Imaginem esta situação:
Um homem acorda de manhã para o informarem de que a mulher lhe matou as filhas. Fica também a saber que é agora uma personagem famosa no país, espécie de inimigo público número um, que todos o detestam e que a mulher é uma mártir. Logo a seguir, começa a receber ameaças de morte.
Como se explica isto? Foi o que aconteceu.
Aparentemente, tudo se explica com uma atitude de grande tolerância do povo português, tudo só bons sentimentos. Ou a influência da comunicação social no seu pior. É a massa acrítica.
Sobre a tragédia de Caxias.
Precisamos de refletir mais e de reagir menos. É muito fácil ser muito bom e muito simpático, ao mesmo tempo que se destrói um ser humano.
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
quinta-feira, fevereiro 18, 2016
terça-feira, fevereiro 16, 2016
Só temos dois Óscares
Nos Estados Unidos todos os anos se considera que houve, nesse ano, muitos artistas bons, maravilhosos: atores, realizadores, guionistas, etc. os Óscares, por exemplo.
Em Portugal, em 500 anos, nós achamos que só houve dois bons: Camões e Fernando Pessoa. E ainda nos queixamos...
sábado, fevereiro 06, 2016
Fábrica Eletro Ceramica
Este prato foi feito pela Eletro Ceramica, fabrica que, a princípio, só fazia interruptores e tomadas em cerâmica, pois não os havia em plástico. Acabou por se aliar à Vista Alegre, depois de breve período em que fez loiças como esta. O desenho corresponde ao Serviço de D. João VI, produzido pela Companhia das Índias, designado por Serviço dos Pavoes.
Ver mais informações sobre a fábrica, aqui
Vitória ou derrota? Sinónimos?
É hoje consensual dizer-se que os professores conquistaram muita coisa com as suas lutas, o que agora designam por "interesse corporativo". Após uma dessas lutas, com grande greve, tivemos uma vitória tão estrondosa, que me deixou estupefacta. Nos dias que se seguiram, todos os jornais noticiaram o que chamavam a estrondosa derrota dos professores. É o que acontece agora com a estrondosa derrota / vitória do governo face a Bruxelas.
E outras bruxas.
P.S.: como os jornalistas se encontram ao serviço do grande capital, basta folhear os semanários de hoje para fazer essa constatação, os professores foram sempre considerados miseráveis e mártires até ao governo de Sócrates e da sinistra ministra ministra. De um dia para o outro passaram a ser considerados privilegiados.
Dito de outro modo, de derrota em derrota até a vitória final.
quinta-feira, fevereiro 04, 2016
Procuramos uma nova Europa
Parece-me a mim, Nadinha, que o novo governo e o novo presidente iniciam uma nova era, em que o sentido de humor volta a fazer parte das nossas vidas e da nossa política.
Que se F... o anterior governo e sua obediência a todos os poderes, mais o múmio e sua esposa múmia. Viva a GRÉCIA E A ITÁLIA e todos os que estiverem connosco. É precisa uma nova EUROPA!
Que se F... o anterior governo e sua obediência a todos os poderes, mais o múmio e sua esposa múmia. Viva a GRÉCIA E A ITÁLIA e todos os que estiverem connosco. É precisa uma nova EUROPA!
Gozemos o Carnaval
A criatura Cavaquistona, a certa altura, tirou-nos o feriado do Carnaval. Como primeiro ministro, ficou logo arrumado, para voltar mais tarde, travestido de múmia paralítica. Gozemos o Carnaval. E esta nova política, independente de bruxas, de bruxelas e etc..
sábado, janeiro 30, 2016
Minha liberdade roubada - dizem elas
Das profundezas de países como o Irão, as mulheres agitam-se por debaixo dos véus, no desejo de libertarem os seus cabelos e as suas vidas. Ê com horror que vêm um país como a Itália renunciar à sua cultura em vez de impor os direitos humanos e a liberdade.
É o que se demonstra num site do facebook, em que várias mulheres desafiam as leis iranianas mostrando publicamente o cabelo, como protesto contra o "véu" colocado nas nossas esculturas de nus e sobre a nossa cultura ocidental.
Este é um momento icónico da nossa era. Nunca mais nada vai ser como dantes, pois as imagens valem mais do que as palavras para exprimirem ideias e as imagens multiplicam-se exponencialmente para ridicularizar esta situação.
Já no passado europeu foi feita censura aos nus e muitas pinturas foram retocadas para esconder as "partes pudendas" por pintores que foram apelidados de "calcinhas" embora fossem sobretudo utilizadas imagens de parras. O mesmo para as esculturas.
A parte mais curiosa da situação é que os islâmicos no poder também são contra as parras, pois as parras são as folhas da videira e o presidente de Irão também pede que não se sirva vinho nas refeições em que esteja presente. O que levou o presidente francês a recusar almoçar com ele.
A tolerância do ocidente, nomeadamente dos europeus, para com estes intolerantes tem sido muito discutida, mas isto veio deitar achas para a fogueira. Que já estava acesa com os muitos milhares de muçulmanos que se refugiam na Europa dos extremistas muçulmanos. Sem quererem mudar de religião, ao que parece.
O site do Facebook que assim se manifesta é My Stelthy Freedom.
Cada foto de mulher que mostra o cabelo apresenta uma mensagem sobre as esculturas italianas.
Mudar? É possível?
Diz-me a minha amiga professora:
Perguntam-me várias vezes se é verdade ou retórica os professores dizerem que aprendem com os alunos. Vou contar dois casos: ao fazer uma aula de substituição, mandei 3 alunos para o sítio dos que se portam mal, com as consequências inerentes, um deles tinha sido muito malcriado. Semanas depois, fazendo nova substituição na mesma turma, o rapazito, com muito mau aspeto, aproveitou para me pedir desculpa, fui tão malcriado, não sei o que me deu. Um rapaz que foi meu aluno há 5 anos, terrível, tinha de o mandar para a rua todos os dias, é agora um aluno exemplar e anda sempre atrás de mim. Jura que o estou a confundir com outro, quando digo que chumbou 3 vezes no nono ano. Tudo isto se passa no corrente ano letivo.
O que aprendi? Vamos esquecer tudo o que ficou para trás, pedir desculpa e avançar.
Assinado: Nadinha
quarta-feira, janeiro 27, 2016
Esconder os nus e os vinhos. Para onde vamos, Europa?
Nada de nus e nada de vinho. Será que o presidente do irão ficava tão desorientado com os nus e o vinho, que se atirava a primeira criatura que visse, homem, mulher ou bicho?
Isto quer dizer : cuidado com as feras, ou quer dizer que a cultura europeia esconde as suas melhores priduçoes para não desagradar a uma criatura atrasada?
Pobre Europa, por onde vamos?
Vem isto a propósito de um facto insólito: em visita de estado a Itália do presidente do Irão, foram tapadas as estátuas de nus e as refeições oficiais não tiveram vinho. Numa altura em que está toda a gente farta do extremismo islâmico... Mas os mulhoes do petróleo falaram mais alto. Ver aqui:
Imagem: escultura de Antinoo.
sexta-feira, janeiro 22, 2016
Gato Sagrado da Birmânia
"Ao que tudo indica, o Sagrado da Birmânia descende dos gatos que eram venerados como deuses nos templos budistas da Birmânia (atual Myanmar), na Ásia, no século XV. Os sacerdotes acreditavam que os fiéis retornavam à Terra na forma de gatos. Há várias descrições da chegada dos primeiros exemplares da raça à Europa."
Esta raça de gatos está na moda no Ocidente.
sábado, janeiro 16, 2016
Pai Nosso de Clara Ferreira Alves
Pai Nosso de Clara Ferreira Alves é um livro chato. Interessante, lê-se como se fosse uma reportagem, mas ao fim de 114 páginas de reportagem, já chega. Li até essa página com algum esforço, parei e não me apetece continuar.
As reportagens nunca têm mais do que 10 páginas. E os romances não são reportagens. Nem crónicas.
É claro que o livro tem ambições internacionais. Só se for como reportagem sobre tema da atualidade, muito bem documentado. Mas talvez romanceado...
terça-feira, janeiro 12, 2016
Maria de Belém e o seu humor involuntário: - ide comer para a vossa terra
Nesta maravilhosa campanha eleitoral, são inúmeros os momentos de humor involuntário.
É o caso da ideia-chave da campanha da Maria de Belém, cujo nome é, já de si, objeto de trocadilho, a Belém quer ir para Belém, a Maria de Belém quem será, talvez a Nossa Senhora, etc...
A ideia principal da campanha e, aliás, a ideia única da campanha, essa sim, é brilhante.
Quando cá vierem chefes de Estado, como a Merkel ou o Obama, por exemplo, em vez de lhes oferecermos grandes banquetes, a presidenta irá levá-los a almoçar e jantar a lares de terceira idade.
Em vez de grandes manjares regados com os melhores vinhos, irá oferecerl-lhes umas batatinhas cozidas com pescada congelada cozida, um compito de água da torneira, servida numa caneca de plástico e um caldinho de legumes numa malga de folha.
A Merkel e o Obama não correm o risco de fazerem segunda visita e, se passarem palavra, voltaremos a ficar orgulhosamente sós, como no tempo de Salazar.
Ouço dizer que em certas regiões do país, is autóctones comem com o prato dentro de uma gaveta, para não serem obrigados a oferecer as visitas, as quais têm o hábito de aparecer sempre a hora das refeições.
A Maria d Belém sempre é um pouco menos avarenta, mas inscreve-se nesta tradição tão portuguesa de não dar nada a ninguém.
Que vão comer para a terra deles!
- Ide comer para a vossa terra! - afirmará, com aquela vozita "esganiçada".
domingo, janeiro 10, 2016
Natália Correia versus Candidato Marcelo
Este blog tem muitos poemas de Natalia Correia, aqui vai mais um a propósito das eleições presidenciais, em que Marcelo Rebelo de Sousa é o principal candidato, quase o único que pode ganhar. Com uma publicidade que lhe vem da televisão. Este poema foi feito aquando da sua candidatura para a Câmara de Lisboa.
MARCELO E AS TÁGIDES
Marcelo, em cupidez municipal
de coroar-se com louros alfacinhas,
atira-se valoroso - ó bacanal! -
ao leito húmido das Tágides daninhas.
Para conquistar as Musas de Camões
lança a este, Marcelo, um desafio:
Jogou-se ao verso o épico? Ilusões!...
Bate-o Marcelo que se joga ao rio.
E em eleitorais estrofes destemidas,
do autárquico sonho, o nadador
diz que curara as ninfas poluídas
com o milagre do seu corpo em flor.
Outros prodígios - dizem - congemina:
ir aos bairros da lata e ali, sem medo,
dormir para os limpar da vil vérmina
e triunfal ficar cheio de pulguedo.
Por fim, rumo ao céu, novo Gusmão
de asa delta a fazer de passarola,
sobrevoa Lisboa o passarão
e perde a pena que é de galinhola.
in "Inéditos"1979/91
Cancioneiro Joco-Marcelino,
Poesia Completa
quarta-feira, dezembro 30, 2015
Um poema de Baudelaire
L'Homme et la mer
Homme libre, toujours tu chériras la mer!
La mer est ton miroir; tu contemples ton âme
Dans le déroulement infini de sa lame,
Et ton esprit n'est pas un gouffre moins amer.
La mer est ton miroir; tu contemples ton âme
Dans le déroulement infini de sa lame,
Et ton esprit n'est pas un gouffre moins amer.
Tu te plais à plonger au sein de ton image;
Tu l'embrasses des yeux et des bras, et ton coeur
Se distrait quelquefois de sa propre rumeur
Au bruit de cette plainte indomptable et sauvage.
Tu l'embrasses des yeux et des bras, et ton coeur
Se distrait quelquefois de sa propre rumeur
Au bruit de cette plainte indomptable et sauvage.
Vous êtes tous les deux ténébreux et discrets:
Homme, nul n'a sondé le fond de tes abîmes;
Ô mer, nul ne connaît tes richesses intimes,
Tant vous êtes jaloux de garder vos secrets!
Homme, nul n'a sondé le fond de tes abîmes;
Ô mer, nul ne connaît tes richesses intimes,
Tant vous êtes jaloux de garder vos secrets!
Et cependant voilà des siècles innombrables
Que vous vous combattez sans pitié ni remords,
Tellement vous aimez le carnage et la mort,
Ô lutteurs éternels, ô frères implacables!
Que vous vous combattez sans pitié ni remords,
Tellement vous aimez le carnage et la mort,
Ô lutteurs éternels, ô frères implacables!
— Charles Baudelaire
quinta-feira, dezembro 24, 2015
Feliz Natal
Feliz Natal para os leitores, amigos e seguidores deste blogue.
Que vão mudando com o tempo, pois já tem muitos anos.
domingo, dezembro 13, 2015
Manoel de Oliveira
Estão a dar, no TVcine 2, todos os filmes de Manoel de Oliveira, todos seguidos.
Pode parecer monótono ver um filme deste realizador, mas é menos monótono se o vemos em casa, podendo parar e reatar quando quisermos.
Na verdade, é uma experiência tão extraordinária que não vamos querer parar.
Manoel de Oliveira valoriza muitíssimo as paisagens portuguesas, as paisagens rurais e os palácios e palacetes rurais, fazendo-nos apreciar uma beleza que não nos é estranha, a não ser que nunca tenhamos reparado nela.
Neste último caso, faz-nos ver uma beleza que conhecemos como realidade e que passamos a conhecer como esplendor do mundo.
Se as personagens nos parecem estranhas, quase todos da alta sociedade altamente minoritária, é talvez porque essa sociedade é a mais culta.
Pelo que afirmam e discutem, somos levados a refletir sobre a humanidade. Não tanto portuguesa, como europeia e universal.
Pois a humanidade não é portuguesa nem europeia.
Mas sim universal.
A beleza existe em toda a parte, mas ao nível paisagístico existe uma beleza portuguesa.
Como sentimos nostalgia ao ver uma paisagem italiana, imbuída das representações e sensações italianas, iremos ver sentir um dia nostalgia da paisagem portuguesa, tornada saudosa e sensívelpor Manoel de Oliveira.
É Natal? Pode ser ou não ser. Depende.
Há no Facebook uma mensagem de Natal que afirma algo como: muitas pessoas têm um Natal triste porque estão sozinhas, etc...
Parece-me que temos a liberdade de festejar, ou não, o Natal, mas se o festejarmos, só pode ser como data alegre e solidária. Não entendo que se possa celebrar o Natal como dia triste ou deprimente, pois o seu sentido é exatamente de dia e noite felizes.
Não é obrigatório comer nesse dia bacalhau ou peru, não é obrigatório festejar o Natal, não é obrigatório ser religioso e cristão.
Quem não é religioso ou sendo religioso, não é cristão nem deveria festejar o Natal.
Se o faz, deve respeitar a mensagem salvífica e de esperança, não neste mundo, mas num mundo melhor.
O Natal é puramente espiritual, não tem nada a ver com a realidade presente.
Ou então, não é Natal.
Parece-me que temos a liberdade de festejar, ou não, o Natal, mas se o festejarmos, só pode ser como data alegre e solidária. Não entendo que se possa celebrar o Natal como dia triste ou deprimente, pois o seu sentido é exatamente de dia e noite felizes.
Não é obrigatório comer nesse dia bacalhau ou peru, não é obrigatório festejar o Natal, não é obrigatório ser religioso e cristão.
Quem não é religioso ou sendo religioso, não é cristão nem deveria festejar o Natal.
Se o faz, deve respeitar a mensagem salvífica e de esperança, não neste mundo, mas num mundo melhor.
O Natal é puramente espiritual, não tem nada a ver com a realidade presente.
Ou então, não é Natal.
sábado, dezembro 12, 2015
"viver muito tempo é um dom de Deus. Mas tem o seu preço."
Diz o Manoel de Oliveira no seu filme "viagem ao princípio do mundo": " viver muito tempo é um dom de Deus. Mas tem o seu preço."
Ele, que viveu Anto tempo, é que sabe.
Creio que muitos de nós vamos aprender isto.
Para quando um Simplex nas fórmulas de tratamento?
- Nao trates a setôra por você.
- Então como é que a hei-de tratar? Por tu?
- Ó setôra, não devemos tratar as setores por você, pois não?
- Não, claro que não, o tratamento por você é muito familiar, é quase tu. Os brasileiros até dizem: " Pode me tratar por você".
- Ó setôra, então como hei-de dizer?
- Em vez de você, diga setôra.
- Setôra? Mas setôra é um erro. Essa palavra nem existe!
Língua portuguesa complicadinha hem? E é sempre muito difícil explicar isto do você. Nem eu concordo com esta complicação toda nas fórmulas de tratamento.
Uma professora chamou malcriado a um aluno porque ele chamou Senhora Diretora à senhora diretora, pensou que estava a ser irónico, mas os miúdos pequenos não têm o sentido da ironia e ele foi, muito sério, perguntar à professora de Português se era falta de educação falar assim. Realmente, já tudo parece possível.
Dizer-lhes que digam senhora doutora é agora impensável. Setôra quer dizer, para os alunos, senhora professora e não senhora doutora, tratamento que caiu em desuso para professores. Isso sim, pareceria irónico.
Chamar professora seria o acertado , mas não é assim que se fala, hoje em dia é não existem maneiras acertadas, só existem formas convencionais de proceder.
Tarde ou cedo, terá de haver um Simplex de toda esta trapalhada.
Que até já está em curso.
quinta-feira, dezembro 10, 2015
Somos um estado laico, ou somos estado laico que se verga perante os preceitos da religião muçulmana?
IEsta questão tem sido levantada, mas em Portugal tudo é aprovado por consenso e a pressão social faz o resto: os muçulmanos, incluindo refugiados sírios, podem andar aqui de cara tapada? Digamos, as mulheres. Mas eu sei lá se uma criatura de cara tapada é homem ou mulher? Outra: é noticiado nos jornais que os refugiados, por serem muçulmanos, aqui em Portugal podem escolher, os homens um médico homem, as mulheres uma médica. Mas não somos um estado laico? As portuguesas pobres põem escolher uma ginecologista mulher?
Vamos deixar de ser estado laico paras respeitar a religião muçulmana nas escolhas laicas?
Onde está a reflexão / discussão sobre todos estes temas?
Sou a favor do acolhimento o mais solidário possível dos refugiados.
Mas deve o estado laico respeitar os preceitos da religião muçulmana, se não respeita os da cristã.
Isto não é bondade nem maldade. É estupidez.
Exemplo: embora não me pareça mal, tem sido até agora um preceito importante da religião católica o não poder a mulher abortar, mas o estado permite o aborto e até o financia.
Sim, devemos acolher bem os refugiados, como estado laico. Mas são eles que devem adaptar-se a democracia, não somos nós que devemos adaptar-nos ao obscurantismo de certos costumes religiosos.
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