terça-feira, agosto 24, 2010

Saída de Mahon e Córsega à vista



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Navegação e Mahon





Ilha de Menorca, Mahon: praça central, casinha chamada pequena Veneza e navegação.
Vir a esta terra não é indispensável. Apenas um lugar sossegado...
Antes de desembarcar (pela primeira vez nesta viagem e após três dias e três noites só a navegar) proponho à minha amiga X (não posso dizer nenhum nome) que venha comigo fazer uma excursão de barco quando chegarmos a terra. Para ver o fundo do mar. Torceu o nariz de tal maneira, que fiquei um pouco enxofrada, mas calei-me.
Só percebi o motivo quando, telefonando para aí, a primeira pergunta que me fizeram foi:
- Deves estar farta de água, de barcos, de navegar?!
Já depois de termos feito essa excursão, acabou por confessar:
- Eu pensei que o fundo do mar nesta terra não deve ter nada de especial...
Acertou. Só tinha uns peixitos mixurucas a que os dos barcos deitavam pão... que já se habituaram a comer o seu pão sem o suor do seu rosto...


segunda-feira, agosto 23, 2010

Navegaçao




Embarquei sexta-feira no navio Funchal, em Lisboa, mas foi hoje a primeira vez que pus em terra. Em Mahon, na ilha de Menorca.
Havia a intenção de aportar em Marrocos, mas o porto de Tânger nao é muito seguro, os rebocadores sao velhos, os cabos podem partir e, como havia muito vento e ondulaçao, viemos nós, três dias e três noites sempre a navegar. Primeiro no Atlântico e agora no Mediterrâneo, a bordo do navio Funchal, um navio histórico (e pequeno) que fará 50 anos no próximo ano.
Fotos: de um lado (estibordo) Marrocos, talvez Tânger, a bombordo um pouco mais a Leste, o rochedo de Gibraltar, ambos mergulhados na bruma da tarde.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Retrato Falado

Telefonando para a agência de viagens a ver se já tinham vindo os papéis, perguntam-me o nome da senhora que me atendeu. Como não sei, pedem-me uma descrição. Que idade poderá ter? Não faço a mais vaga ideia.

- É loura, de olhos azuis e muito bonita.
- Não temos cá nenhuma loira nem de olhos azuis.
- Olhos verdes? - Perguntei, a medo.
- Não!
- Muito bonita.
- ...........
- ...........
- Não estou a ver...
- Talvez um bocadinho forte... quase gorda...
- Ah, é a Marta!

Não me peçam retratos falados. Só vejo o âmago das pessoas e aquela pareceu-me linda.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Ruínas


Reparo sempre nesta casa, quando passo perto de Santarém, de comboio. E lembro-me dela às vezes.
A casa já não tem telhas e nasceram árvores lá dentro. Lembro-me de quando só tinha uma. Ou seria outra casa?
Comovem-me as ruínas, sobretudo as das habitações, pelo que podemos imaginar de vivências e de passado. E porque nos fazem pensar no tempo.

segunda-feira, agosto 16, 2010

Rio Douro e Rio Paiva



Imagens da ínsula chamada Ilha do Castelo, na confluência do Rio Paiva com o Rio Douro. E vão ambos para o mar.

sábado, agosto 14, 2010

O Ferreiro da Cepa II













Os únicas dispositivos modernos que usa, é este esmeril e o "fole" eléctrico. Antigamente era manual e enorme.




Na segunda foto, trabalhos feitos "há séculos", que não foram reclamados. Nem pagos. continuam à espera...


Isto é a continuação de CLICAR AQUI

P.S: Este ferreiro morreu em Dezembro de 2011, com 76 anos e a trabalhar, mais por gosto que por necessidade. Por essa altura, o site Fórum Português de Ferro Forjado citou este blogue criando um link para aqui. Desde então, vêm cá muitos visitantes provenientes de diferentes países, como Israel, Estados Unidos, etc. Se fosse um pouco mais cedo, poderiam tê-lo contactado. Ocorre-me que deve ser possível comprar estas ferramentas, que uns franceses meus amigos tinham querido comprar, já no século passado.

quinta-feira, agosto 12, 2010

A Vaca Loira

O Ferreiro da Cêpa (ver post anterior) disse-me algo que todos nós já esquecemos e que seria  óbvio no seu tempo:
- Sabe, eu tive a vantagem de saber ler e escrever!
E começou logo a falar na sua professora primária, uma professora mítica, mais famosa do que o pão branco, ainda hoje. A alcunha por que ficou conhecida diz tudo: a Vaca Loira.
(Para além do sentido óbvio, também se chama popularmente vaca loira a um insecto enorme, com umas pinças grandes, uns "cornos" que eram utilizados na ourivesaria, para fazer brincos e pendentes. Esse bicho, que não vejo há séculos, também se chama Biscorna.)


A dita professora era terrivelmente cruel com os alunos, impunha as letras e os números pelo terror e pela pancadaria, transformando as suas aulas num verdadeiro martírio de ignorantes. Quem, apesar disso, não conseguisse aprender a ler, a escrever e a contar, ainda que mal, então não seria normal. Mas todos conseguiam. O próprio ferreiro está-lhe muito grato.
- Eu não era santo nenhum. Se calhar apanhava como os outros, mas aprendi. E isso é que interessa!


Ainda conheci essa senhora, uma velhinha minúscula, quase centenária, ainda loira e, então, muito simpática. Costumava dar-me cerejas da sua enorme cerejeira e rosas de Santa Teresinha do seu jardim, quando eu era pequena e passava perto da casa dela. Gostou de mim, não sei porquê.
Não se aborrecia nada com o cognome, que lhe dava fama.
O marido, igualmente minúsculo, tomava todos os dias banhos de água fria, caminhava dez quilómetros, era muito cómico e, como só calçava o número 35, costumava responder, aos que lhe perguntavam a idade:
- Eu ando em 35.
Eram pequeninos, alegres, leves e felizes. Talvez tivessem a impressão de terem cumprido a sua nobre missão... ela como serva de Atena, ele como marido, pois não tinham filhos. As grandes missões são contrárias à maternidade.


Talvez se tenha inspirado na deusa Atena, que já nasceu armada e com capacete de guerreira, porque é difícil combater a ignorância e a sua aliada, a preguiça.


Se eu fosse professora, tentaria impôr-me, não pelo terror mas pelo amor, conceito muito mais moderno, pois só o amor pode, agora, vencer as trevas. E porque continua a ser difícil combater a ignorância.


(Continua a reportagem do Ferreiro da Cêpa)

terça-feira, agosto 10, 2010

O Ferreiro da Cêpa










ESTE MEU POST FOI PARTILHADO AQUI


Como habitualmente, estou a passar uns dias na região do Douro Litoral e procuro coisas para vos mostrar. A crer na Miss Marple da Agatha Christie, não é preciso sair duma terra pequena para abarcar o universo.


Deve haver, na Europa Ocidental, muito poucos ferreiros como este, o Ferreiro da Cêpa, filho e neto de ferreiros, que teve amabilidade de fazer alguns trabalhos só para eu ver, fotografar e filmar.
Na segunda foto, uma das peças da "máquina", do banco de fazer dentes nas foices, é um osso de boi, como se vê. Tinha ido buscar alguns nesse dia, que era preciso talhar e aplanar para ficarem assim...


sábado, agosto 07, 2010

Romance de Salvador Dali

Como eu não sabia, muitos não devem saber que Salvador Dali escreveu um romance. Um único, relativamente autobiográfico, ou pelo menos baseado nas pessoas e ambientes que conheceu.
Intitula-se "Visages Cachés" e retrata a alta sociedade parisiense, na parte que li até ao momento, durante a ascensão de Hitler e em vésperas de a França entrar em guerra.
O principal problema das personagens é o tédio, até mesmo a guerra é bem vinda como variação. São pessoas hipócritas, cínicas, decadentes, como o título indica, mostrandoa máscara em vez do rosto e sem saber já qual é o rosto ou se têm algum, extremamente artificiais, mas amando, por isso mesmo, a naturalidade e espontaneidade de alguns poucos, sobretudo dos que não pertencem ao meio.

Como qualidade principal desta obra um pouquinho monótona, a profusão de descrições muito artísticas, nada surrealistas mas apontando para as artes visuais, sendo também notável a observação perspicaz do comportamento feminino, até no modo que têm as mulheres de se relacionarem e de sentirem entre si, sem a presença dos homens, que poucos homens terão a oportunidade de conhecer.
Embora acusado de narcisismo, Dali compreende e parece amar as mulheres

quarta-feira, agosto 04, 2010

NAUFRÁGIOS





 


 Narro aqui um acontecimento importante que ocorreu há pouco mais de cem anos, a 9 de Agosto de 1906.
O naufrágio do Navio italiano Sirius.

Transportava emigrantes italianos para o Brasil e soçobrou na costa espanhola, alegadamente porque o comandante (que estava a dormir e que foi um dos primeiros a abandonar o navio, sendo preso depois), teve a intenção de embarcar mais emigrantes clandestinos em Espanha, embora a embarcação já estivesse superlotada e sem meios de salvar tanta gente.
Foram dados como mortos 300 emigrantes, como desaparecidos 200 e também morreu o Bispo de São Paulo, no Brasil, entre muitas outras pessoas.
A canção Sirius, que exprime esta tragédia, ficou célebre, mas foi proibida durante a ditadura brasileira. Mesmo assim, a colónia italiana ainda repete uma frase muito bonita:

"Quem não souber por quem rezar, reze por aqueles que estão no mar".
Ou talvez estejam mesmo no fundo do mar, o que talvez seja mais um motivo para rezar por eles.

O vídeo aqui apresentado, muito interessante, mostra fotografias da época, fotografias do actual micro ecossistema marinho em que foram transformados os despojos do navio, ao largo da costa espanhola e ainda a bela canção italiana "Il Sirius"


terça-feira, agosto 03, 2010

TGV? Para quê?

"China desenvolve comboio magnético que atingirá os 600 quilómetros por hora
03/08/2010
Segundo o “El Mundo”, que por sua vez cita o periódico “China Daily”, esta velocidade alcançar-se-á através de túneis despressurizados que reduzirão a resistência ao ar. Este comboio Maglev – comboio magnético que circula ‘levitando’, sem fricção entre as carruagens e os carris) necessitará inclusive de menos aço na sua construção."

Encontrei esta notícia no Bpi online, de onde se conclui que a viagem de Lisboa - Porto poderá ser feita em meia-hora, num futuro próximo, com um sistema diferente do TGV.

sábado, julho 31, 2010

L+Arte


Esta revista é muito boa, uma das melhores ou a melhor revista portuguesa sobre o assunto. Sobre arte contemporânea e leilões de arte e antiguidades.
O número de Agosto está particularmente interessante. Tem uma página de fãs no Facebook.

As capas, como esta, são de certa forma inquietantes e sempre surpreendentes. Não estamos à espera de ver uma revista com uma capa assim.
No caso presente, tal como acontece com a pintura de Paula Rego, esta fotografia conjuga, num único gesto, uma expressão de delicadeza e talvez de crueldade, a crueldade que é transmitida pela indiferença. A crueldade feminina. Poderia parecer uma fotografia a preto e branco, se não fosse a incidência nas mãos e nas flores. Destacando um gesto misterioso e ambíguo.

P.S.: quem gosta de ler as minhas histórias, deverá ver o meu blogue Escrevedoiros amanhã, dia 1 de Agosto.

sexta-feira, julho 30, 2010

Médica Naturista: Alimentação

Fui ontem outra vez à minha médica naturista, o que é sempre uma aventura. Mas desta vez o meu respeito por ela aumentou de tal maneira, (já contei isso aqui) que trouxe todos os frascos, pós e azeites, caríssimos, que me vendeu.
Manda-me comer peru, feijão raiado, que suponho ser feijão catarino e endívias assadas. Fácil:

- Por favor, traga-me um prato de peru, acompanhado por feijão raiado e por endívias assadas. E traga-me também um batido de ameixa com figo e sementes de abóbora, com um nadinha de água e gelo... se faz favor!
...
- Ai não tem? Mas não tem o quê? Nada? Nem mesmo peru? Hummm...
"Então traga-me dois pastelinhos de bacalhau e um copinho de vinho branco".

É claro que me fez muitas outras recomendações: manda-me fazer um jardim, ainda não sei como nem aonde, mas vou pensar nisso, manda-me pintar e tocar tambor. Pintar já faço às vezes, tocar tambor nunca me passaria pela cabeça...

E afirma, categórica:
- "Estes maricons que nos gobiernam (fala espanhol) é gente que conseguiu castrar quem realmente tem valor. Aqui e em toda a parte". [Traduzido]
Não podemos deixar que nos roubem o nosso valor, entiendes?! A mim ninguém me tira o meu poder. Nada nem ninguém, ouviste? Não deixes que te tirem o teu poder. Ouviste? Nada nem ninguém.
Confundo sempre: "nadie" quer dizer ninguém. Nada diz-se "nada".

Mas são bons conselhos para todos nós.
Não deixemos que os "maricons" nos roubem o poder. E não voltemos a dar-lhes o poder.

terça-feira, julho 27, 2010

Viajar...

"Sabe-se que a eliminação de qualquer doença endémica é condição sine qua non para atrair fluxos importantes de turistas. "

Esta Grande Verdade, não vos está a parecer tão arrepiante como me está a parecer a mim? E, por outro lado, é uma coisa boa... o dinheiro para erradicar as doenças talvez apareça de repente... se é assim tão fácil...

Gostava de ir a São Tomé. Aconselham a vacina da febre amarela, mas não é obrigatória para europeus, creio que é obrigatória para impedir que outros povos a levem para lá. Acontece o mesmo na Índia. Lendo recentemente um livro de Jack London, fico a saber que a pessoa está óptima hoje e amanhã morre de febre amarela.

Como não consigo, este ano, decidir aonde ir, desde que desisti da Índia, único lugar que realmente me interessava, pensei também em voltar a Cabo Verde.
A última vez (e primeira) que lá fui, parti o nariz, o que foi óptimo! Aliás, podem ver-me aqui neste blogue, de nariz alegremente partido, inchado e azul. Há uns 3 anos por esta altura.
Foi óptimo, porque o parti de forma grave aos sete meses. Apresentava, desde essa idade, dificuldades respiratórias, mas não tinha a noção delas. Tinha muita dificuldade em nadar e mergulhar, fazer ginástica e Yoga, mas parecia ser aselhice. E riamo-nos da minha falta de jeito... O otorrino já me tinha aconselhado a fazer a cirurgia, mas para quê? Depois de o ter partido outra vez em Cabo Verde, lá fiz a pequena cirurgia com o maravilhoso Dr. Diogo. E fiquei outra. Nadar, correr, mergulhar, não ter o nariz torto, etc...

Uma das poucas coisas de que gostei na ilha do Sal, não vi as outras ilhas, foi de uma enorme piscina de água salgada onde, mesmo assim, passei várias horas. Como não tem pé, não anda lá gente a patinhar e a empecer. E agora passaria lá o dia inteiro, pois não gosto de praia e foi na praia que parti o nariz.
Antes que me perguntem: não fui ao hospital nem a lado nenhum, fui só ao Dr. Diogo no Inverno, quando já mal podia respirar...

P.S.: Dizem que a ilha do Sal só tem interesse para praia, se fosse agora, iria a S. Vicente. Ou às duas, para nadar na tal piscina...

segunda-feira, julho 26, 2010

Alimentação II

A minha médica naturista aconselha a que passemos pelo menos um dia sem comer, de vez em quando, ou de preferência, três dias seguidos. Acha que faz bem.
Pelo contrário, quando qualquer português está mal disposto e sem vontade de comer, dizem-lhe logo: "come, precisas de te alimentar". Isto, mesmo que esteja sobrealimentado, como estamos quase todos. De facto, nesta situação não se deve comer nada...

Comemos tudo e sempre e podemos basear-nos na Religião Cristã para o fazer: aparentemente, o deus Cristão, tudo o que colocou na terra foi para benefício do homem, que pode dispor de tudo e comer tudo o que lhe apetecer. Aliás, os cruzados cristãos foram acusados pelos árabes, são-no ainda hoje, de terem comido árabes. Pergunto-me se está escrito na Bíblia que isto não se pode fazer. Creio que não, há-de estar implícito, mas não explicitado.

Mas vejamos outra versão dos factos. No Jardim do Paraíso, o que é que o homem tinha para comer?
Apenas frutos. Talvez isso queira dizer que os frutos são o que Deus nos deu para comermos.
Isto faz sentido, não creio que houvesse cebolas e couves no Jardim do Éden, mas, ao apanharmos as cebolas e as couves, estamos também a matar, matamos os animais e as plantas. O que não acontece com os frutos.

Os frutos são realmente feitos para comer.

Quanto às sementes, na maior parte dos casos não as comemos, mas mesmo depois de comidas e ingeridas e digeridas, algumas delas podem ainda nascer...

domingo, julho 25, 2010

Alimentação

Pouco ou nada entendemos de alimentação, a não ser quando nos interessamos por certas dietas... e mesmo assim pouco ficamos a saber.
Há quem considere que a alimentação, só por si, é capaz de curar quase todas as doenças, é mesmo esse o princípio de certas medicinas, como a Ayurvédica que está hoje a ser imitada por muitos ocidentais.
Na sua autobiografia, Mahatma Gandhi conta as muitas experiências que fez com a comida e o modo como se curou ou curou alguém desse modo. Também conta que, estando a sua esposa muito mal, recusou autorização para que o médico lhe desse caldo de carne, que considerava indispensável, mas que era contra a s suas convicções religiosas, por ser vegetariano. Levou-a para casa e curou-a à sua maneira, usando leite em vez de carne.
Também conta os muitos votos que foi fazendo ao longa da vida. De cada vez que fazia um, renunciava a quase tudo, ou a tudo mesmo, diríamos nós. Mas depois fazia outro em que renunciava ainda mais a tudo... o que antes parecia impossível.
Quando fez o voto de castidade, concluiu que, para não ter pensamentos libidinosos, teria de renunciar ao leite. Quando nos passaria a nós pela cabeça que o leite tivesse esse efeito? Acabou por comer só fruta e mais tarde decidiu ainda que só poderia comer 5 variedades diferentes num dia, para evitar que as pessoas lhe oferecessem banquetes de fruta, com muita variedade.
Ainda narra como a sua mãe passava muitos dias inteiros sem comer, na intenção de fazer jejum. Por exemplo, fazia o voto de só comer quando o sol surgisse visível. Gandhi e os irmãos ficavam à espera que o sol nascesse para a chamarem, mas , na época das monções (agora), às vezes o sol não chega a estar visível vários dias: resignada, dizia "Deus não quis que eu comesse hoje"
O que nós chamaríamos uma pessoa anoréxica, mas não era assim que a consideravam e antes alguém com grande espírito de sacrifício...

Descobri também recentemente que pessoas que se dedicam intensamente à meditação julgam necessário fazerem uma alimentação especial, de onde são também retirados alimentos como cebola, alho e cogumelos. Alho e cebola são excitantes e os cogumelos são considerados por eles parasitas de coisas imundas, para além de poderem ser alucinogéneos. Para nem falar do álcool, claro.
(Continua)