Onde a cultura se despreza, há-de haver palavras e expressões que o demonstrem.
Descobri isto num site brasileiro. É o significado destas palavras:
CAGA-SEBO. Livraria. CAGA-SEBISTA. Vendedor de livros usados; dono de sebo. SEBO. Livraria onde se compram e vendem livros usados. SEBISTA. Que ou aquele que compra e vende livros usados ; proprietário de sebo.
Sebo, neste caso tem a mesma origem da palavra "Sebenta" - coisa suja, imunda.
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
terça-feira, novembro 27, 2007
Sonata de Outono
Só ontem fui ver a peça de teatro Sonata umaOutono, baseada no filme homónimo de Ingmar Bergman. Como a actriz principal era a Fernanda Lapa, uma das minhas actrizes preferidas, eu já sabia que ia gostar muito, mesmo se a encenadora não fosse também a Fernanda Lapa. E isto é para não referir que as primeiras exibições, incluindo a estreia, nunca são as melhores.
É claro que gostei da peça. É sobre uma mulher, pianista, que descura o papel de mãe e de esposa para se dedicar à arte para a qual é dotada.
É sobre a arte, essa tirana que não permite que alguém possa conformar-se à rotina, ao dia-a-dia convencional e a uma vidinha boa.
É sobre a condição feminina, sobre a mulher que não pode amar incondicional e imoderadamente.
É sobre a arte, essa maravilhosa tirana que não deixa repousar aqueles que a amam, condenando-os à inquietação, à solidão, à tristeza, talvez à culpa, mas também à insubmissão, à felicidade buscada sem trégua, mesmo à custa do desejo de viver, à ressurreição.
É sobre a beleza, essa maravilhosa tirana que não permite que alguns a amem moderadamente.
É sobre a arte, essa que não pode nem deve ser partilhada, não pode ser dividida, não pode ser amada moderadamente por aqueles que são escolhidos para a servir.
É sobre as mulheres, que só devem amar de forma moderada e doméstica.
É claro que gostei da peça. É sobre uma mulher, pianista, que descura o papel de mãe e de esposa para se dedicar à arte para a qual é dotada.
É sobre a arte, essa tirana que não permite que alguém possa conformar-se à rotina, ao dia-a-dia convencional e a uma vidinha boa.
É sobre a condição feminina, sobre a mulher que não pode amar incondicional e imoderadamente.
É sobre a arte, essa maravilhosa tirana que não deixa repousar aqueles que a amam, condenando-os à inquietação, à solidão, à tristeza, talvez à culpa, mas também à insubmissão, à felicidade buscada sem trégua, mesmo à custa do desejo de viver, à ressurreição.
É sobre a beleza, essa maravilhosa tirana que não permite que alguns a amem moderadamente.
É sobre a arte, essa que não pode nem deve ser partilhada, não pode ser dividida, não pode ser amada moderadamente por aqueles que são escolhidos para a servir.
É sobre as mulheres, que só devem amar de forma moderada e doméstica.
domingo, novembro 25, 2007
Por que razão não nascem mais crianças ?
Perante uma assembleia de idosos, Cavaco Silva discursava ontem em Gouveia, muito inspirado.
- Por que razão não nascem mais crianças em Portugal?
- Por que razão não nascem mais crianças em Gouveia?
Talvez porque os octogenários ainda não podem ter bebés... por enquanto. Pode ser que a clonagem resolva o assunto.
- Por que razão não nascem mais crianças em Portugal?
- Por que razão não nascem mais crianças em Gouveia?
Talvez porque os octogenários ainda não podem ter bebés... por enquanto. Pode ser que a clonagem resolva o assunto.
sábado, novembro 24, 2007
Curiosidade
Na telenovela a que me referi no post anterior entra uma actriz que já vi em várias: é de côr, tem já uma certa idade e costuma fazer de cozinheira e de mãe-se-santo, ou curandeira e agora também faz. O que já outras vezes despertou a minha curiosidade e que agora se confirma, é que essa actriz usa sempre os mesmos brincos: uns brincos de ouro com uma pedra rectangular vermelha, talvez um rubi. incrível para uma actriz, não acham?
Em tempos conheci de passagem uma brasileira que usava também uns brincos (no caso eram de diamantes), que tinham retirado do cadáver da avó (portuguesa) para lhe porem nas orelhas, sendo ela uma criança muito pequena. Comentei que seria um costuma brasileiro, mas responderam-me que, pelo contrário, era um costume português. Será?
Agora que os costumes e as tradições estão todos a desaparecer, uns por umas razões e outros por outras, já nem nos lembramos deles.
Em tempos conheci de passagem uma brasileira que usava também uns brincos (no caso eram de diamantes), que tinham retirado do cadáver da avó (portuguesa) para lhe porem nas orelhas, sendo ela uma criança muito pequena. Comentei que seria um costuma brasileiro, mas responderam-me que, pelo contrário, era um costume português. Será?
Agora que os costumes e as tradições estão todos a desaparecer, uns por umas razões e outros por outras, já nem nos lembramos deles.
sexta-feira, novembro 23, 2007
Telenovela Brasileira Duas Caras
Há vários milénios que eu não via uma telenovela brasileira, não que tenha alergia, mas porque não me tem apetecido. Lembro-me que nessa altura, quando era assediada pela insónia, me punha a imaginar: como será que vai continuar aquele episódio, e o que será que vai fazer aquela mulher? Tão menos dramáticos do que os pensamentos sobre a realidade, estes faziam-me adormecer imediatamente. Telenovelas portuguesas ainda vi menos, pois o original costuma ser melhor do que a cópia.
Quando fui ao Brasil (por uma única vez até agora) constatei que qualquer semelhança entre as telenovelas e o Brasil é mera coincidência. Tudo aquilo parece acontecer num país como Portugal, Espanha, França... ou mesmo melhor. Mas o Brasil não é assim, nem nada que se pareça.
Agora ando a ver uma novela que começou há dias: Duas Caras.
Não será ainda o Brasil real, mas também já não é o das histórias da carochinha. É parecido com aquilo que me foi dado ver, embora muito mais bonito (que me desculpem os brasileiros, vi pouca paisagem natural e a urbana esteve longe de me seduzir).
Como vem aí o Inverno, ainda não veio mas esperemos que não tarde pois estamos quase no Natal, que tal ver isto, que até é cómico? Bem, aquilo que é comico nunca é uma reprodução muito exacta do real, que só é risível sob certos pontos de vista.
Quando fui ao Brasil (por uma única vez até agora) constatei que qualquer semelhança entre as telenovelas e o Brasil é mera coincidência. Tudo aquilo parece acontecer num país como Portugal, Espanha, França... ou mesmo melhor. Mas o Brasil não é assim, nem nada que se pareça.
Agora ando a ver uma novela que começou há dias: Duas Caras.
Não será ainda o Brasil real, mas também já não é o das histórias da carochinha. É parecido com aquilo que me foi dado ver, embora muito mais bonito (que me desculpem os brasileiros, vi pouca paisagem natural e a urbana esteve longe de me seduzir).
Como vem aí o Inverno, ainda não veio mas esperemos que não tarde pois estamos quase no Natal, que tal ver isto, que até é cómico? Bem, aquilo que é comico nunca é uma reprodução muito exacta do real, que só é risível sob certos pontos de vista.
quarta-feira, novembro 21, 2007
Escrevedoiros
Um nosso amigo ou amiga colocou os Escrevedoiros nos favoritos do seu blog. Curiosamente o "Escrevedoiros" tem talvez mais blogues que o consideram favorito do que este, embora o próprio não tenha favoritos e seja muito mais pequeno. Há também várias pessoas que gostam mais desse meu blogue e que preferencialmente deixam lá os seus comentários elogiosos, talvez por pensarem que é mais fácil elogiá-lo. É mais sério e feito com mais cuidado e selectividade.
Este, que o destacou como favorito, é giro e chama-se
http://foradasmaos.wordpress.com/
Este, que o destacou como favorito, é giro e chama-se
http://foradasmaos.wordpress.com/
terça-feira, novembro 20, 2007
Autogénese Poema de Natália Correia
Uma nossa recente amiguinha deste blogue, auto-designada por Luanda, pede-me que coloque aqui o poema completo "Autogénese" de que já coloquei parte em Setembro do ano passado. Vou enviar-lho por email como pediu, mas tenho muito gosto em colocar aqui esse magnífico poema da Natália Correia, que conheci pessoalmente e que me deu muitos momentos de fruição estética. Diz este poema, se bem o entendo, que cada um se faz a si mesmo, desde que não se deixe influenciar incontroladamente por aquilo que o rodeia. Concordo e a Luu também, acho eu.
Afinal a Luu diz que tem um disco do Vinícius com a Amália em que a Natália canta isto. Espero que nos mande essa música, pois não conheço.
(Mais tarde: acrescento este vídeo, com o poema dito pela própria Natália Correia).
AUTOGÉNESE
Nascitura estava
sem faca nos dentes
cómoda e impura
de não ter vontade
de bater nas gentes.
Nasce-se em setúbal
nasce-se em pequim
eu sou dos açores
(relativamente
naquilo que tenho
de basalto e flores)
mas não é assim:
a gente só nasce
quando somos nós
que temos as dores;
pragas e castigos
foram-me gerando
por trás dos postigos
e um fórceps de raiva
me arrancou toda
em sangue de mim.
Nascitura estava
sorria e jantava
e um beijo me deste
tu Pedro ou Silvestre
turvo namorado
do verão ou de outono
hibernal afecto
casca azul do sono
sem unhas do feto.
Eu nasci das balas
eu cresci das setas
que em prendas de sala
me foram jogando
os mulheres poetas
eu nasci dos seios
dores que me cresceram
pomos do ciúme
dos que os não morderam;
nasci de me verem
sempre de soslaio
de eu dizer em junho
e eles em maio
de ser como eles
às vezes por fora
mas nunca por dentro
perfil de uma estátua
que não sou de frente.
Nascitura estava
e mais que imperfeita
de ser sorte ou dado
que qualquer mão deita.
Eu nasci de haver
os bairros da lata
do dedo que escapa
dos sapatos rotos
da fome que mata
o que quer nascer
e que o sábio guarda
em frascos de abortos;
eu nasci de ver
cheirar e ouvir
dum odor a mortos
(judeus enlatados
para caberem mais
mas desinfectados)
pelas chaminés
nazis a sair
de te ver passar
de me despedir
de teus olhos tristes
como se existisses.
Nascitura estava
tom de rosa pulcra
eu me declinava
vésper em latim:
impura de todos
gostarem de mim.
domingo, novembro 18, 2007
sexta-feira, novembro 16, 2007
S. Martinho
À falta das castanhas grátis do magusto de São Martinho, há sempre estas.
Dizem que antigamente, em Lisboa, andavam a vender pelas portas a sopa de fava-rica e caracóis cozinhados e embrulhados em jornal. Por razões higiénicas não será possível recuperar essa e outras muitas tradições, mas também temos o nosso fast food. E agora, que há castanhas todo o ano, O São Martinho passou a ser todos os dias. Como o Natal.
quarta-feira, novembro 14, 2007
S. Martinho
Após um tórrido Verão-de-São Martinho, chegou finalmente o São Martinho e talvez até mesmo o Outono, que tardava e ainda tarda. E as castanhas assadas no Terreiro do Paço.
Eu não podia deixar de lá ir para fotografar Lisboa mais uma vez, por uma vez com água, pedra, ar e fogo. Como se vê nas fotos.
Mais prosaicamente, parece que a distribuição das comidas e bebidas deixou muita gente a ver navios (ver 1ª foto, o navio cargueiro ao largo do Terreiro do Paço).
Eu, por mim, não podia esperar porque ia à Expo, ver o Fil Arte Lisboa no penúltimo dia.
Os olhos também comem, dizem. Às vezes são mesmo os únicos a comer. E mesmo assim comem bem!
segunda-feira, novembro 12, 2007
Feira das Bruxas
Ah! Quase me esquecia!
Já que estava na Expo, para ver a Fil Arte, aproveitei para ver também a Feira das Bruxas. Enfim, não sei se se chama assim, mas não me chamem frívola! Afinal, eu nem sequer sabia que era ao mesmo tempo da outra, embora já conhecesse as duas de outros Carnavais. Talvez por serem ao mesmo tempo...
Há lá de tudo e tudo muito barato: pedras lindíssimas do Brasil, colares de pedras, pulseiras de pedras, espanta-espíritos, embaladores de sonhos (não sei se é assim que se diz) Bonequitos Quitapenas, bonequitas espalmadas para colocar debaixo do travesseiro, plantas "Rosa de Jericó", Aloés Veras (para quem gostar) e...
Cartomantes (consultas em saldo).
Só não encontrei balangandãs, mas também é verdade que não procurei bem.
Fica na Gare do Oriente. Até Domingo 18 de Novembro.
Já que estava na Expo, para ver a Fil Arte, aproveitei para ver também a Feira das Bruxas. Enfim, não sei se se chama assim, mas não me chamem frívola! Afinal, eu nem sequer sabia que era ao mesmo tempo da outra, embora já conhecesse as duas de outros Carnavais. Talvez por serem ao mesmo tempo...
Há lá de tudo e tudo muito barato: pedras lindíssimas do Brasil, colares de pedras, pulseiras de pedras, espanta-espíritos, embaladores de sonhos (não sei se é assim que se diz) Bonequitos Quitapenas, bonequitas espalmadas para colocar debaixo do travesseiro, plantas "Rosa de Jericó", Aloés Veras (para quem gostar) e...
Cartomantes (consultas em saldo).
Só não encontrei balangandãs, mas também é verdade que não procurei bem.
Fica na Gare do Oriente. Até Domingo 18 de Novembro.
domingo, novembro 11, 2007
Arte e Literatura
Enfim, ao ver estas imagens e outras que coloquei no blogue Escrevedoiros, constata-se que a arte contemporânea está viva e recomenda-se, que procura novas formas, novos materiais, novos meios de expressão. Que é fácil gostar de muitas destas obras, mesmo quando não se entende a ideia.
E com a literatura, o que é que se passa? Passa-se que também não!
Os escritores "queixam-se" de que têm de escrever algo que se venda e que são obrigados a promover o livro como produto, não devem promover-se a eles mesmos, mas sim ao livro.
Escrevem romances históricos com uma estrutura idêntica à dos romances do século XIX, ou por mais inovação ao estilo do nouveau-roman, de meados dos Sec. XX.
Os que escrevem de outra maneira serão obrigados a mudar de estilo ou a pagarem eles as custas da edição, da promoção, etc.
Muito custa neste país ser diferente!
E com a literatura, o que é que se passa? Passa-se que também não!
Os escritores "queixam-se" de que têm de escrever algo que se venda e que são obrigados a promover o livro como produto, não devem promover-se a eles mesmos, mas sim ao livro.
Escrevem romances históricos com uma estrutura idêntica à dos romances do século XIX, ou por mais inovação ao estilo do nouveau-roman, de meados dos Sec. XX.
Os que escrevem de outra maneira serão obrigados a mudar de estilo ou a pagarem eles as custas da edição, da promoção, etc.
Muito custa neste país ser diferente!
Fil Arte Lisboa
Apareceram aqui várias pessoas procura da Filarte e das imagens de Savini que postei o ano passado. Lembrei-me então de voltar lá.
Savini surpreende-nos mais uma vez com uma escultura muito estranha e parecida com a do ano passado, mas desta vez o material de que é feita é a pastilha elástica. Cheira um bocadinho a pastilha elástica.
sexta-feira, novembro 09, 2007
quinta-feira, novembro 08, 2007
Dentadas
Fui ver a peça Dentadas, de Kay Adshead, ao Teatro da Comuna.
Um muito interessante e ao mesmo tempo angustiante e até mesmo embaraçoso, confrangedor e às vezes divertido libelo acusatório contra a violência do nosso tempo: desde a mais básica até à mais escondida.
Mas é também algo que nos recorda que o amor e a beleza e o sonho da beleza também são possíveis no meio de tudo isto.
Estão de parabéns os actores e a encenadora Isabel Medina.
A ver.
quarta-feira, novembro 07, 2007
Ó Filhos! Ide Bugiar!
Ilha do Bugio
Tanto quanto julgo saber, esta ilha do Bugio, por onde tenho passado nas minhas viagens por mar logo ao sair de Lisboa, ou pouco antes de entrar em Lisboa, foi o sítio para onde o terrível Marquês de Pombal mandou os jesuítas, em prisão.
Talvez se possa até mesmo afirmar que os mandou bugiar.
Agora, o que quer isto dizer? Que o diga quem sabe. E também quem não sabe.
Há quem pense que os Jesuítas eram aqueles que detinham os segredos dos Templários, que já vinham talvez de Hermes Trimegisto.
E que foram perseguidos por isso.
Talvez por causa do Graal. Ou até mesmo do Sangue Real.
Razões, todas elas, mais do que as suficientes para que alguém os tivesse mandado BUGIAR.
Ó Filhos! Ide Bugiar!- Disse, talvez, o terrível tio Marquês.
(E rima)
P.S.: Falando a sério, parece que a expressão ir bugiar já existia no Sec. XII, quando "bugio" queria dizer hoje vela de alumiar e macaco.
terça-feira, novembro 06, 2007
Senhor Saramago
Será possível que o Senhor Saramago esteja à espera que o Senhor Cavaco Silva lhe peça desculpa por não concordar com ele??????? Isto foi notícia de primeira página dos jornais, resultado de uma entrevista televisiva que não perderei tempo a ver.
Ele há cousas!
Todos os anos há alguém que ganha o prémio Nobel da Literatura, mas poucos prémios Nobel foram tão pedinchados e tão chorados como o do Senhor Saramago.
Valendo-se da sua fama internacional, talvez mundial, Mário Soares fartou-se de proclamar aos quatro ventos que era uma vergonha nunca ter havido um prémio Nobel da Literatura para um escritor de língua portuguesa. E acabaram por nos dar um...
Muitos anos volvidos, continua a ser uma vergonha só terem dado um único prémio para a língua portuguesa! Há muitos outros escritores portugueses e brasileiros que o merecem ou mereceram e só cito dois exemplos: Fernando Pessoa e Jorge Amado. E há outros dos PALOP que o merecem por razões políticas.
Em vez disso e inacreditavelmente, este prémio foi ganho (por razões políticas) por pessoas tão desapropriadas como por exemplo Winston Churchil, pelas suas por suas memórias de guerra . Não acreditam? Então investiguem.
a actual vencerdora, Doris Lessing, algum de vocês gosta dos livros dela? Ando a ler um e acho que temos muito disso...
Mas é natural que quem ganhou o Prémio Nobel não tenha qualquer sentido crítico a respeito do assunto... mesmo se era hipercrítico antes de o ter ganho...
Depois de tudo o que os portugueses fizeram, da importância que tiveram na descoberta do mundo, do que lutaram para se verem livres do domínio político espanhol, que disparate dizer que deveríamos voltar a juntar-nos a Espanha. E já agora, não poderemos também reanexar Angola e o Brasil?
Ele há cousas!
Todos os anos há alguém que ganha o prémio Nobel da Literatura, mas poucos prémios Nobel foram tão pedinchados e tão chorados como o do Senhor Saramago.
Valendo-se da sua fama internacional, talvez mundial, Mário Soares fartou-se de proclamar aos quatro ventos que era uma vergonha nunca ter havido um prémio Nobel da Literatura para um escritor de língua portuguesa. E acabaram por nos dar um...
Muitos anos volvidos, continua a ser uma vergonha só terem dado um único prémio para a língua portuguesa! Há muitos outros escritores portugueses e brasileiros que o merecem ou mereceram e só cito dois exemplos: Fernando Pessoa e Jorge Amado. E há outros dos PALOP que o merecem por razões políticas.
Em vez disso e inacreditavelmente, este prémio foi ganho (por razões políticas) por pessoas tão desapropriadas como por exemplo Winston Churchil, pelas suas por suas memórias de guerra . Não acreditam? Então investiguem.
a actual vencerdora, Doris Lessing, algum de vocês gosta dos livros dela? Ando a ler um e acho que temos muito disso...
Mas é natural que quem ganhou o Prémio Nobel não tenha qualquer sentido crítico a respeito do assunto... mesmo se era hipercrítico antes de o ter ganho...
Depois de tudo o que os portugueses fizeram, da importância que tiveram na descoberta do mundo, do que lutaram para se verem livres do domínio político espanhol, que disparate dizer que deveríamos voltar a juntar-nos a Espanha. E já agora, não poderemos também reanexar Angola e o Brasil?
sexta-feira, novembro 02, 2007
Violência nas Escolas
Por uma vez sem exemplo, a Ministra da Educação e a Federação Nacional de professores estão de acordo. Mais estranho, estão ambos contra o PGR, que considera uma prioridade absoluta a luta contra a violência nas escolas.
Dizem estas duas entidades (eminências) que só há dois professores por dia a serem fisicamente agredidos nas escolas. Como é muito pouco, não é nada preocupante nem prioritário.
Ele há cousas!
Dizem estas duas entidades (eminências) que só há dois professores por dia a serem fisicamente agredidos nas escolas. Como é muito pouco, não é nada preocupante nem prioritário.
Ele há cousas!
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