Fui ontem outra vez à minha médica naturista, o que é sempre uma aventura. Mas desta vez o meu respeito por ela aumentou de tal maneira, (já contei isso aqui) que trouxe todos os frascos, pós e azeites, caríssimos, que me vendeu.
Manda-me comer peru, feijão raiado, que suponho ser feijão catarino e endívias assadas. Fácil:
- Por favor, traga-me um prato de peru, acompanhado por feijão raiado e por endívias assadas. E traga-me também um batido de ameixa com figo e sementes de abóbora, com um nadinha de água e gelo... se faz favor!
...
- Ai não tem? Mas não tem o quê? Nada? Nem mesmo peru? Hummm...
"Então traga-me dois pastelinhos de bacalhau e um copinho de vinho branco".
É claro que me fez muitas outras recomendações: manda-me fazer um jardim, ainda não sei como nem aonde, mas vou pensar nisso, manda-me pintar e tocar tambor. Pintar já faço às vezes, tocar tambor nunca me passaria pela cabeça...
E afirma, categórica:
- "Estes maricons que nos gobiernam (fala espanhol) é gente que conseguiu castrar quem realmente tem valor. Aqui e em toda a parte". [Traduzido]
Não podemos deixar que nos roubem o nosso valor, entiendes?! A mim ninguém me tira o meu poder. Nada nem ninguém, ouviste? Não deixes que te tirem o teu poder. Ouviste? Nada nem ninguém.
Confundo sempre: "nadie" quer dizer ninguém. Nada diz-se "nada".
Mas são bons conselhos para todos nós.
Não deixemos que os "maricons" nos roubem o poder. E não voltemos a dar-lhes o poder.