segunda-feira, fevereiro 27, 2017

História pouco natalícia, às vezes, mas nem sempre






Quando ouço contar histórias de Natal, lembro-me às vezes da outra parte da história, normalmente o princípio, aquela parte que simboliza o contrário do espírito natalício. 
Estas histórias de Natal são como a poesia, ou melhor, como os poetas, oscilando sempre entre o belo e o horrível, entre o terror e a redenção.

Aqui vai mais um diálogo. Há muitos neste blogue, basta clicar na tag abaixo.

Era uma senhora que tinha estes brincos da foto. Juntou-se uma rapariga e deu a seguinte conversa, a três, com mais duas pessoas a assistir e a dizerem que sim com a cabeça, porque a dona dos brincos era mulher de personalidade.

História pouco natalícia, às vezes, mas nem sempre


- Os seus brincos são lindíssimos. Posso ver?
- Oh, são tão antigos! Se não me tivessem roubado 3 Kgs de jóias!!!
- Então e não sabe que aqui em lisboa não pode andar carregada com 3 kgs de jóias?
- Sei, claro, eu sei, mas isto foi na terra. O meu marido era do Minho e as pessoas do Minho adoram joias. E eu só as usava lá, claro. Desapareceram da carrinha, no quintal da casa... estas... as outras eram muito melhores...
- Eu estava a dizer a esta senhora que os brincos dela são muito originais, não acha? Posso tirar uma fotografia? É que são umas circunferências que mudam de posição conforme a senhora muda a posição da cabeça...
- Sim, de facto... Ah! A senhora não me está a conhecer? E a senhora também?
- Não...
- Eu sou aquela que tomou conta da sua vizinha doente, aquela a que cortaram a perna.
- Ah! O primeiro prato da comida da minha casa era sempre para ela. Com o melhor! Mas ela nunca teve que dissesse assim: comprei-lhe estas cuecas como prenda de Natal. Nada. Nunca me deu nada.
- Porque é que a senhora queria umas cuecas como prenda de Natal? 
- Não, isto sou eu a dizer. Nada, nem mesmo umas cuecas. 
- Mas então, se a sua vizinha nunca lhe deu nada, porque é que lhe dava sempre o primeiro prato de tudo?
- Eu? Então eu via que ela não tinha nada, ninguém lhe levava nada e eu não havia de lhe dar de comer? Do melhor que tivesse? Porra! Mandava-lhe sempre o primeiro prato, do melhor que tivesse. Porra! Era o que faltava!

- Era eu que tomava conta dela, nos últimos tempos. Mas a irmã...
- A irmã roubou-lhe tudo. Nem um lençol lavado lhe deixou. E deu-lhe uma coça.
- Isso da coça não sei se não teve razão! Que ela acordava-me de cinco em cinco minutos porque queria fazer xixi...
- Sim, ela não era fácil. Nada fácil. Eu telefonei ao sobrinho, mas ele não quis saber.
- A irmã mandou-me embora e ficou à cabeceira da cama dela.
- Claro. E deixou um frasco com um líquido na mesinha de cabeceira. Eu disse logo: levem esse líquido à polícia. Mas disseram. Polícia? Não, não.
- Foi ela que herdou tudo...
- E o sobrinho. Por isso é que eu queria levar o frasco à polícia.
- Mas o sobrinho nem apareceu nunca.
- Os seus brincos. Posso tirar uma fotografia?





Grande Sertão Veredas e demais leituras obrigatórias no ensino






Primeira página do romance Grande Sertão Veredas, um livro emblemático do Brasil.  

Tenho conhecido jovens portugueses que não passam da primeira página dos Maias, mas eu mesma nunca passei da terceira página deste livro. Continuo a tentar.

É claro que o livro é estudado nas escolas do Brasil. 

Sorte a nossa, pois, pelas mais recentes notícias, basta saber dois ou três palavrões para entender as nossas obras de leitura obrigatória.

Chamam a isto "liberdade de expressão". E onde fica a liberdade de ler ou não ler? Por exemplo, de não ler expressões ordinárias? De não ser obrigado pelos professores a ler expressões ordinárias? (Referimo-nos ao livro O Nosso Reino, De Valter Hugo mãe, que foi recomendado para os alunos do 8º ano e que foi considerado leitura obrigatória para esse nível.)

A minha dificuldade começa logo pela primeira palavra, que nunca ouvi ou li: Nonada. Parece que quer dizer não nada, não é nada, etc... Ser´termo erudito inventado pelo autor? Termo popular, corruptela usada pelo personagem? Talvez nem uma nem outra?


Foi-me indicado este site para ajuda na leitura, que pedi no Facebook:

http://www.pactoaudiovisual.com.br/mestres_final/guimaraes/texto1.htm

Citamos aqui :

"" Em tese, trata-se de um argumento bastante simples: homem relembra a vida e, ao recontá-la, refaz o percurso de suas andanças, tristezas e felicidades. No vídeo a crítica literária nos diz: "Resumir Grande Sertão: Veredas é muito difícil. Trata-se de um grande, longo, denso monólogo de Riobaldo, um jagunço, que ao narrar sua história, já é um ex-jagunço, no meio da história da jagunçagem (...) O problema, contudo, encontra-se no modo pelo qual se constrói a narrativa, repleta de ações paralelas e casos inusitados, sobre os quais o engenho e arte de Guimarães Rosa deram vida e significado.”"


Outra citação: 

"Professor Willi Bolle nos diz: "Grande Sertão: dois universos paralelos (...) é uma montagem em contraste. Com isso o autor se refere a dois universos de linguagem, dois mundos de fala. De um lado, o grande discurso, a grande eloqüência, a norma culta, do outro lado, as veredas, a fala humilde das pessoas que moram no sertão. As veredas são os cursos de água e, por extensão, as clareiras onde se estabelecem mais facilmente as moradias”. Ao mesmo tempo, a evocação de um conjunto de significados tão característico do ambiente do sertão impõe à obra um forte traço particular, do qual Guimarães Rosa não pretende escapar. Por isso, a fortuna crítica de Grande Sertão insiste em marcar o movimento ambivalente da narrativa, sempre oscilante entre o regional e o universal."

sábado, fevereiro 25, 2017

Indisciplina nas escolas, cinema português e os cães de fila do regime

Hoje em dia, muitos professores do ensino público consideram que o alunos do ensino básico se portam mal, porque são adolescentes com as hormonal aos saltos. 

Os pais também pensam assim, permitindo que os estudantes façam tudo o que lhes apetece.

Quer isto dizer, se bem entendi, que no nosso tempo não éramos adolescentes com as hormonas aos saltos e que existem muitas turmas, sobretudo as dos colégios, mas também algumas ou até muitas no ensino público, em que os alunos da mesma idade não são adolescentes nem têm as hormonal aos saltos.

Claro que não. Que as hormonas vão saltar para os recreios, as 24 de julhos ou para outro sítio qualquer, que não as aulas.

E isto faz-me lembrar o filme português, se não me engano, Canção de Lisboa.

O tipo gordo, vigarista e ignorante, consegue a muito custo acabar o curso de medicina, e logo decide entrar nos eixos: deixar de cantar o fado, deixar de fazer vida noturna, deixar de beber e, enfim, tornar-se um cão de fila do regime.

Pouco importa se esse médico não sabe nada e se por esse motivo vai matar ou deixar morrer a maioria dos doentes. Importante mesmo é corresponder à imagem do Senhor Doutor, agora que chegou a senhor doutor..

O que surpreende é que nada mudou, desde o início do século XX.

É o que os pais e os professores desejam para os jovens: que gastem todas as capacidades de contestação e de irritação nas aulas enquanto são adolescentes e que se tornem cães de fila do regime, como eles, mal acabem sua formação.

terça-feira, fevereiro 21, 2017

Ser português ou aguentar alguns portugueses?

Não tenho vaidade nem orgulho nem vergonha de ser portuguesa. Mas quando se fala da corrupção... 

Apetece-me fugir para um país civilizado.


Já não aguento mais pagar para tanta ladroagem!!!

Amigos do Facebook


Engraçado, o Facebook. Tenho amigos que cortaram relações comigo, no mundo real, ou eu com eles, não percebi bem, mas que continuam meus amigos aqui, no Facebook.

Ou talvez seja ao contrário: éramos só amigos do Facebook e continuamos a ser, só que não nos cumprimentamos na rua.

Outros são meus amigo fora daqui, mas cortámos relações no Facebook. 
Às vezes até nos mantemos amigos no Instagram, sem falar no velhinho e quase extinto Hi5, pois não e possível apagar ninguém no Hi5. LOL.
E cá vamos. Cantando e rindo!

segunda-feira, fevereiro 20, 2017

Avaliação à Sócrates Pinto de Sousa




 A Função pública está semi-morta desde que o Sócrates inventou  a avaliação feita pelos pares. Eu avalio aquela pessoa que me faz concorrência, até porque tem muito mais qualificações que eu e melhores resultados em tudo.

Mas nada disto foi posto em causa, apesar da prisão de Évora.
Se se vier aprovar que este primeiro ministro defendeu sobretudo os seus interesses, não será de rever muitas das leis que produziu?

domingo, fevereiro 19, 2017



As eleições para a Presidencia de França, pelo nome dos candidatos, parecem eleições no Egito antigo: Amon, Filon, Macron, só falta dizer Amon- Rã, etc.

Ele há cousas!!!



Curiosamente, o líquido castanho que o professor Bambo vendeu por 35 mil euros para a consulente limpar com ele algumas partes do corpo, não fez com que lhe pagassem a dívida de 500 000. O tribunal absolveu o professor Bambo.

Claro, se um médico nos receita um medicamento que não nos faz bem, não vamos logo meta-lo em tribunal, pois não?

Às vezes não resulta...



VER AQUI:


Bem-vindo ao mundo encantado do bruxedo


sexta-feira, fevereiro 17, 2017



LOL. faz-me lembrar de várias pessoas. E de vários gatos. Uma pandilha de gataria que nem chega a ter nome. Fenómeno muito atual no Portugal da Troika.



LOL. faz-me lembrar de várias pessoas. E de vários gatos. Uma pandilha de gataria que nem chega a ter nome. Fenómeno muito atual no Portugal da Troika.

Todos os portugueses que não estão reformados (aposentados) gostariam de estar

Os portugueses a partir dos 40 anos, em vez de sonharem com a realização profissional, com promoções e etc., só pensam na reforma. Em parte por José Sócrates ter subido de forma astronómica a idade da reforma.
De tanto verem pais, avós e tios só pensarem na reforma, os estudantes acham cansativo carregar livros, cadernos e até mesmo lápis e canetas. Esses ainda não sonham com a reforma: já estão a gozar uma reforma antecipada.


O Governo não deveria fazer alguma coisa para mudar a atitude dos portugueses perante o trabalho?

quinta-feira, fevereiro 16, 2017

Dar tudo aos filhos? Tudo?



 Quando os pais tentam dar aos filhos tudo o que podem, devem lembrar-se que, em termos materiais, o máximo será sempre um mínimo: há sempre quem tenha um enorme palácio, dois ou três aviões, etc...
Mas noutros aspetos, um mínimo é sempre um máximo: dar-lhes inteligência, alegria, capacidade de se comoverem com a beleza ou com a tristeza dos outros...
E tanto mais! 

segunda-feira, fevereiro 13, 2017

Algumas pessoas têm uma maneira tão complicada de gostar, que a pior coisa que nos podem fazer é gostarem de nós.

domingo, fevereiro 12, 2017

Quando comecei a dar aulas, há bués, havia uma fórmula importantíssima. Além da nota, que era 1 2 3 4 5 , tínhamos de definir 4 parâmetros para cada aluno, com reduzido, médio, etc.
Na primeira reunião em que participei, quando me pediram os parâmetros, eu nunca tinha ouvido falar em tal coisa e gerou-se um impasse. Uma alma caridosa disse-me então, em voz baixa: quando dás 3 os parâmetros são tudo M. Quando dás 1 é tudo R. Quando dás 5 é tudo E. Se for outra nota dás 2 de cada, à sorte, por exemplo, 4 é 2 Ms e dois Es. Não percebi nada, mas fiz assim e continuei a fazer assim até um qualquer ministro acabar abruptamente com os parâmetros.
Muitas pessoas ficaram desapontadas por acabar tal coisa, pois às vezes havia discussões intermináveis sobre o assunto. Não podes dar tudo E e 4, posso posso. Não podes.
Quanto mim, limitei-me a transmitir esta fórmula os novatos, porque nunca havia qualquer diferindo, usando-a.
É assim o ensino, que não mudou nada, entretanto.


Há apenas uma regra que não muda: para ensinar, é preciso saber. Mas essa regra foi esquecida em detrimento de fórmulas como essa que mencionei.

sábado, fevereiro 11, 2017

Burros? Burros sois vós!




Burros? Burros são vocês! Ou da maneira antiga: 

Burros sois vós!



https://www.facebook.com/paradase.vallescrivia/videos/753774824785012/

Livro: Imperatriz da Lua Brilhante

Existem vários livros, um da Pearl Buck, sobre as duas imperatrizes da China. 


Esta, Imperatriz Wu, é a única que governou por si mesma, no século VI , promoveu o Budismo.
A outra (Sec. XIX-XX) acabou com os pés atados , as torturas horrendas e a escravidão.

A historia deste livro é de tal modo mirabolante, que esquecemos ser verdadeira. 

Há também uma obra em 4 volumes de José Frèches sobre esta imperatriz Wu. Intitula-se a Imperatriz da Seda.

Promoveu a seda e difundiu o Budismo, a Imperatriz Wu. Fez tudo sito pelos seus méritos próprios. E improváveis.




Burros



Burros? Burros são vocês! Ou da maneira antiga: Burros sos vós!

Assim vai este país

O que me contaram que aconteceu com um aluno muito muito muito mal comportado: telefonou a uma amiga para sair com ele À noite. Respondeu que estava em pijama e o rapaz disse: então vamos os dois em pijama no carro do meu pai. Como não sabia conduzir, nem carta nem idade para ter carta, foram os dois presos em pijama na 24 de julho, depois de a polícia ter disparado tiros para o ar.
Seguidamente, a polícia telefona à mãe da menina, dizendo-lhe que fosse buscar a rapariga, em pijama, à esquadra.
- Está enganado, senhor polícia, a minha filha está a dormir na caminha dela, há várias horas.
- Ai sim? Então vá lá ver!
(Nao conheço estes miúdos, foi algo que me contaram.)

O jogo das Quinas e Quejandos...


O meu problema com o jogo é não conseguir ver grande diferença entre perder e ganhar. Até mesmo quando se trata de jogo dinheiro.
Os meus amigos, do facebook e outros, sabem que não sou moralista. Sabem mesmo.

Há muitos anos, ensinaram-me um jogo de cartas engraçado, aparentemente eram melhores as mulheres jogar. Creio que se chamava Quinas e era espanhol. 

Os meus amigos mais antigos poderão estar lembrados, mas talvez não estejam aqui, pois a internet e o Facebook eram nessa época algo como um Futuro Impossível. Alguns já morreram.
Creio que o jogo se chamava Quinas e era espanhol. E eu ganhava sempre. Sempre. Sempre.
Nessa época, eu vivia num lar de estudantes universitários , onde havia jogos de cartas renhidos, a dinheiro. Muitos dos jogadores eram dos Açores e eram independentistas dos Açores. O lar chamava-se FLUP.


Como eu ganhava sempre, faziam-se listas de grupos para me defrontarem, mas eu ganhava sempre!
Como pouco me importa o jogo e nem gosto de jogar, no fim do jogo, eu queria distribuir os lucros, modestos, pelos jogadores, até porque se tratava de um lar para estudantes pobres. Como eu. E de retornados das nossas ex-colónias.

Chegaram a zangar-se muito comigo, os lucros ao jogo não se distribuem.

Levei o jogo para a minha pobre terra: a princípio ganhei tudo, depois comecei a perder. Desisti, claro. 
Disseram-me mais tarde que o tipo que ganhava sempre fazia batota.
Não sei, mas nessa altura eu já estava noutra onda... Perder? A graça era ganhar sempre, perder, ainda que poucas vezes, acabou por me aborrecer.
Nunca mais joguei.

Beatice? Não! Regionalismo!



" Que Deus proteja o Espírito Santo"
Ao ler esta frase no facebook, fiquei surpreendida: para além da beatice, parecia-me ilógica.
Após breve pesquisa, constato que é de uma amiga virtual brasileira, juíza na província de Espírito Santo, a Dra. Patrícia Neves. 
Creio que o mundo descobriu esta província após a greve dos polícias... 
Sim! 
Que Deus proteja o Espírito Santo e todas as regiões brasileiras :) 

E já agora, todas as regiões de todo o mundo!

Esta região acaba de nos ensinar que não há democracia sem uma boa polícia. Todos sabemos isso, claro, mas nós de esquerda, não gostamos da autoridade.

Quanto à direita, depende tanto da autoridade, que se torna refém da polícia e dos sindicatos da polícia, como é o caso vertente.



sexta-feira, fevereiro 10, 2017

Papa Francisco sobre a Mulher



"A mulher, na humanidade, realiza uma missão que vai além e que nenhum homem pode oferecer: “O homem não traz harmonia: é ela. É ela que traz a harmonia, que nos ensina a acariciar, a amar com ternura e que faz do mundo uma coisa bela”.

"a mulher é a harmonia, é a poesia, é a beleza. Sem ela o mundo não seria bonito, não seria harmónico."


VER AQUI

Aretha Franklin na "inauguração" de Barack Obama








1. My country,' tis of thee,
sweet land of liberty, of thee I sing;
land where my fathers died,
land of the pilgrims' pride,
from every mountainside let freedom ring! 
2. My native country, thee,
land of the noble free, thy name I love;
I love thy rocks and rills,
thy woods and templed hills;
my heart with rapture thrills, like that above. 
3. Let music swell the breeze,
and ring from all the trees sweet freedom's song;
let mortal tongues awake;
let all that breathe partake;
let rocks their silence break, the sound prolong. 
4. Our fathers' God, to thee,
author of liberty, to thee we sing;
long may our land be bright
with freedom's holy light;
protect us by thy might, great God, our King.

quarta-feira, fevereiro 08, 2017



Este meu amigo, o Padre Constantino Alves, da minha terra, surpreende-me sempre pela positiva. Já fez em Setúbal um "Resto Du Coeur", agora inventou este dentista social, ou lá que é...
mas na nossa terra ninguém lhe liga nenhuma...


http://www.rtp.pt/play/p3028/e272370/portugal-em-direto/555967
As ideias e as frases com ideias são quase como as cerejas. Se as deixamos cair ao chão e se lhes passa logo um rebanho por cima, era uma vez uma cereja, ou uma ideia. Tive agora uma que me pareceu ótima, mas um post do Facebook varreu-se-ma. OH!

China, Grande China, pobre China



Uma minha aluna de Português Língua Não Materna (PLNM), uma de duas irmãs chinesas, inteligentíssimas, barras a Matemática, pergunta-me por que razão não houve aulas na sexta feira.

Não sabe o que é uma greve? Sabe. Mas na China não há greves e as duas irmãs mais os pais e mais os outros parentes a residir em Portugal não percebem isto.

Explico tudo direitinho, sem esquecer Ai WeiWei e Liu Xiaobo, respetivamente um grande artista plástico e um Prémio Nobel da paz chineses e atualmente presos na China.
No fim da aula, agradece.
Também agradece o rádio que lhes ofereci (um velho que tinha), já que não têm nem televisão nem tinham rádio e agora já podem ouvir música.

Fiquei com receio: quando forem à China já têm de disfarçar. Todos eles.

Quando as mando fazer redações sobre vida quotidiana, percebo que o meu rádio mudou o quotidiano da família. Não para o que eu pretendia, ouvirem falar e cantar em português, mas para o que lhes apetece: ouvir música, talvez num canal chinês.

LOL
Dou-me agora conta de que este blog não tinha a tag democracia.

Chato? Não. Até agora,a democracia nunca esteve em causa...

terça-feira, fevereiro 07, 2017

Comida Michelin


É bom que venha para a cá mais um restaurante Michelin, mas com tanta comida boa e saudável, não creio que eu vá a esse restaurante. Há em Portugal comida maravilhosa e até ás vezes barata. Há ótima comida na casa das pessoas. Também há comida que no vale nada em restaurantes e pessoas que têm a infelicidade de só comer comida que não presta.


segunda-feira, fevereiro 06, 2017

Bodas de safira, Rainha de Inglaterra







Para quem gosta de reis e de rainhas: esta celebra hoje 65 anos de trono. Bodas de safira. E ainda há quem diga que mais vale ser rainha por um dia...

Eu sinto-me muito feliz por não ser rainha. Já viram quantidade de chatices e de obrigações?

E dispenso as safiras.

Nestas histórias de rainhas e de diamantes, faltam as fadas. Boas e más.


Fadismo

Fadismo. 

 Inventei esta palavra hoje, ao comentar que os portugueses se sentem na obrigação de sofrer ao recordarem os mortos. 

 Poderiam recordá-los vivos e felizes, divertidos, contentes. Ninguém quer ser recordado nos 3 piores dias da sua vida. 

 Ou seja, o fadismo faz-nos ir contra a vontade das pessoas que morreram e que gostariam de ser recordadas nos seus momentos felizes, com bom aspeto, etc.

Porque é que só tiramos fotografias quando estamos felizes com bom aspeto? Porque queremos que nos recordem deprimidos e com mau aspeto?

sábado, fevereiro 04, 2017

América em Primeiro, Bélgica, Alemanha, Portugal, etc., em Segundo. Ver aqui

Bélgica em Segundo Alemanha em segundo

http://www.dn.pt/media/interior/portugal-tambem-ja-tem-um-video-para-conquistar-trump-5645581.html#media-1


Suíça em Segundo
Dinamarca em Segundo

Lituânia em Segundo

Portugal em Segundo

sexta-feira, fevereiro 03, 2017

Ainda sobre o raciocínio lógico

Será possível que as pessoas não consigam raciocinar de forma lógica sobre um assunto tão simples e claro como este?

De facto, já reparei que acontece às vezes.


O livro do Walter Hugo Mãe, como qualquer outro, é para ser lido por quem o quiser ler e por isto entendemos pessoas adultas que escolham ler esse livro. 


O que está em causa não tem nada a ver com a liberdade de expressão e sim com a ideia peregrina de obrigar alunos pequenos a lerem expressões extremamente grosseiras. 


E sobre as pessoas que o escolheram e o tornaram obrigatório. 


Alguns alunos devem ter adorado, mas só gostaram daquelas passagem que são mencionadas nas notícias. Outros, só podem ter ficado baralhados por os professores os terem obrigada ler tal coisa.


Presumo que o autor se esteja rir com tudo isto, só é pena não vir dizer que não escreveu isto para miúdos.

quinta-feira, fevereiro 02, 2017

O livro de Walter Hugo Mãe, recomendado para o 8º ano, como obrigatório, ainda...



Quando eu era ainda pequena, lembro-me de ter lido uma cena de violência sexual, não sei se física ou verbal, num livro de Branquinho da Fonseca.

Lembro-me da sensação de horror que só o meu intenso amor à literatura conseguiu ultrapassar.

Vem isto a propósito do livro de Walter Hugo Mãe, que deveria ter declarado claramente não ser este seu livro destinado a adolescentes.

A maioria dos nossos jovens já tem alergia à literatura, não precisa de ler um texto obsceno que nem entende, para encontrar um bom pretexto.

Outros talvez gostem... mas gostavam mais se a linguagem fosse assim em todas as páginas. E gostavam mais ainda se vissem algo assim num filme sem palavras.

É claro, no entanto, que a culpa não é do autor e sim de quem não leu o livro antes de o indicar como recomendável para o 8º ano em todo o país.



Ou pior , de que o leu e mesmo assim o achou indicado para o oitavo ano, talvez como livro obrigatório.

quarta-feira, fevereiro 01, 2017

Que fazer com a publicidade?


Ao encontrar agora várias folhas iguais de publicidade na minha caixa do correio, lembrei-me de uma passagem do meu romance favorito, que já li milhões de vezes, the Good Earth da Pearl Buck. Quando a família estava numa cidade por causa da fome que grassava no campo, davam à mãe papéis de propaganda política. 
A mãe guardava-os todos e depois cosia-os como sola dos sapatos. 
Apetece-me fazer o mesmo. Ao menos, serviam para alguma coisita...

terça-feira, janeiro 31, 2017

Reformas? Aposentações? Wathever?


Receio ter entendido mal o que ouvi na TV, que os idosos com mais de 105 anos iam ter descontos nas viagens da Carris. Ou seria com mais de 65? Mas esses ainda não são idosos! Esses Ainda estão a Trabalhar e a pagar as reformas dos que se reformaram aos 45, 55, etc.

como tricotar um barrete anti-Trump



"No meio do inverno, descobri que existia em mim um verão invencível." - Albert Camus
"Au milieu de l’hiver, j’apprenais enfin qu’il y avait en moi un été invincible".

domingo, janeiro 29, 2017

Flar sobre educação que se dá.

Queridos amigos:
Quando falamos de educação em geral, não devemos mencionar pessoas em particular, como filhos, sobrinhos, ou mesmo alguns alunos em especial, com o nome explicito ou implícito, pois estes miúdos têm direito à privacidade.
E que diria o anterior embaixador do Iraque em Portugal, sobre a exemplar educação que deu aos filhos?
Até é perigoso falar assim publicamente. Pode vir ser usado contra eles.

Para quando uma investigação às pessoas que nunca mudam no Ministério da Educação? A pandilha que tudo controla, no ensino

O Ministro da Educação muda, mas não mudam os diretores gerais, os colaboradores, etc. E continua a haver um ensino sem qualidade, porque ninguém luta por um ensino com qualidade.

É sempre a mesma coisa, quando se pensa no ensino: provavelmente quem faz estas listas de livros nunca os leu, só lê revistas cor-de-rosa. Pode parecer caricatura, mas não é. Caricatura é o resultado final.

Ministério recomenda livro para 8º ano com linguagem sexual “violenta”

O melhor argumento que se encontra é que os alunos de 14  anos não são crianças e sim adolescentes. Sim, é necessário que se diga isso. Mas os adolescentes portugueses não estão mesmo nada, mas mesmo nada, a necessitar de que os professores os mandem ler livros com linguagem sexista e grosseira (ler artigo).

O comentário do autor não ajuda. Se tivesse coragem, diria que não escreveu o livro para adolescentes. 

Talvez seja por desejar vender que escreve frases nojentas, sexistas, machistas. 

A sua liberdade de expressão é total e ninguém a nega. 

Mas os adolescentes não devem ler livros, por recomendação do professores, que relacionem a sexualidade com actos ou termos grosseiros e violentos... 

Já existe muito disso fora da escola. Não é evidente? 


terça-feira, janeiro 24, 2017

O país do mérito



Nas Escolas, só se ouve toda a gente, partir dos 50 anos, dizer: 
- Conto os dias que faltam para a reforma! Por exemplo, 15 anos em dias. Oh, quem me dera a reforma!


Não é caso para menos: a partir dos 55, toda a gente conhece pessoas, vagamente amigas, que já estão reformadas há bués, ninguém entende como. 

Desde trabalhadores de multinacionais, a políticos e até professores primários: os que se vão reformar aos 66 anos andam há muito a pagar a reforma de antigos colegas de estudos, muitas vezes, quase sempre, os piores. Professores que estudaram menos 4 ou 5 anos (ou mesmo menos 10) do que os outros e que ganhavam o mesmo, antes de se reformarem.
Que país é este? O da mediocridade? 


O país que não estima o mérito nem o trabalho, nem o estudo. Vamos longe!

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Algumas pessoas são tão estúpidas, que eu não entendo como conseguem sobreviver até tão tarde


Uma minha amiga, professora de artes visuais, contou-me hoje isto, mais ou menos assim:
- Há uns 4 anos, levei uns meus aluno do 10º ano a uma exposição no Museu da Eletricidade, junto aos rio Tejo. As margens do Tejo, naquele local, no centro de Lisboa, são rampas de cimento.
Como marcamos encontro no Museu, pois todos moravam perto, quando chego, muito tranquila, os alunos chamam por mim as gritos.

Alguns alunos tinham feito um desafio: de mãos nos bolsos das jeans, ganhava quem conseguisse descer a rampa e chegar mais perto possível do rio. A certa altura, havia limos escorregadios.

O rapaz que ganhou este desafio caiu ao rio Tejo, que ali é o Porto de Lisboa, muito profundo, e não sabia nadar.

Alguns colegas atiraram-se à água, a tentar salvá-lo, mas não é fácil, e acabaram todos por serem salvos por um pequeno rebocador, de passagem por ali.

A funcionária da bilheteira, ao ser-lhe narrado o episódio, informou, por sua vez, que, alguns dias antes, um rapaz tinha morrido afogado ali, pelos mesmos motivos.

Isto é um caso para dizer, como Nero Wolf, detetive policial, personagem do escritor Rex Stout:
"Algumas pessoas são tão estúpidas, que eu não entendo como conseguem sobreviver até tão tarde" (referia-se a uma rapariga de 18 anos).

Concordo.

domingo, janeiro 22, 2017




Feministas muçulmanas partilham foto da Manif anti-Trump em Lisboa









Esta foto, ou outra muito próxima, de uma das minhas amigas da Manif de Lisboa chegou a um site de Feministas Muçulmanas e teve importância apara elas. 

Não confundir ser a favor das mulheres muçulmanas ou ser contar as pessoas muçulmanas.

De facto, algumas questões, feministas e laicas, não podem ser partilhadas por mulheres religiosas, sejam elas de que confissão religiosa forem.

Mas esta situação responde a perguntas como: "Por que razão lutas pelos direitos das mulheres e não pelos direitos das mulheres muçulmanas? "
VER AQUI

Marcha das mulheres contra Trump. Falta a marcha dos homens e das mulheres contra Trump








Foi noticiada, mundialmente, a marcha das mulheres americanas contra Trump.
Ainda não vimos a marcha dos homens e das mulheres contra Trump.
Este blogue quer apenas dar uma ideia da marcha das mulheres portuguesas em Lisboa e Americans residentes em Lisboa.
Contra Trump  e tudo o que ele representa.

Ser contra TRUMP? Porquê?




Grande parte do povo americano manifestou-se ontem contra Trump, para além de mulheres de todo o mundo e também, claro, de Lisboa.

A maioria do povo americano votou na Hillary, que além de ser mulher e de, para muitos, representar a igualdade das mulheres, era também a candidata democrata, boa ou má.

Hoje mesmo, os votantes de Trump, claramente os votantes da periferia e os mais incultos e ignorantes, veem os seus direitos serem completamente anulados, pois as primeiras medidas de Trump foram:
Anular o  Obamacare, que permite ao mais pobres terem aceso aos cuidados de saúde gratuitos, 
Anular uma medida que lhes dava acesso a habitações mais baratas.

Ou seja: amanhã ou depois de amanhã, os votantes de Trump serão expulsos dos hospitais para a rua e das suas casas para a rua, o que vai dar assunto a séries e filmes americanos muito emocionantes e nada políticos, como até agora, ou : a séries e filmes americanos muito emocionantes e políticos, oq ue será um grande novidade.


domingo, janeiro 15, 2017

Condição Feminina no Sec. XXI?




A passagem de ano, ou melhor, de século para o século XXI (que vivemos na passagem de 1999 para 2000) foi um dos momentos mais felizes da minha vida. 
Parecia-me que no Sec. XXI já não haveria desculpas para estes atrasos. Como é possível considerar as mulheres inferiores aos homens no Sec. XXI?

Outra pergunta: as mulheres participam desta opinião? Porquê? 

Ver AQUI situação das mulheres na Arábia Saudita

sábado, janeiro 14, 2017

Professores doentes







Pergunto-me se isto também acontece muito noutras profissões, realmente não sei, mas custa-ema crer:

Uma professora nunca trabalha porque está doente há anos. Ainda não tem idade para se reformar e cada vez lhe falta mais tempo para a ter, com o aumento da idade da reforma. Também não tem direito reforma por invalidez. Logo no início do ano letivo, ou melhor, uns 15 dias depois, é substituída por outra. Esta outra aceita o trabalho e imediatamente mete um atestado (na melhor das hipóteses por doença prolongada ou gravidez prolongada) e, neste caso, é substituída por outra, uns 15 dias depois. Esta última trabalha (talvez trabalhe, ou então mete atestado por gravidez no fim do tempo, etc.) e é a única que os alunos conhecem, pois nunca viram as outras duas. 

Nas férias / interrupção do Natal, uma das doentes aparece. A única que trabalhou perde, então o emprego. Parece que, por lei, isto deve acontecer. Depois das férias / interrupção do Natal, ou da Páscoa, talvez a segunda doente ou grávida volte a ficar doente ou grávida e voltará a ser substituída por um nova: uma quarta pessoa, que talvez aceite o cargo e imediatamente meta um atestado por estar gravemente doente ou gravemente grávida...

Será que isto também acontece, com muita frequência, noutras profissões?


sexta-feira, janeiro 13, 2017

Graxistas, hipócritas e baldas nos lugares das liderança! Obrigada, Sócrates. Vais ter mais visitas em Évora



Graxistas, hipócritas e baldas nos lugares das lideranças intermédias, com o atual sistema. 

Professores intervertivos e cumpridores como "persona non grata." 

Obrigada, Sócrates. 

Volta para Évora! 


Se vivêssemos num país em que as pessoas têm personalidade, em que ninguém precisa de receber 

1000 elogios por segundo...



PCP e BE querem mudar a lei para retirar poderes aos directores das escolas

quarta-feira, janeiro 11, 2017

Ai a idade da reforma!



Dizem-se e fazem-se, na nossa sociedade atual muitos disparates relacionados com a reforma, por causa do aumento da idade para 66 anos e, sobretudo, pela injustiça de muitos se terem reformado com 50. Ou seja, andam agora pessoas de 66 anos a pagar as reformas de pessoas muito mais novas do que elas, e isto não dá para se perceber.

Por contágio, já é vulgar alguém que tem 40 anos lamentar-se de que ainda lhe faltam 26 para a reforma, o que é risível, pois ainda não deveria, sequer, pensar em tal coisa.

Mas para mim, o máximo foi isto: numa visita de estudo que fiz com alunos de 12 e 13 anos ao Museu do Azulejo, a guia disse-lhes que é voluntária, porque está reformada e acrescentou:

- Há tanto trabalho para fazer aqui, que, quando vocês se reformarem, também podem vir trabalhar para cá como voluntários.

Não resisti a responder:
- Claro, a principal preocupação destes meus alunos é: "o que vou eu fazer quando me reformar?! "

Os miúdos riram-se, claro, mas nem perceberam bem a ideia...

Eu às vezes sou um nadinha chata, mas... convenhamos...

Nadinha

terça-feira, janeiro 10, 2017

Eduardo : no fundo acho que (Mário Soares]queria ser um príncipe. Mas a aristocracia não o apreciava. Ainda assim há que dividir a aristocracia em duas, a saloia e provinciana, que ainda a há e para isso basta ver as suas publicações nas referentes paginas e a outra. A outra vive lá na sua bolha.... O que eu não percebo era o fascínio da srª Drª por marcas de luxo capitalistas... (deve ser de ter vivido em França) ... A minha mãe conta que uma vez por alturas do 25 de Abril, fora convidada para um jantar no Alentejo, meio-queque, onde ia tudo super arranjado. Depois seguia-se um comissio em que o Dr Mario Soares ia falar. A Drª Maria Barroso disse então: Sabe ? Ainda temos de mudar de roupa, o Mario não pode aparecer com este casaco ao pé dos pobres... A minha mãe ficou atónita. É por isso que não foram cosmopolitas. Imagine a diferença, se fosse a Pia a aparecer aos pobres ia carregadinha de pedras... só para causar deslumbre. A cultura do desgraçadinho e pobrezinho nunca foi bem a minha praia. Nem a do Pobrezinho e honrado.... enfim, manipulação de classes... 


É o que se chama ou chamava, na altura do PREC, virar a casaca. No sentido literal. Mas espero que entenda isto: se levasse um casaco caríssimo, os pobres não o sentiam como deles, mas sentiam-no como um ser muito superior. Pela mesma altura, ouvi esta conversa de gente miserável de pobre, respeito da santinha de Arouca, uma rapariga que alegadamente não comia eq que fazia milagres: algumas pessoas não acreditam na santinha, porque ela não anda vestida de santa. Se ela andasse vestida como aquelas santas dos altares, então toda a gente acreditava nela. Estávamos (estamos?) num país assim, atrasadinho. Temos de nos vestir de santos e de reis, se queremos ser santos e

Soares, até sempre

Mário Soares: aprecio o facto de nunca lhe ter ouvido um comentário moralista ou sectário. 
 A tolerância e o diálogo sempre marcaram a sua atitude. 
E foi também isto que nos ensinou, entre outras coisas, a um país que já foi extremamente moralista e preconceituoso. 

Nunca iria ver o seu cadáver, por uma questão de princípio.

Não pude, por razões profissionais, estar presente na sua passagem por Lisboa, aplaudindo-o, o que teria feito de bom grado.