O meu pai e a minha mãe gostavam muito de citar ditado populares, mas alterados.
Assim, o meu pai, um pouco agastado com a tendência da minha mãe para guardar coisas velhas, tinha a sua própria versão do provérbio:
"Guarda o que não presta, encontrarás o que precisas"
Que era:
"Guarda o que não presta, encontrarás o que não presta"
Este, sim, uma constatação bastante bastante óbvia, ao contrário do ditados, provérbios e aforismos, que contrariam quase sempre o lugar comum.
Mas a minha mãe também tinha um muito bom. Em vez do muito corriqueiro "Quem sai aos seus, não degenera", dizia:
"Quem sai aos seus, não é de Genebra".
Não sei onde foi buscar este, mas creio que não o inventou, pois encontrou-o no Google. A não ser que se tenha vulgarizado a partir das pessoas a quem contamos, pois as anedotas são sempre inventadas por alguém.
Enfim, é bom conhecer gente criativa. Que até inventa anti-provérbios e aforismos.
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
quarta-feira, agosto 08, 2018
domingo, agosto 05, 2018
Violência doméstica, calduços, chapadões e indisciplina nas escolas
-Não percebo porque é que fazem tanto drama agora só por causa disso [isso é o facto de os pais baterem nos filhos, que alguém mencionou].
- Porquê? Os seus batem-lhe?
- Claro! A minha mãe tem de me bater, que é para me dar educação. É com cada chapuçada! muitas chapadas e muitos calçudos *, claro. - afirmou a menina.
- Os meus pais também me batem, claro!
- Ai sim?
- Agora nem tanto, mas quando era pequeno era sempre a bombar. Era só calduços e chapadões.
- Entao é porque tu te portavas ainda pior quando eras pequeno!
- Também era por ser pequeno, claro, mas agora também é com cada chapadão!
- E então, tudo bem, na sua opinião? - Pergunta a professora, espantada com estas declarações.
- Claro, como é que me davam educação sem os chapadões?
Este depoimento vale o que vale, pois trata-se de um diálogo (mais ou menos autêntico) entre quatro alunos (uma menina e três meninos do décimo primeiro ano) que foram postos na rua com falta disciplinar e a professora (adivinhem qual) que os recebeu para lhes dar um raspanete.
Detalhe: embora nenhum dos quatro fosse contra a "violência doméstica", os dois apologistas reconheceram o erro que cometeram, depois de refletirem sobre o assunto e foram pedir desculpa. Os outros dois garantiram que não fizeram nada de mal e que foi muito injusto terem sido postos na rua. Ignora-se a opinião dos 36 que ficaram na sala.
Já agora, os motivos confessados: todos os rapazes da turma e algumas raparigas começaram a tossir convulsivamente. O dos chapadões levantou-se e perguntou à professora se achava normal estarem todos a tossir. - Rua! - Não tive culpa, só perguntei se achava normal que era para a setôra os mandar calar.
- E se os mandasse calar, vocês respondiam que estavam com tosse, como já fizeram nas minhas aulas, não sabe disso?
- Claro que sei.
- Então você ainda estava a gozar mais com a professora do que os outros.
A rapariga, essa, desatou a rir às gargalhadas porque um dos tossedores se engasgou ao tossir e começou a tossir aflito. Bem feito!
- Mas a setôra teve razão em pôr-me na rua, porque eu estava-me a rir às gargalhadas e a setora não sabia porquê.
* Calduço é um apequena pancada na cabeça, normalmente na nuca.
- E se os mandasse calar, vocês respondiam que estavam com tosse, como já fizeram nas minhas aulas, não sabe disso?
- Claro que sei.
- Então você ainda estava a gozar mais com a professora do que os outros.
A rapariga, essa, desatou a rir às gargalhadas porque um dos tossedores se engasgou ao tossir e começou a tossir aflito. Bem feito!
- Mas a setôra teve razão em pôr-me na rua, porque eu estava-me a rir às gargalhadas e a setora não sabia porquê.
* Calduço é um apequena pancada na cabeça, normalmente na nuca.
Lisboa e suas fases urbanísticas.
Quando vim morar para Lisboa, há bués, pode custar a crer, mas a baixa da cidade, ou seja, o centro de Lisboa era intransitável à noite, perigosíssimo.
Quase só havia prédios degradados, habitados por velhinhos e as ruas estavam infestadas de ladrões, de carteiristas, de traficantes.
Antes de vir viver para cá e de passagem, estando eu instalada no Hotel do Chiado, no Chiado, fui a uma farmácia aberta à noite para comprar algo, creio que gotas para os ouvidos. O farmacêutico informou-me que eu estava a arriscar muito, aquele zona era péssima, corria sérios riscos... seria o Rossio, ou o Martim Moniz ou algo assim.
Como nunca fui medrosa, ou já não era nessa época, considerei um exagero, tal aviso.
A certa altura, andei à procura de casa para morar e encontrei uma que me pareceu razoável, na Avenida da Liberdade. Era uma casa mobilada e partilhada, com espaços comuns. Como há agora para estudantes estrangeiros, mas não era o caso.
A senhora que ma mostrou incidiu muito na informação de que os colchões tinham proteção de plástico.
Como eu vivia noutro planeta, e apesar de a senhora me parecer um pouco grosseira, disse-lhe que não via vantagem nenhuma em tal coisa. Proteção de plástico?! para quê? Respondeu:
- Você é uma menina muito ingénua e muito bem educada, não é pessoa para viver aqui, mantenha-se a milhas da Avenida da Liberdade, é o conselho que lhe dou. Isto não é para si.
Alguns anos depois, a Avenida da Liberdade era uma das zonas mais caras e mais chiques de Lisboa.
Neste momento, Lisboa ainda se encontra com casas degradadas, prédios inteiros devolutos, como se vê nas fotos que tirei, caminhando dois ou três minutos numa zona central.
Especulação imobiliária? Gentrificação?
Outra fase.
(CONTINUA)
sexta-feira, agosto 03, 2018
Coerência em Portugal
Ninguém exige coerência aos partidos que estiveram no poder, pois seria acusado de ingenuidade.
O passos coelho foi eleito por prometer acabar com a austeridade, depois gabou-se de ter ido para além da troika e não se demitiu nem foi demitido, apesar de o próprio FMI ter confessado que exagerou na austeridade. *
O Sócrates fez o que se sabe, os submarinos estão até hoje como anedota, as pessoas sorriem quando se fala disso, embora graça não seja nenhuma.
A corrupção política e a inoperância da justiça estão no auge, mas os problemas graves parecem ser o estacionamento da Madona e o robles ter comprado uma casa.
Quanto ao PCP, é muitíssimo coerente em termos políticos e mesmo nada a defender os direitos humanos, quando estes são violados por ditaduras comunistas.
E nada se diz quanto a outra incoerência gritante, que nunca deu celeuma em Portugal, embora dê noutros países: a pedofilia dos padres. Que exigem a castidade, a contenção, a abstinência entre adultos, em graus diversos, desde a abstinência total entre adultos gay, à continência de casais catolicamente casados, enquanto eles mesmos abusam sexualmente de crianças. Moralistas imorais que passam impunes na opinião pública e publicada.
Todos nós nos sentimos envergonhados só de falar nisto, portanto é assunto tabu.
Não devia ser, sendo Portugal um dos países mais católicos do mundo, até pela sua história de levar esta religião para os outros continentes.
Mas os assuntos a discutir em Portugal fazem parte de uma agenda, gerida não se sabe muito bem por quem...
Ou sabe?
Não há nada em Portugal que não seja partidário.
Mais e piores escândalos da esquerda em Portugal
A Catarina Martins atropelou um gatinho, daqueles peludinhos e bonitos do Facebook e fugiu, sem o levar ao veterinário!
Mais e ainda piores escândalos da esquerda em Portugal
Marisa Matias, do próprio Bloco de Esquerda, foi vista a comungar numa missa em pleno Mosteiro dos Jerónimos (incoerência da esquerda).
O pior de tudo é que, minutos antes da missa, foi vista a deglutir 3 pastéis de Belém com canela e açúcar. Conclusão: nem estava em jejum!
O pior de tudo é que, minutos antes da missa, foi vista a deglutir 3 pastéis de Belém com canela e açúcar. Conclusão: nem estava em jejum!
quinta-feira, agosto 02, 2018
Mais e piores escândalos da esquerda em Portugal
O líder do PAN, quando era pequeno, matava os gatos dos vizinhos. Daqueles peludinhos e giros e de raça.
quarta-feira, agosto 01, 2018
Especulação imobiliária ? Que é isso?
Curiosamente, o Presidente da República Marcelo, abreviatura de Marcelo Rebelo de Sousa, não conhece um diploma de que todos os portugueses ouviram falar e que limita, até certo ponto, a especulação imobiliária.
Apesar de não o conhecer e de não ter opinião sobre o assunto, o mesmo Marcelo anda a estudá-lo com os seus conselheiros e tenciona vetar a lei.
Não admira, é uma medida de esquerda.
Pelo meio fica um "escândalo" com um deputado do BE, com muitas notícias de jornal, em que tudo é narrado entre aspas, ou seja, em sentido figurado.
A lei vai acabar por ser vetada, o Bloco de Esquerda, em vez de ficar como defensor dos inquilinos pobres, vai ficar mal visto, visto como igual aos partidos do poder, que é a pior visão possível.
O povão embarca na patetice desta Silly Season, incapaz de raciocinar por ele mesmo, encordoado numa massa acrítica que parece não ter fim à vista.
Não espero que o meu blogue tenha muitos fregueses, quando exprime opiniões destas e constatações óbvias.
O deputado Robles, do Bloco de Esquerda, já demitido, não por corrupção, mas por "incoerência ideológica" (conceito muito inovador na política portuguesa), agora sem emprego, poderá dedicar-se à vontade à especulação imobiliária, para a qual tem obviamente muito jeito.
A comunicação social aplaude. E participa.
Presidência da República desmente Catarina Martins
Belém nega que haja um diploma sobre o direito de preferência dos inquilinos à espera de promulgação. BE esclarece que diploma está em trânsito.
PÚBLICO
Partilhar notícia
Marcelo vai vetar lei : Primeira página do Jornal I, 31de julho de 2018
VER TAMBÉM no Expresso, 31de julho de 2018
:
Marcelo deverá vetar lei que deu polémica com o BE
Ou aqui
Marcelo prepara veto a lei que deu polémica com o BE
Projeto de lei sobre habitação, aprovado a 18 de julho na Assembleia da República, deverá ser recebido esta semana ou na próxima e, vetado pelo Presidente da República.
Prtugueses, ainda hoje, escravos de ladrões
Escravos de ladrões
Nós, portugueses, portuguesinhos, com o nosso conformismo, conformisminho, acabamos por nos termos tornado, na suposta democracia, escravos de ladrões.
Foi assim, por exemplo, que o governo de Sócrates e quejandos: aumentou a idade da reforma de 60 para 66 anos, que já irá em 68 ou 70, pois vai aumentando todos os anos.
Trabalhem, escravos, morram a trabalhar, trabalhem para as nossas contas da Suíça, trabalhem para as nossas maiorias absolutas, trabalhem para serem acusados de não trabalharem e de serem preguiçosos por serem da Europa do Sul, comam caldo e pão para nós comprarmos mansões em Paris, deixem arder a casa e a aldeia para nós comprarmos a madeira barata, para nós pagarmos os helicópteros e os nossos fatos dos grandes estilistas americanos.
Morram a trabalhar e a aplaudir-nos! Matriculem-se nos nossos partidos! Paguem as nossas quotas! Os nossos subsídios! As nossas reformas milionárias ao 40 anos!
Espero que, daqui por poucos anos, este meu texto não tenha a menor graça, por ser totalmente obsoleto.
sexta-feira, julho 20, 2018
Ali Babá e os inúmeros ladrões
Quando seu que nos livramos desta gentalha que nos envergonha e que nos come vivos?
No próximo século? No próximo milénio?
Saliento fotos da primeira página das revistas Visão e Sábado. Títulos:
- Esquemas suspeitos na reconstrução de Pedrógão. (Revista Visão)
- O assalto à PT: saiba como eles destruíram a maior empresa portuguesa" (Revista Sábado)
Ali Babá será talvez o Sócrates. Mas também pode ser o Passos Coelho, o Portas e outros.
A Caverna somo nós, claro.
O portugueses deram o que tinham e o que não tinham para ajudar a reconstruir Pedrógão, mas parece que o seu dinheiro foi para recuperar ruínas para reconstruir casas de férias.
Como o Presidente da República aconselha os portugueses passarem férias nesta zona, nada mais rentável do que reconstruir uma casa de férias com o dinheiro da caridade para alugar a turistas.
Que esquema!
Isto mete nojo? Porquê? Não estamos habituados a esta mentalidade, não conhecemos todos nós demasiadas pessoas que pensam assim?
Não achamos nós muito normal que as crianças copiem pelo colegas, gabando-se depois de que tiveram boas notas, sem lhes passar pela cabeça dizer que copiaram?
Não é de pequenino que começa esta saga?
Estes aldrabões são os que se safam em todo o lado. Em todo o lado aqui em Portugal, entenda-se.
Mudança de mentalidade urgente, precisa-se!!! Urgentemente!
A começar pela mudança de mentalidades em relação ao ensino!!!
No próximo século? No próximo milénio?
Saliento fotos da primeira página das revistas Visão e Sábado. Títulos:
- Esquemas suspeitos na reconstrução de Pedrógão. (Revista Visão)
- O assalto à PT: saiba como eles destruíram a maior empresa portuguesa" (Revista Sábado)
Ali Babá será talvez o Sócrates. Mas também pode ser o Passos Coelho, o Portas e outros.
A Caverna somo nós, claro.
O portugueses deram o que tinham e o que não tinham para ajudar a reconstruir Pedrógão, mas parece que o seu dinheiro foi para recuperar ruínas para reconstruir casas de férias.
Como o Presidente da República aconselha os portugueses passarem férias nesta zona, nada mais rentável do que reconstruir uma casa de férias com o dinheiro da caridade para alugar a turistas.
Que esquema!
Isto mete nojo? Porquê? Não estamos habituados a esta mentalidade, não conhecemos todos nós demasiadas pessoas que pensam assim?
Não achamos nós muito normal que as crianças copiem pelo colegas, gabando-se depois de que tiveram boas notas, sem lhes passar pela cabeça dizer que copiaram?
Não é de pequenino que começa esta saga?
Estes aldrabões são os que se safam em todo o lado. Em todo o lado aqui em Portugal, entenda-se.
Mudança de mentalidade urgente, precisa-se!!! Urgentemente!
A começar pela mudança de mentalidades em relação ao ensino!!!
Támara
O homem consegue vencer deserto, saindo das areias sequioso de água, esfomeado de pão e, ao estender as mãos suplicantes, recebe nelas o mais doce fruto da çriacao. Como uma dádiva do calor e do pó. A tâmara.
sexta-feira, junho 29, 2018
O Céu e a Terra
Foto tirada de janela de Lisboa, onde se vê ser mais importante o céu do que a terra.
"Que o céu e a terra, pedras conjugadas
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que ha gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura." - Miguel Torga
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que ha gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura." - Miguel Torga
terça-feira, junho 26, 2018
"O espantoso esplendor do mundo"
O "espantoso esplendor do mundo" * visto das minhas janelas de Lisboa.
Noite do dia de Santo António.
* Expressão poética de Sophia de Mello Breyner.
terça-feira, junho 19, 2018
Gente feia, caminete feia, tudo feio
O meu pai, que era muito bonito, como se vê na foto, publicada aqui no seu aniversário (19 de junho) que seria, muitos anos após a sua morte, andou a passear pelo país, com os amigos, de forma sistemática, durante meses ou anos, em breves excursões. Décadas de 30 / 40 do século XX.
Ao chegarem a uma povoação, uma criatura acercou-se do autocarro e exclamou:
- Gente feia, "caminete" feia, tudo feio!
Esta é uma das muitas histórias com que a minha família se riu durante décadas, considerando, neste caso, a grosseria cometida contra nós, como sendo cómica.
A grosseria a que o filósofo Fernando Gil chama "burgesismo" ( de burgesso), como algo de risível. E de grosseiro.
Mas a auto-ironia existe e fica bem. Uma coisa é rirem-se de nós, outra coisa é rirmo-nos nós de nós mesmos.
Como fez o meu pai e todos os amigos, contando esta história a toda agente, rememorando-a muitas vezes nos longos serões à lareira, no Inverno. Nos longos serões ao fresco das árvores e das sombras, no verão.
Muitas vezes me apeteceu dizer, em situações inomináveis, ambíguas, confusas, hipócritas, mas aparentemente muito civilizadas:
- Gente feia, "caminete" feia, tudo feio.
Mas creio que não cheguei dizer. Terei dito?!
segunda-feira, junho 18, 2018
Santo António de Lisboa
Várias vezes foram aqui colocadas fotos da festa de Santo António de Lisboa (para ver mais, clicar no link abaixo).
De facto, poucas cidades europeias terão tradições tão arreigadas como tem Lisboa.
Fotos:
1. Entrada para o Museu de Lisboa, Secção de Santo António, decorada com rosas.
2 e 3. Várias imagens de Santo António, em exposição no Museu de Lisboa, Secção de Santo António.
4. "Cascata" de Santo António.
5. As pessoas pedem para esfregar no quadro, retrato de Santo António, considerado milagroso, flores que levam para casa, peças de roupa dentro de sacos, documentos, fotos e pães de Santo António, uns paezinhos sem fermento que nunca se estragam nem ganham bolor.
Há relativamente pouco tempo eram mesmo as crentes que esfregavam esses objetos na pintura, ainda sem moldura, agora há estas regras, que não abandonam a "tradição".
Musso
Este livro, L'appel de l'ante, de Guillaume Musso, que descobri num sitio de trocas muito usado e com aspeto de velho é impressionante num aspeto.
Ainda agora mal percebemos as potencialidades dos telemóveis Smartphone e este calhamaço ja se baseia no enredo de duas personagens, homem e mulher, claro, que trocam o smartphone por engano e, através dele ficam a saber tudo um do outro, vendo ficheiros ocultos, fotos, correio electrónico, contas bancarias e tudo... O livro foi já publicado em 2011.
Acaba por ser um romance policial. Mas escrito muito depressa... Considerado pelos críticos franceses como um escritor comercial, dedica-se cada vez mais ao romance policial.
Tanto este como num outro livro 7 Ans Après, tudo acontece por causa do telemóvel, acedido por outrem, que não o dono. Mas ainda sem o reconhecimento da impressão digital...
ou seja, a ação destes dois volumes deverá passar-se no decurso talvez de cinco anos,neste início de século XXI, em que os smartphones já são muito evoluídos, mas sem segurança que não seja uma simples password, sendo que muita gente não punha nenhuma.
segunda-feira, junho 11, 2018
Telemóveis nas aulas
Se os professores exigissem que os alunos levassem para as aulas um computador portátil, seriam acusados das maiores arbitrariedades. Ma eles já levam um computador portátil, que é o telemóvel smartphone. Todos os meus têm um desses.
Então há duas atitudes possíveis: proibi-lo ???
Utilizá-lo nas aulas?
domingo, maio 27, 2018
Eutanásia à portuguesa (inha)
Ê claro que pessoalmente dou a favor da eutanásia. Já que posso decidir por mim. Mas quando há tanta gente a viver para lá dos cem anos com tanto potencial herdeiro habituado, desde criança, a gastar o que não ganhou e a ver a sua vida mal parada...
- Avozinho, assine aqui.
- O que é isso? Não vejo...
- Não é nada... É só um papel...
E mesmo agora debe haver outras maneiras de resolver o problema. Menos fáceis.
A violência familiar adquire muitas vezes uma feição muito suave e até carinhosa. Num país tão de brandos costumes...
sexta-feira, maio 25, 2018
Por que é que os políticos se enganam sempre da mesma maneira, nas declarações que fazem?
É engraçado os políticos enganarem-se sempre da mesma maneira nas declarações que fazem.
Nunca se enganam declarando rendimentos a mais ou habilitações literárias a menos.
Mas que coincidência!
Um engano é um engano. Não? Não?
Mas a massa acrítica continu a avatar sempre nos mesmos.
Nunca se enganam declarando rendimentos a mais ou habilitações literárias a menos.
Mas que coincidência!
Um engano é um engano. Não? Não?
Mas a massa acrítica continu a avatar sempre nos mesmos.
Prescrição de crimes, a quem beneficia? - Aos criminosos, claro! - Aos que fizeram as leis, claro!
Se pedimos um empréstimo ao banco para comprar uma casa e não o pagarmos, a dívida prescreve? Não.
Se o banco for à falência, então eu já não devo nada a ninguém ?
Devo o mesmo.
E os que roubaram milhões ao estado? Não têm de pagar porque o crimes e as dividas deles prescrevem ?
Sim.
E porque é que nenhum partido propõe que os crimes deixem de prescrever, como acontece em países mais democráticos?
E se fizéssemos uma petição?
- Então, a prescrição de crimes, a quem beneficia?
- Aos criminosos, claro!
- Aos que fizeram as leis, claro!
Mas a massa acrítica não permite que nada seja discutido ou criticado.
Está tudo tão maravilhoso, tão bem!!!!
domingo, maio 20, 2018
Lugares reservados
- A senhora não se pode sentar aí porque a minha irmã está aqui sentada!
- A senhora está enganada. Não está nenhuma pessoa aqui sentada e portanto, vou-me sentar.
- Faz muito bem!
- Também acho.
Sentei-me, descansei e saí, sem aparecer a mulher que estava "ali sentada", no dizer da irmã, e que também estava numa fila interminável para pedir brindes.
Esta mania portuguesinha dos lugares marcados é incrível, sobretudo é incrível haver quem os respeite, ao contrário do seu interesse e de toda a lógica ou de todos direito. Será medo?
Neste caso, havia milhares de mulheres estafadas, meia dúzia de sítios para sentar, mas estavam reservados. Que pena!
(Isto decorre no final de mais uma corrida de atletismo para mulheres, com milhares de participantes.)
quinta-feira, maio 10, 2018
Dia da Espiga
Em Lisboa, quinta feira da Ascensão é o dia da Espiga. Colhem-se, já raramente, compra-se ou oferece-se um armarinho destes, que se dependura na casa para dar sorte, até ao ano seguinte, em que é substituído por um novo.
Para além de ser uma tradição bonita, que embeleza Lisboa neste dia e as casas o ano inteiro, alegadamente dá sorte.
Cada planta ou flor tem um dimensão simbólica daquilo que desejamos.
Simbologia da Espiga
Espiga de trigo (em número ímpar): pão;
Malmequer: ouro e prata;
Papoila: amor e vida;
Oliveira (um ramo): azeite e paz; luz, divino;
Videira (1 ramo): vinho e alegria
Alecrim: saúde e força.
A tradição tinha também um pãozinho pequeno, mas essa parte foi esquecida. Algumas poucas vendedoras de espigas trazem o pãozinho para as suas freguesas, a grande maioria não.
Um dia de alegria em Lisboa, que ainda tem muitas tradições. E não são para inglês ver.
Este blogue tem já vários posts sobre o Dia da Espiga. VER Link abaixo.
domingo, maio 06, 2018
domingo, abril 29, 2018
The Terror e a Passagem do Noroeste
Anda a dar na televisão uma serie intitulada The Terror sobre este navio que naufragou em Lisboa e depois disso procurou uma passagem entre América, Europa e Ásia pelo Ártico, a Passagem do Noroeste.
Tema muito atual, já que, com o aquecimento global, a passagem é hoje uma alternativa ao canal do Panamá e ao canal do canal do Suez. AMC HD.
VER AQUI
Aqui, informação sobre a Passagem do Noroeste
Acabou por ser atravessada em primeiro lugar por um piloto português, João Martins, ao serviço das Filipinas, em 1588.
"Em 1500, o Rei D. Manuel I de Portugal terá enviado Gaspar Corte-Real à descoberta de terras e de uma "Passagem noroeste para a Ásia". Corte-real chegou à Groenlândia pensando ser a Ásia, mas não desembarcou. Numa segunda viagem à Groenlândia em 1501, com o seu irmão Miguel Corte-Real em três caravelas. Encontrando o mar gelado, mudaram e rumo para Sul, chegando a terra, que se pensa ter sido Labrador e Terra Nova.
Em 1588, durante uma viagem do governador das Filipinas, D. Lorenzo Ferrer Maldonado, o piloto português João Martins conseguiu aquela que foi a primeira conquista da Passagem Noroeste, descobrindo também o que mais tarde se viria a chamar Estreito de Bering."
domingo, abril 15, 2018
O Naufrágio, obra de Tagore
O escritor indiano Tagore é um dos maiores poetas indianos, mas também tem romances.
O Naufrágio labora com o facto de que os indianos se casam sem verem a pessoa com quem casam, a não ser por um breve momento durante a cerimónia. Mas nesse momento em que podem olhar um para o outro, alguns , muitos, poderão não olhar, seja por pudor, seja por medo. Medo de ver a pessoa com quem casaram...
O Naufrágio cria seguinte situação: após o casamento, os noivos embarcam num navio, navegando pelo rio Ganges. Uma tempestade provoca o naufrágio e poucos sobrevivem.
Um casal sobrevive, salvando um rapariga que julga ser a sua esposa, mas dá-se conta mais tarde de que rapariga casou com outro, que talvez se tenha afogado...
Vivo ou morto, a esposa tenta amar e ama o marido que lhe foi destinado, pois assim aprendeu a fazer...
Rabindranath Tagore
Poesias de Tagore, declamadas em Português do Barsil. A religião mencionada é o Hinduísmo, cujo Deus principal é Lord Shiva.
O Naufrágio labora com o facto de que os indianos se casam sem verem a pessoa com quem casam, a não ser por um breve momento durante a cerimónia. Mas nesse momento em que podem olhar um para o outro, alguns , muitos, poderão não olhar, seja por pudor, seja por medo. Medo de ver a pessoa com quem casaram...
O Naufrágio cria seguinte situação: após o casamento, os noivos embarcam num navio, navegando pelo rio Ganges. Uma tempestade provoca o naufrágio e poucos sobrevivem.
Um casal sobrevive, salvando um rapariga que julga ser a sua esposa, mas dá-se conta mais tarde de que rapariga casou com outro, que talvez se tenha afogado...
Vivo ou morto, a esposa tenta amar e ama o marido que lhe foi destinado, pois assim aprendeu a fazer...
Rabindranath Tagore
Poesias de Tagore, declamadas em Português do Barsil. A religião mencionada é o Hinduísmo, cujo Deus principal é Lord Shiva.
Se todos fossemos perfeitos, segundo o Dalai Lama... não existiríamos na terra
Ao ler a autobiografia da irmã do Dalai Lama, descobri uma resposta possível para milhões de perguntas (existenciais) que temos feito, talvez muitas variantes da mesma. O Budismo considera que reencarnamos enquanto formos imperfeitos, sendo possível melhorarmos até à perfeição, deixando depois de reencarnar.
Quando a irmã do Dalai Lama se queixa dos defeitos dos adultos e da sua falta de sensibilidade para com as crianças, o Dalai Lama responde que:
"Se todos fossemos perfeitos, a nossa existência não teria justificação e não haveria lugar para nós neste mundo".
VER AQUI o livro NA AMAZON
A obra intitula-se Tibet: my story e é da autoria de Jetsun Pema (Sister of the Dalai Lama)
quinta-feira, abril 12, 2018
Autobiografia de uma das irmãs do Dalai Lama
Este livro é a autobiografia de uma das irmãs do Dalai Lama. Teve mais dois irmãos reconhecidos como reencarnacoes de importantes personagens do budismo tibetano.
A mãe teve 14 filhos, mas muitos morreram, ainda crianças.
Vida aventurosa, difícil, mas muito marcada pelo dever.
O dever de manter viva a cultura tibetana, o Budismo tibetano, o próprio conceito de Tibete como nação.
E sobretudo a missão que lhe foi confiada, de criar e educar milhares de crianças tibetanas, maioritariamente órfãs, numa Índia que os acolheu, com recursos fornecidos pela caridade mundial e pelo própria Índia, tão depressa amiga como inimiga. Tudo contado com alguma modéstia, própria da educação que recebeu, uma menina que sempre tratou o irmão por "Vossa Santidade".
Imaginemos uma família "normal" a ser informada que um dos filhos é Sua Santidade O Dalai Lama e o mais novo é uma outra pessoa importantíssima, (já o terceiro)...
E a saga continua.
Também interessante por descrever e narrar as tradições do Tibete.
terça-feira, abril 10, 2018
Lisboa no centro da primeira era da Globalização
"Lisboa parece uma capital do século XX."
Uma cidade cosmopolita. Tem escravos negros, escravos brancos, mas também tem um cavaleiro negro.
Ver o Vídeo da BBC.
Sempre nos queixámos de não darem importância a Portugal, de não lhe reconhecerem os méritos.
Tudo mudou.
sexta-feira, março 30, 2018
Feliz Páscoa
A Nadinha e o Blogue Terra e Mundo (o título original, que se vê no URL, chocava algumas pessoas) desejam, aos seus leitores e seguidores, uma Páscoa Feliz, com felizes navegações..
Navegar por novas impressões, que recordam vagamente as sensações da infância...
Amêndoas, cabrito, jejum, missa pascal, visita pascal, compasso...
Recordação dos canto de muitos pássaros, ninhos, voos, enfim, a primavera em flor e em pássaros...
(Aqui, no hemisfério norte)
Nem sempre com um clima igualmente amável, às vezes mais frio, mais chuva, outras vezes a delícia de novos prazeres que se sentem no corpo. Mas sempre em festa!
(Imagem retirada da net de Ovo de Fabergé)
quinta-feira, março 29, 2018
Os descobridores que não descobriram nada. E os outros
Amerigo Vespucci não descobriu a América, mas é por causa dele que a America se chama assim. Ele apenas escreveu umas cartas em que descrevia o novo mundo, gabando-se muito de ter liderado as expedições de descoberta, tendo apenas navegado como subalterno em navios portugueses e espanhóis. Como na altura acreditaram que tinha descoberto um continente novo, chamaram a essa terra América! Vejam bem o poder da escrita! As cartas foram publicadas como livro e divulgadas pela Europa.
Abel Tasman não descobriu a Nova Zelândia, nem a Austrália, foi o Capitão Cook (muito desconhecido dos portugueses) que as descobriu, de acordo com a versão oficial da História, ou então foram os portugueses (mais provavelmente). Mas Tasman ficou com fama de ter descoberto a Nova Zelândia e deu o nome à ilha da ...Tasmânia! Que parece um nome tão exótico!!!
Há um facto novo: "os espanhóis" publicaram um livro, que distribuíram gratuitamente entre os estudantes da Nova Zelândia.
O autor é neozelandês e defende que foram os portugueses os primeiros a chegar lá, logo seguidos do espanhóis.
Apesar de terem chegado, alegadamente, em segundo lugar, os espanhóis chegaram primeiro agora, com o livro e com as notícias de jornal, que, com uma ligeira distorção da narrativa histórica, os coloca a chegar primeiro. E nós, portugueses, feitos bobos da corte, muito calados e sossegados!
É preciso que se note este detalhe, que leva os australianos e demais povos a não gostarem de terem sido descobertos pelo ingleses e quejandos (segundo, ainda, aversão oficial) : a Austrália começou como colónia penal para desterro de criminosos ingleses, o que não é motivo de orgulho para os autóctones. Como se vê aqui:
VER aqui, artigo de opinião do DN, sobre este assunto recente do livro espanhol:
Sempre nos Antípodas
PS.: Quando, há dois anos, em Roma, procurei as cartas de Ameigo Vespucci, não as encontrei por não estarem publicadas, o que é surpreendente.
Sempre nos Antípodas
PS.: Quando, há dois anos, em Roma, procurei as cartas de Ameigo Vespucci, não as encontrei por não estarem publicadas, o que é surpreendente.
Olhe, eu tenho um livro, mas é um livro de receitas de cozinha...
- Traga um dos seus e leve um destes
- Pode ser um qualquer?
- Sim.
- Sabe, eu tenho um livro.
- Ai tem?
- Tenho, tenho. Mas é um livro de receitas de cozinha.
- Ai sim?
- Sim, sim. Acha que serve para eu trazer?
- Serve.
- E eu posso trazer um livro de receitas de cozinha e levar um desses?
- Pode. Muita gente gosta de livros de culinária. Mas também pode não trazer nenhum. Leva um destes e depois devolve.
- E se eu levar livros e não trouxer nenhum?
- Pode levar vários livros e não trazer nenhum. Mas se todo fizerem assim, isto deixa de ter livros.
- Ah1 e quem é que controla isto?
- Ninguém controla.
- Então adeus. Eu vou pensar!
Oh, quem me dera ter em casa apenas um livro. E que fosse um livro de receitas de cozinha.
Bem, de cada vez que vou a esta cabine e vou muitas vezes, encontro sempre livros novos interessantes. Inesperados e invulgares.
Bem, de cada vez que vou a esta cabine e vou muitas vezes, encontro sempre livros novos interessantes. Inesperados e invulgares.
sexta-feira, março 16, 2018
Estamos a precisar de um Eça de Queirós, um daqueles muito chatos!
Se Eça de Queirós exagerou na critica à sociedade portuguesa, elogiando sempre muitíssimo, por contraste, qualquer criatura ou qualquer evento inglês, nem mesmo esse escritor teria sido capaz de inventar histórias como esta.
Chatos, neste caso, não por ser maçador, que não é nada, mas por ser excessivo na crítica.
Enquanto uns portugueses dão do pouco que têm para ajudar as vítimas dos incêndios, outros, não poucos, tentam aproveitar-se da tragédia para ganharem um dinheirinho.
Como a minha mãe dizia, são o Xico Lamúrias. O Xico Lamúrias fica sempre a ganhar sobre os estóicos...
Não ter dizer que não aconteça noutros países, mas se calhar há penas mais pesadas em alguns para quem se arma em mártir, nestes casos.
Não ter dizer que não aconteça noutros países, mas se calhar há penas mais pesadas em alguns para quem se arma em mártir, nestes casos.
Ver esta notícia
"Segundo fonte do ministério, na maioria dos casos, estão em causa as candidaturas para quem sofreu prejuízos entre os mil e os cinco mil euros. Uma das situações mais comuns detectadas, por exemplo, foi a apresentação da mesma candidatura, para o mesmo terreno, por diferentes titulares e/ou a diferentes medidas.
Além disso, houve também quem declarasse danos em construções que já se encontravam abandonadas ou em ruínas antes da ocorrência dos incêndios e que registrasse danos superiores aos realmente sofridos."
Subscrever:
Mensagens (Atom)