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segunda-feira, agosto 20, 2012

Ramadan (continuação)








Ao sabor da viagem, umas fotografias ficam melhores e outras piores.

Estas são ainda do festival do santo, que este ano coincidiu com o fim do Ramadan. Depois posso dizer qual é o santo, pois tomei nota.

A última imagem mostra uma das janelas com fitinhas. Muitas fitinhas.

Na segunda, as mulheres estão a rir-se à nossa custa e a gozar entre si, como fazem as mulheres de todo o mundo.

Uma caraterística desta religião (muçulmana) na Índia é não haver separação entre homens e mulheres dentro do templo.

Ramadan








Nos últimos dias do Ramadão, quando os muçulmanos já podem comer à vontade e à farta, tivemos a sorte (no entender dos indianos com quem falamos, ou a pouca sorte, no entender de alguns) de ter ido visitar uma mesquita da Cidade Fantasma, perto de Agra.

A cidade foi construída por um rei, tal como a mesquita, para homenagear um santo. O rei só tinha meninas. O santo fez com que tivesse meninos.

A cidade foi rapidamente abandonada porque não tinha água. O culto do santo manteve-se, contudo. Até aos dias de hoje.

As pessoas amarram fitinhas como pedido para terem um filho rapaz, creio que alguns já se contentam com uma rapariga, porque as vi lá. Se a graça for concedida, oferecem lenços, que colocam sobre o túmulo e deitam pétalas de rosas vermelhas por cima do lenço. Vi a mãe a pôr o pano e uma menina pequenina a deitar as flores. Os lenços são quase tantos como as fitinhas, o que significa que resulta.
Os muçulmanos dormem serenamente no templo. Eu era incapaz de dormir numa igreja católica, mas ali, não sei...


A minha cama

O que terá a minha cama de tão maravilhoso que me parece mil vezes melhor do que todas as outras do mundo, incluindo as dos hotéis de 5 estrelas, por exemplo, o Sheraton?
Estou a pensar vendê-la por uma fortuna e comprar uma nova e mais cara. E com um colchão daqueles caríssimos.

quarta-feira, agosto 15, 2012

Índia



Hoje fui ver outras coisas de Delhi, pronuncia-se Dili e nunca dizem nova. Os habitantes chamam-se Dilidis. Nome bom para gato. Anda cá, Dilidi.



Hoje não me chatearam nada para entrar nos templos, só tive de vestir esta vestimenta para entrar na maior mesquita da Índia. Que me fica a matar, como se vê pela gravura junta. Tive sorte: algumas cheiravam muito  mal. Os homens que andassem de calções tinham de vestir uma espécie de saia.

Muitos rapazes me pediram para tirar fotografias com eles, no telemóvel. Pedi a alguns que tirassem também com a minha máquina. O guia diz que os indianos apreciam muito a pele branca: “vocês são os nossos modelos”.



Mas é uma religião muçulmana temperada pelo espírito indiano.

Como estamos no Ramadan, muitos muçulmanos dormem no chão, dentro da mesquita.


terça-feira, agosto 14, 2012

Índia




Viajando ao contrário do sol, partimos de Londres no dia seguinte ao final dos jogos Olímpicos.

Segue no nosso avião o comité olímpico da índia, de regresso a casa, mas só uma atleta terá uma guarde de honra militar e uma chegada apoteótica. Ainda não sei porquê… era uma que tinha cara de poucos amigos…

É noite cerrada em Lisboa e em Londres. Amanhece em Nova Delhi. Preparámo-nos para desembarcar e para viver um dos dias mais longos e mais espantosos das nossas vidas.

quarta-feira, julho 21, 2010

Ainda a propósito da Índia


Pouco sabemos e pouco queremos saber sobre o que se passa num país como a Índia, que no entanto tem evoluído de forma estrondosa nos últimos tempos, em muitos aspectos, talvez todos.
Politicamente, para além dos conflitos com o Paquistão, que nos despertam interesse por causa da bomba nuclear que ambos têm, há uma espécie de guerrilha maoísta nos estados mais pobres.
Esta guerrilha, que tem feito muitos atentados, nomeadamente a comboios, pretende a independência desses estados e a instauração, neles, do regime comunista-maoísta. Como ainda existe o sistema de castas e os intocáveis, pessoas que nem sequer podem tocar nas outras por serem consideradas impuras, trata-se de uma estranha democracia.
Vê-se na imagem, em Bihar, uma mulher do congresso a atirar vasos de flores, como forma de protesto contra a corrupção do governo. No site, há também um vídeo, e antes disso, a oposição havia atirado microfones, cadeiras e secretárias. E chinelos.
Bem ou mal, a Índia mexe... muito!

quarta-feira, outubro 24, 2007

O Sagrado

Um dos meus temas preferidos é o Sagrado.
Talvez alguns pensem que o digo por ironia, mas não. Apenas me parece haver ingenuidade e ignorância quanto a este assunto. E também por isso acho graça a tudo o que se lhe refira.


É o caso de uma notícia que ouvi hoje ao despertar na Antena 1 da RDP e que confirmei na Globo Online. E que passo a contar.


O vice-presidente da Câmara de Nova Delhi, capital da Índia, morreu no domingo passado ao cair da varanda da sua casa na cidade de Nova Delhi, capital da Índia, por ter sido atacado por um bando de macacos sagrados. Cito aqui o resto da notícia e a sua fonte.


"Os animais, vistos como a manifestação do Hanuman, o deus hindu dos macacos, são reverenciados pelos fiéis, que os alimentam com bananas e amendoins.
No mês passado, um macaco quase causou um caos num aeroporto de Nova Déli ao conseguir entrar na área de segurança através de um buraco no teto.
Em 2004, um grupo de macacos invadiu o ministério da Defesa e rasgou documentos secretos. "
(...)
"Mas o problema ainda persiste. Ativistas culpam o desenvolvimento urbano descontrolado pela destruição do habitat natural dos animais.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil"




in O Globo Online (Clicar na cor)

quarta-feira, março 07, 2007

Dia da Mulher: 8 de Março

Em vésperas de eu nascer, o meu pai, que já tinha duas filhas granditas, resolveu espalhar aos quatro ventos que queria um rapaz e que bateria na minha mãe se lhe nascesse outra menina.
Nasci eu e era uma menina.


A minha entrada neste mundo não foi gloriosa e triunfante nem invejável, mas, felizmente para nós, o meu pai viveu e morreu sem bater em ninguém, muito menos na minha mãe ou em mim. E amou-me muito.


Vejo as pessoas à minha volta sorrirem até à alma quando está para nascer ou já nasceu uma criança, seja menino ou menina, filha, sobrinha, neta, vizinha, filha da amiga...
- É natural - dirão vocês. - É o instinto maternal, paternal...


Todos os anos morrem, segundo o Jornal DN, talvez de 19 ou 20 de Março, enfim...
Repito: Todos os anos morrem dois milhões e meio de meninas na Índia, vítimas de:
- Meio milhão por aborto selectivo (Ver o que é) - Dois milhões por infanticídio, provocado pela família, ou com a sua conivência...
- É natural - dirão alguns. Algumas pessoas acham tudo natural...




A Ministra da Mulher, da Índia, resolveu criar berços onde as meninas possam ser abandonadas, como a antiga roda dos enjeitados.


Muitas pessoas no Ocidente, incluindo Portugal, tratam um cão ou um gato como se fosse um filho, sofrendo horrores quado o bicho morre. Porque não podemos nós, portugueses, adoptar uma destas meninas? Até se combatia o decréscimo de natalidade...
Mas em Portugal, o que conta é a maternidade / paternidade biológica. Mal podemos adoptar os portugueses, quanto mais as meninas do Oriente?