segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Austeridade aumenta os problemas e, portanto, a dívida

«Os portugueses estão a aplicar mais ou menos os truques do manual que lhes foi dado», disse um oficial da Zona Euro citado pelo jornal. «Mas talvez o manual esteja errado».


Conclusão que também já muitos tiraram, para além daqueles que nada entendem do assunto.


VER AQUI

Existem muitos indícios de que as receitas para a crise estão a ser as erradas. Ver post anterior.

Ainda as agências de rating

A propósito da publicação em Portugal do seu livro  A Queda de Wall Street, Michael Lewis afirma o seguinte:


"Considero chocante que alguém ouça a opinião das agências de rating para o que quer que seja. Elas já provaram que não sabem nada. É espantoso que tenham o efeito que têm nos mercados. "


Parece que ninguém entende que se dê importância às agências de rating, pelos motivos que são expostos por este e muitos outros analistas. Então, por que razão continuam os políticos a guiar-se por elas e a pagar-lhes? Mistério? Estupidez? Porque o dinheiro não é deles? Porque o dinheiro deles está seguro, algures?


A entrevista completa: clicar aqui

domingo, fevereiro 05, 2012

Passos Coelho vai importar talibãs para imporem respeito

Acabo de ler O Menino de Cabul. Nele se conta que, nos jogos de futebol, em Cabul, havia talibãs armados de chicote para bater em quem se entusiasmasse e gritasse pelo seu clube.
É disso que precisamos. 
Alguém que reprima a alegria e o riso. Já agora, também podem obrigar os  homens a usarem todos barbas compridas, para imporem respeito às mulheres. 

Ninguém se vai rir deles, porque não pode.

E vamos todos acabar com os carnavais... 
Ditado popular: 
"A vida é um dia, o Carnaval são três"


(Não esquecer que há, neste momento, muita gente sem poder ver televisão, sobretudo pessoas de idade, para quem a televisão era o único entretém que tinham na vida. O outro, para os que viviam nas cidades, era andar de autocarro dos transportes públicos: também não podem. Encareceram de forma proibitiva.)


Get a Life, Passos Coelho, e deixa viver quem vive!

Carnaval: quantos menos motivos temos para rir, mais temos vontade de rir

Acabar com o Carnaval: e por que não proibir o riso e a alegria?


Estamos numa crise. Tiram-nos o dinheiro. Tiram-nos os feriados e as férias. Querem convencer-nos que é tudo muito sério: só podemos pensar na crise.


A alegria, já no-la retiraram , assim como já nos tiraram quase todos os motivos para rir, estes políticos e os anteriores.


Mas o ser humano é assim: quantos menos motivos tem para rir, mais tem vontade de rir.
Eles pagam-nas!


E cada vez há mais críticas jocosas a  fazer, em cada Carnaval.


Tenciono participar na manifestação de mascarados de Torres Novas. Levo uma máscara veneziana e ninguém sabe que não sou de Torres Novas!

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Senhora das Candeias e Janeiro fora

Janeiro fora, mais uma hora

Quer dizer que o dia aumenta quando Janeiro acaba


Janeiro fora, mais um ano

Quer dizer que os velhos e adoentados que chegaram ao fim de Janeiro duram mais um ano, porque o pior do frio já passou (isto no hemisfério norte, claro).

Senhora das Candeias 2 de Fevereiro

Há uns anos, fui a uma missa de sétimo dia no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, neste dia.  Foi uma cerimónia linda, porque era a senhora das candeias. 

O padre benzeu a luz. Deitou água benta sobre a luz das velas. Uma outra colega de trabalho ofereceu-me uma vela. Apetece-me lá ir amanhã, para ver outra vez. Dá para imaginar como seria quando só havia velas e candeias para iluminar as trevas...

E descobri muitos provérbios, que já aqui coloquei, sobre a Senhora das Candeias.

«Se a Senhora das Candeias chorar, está o Inverno a passar; se está a rir, está o Inverno para vir.»
«Quando a candelária chora, o Inverno já está fora. Quando a candelária rir, o Inverno está para vir.»
«Se a candeia rir, está o Inverno para vir; se a candeia chora, o Inverno está para fora.»

A ideia é esta: se está sol nos dia da Senhora das Candeias, dois de Fevereiro, vem aí mau tempo, se chover, então já acabou o Inverno.


Conclusão: Vem aí o Inverno! Ui!


P.S.: A Senhora das Candeias tem a ver com o azeite, que dá luz e com a celebração da luz que começa a aumentar de dia para dia.

segunda-feira, janeiro 30, 2012

"A tradição já não é o que era" dirão estes afegãos...


"A tradição já não é o que era", dirão estes afegãos, condenados no Canadá a 25 anos de prisão, por terem assassinado 4 mulheres da sua própria família. Por "crimes de honra", claro. Elas até queriam namorar com rapazes escolhidos por elas e até queriam vestir-se à ocidental... quem é que aguenta?

Acontece que, este tipo de situação, bem como a mutilação genital feminina, já existem também em Portugal.


Mas, com os nossos "brandos costumes", estas "brandas tradições" poderão continuar a ser o que eram. Claro. "Entre marido e mulher, não metas a colher!" Haverá leis portuguesas que proíbam isto?


A morosidade da justiça e as leis obsoletas e descabidas que temos, feitas sobretudo para permitir e facilitar a corrupção política, também ajudam bué.

 

Família afegã condenada no Canadá por homicídio em “crimes de honra”


VER TAMBÉM, sobre mutilação genital feminina em Portugal.

Novos Comandantes Schetinos: Velhos a trabalhar, jovens a dançar, países a naufragar







Vale a pena comparar duas notícias de hoje, nos jornais.




Ouviram bem: já está nos 67, ponderam aumentar... parece ser esta a solução para a Europa: os velhos a trabalharem, os jovens a viverem à custa dos pais e avós...

Enfim: os Novos Comandantes Schetinos - a levarem o navio para os rochedos e a fugirem depois sozinhos, abandonando homens, mulheres e crianças.

domingo, janeiro 29, 2012

Luz ao fundo do túnel... ou as luzes do presidente nunca chegam ao fundo do túnel?

É notícia do Público de hoje que o presidente da República, Cavaco Silva, e os seus próximos, são contra Vítor Gaspar, por razões que já são óbvias: destruição completa da classe média, consequente destruição da economia, baseada em pequenas e médias empresas e, portanto, empresas pertencentes à classe média e não ao alto capital, que, de resto, já saiu do país... destruição do estado social europeu...

Luz ao fundo do túnel?

Ou as luzes do presidente nunca chegam ao fundo do túnel? Como foi o caso de se opôr a Sócrates, sem consequências, de denunciar perseguições, sem consequências, de se opôr a isto e àquilo sem consequências... ficará talvez conhecido como o "Presidente Eu Bem Dizia!"


VER AQUI

Se o Governo está a destruir tudo isto, o Presidente não pode limitar-se a comentar, como faz a oposição, como faziam os presos políticos antigamente. Tem medo de ser preso?

Mas a campanha contra o Cavaco Silva por ter dito o óbvio, será uma tentativa de o destruir? Os anteriores presidentes tinham fortunas. Não se espera que o actual presidente, que não tem vencimento, ande de calças remendadas, ou que a esposa se vista nos chineses...

E lembremo-nos: Salazar mandava remendar os cobertores do palácio de S. Bento, vender os ovos das galinhas criadas no palácio, o que a todos também parece ridículo, mas com uma agravante: 

Salazar não precisava de dinheiro, pois não tencionava abandonar o poder. Nunca. 
Os outros eram multimilionários, não precisavam de ganhar nada. O que não significa que fossem bons...




VER MEU POST ANTERIOR:

Andam a gozar com o Cavaco, agora que ele disse a verdade e por isso mesmo: não sejamos atrasados mentais!



sábado, janeiro 28, 2012

Portugal decadente: velho e relho... muito velho e muito relho

Eu, Nadinha Maria, acabo de ter em casa uma reunião de condomínio. Nela participam duas senhoras de muita idade, ambas proprietárias de casas e até de prédios de habitação, em Lisboa. Abastadas, portanto.

E têm as duas o mesmo problema, que deve ser, talvez, um problema do Portugal velho e relho.

Já viúvas, uma delas perdeu um filho na tenra idade, que já namorava a sério. O outro filho nunca se interessou por mulheres, talvez por ser um bon-vivant, ou assim... como não tem nem terá netos, o que possui ficará para esse filho, que lhe dará um destino qualquer... ou não. Neste último caso, a herança de gerações ficará para o Estado.

A outra senhora teve dois filhos: um morreu recentemente, nem novo nem velho, a outra é casada, o marido é "um grande cirurgião", segundo diz, mas não têm filhos. A única neta, de 46 anos, nunca namorou.
O que tem e que não é pouco, ficará um dia para essa neta, que, a crer no que diz a avó, não sabe viver a vida. Também não deve saber gastar dinheiro. 

Esta senhora é duma sovinice assombrosa. Parece que precisa do dinheiro para sobreviver, discutindo tudo até aos cêntimos, procurando sempre recuperar as quotas do condomínio, que paga pontualmente,   para que não lhe digam que não tem direito a isto ou àquilo. E lamenta-se. Muito.

Por exemplo, vai ter de pôr uma ordem de despejo a um rapaz que vive numa sua casa. A mãe dele morreu recentemente, mas ele não a avisou. (Estranho, quando alguém perde a mãe, a primeira coisa que faz é avisar a senhoria, mas este só a avisou meses depois). Pergunto-lhe se ele não paga. Paga. Então, por que vai pôr na rua o rapaz que perdeu a mãe há pouco tempo e o pai há mais tempo? 
- Porque ele já esteve três vezes internado no manicómio. No Júlio de Matos.
- Mas ele não tem pago a renda?
- Tem.

Este é o retrato possível, ou melhor, este é um pormenor do fresco da sociedade portuguesa contemporânea. Fresco, não. Fresca não. Velha e relha. Generosa! Bué!

Nos últimos séculos, quantas situações como esta não terão ocorrido? Mas para onde vão este dinheiro e estas posses, que pessoas avarentas juntaram, sem terem vivido a vida, sem terem gasto um cêntimo mal gasto? Para o Estado, claro. Para aqueles que comem da panela do estado: boys, tios dos boys, tias de Cascais, ministros e ministras, amigos de ministros, namorados e namoradas dos ministros, namorados e namoradas das ministras, sobrinhos e sobrinhas dos políticos, etc..

Jardins, portas, cavacos e cavacas, pintos e limas, vales e relvas, coelhos e coelhas, alçadas e alçados, pesadas (Lourdes) e pesados, casacos e casacas, cratos e crateras, cristas e cristãos, assunções e assumpções, motas e motards... e toda uma cambada hedionda, odiosa e nojenta.

 (Podem escrever isso como comment a este post).

Chega!!! Basta. PIM. Basta! PUM!

- Não chega? Não basta? Então, continuemos assim. PIM.

São, no fundo, problemas do Palhaço Rico.



quinta-feira, janeiro 26, 2012

Os Feriados

Já aqui exprimi a ideia de que, se há feriados sem sentido hoje em dia para ninguém, então que apaguem esses e que instituam outros. Até propus o 13 de Maio e uma sexta-feira qualquer dedicada ao fado, com continuação no fim de semana. E com muitos turistas...


Agora acabam com o 5 de Outubro e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, ao opor-se radicalmente, afirma que Lisboa vai continuar a comemorar o 5 De Outubro.
Como? 
- Hasteando a bandeira, com  a presença do Presidente da República.


E se fossem os dois trabalhar, em vez de irem hastear a treta da bandeira com as quinas e mais não sei o quê e ouvir o hino nacional hiper-bélico, que deveria ser mudado para uma versão mais pacifista, ou pelo menos, mais pacífica? 


E se fossem os dois fazer qualquer coisa de útil? Talvez em nosso benefício? Seria pedir demais?

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Os benefícios da crise



A crise poderá trazer-nos algo de bom, ao fazer-nos repensar e alterar hábitos e pensamentos que nos conduzem para fora de nós mesmos e para fora da nossa mesma realidade.



Antes do 25 de Abril, o povo trabalhador vivia na mais execranda miséria, eram famílias enormes só com um pai a trabalhar de sol a sol*, ou trabalhando todos na terra...

A revolução dos cravos trouxe muitos sucessos em termos de conquistas, mas também uma    extensa quantidade de  absurdos impraticáveis, muita arrogância e muito disparate.



Uma imensa quantidade de trabalhadores, demasiadamente inúmeros, inumeravelmente, confundiram o direito ao trabalho com o direito a faltar ao trabalho ou a não fazer nada no local de trabalho, protegidos por leis draconianas. Estas leis foram conquistadas a pulso, mas não protegiam os bons ou honestos trabalhadores. Não os protegiam de nada e menos ainda da da fúria dos maus. 

Os maus são aqueles que, sendo medíocres, ainda por cima não têm valores morais. Como não têm valores morais nem escrúpulos, não olham a meios para trucidar todos os outros.

Aliás, a fúria dos maus é o grande drama da sociedade portuguesa. Maus por não serem bons, maus por tentarem parecer bons e maus por serem maus e não parecerem bons. E maus por serem considerados muito bons.


O criaturo Sócrates, nas grandes machadadas que deu no pobre Portugal (continua em liberdade, a viver na zona mais luxuosa de Paris, claro...), fez mais e fez muito pior: pôs os baldas, os preguiçosos e os faltosos a avaliarem todos os outros. 

Destruiu mais, em poucos anos, do que a ganância nova-rica que assolou a sociedade portuguesa. Em que todos somos ricos da alta-sociedade, desde o varredor de rua até todos os outros.

Nem de outro modo se justifica a venda excessiva das revistas cor e rosa... eu sou cor de rosa... eu sou uma princesa destituída do trono... a revista deveria mostrar-me a mim, de coroa e tiara na cabeça... porque não mostra?

E todos precisamos urgentemente dos novos gadjets, sobretudo telemóveis do melhor que possa ser. E automóveis do mais caro que o crédito permita. Senão, ainda podem pensar que o dito varredor de rua é um pobre pé-rapado. Isso é que nunca! Pé rapado?!!!

Mas onde é que foram buscar essas expressões, como pelintra e pé-rapado? Para designar a quem? Aos que não são da dita alta sociedade? Mas quem nos designa, membros ou excluídos seja do que for? Quem nos classificou assim e para sempre? O dito salazarismo?

Vem isto a propósito de uma reportagem muito interessante do Público. Traz-nos a esperança de que recentremos os nossos pequenos universos pessoais, talvez com vantagem para todos.


Em 2012, vamos conhecer o vizinho, cuidar da horta e integrar uma associação


sábado, janeiro 21, 2012

O Naufrágio da Concórdia: Sinal dos Tempos



O navio Costa Concordia foi batizado com o segundo nome, em homenagem à concórdia entre os vários países europeus.
O seu naufrágio acontece numa época em que a Merkel, a Alemanha e a França voltam a desejar a hegemonia, desta vez através de estranhos e cabalísticos símbolos e signos económicos.
Esta ideia está longe de ser original, pelo contrário, é evidente, é meramente um raciocínio lógico.

O Naufrágio da Concórdia: Sinal dos Tempos!

Na imagem de satélite, os deuses assistem, consternados ou divertidos, ao augúrio, lá de cima, de onde se encontram. Depende: se são deuses gregos ou romanos, assistem consternados. Se são deuses hindus, chineses e outros do género, estarão necessariamente divertidos.


Mas isto parece ser apenas um indício: naufragou a concórdia, mas (ainda) não se afundou.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Andam a gozar com o Cavaco, agora que ele disse a verdade e por isso mesmo: não sejamos atrasados mentais!

Não é por acaso que andam a  gozar com o Cavaco, quando ele acaba de dizer uma verdade estranha:

Cavaco surpreendido com aceitação dos líderes europeus da chantagem política das agências de rating.


Cavaco sempre foi um pouco descabido nas suas afirmações, como se pode ver neste blogue, clicando no seu nome ao fundo deste post
Mas, porque se lembraram disso agora? Será assim tão descabido?

Nos meios ligados à chamada "alta sociedade portuguesa", Cavaco Silva é muito criticado por não ser oriundo dessas classes altas, chamemos-lhes assim. Tem muitos tiques e sobretudo, muita falta de tiques dessa classe das tias, por ser o primeiro presidente da república oriundo da classe média-baixa. Imperdoável, claro!


Não esquecer  que essa classe mais alta tem ligações perigosas "liaisons dangereuses" ao salazarismo. Embora os seus preconceitos sejam extensivos a todos os partidos, incluindo o PC, sobretudo por influência das revistas cor de rosa, neste país inculto.

Porque, embora minoritária, ainda é essa classe da alta burguesia que conta, em termos de modas, protocolos, etc. E também é essa classe que leva para si os impostos dos pobres e dos míseros, como no tempo do Rei Artur (aquele da Idade Média).

Uma mulher como a esposa de Cavaco Silva, presidente ou futuro ex-presidente da República, gasta tanto dinheiro em roupas, que nem o que um marido ganha num mês lhe chega para comprar um vestido.
Parece que, quando foi reeleito, Cavaco Silva disse à mulher que iam gastar tudo em roupas para ela. Não duvidem: uma carteira Hermès custa cerca de 5000 Euros. Um ou dois meses de ordenado do marido... Mas essas carteiras vendem-se muito... talvez as comprem, em Portugal, os muitos corruptos que nos destruíram o país e respetivas esposas. Como Duarte Lima e outros que hão-de vir a lume.


Não vejo quem mais. E se houvesse um político "relativamente" honesto e não muito rico, que... o que diriam os políticos nada honestos, corruptos, etc.??? Gozavam com ele, claro.

Não acreditam? Custa a crer, mas é verdade.



Ficará conhecido, no futuro, como sendo o "Presidente Eu Bem Dizia?"

Cavaco surpreendido com aceitação dos líderes europeus da chantagem política das agências de rating

Pensei que era só eu que estava surpreendida por os líderes de toda a União Europeia pagarem muitos milhões de Euros às agências de rating, que, provavelmente, iriam à falência se esses países se demarcassem em conjunto. Em vez disso, sofrem os efeitos das quedas dos ratings sem nunca se queixarem a sério nem reagirem, o que sempre me pareceu muito estranho. Seria talvez uma opinião minha baseada na não compreensão de qualquer coisa. Afinal...

Cavaco surpreendido com aceitação dos líderes europeus da chantagem política das agências de rating

Será que os líderes europeus ganham pessoalmente algum dinheiro com isso? Talvez muito? Já é para perguntar isto, acho eu. 
Já parece que está tudo minado...

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Nepotismo. Alguém sabe o que isso quer dizer? Bragas de Macedos, por exemplos... Portantos...

Não existem palavras para dizer aquilo que é muito vulgar e muito normal, claro. A não ser as palavras "normal" e "claro".
Nepotismo. Alguém sabe o que isso quer dizer?
Claro que não. Em Portugal é o mais vulgar e o mais normal, portanto, não tem nenhum nome, a não ser um nome muito erudito: nepotismo.

Vem isto a propósito da filha de Braga de Macedo (Quem se lembra do adiantado mental? - Eu não me lembrava, juro! Já esqueci há bué).

Pois a filha do dito cujo, a muito promissora artista Braga de Macedo, futura artista afamada, tem sido notícia porque beneficiou de várias "alcabalas" (?) do pai: Braga de Macedo.
O douto Instituto onde trabalha Braga de Macedo, o pai,  chegou mesmo ao ponto de financiar as residências artísticas e as exposições no estrangeiro da dita mocinha: Braga de Macedo. - a filha, do senhor presidente Braga de Macedo, o pai. Entendem?

Claro que todo o mundo entende. Só não entendem a que propósito a Nadinha dá este informe. A única pergunta a fazer à Nadinha é esta:

- Ó Nadinha, estás parva? Serás ingénua? Qual é o problema?

Não há nenhuma palavra para mencionar e nomear aquilo que é perfeitamente vulgar e absolutamente normal. A não ser a palavra normal. Nepotismo? Isso deve ser italiano. E os italianos são parvos. Ou é latim. E esses romanos são doidos. 


VER AQUI

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Violações em direto ou: quem manda neste pequeno planeta?



É notícia atual que, num programa reality show no Brasil, um jovem violou em direto uma colega. Estranha notícia: como é que, havendo milhares ou milhões de pessoas a ver, ninguém o impediu.
Estranha notícia, sim, mas não tão estranha como esta outra do Jornal de Negócios, referente a um Nobel da Economia:

“É surpreendente que as pessoas levem as agências de ‘rating’ muito a sério”, afirmou Joseph Stiglitz, Nobel da Economia de 2001, à margem do Congresso da APED. “O que elas têm feito recentemente é uma tentativa de recuperar o seu “status”, porque já falharam desastrosamente. Estão a tentar mostrar que são duras”.


"Para o Nobel da Economia, que esteve hoje de passagem por Lisboa, as agências têm atuado “de forma política e irresponsável, e obviamente estas descidas têm consequências políticas”.
No fundo, todos nós sabemos isto e sabemos que quem manda no mundo, atualmente, são três agências de rating, as mesmas que são culpadas da crise por terem cometido demasiados erros. O mistério é: por que razão permitem os políticos que isto aconteça?"

Ver aqui o resto, no Jornal de Negócios


Outra do mesmo economista, Joseph Stiglitz, no Expresso:
Stiglitz: "Austeridade não é solução" para a retoma da economia


Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.         


terça-feira, janeiro 17, 2012

O Naufrágio de Portugal

Maria de Lurdes Rodrigues vai agora ser julgada num caso de escandalosa corrupção. Estamos mesmo a ver que não se vai provar nada, claro.
E vamos continuar a pagar, do pouco que ganhamos, estes saques a que o país é constantemente sujeito,a utêntica pirataria.
Talvez agora, as pessoas que a elogiavam compreendam com quem os professores tiveram de se haver: uma força da destruição, tal como Sócrates, tal como os agentes das agências de rating e outros.
Mas eles estão sempre bem... Portugal é que não.

Que Vergonha!!!




É com consternação que assistimos aos relatos da cobardia do comandante do navio Costa Concordia, que fez naufragar o navio por incompetência, por não ter seguido as rotas que é obrigado a seguir e nem sequer aceitou o aviso do chefe de mesa, natural da ilha, de que estavam demasiado perto de terra e que aquela zona tinha muitos escolhos, mas que tentou salvar a  pele em vez de tentar salvar os passageiros ea tripulação.
Esta cobardia contrasta com a coragem de muitos tripulantes e até mesmo de muitos passageiros, pois a eles se deveu o salvamento de tanta gente. Vi na RAI Uno uma mesa redonda em que muitas pessoas italianas, desde uma actriz até um antigo marinheiro, todos passageiros deste navio elogiavam a coragem uns dos outros e da tripulação. 

Temos s impressão de que os navegantes são corajosos e até se diz que o comandante deve naufragar com o navio. Se fosse em Portugal, concluir-se-ia logo que o comandante seri aparente de algum ministro ou de alguém influente. Será o mesmo em Itália? 








Ver Aqui

E AQUI

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Naufrágios: o passado e o presente



Vou publicar aqui mais posts sobre naufrágios, já tenho vários, como se pode ver clicando na tag abaixo "Naufrágios".
Este, no vídeo, o do navio Sírio, também já aqui referido, aconteceu há cem anos com um navio italiano a caminho do Brasil, também por culpa do comandante. 
Mas a criatividade napolitana transformou este dramático episódio, que de outro modo ficaria sem história (só tem história o que é narrado) num momento interessante do canto napolitano, os Cantastorie - histórias cantadas, quase parecidas com a nossa "literatura de cordel", mas musicada com grande emoção, inteligível mesmo para quem não entenda a língua.
O Costa Concordia tinha 4000 tripulantes, o que é hoje em dia muitíssimo, por ser um dos maiores navios do mundo, mas o Sírius ou Sírio já tinha 2000. A diferença, muito pequena se pensarmos em dimensões oceânicas com cem anos de diferença, explica-se contudo: na terceira classe viajavam a monte "ao molho" e sem condições mínimas, centenas ou milhares de emigrantes, que, se morressem na viagem, o problema era deles. 
(Como agora, com o neo-liberalismo introduzido em Portugal pelo bem intencionado, simpático e muito ingénuo coelho, em italiano coniglio, ler conilho).

Ver actualizações sobre o Costa Concordia ( o navio da Discórdia)
AQUI

domingo, janeiro 15, 2012

Acordo ortográfico


Para que conste: sou a favor do acordo ortográfico. A atual ortografia pareceu um escândalo em 1911, agora parece não poder ser alterada... a ortografia é uma mera convenção e, como tal, pode ser alterada.



Não devemos ficar agarrados a uma regra só porque é regra, ou que é tradição. Também é tradição as mulheres ficarem em casa e não meterem prego nem estopa em coisa nenhuma.


Fernando Pessoa, que era completamente contra o acordo ortográfico, não percebia como se poderia escrever lírio, quando, em lyrio ou cysne, o y imitava o lírio e o pescoço do cisne. Pois.


O francês, como nunca teve um acordo ou uma reforma ortográfica, está a ficar obsoleto, até para os mesmos franceses. Que preferem o inglês, como toda a gente, para falar de certas coisas.