Anda um bicho das palmeiras a comer as palmeiras, aqui em Lisboa.
Perguntei a um jardineiro, o Sr. Manel, que me explicou logo tudo: São uns bichos assim. Mostra metade do dedo indicador. Tem dedos curtos mas grossos.
- Como se fossem carochas, assim, aquelas carochas, percebe?
- Sim
(Carochas quer dizer baratas. Umas baratas grandes, acho eu.)
(A minha curiosidade não é semelhante à minha ignorância sobre as árvores. É muito maior.)
- E porque têm as palmeiras uma estrutura de arame por cima? Então elas não estão mortas?
- Ah, setôra, isso deve ser uma coisa para deitar o veneno para matar a as lagartas. É para eles não terem de andar sempre a subir lá acima, percebe, setôra?
(A setôra referida, desta vez, é uma senhora que contrata este ex-jardineiro para cavar um nadinha numa horta biológica, a 6 euros por hora, mas a Nadinha também entendeu).
E ambas entenderam que o Sr. Manel se reformou a ganhar uma miséria, como jardineiro.
- Pois!
Agora, recebo informação adequada da minha recente amiga LU, amiga virtual do Facebbok.
"Têm cura (algumas) e tratamentos preventivos, mas são muito caros. E mesmo o abate e remoção também são caros, porque uma palmeira deste tamanho pode pesar 1 ou 2 toneladas. "
Respondo, claro:
KÊ? Escaravelhos espanhóis? Era só o que cá nos faltava. Ouvi dizer que é uma lagarta grande e comprida como as baratas, mas ninguém me disse que era espanhola. Isso ainda é mais grave!
Foto: Palmeira intervencionada, tendo por pano de fundo o Hotel Pestana Palace, no antigo Palácio Vale-Flor, da Rua Jau.
