detesto-o. Mas não o apago, porque cada vez é mais verdadeiro.)

sábado, outubro 22, 2011

Caríssimo(a) Calafona(*):
Acabo de alterar e melhorar, neste blogue, setembro de 2006, em sua honra.
Pus quase tudo azul. E acrescentei as etiquetas, tags, que ainda não existiam.
Por ser você o melhor freguês / ou a melhor freguesa.
LOL!


(*) Calafona: pessoa que vive na Califórnia. (Português popular dos Açores).
Olá novo "freguês" do blogue, um brasileiro chamado Gonçalo. Que gosta do Sporting. Seja bem vindo.