sábado, março 01, 2014

Os amores de pedra: de Pedro e Inês











Túmulos de Pedro e Inês: um amor de pedra.

Para quem não sabe, talvez só os não portugueses, o nosso rei medieval D. Pedro I apaixonou-se pela aia da sua legítima esposa. Após a morte desta última, afirmou ter casado em segredo com Inês de Castro, com quem teve filhos. Mas a família Castro, castelhana, era demasiado poderosa. Um casamento deste tipo poderia fazer Portugal perder a independência, o que estava sempre eminente com as sucessões dos reis e rainhas. Assim, o rei Afonso IV, pai de D. Pedro, mandou matá-la.

Fez bem, fez mal? Fez algo que levou o filho a ser um herói "romântico", apesar de ter obtido o cognome de Pedro o Cru, O Cruel e mesmo, o Justiceiro. E apesar de ter tido inúmeros filhos bastardos de outras mulheres, um dos quais virá a ser o nosso grande rei D. João IV.

Logo que tomou o poder, D. Pedro I matou os matadores de Inês, alegadamente com requintes de crueldade, se bem que tivessem apenas cumprido ordens do rei seu pai.

 Além disso, mandou desenterrar Inês, coroou-a rainha (equilíbrio talvez difícil, já que foi decapitada) e mandou toda a corte beijar-lhe a mão. Alguns desmaiaram. 

Depois, mandou construir estes dois magníficos túmulos, que devem ser os mais belos do mundo. Foram colocados um de cada lado da nave central do Mosteiro de Alcobaça.

A cabeceira do de Dom Pedro tem a roda da vida, não a budista e hindu, mas sim a cristã, como se vê nas quarta e quinta fotos. 

A parte posterior do túmulo de Inês de Castro representa o Juízo Final, com os Bem Aventurados vestidos de branco a entrarem pela porta da Jerusalém Celeste (à esquerda) e os maus a serem devorados pelo Leviatã (à direita).


Como se vê na última foto, realizam-se casamentos entre os dois túmulos, sendo frequente a noiva depositar o ramo de noiva no túmulo de Inês, que lá repousa tranquila, após as Invasões Francesas lhes terem destruído parte dos túmulos e lhes terem espalhado os ossos pela nave. Aparentemente foram os portugueses a fazer isso, esperando encontrar jóias lá dentro.

Creepy!!!


sexta-feira, fevereiro 28, 2014

A Beleza do Mundo

Navegar (já não) é preciso, basta olhar. Com a evolução da ótica, toda a nossa perspetiva se vai ampliando: fora, no universo e dentro de nós, nos micróbios cada vez mais visíveis... micróbios enormes... muito belos, alguns...
A constante de todas as descobertas é a Beleza do Mundo
Um mundo belo, ainda que se tenha conservado invisível até agora. Podemos adivinhar um mundo belo, também na parte (ainda) invisível a nossos olhos.





VER AQUI

terça-feira, fevereiro 25, 2014

NOTÍCIA MUITO IMPORTANTE: AS ANDORINHAS JÁ CHEGARAM!!!




Foto Minha (Lisboa vista de Alcochete)

Os documentos e outros papéis talvez digam que falta um mês para a primavera, mas as andorinhas é que sabem. 
As andorinhas, quando chegam é porque chegou a primavera. DOT.

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

PAULO TEIXEIRA PINTO É CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO. EU SOU A FAVOR DO QUE ELE FOR CONTRA.



VER AQUI:


BCP PERDEU MIL MILHÕES EM TRÊS DIAS

Paulo Teixeira Pinto recebeu 10 milhões à cabeça



E AQUI:


A petição, a língua e o cágado



Conversa entre duas bactérias: A CHÃ DE FORA E A CHÃ DE DENTRO


- Onde é que tu vives?
- Em Chã de Fora - Ah, é que eu eu vivo em Chã de Dentro. Somos quase vizinhas!

(Quem entende esta gracinha? LOL LOL LOL! (Sou tão engraçada!)


O problema da net (e de muito antes da net) é que as gracinhas transformam-se rapidamente em anedotas e as anedotas (alegadamente) nunca têm autor...

É o problema das pessoas que escrevem comédias. Alguns comediógrafos viram-se, assim, despojados das suas melhores piadas. Quem ia ver as peças, achava que a piada já era velha.

Eu tenho o luxo de oferecer, urbi et orbi, os meus textos dos blogues. Embora escreva comédias, também as ofereço gratuitamente.

Espero não vir a morrer à fome com o meu vencimento, nem com a minha futura reforma, do meu pobre trabalho numa coisa, em que muitos me consideram boa. Com exceção da concorrência.

Viver de fazer rir, nesta terra?  Só quem não tem a menor graça. Ou quem for vendido aos dois poderes, que são:

A ESQUERDA E A DIREITA: A CHÃ DE FORA E A CHÃ DE DENTRO (ou vice-versa).

CLICAR PARA VER SIGNIFICADO DE CHÂ DE FORA E DE CHÃ DE DENTRO



domingo, fevereiro 23, 2014

Gárgulas: Mosteiro de Alcobaça











Gárgulas: uma delas e talvez a mais interessante, embora muito posterior à fundação medieval do mosteiro, é a imagem do rinoceronte, que à época se chamava o Ganda. 

Este ganda, já no tempo de D. Manuel, deu muito que falar na Europa e no mundo e foi uma das provas (visíveis) da vocação universal portuguesa, da nossa expansão pelo mundo.

Servem para expelir a água dos telhados, quando chove. E talvez para aterrorizarem o povo. Não deveriam existir num mosteiro cistercense, de São Bernardo de Claraval, mas são acrescentamentos posteriores.

Mas este ganda é bonitinho, redondinho, não parece um monstro medonho. Ganda ganda!

Renovar a Igreja? E que tal diminuir a idade da reforma dos cardeais? "Dezasseis dos novos cardeais têm menos de 80 anos."






Mas os novos cardeais são homens velhos e "burro velho não toma ensino" 


"Dezasseis dos novos cardeais têm menos de 80 anos."

Ou seja, talvez daqui por 3 gerações de cardeais a mensagem de Francisco comece  a fazer algum sentido. 

Até lá... talvez haja, entretanto, um, ou dois ou mesmo três Papas mais conservadores.

sábado, fevereiro 22, 2014

Loiça de Alcobaça: Museu Particular de Jorge Pereira de Sampaio











Coleção particular, pequeno museu de faiança de Alcobaça, pertencente à família de Jorge Pereira de Sampaio . Parte da coleção está exposta ao público numa galeria já existente, parte está numa casa privada familiar, que ainda contém uma residência artística, para quem quiser estudar o assunto.
Notícia da sua inauguração em 31 de dezembro de 2013, AQUI.
Já agora, faiança é um tipo de cerâmica, diferente da porcelana, VER AQUI.

A maior parte do espólio inclui coleções de faiança de Alcobaça e arredores, mas há também elementos de loiças de Coimbra e outras, até mesmo brasileiras, embora sempre relacionadas com as de Alcobaça, por se tratar de uma coleção temática.

A mim, agradaram-me particularmente uns pratos com paisagens ou com elementos arquitetónicos, incluindo casas simples do campo (como na penúltima foto). 

A certa altura, acabaram-se-me as pilhas da máquina fotográfica, pelo que não se encontram algumas das minhas peças preferidas. :)
Mas:

"Quem passa por Alcobaça
Não passa sem lá voltar"

E eu já estou a pensar voltar. Em breve. Tem muito que ver.

Gostei muito dos dois rios que passam por baixo do mosteiro e se juntam num só, quase como os amores de Pedro e Inês. São os rios Alcoa e Barça. A mistura dos dois é o Alcobaça.


Santa Maria de Alcobaça






Mosteiro cistercense de Santa Maria de Alcobaça, a primeira obra gótica portuguesa.

O mosteiro é responsável pelo desenvolvimento da região, nomeadamente no aspeto agrícola.
Ainda hoje as melhores frutas portuguesas, ou as que têm mais fama, são as de Alcobaça, muitas delas destinadas a exportação.

Nesse aspeto, é semelhante ao Mosteiro de Tarouca.

A ordem de Cister tem, como figura de proa,  Bernardo ou Bernal de Claraval, ou São Bernardo, considerado Santo e Doutor da Igreja. Morre em 1153, em Claraval. O Mosteiro de Alcobaça é iniciado em 1178.

Alcobaça: o tempo de pedra








O tempo de pedra: as florestas de pedra, os amores tão duráveis como a pedra, enquanto a pedra existir.
Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.


sábado, fevereiro 15, 2014

NORMALIDADE

UMA DAS MINHAS IDIOSSINCRACIAS É SEMPRE TER SENTIDO ADMIRAÇAO POR ALGUMAS PESSOAS. NAO POR SEREM SANTAS, EMBORA ADMIRE OS SANTOS POR SEREM ESQUISITOS E OBSTINADOS. 
ADMIRO ALGUMAS PESSOAS POR NAO SE DEIXAREM INFLUENCIAR OU CORROMPER PELA MEDIOCRIDADE OU PELA NORMALIDADE. O QUE, QUASE SEMPRE, É O MESMO.

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Onde Irão parar estes tipos do Irão? Que Notícias Tão Engraçadas!

Ando a dar Camões, Os Lusíadas. Todos os anos podemos ver a obra com novos contornos, conforme o que há de novo. 
Camões preconizava a guerra santa. Isso é muito claro. Criticava os alemães e os ingleses por terem inventado novas "seitas", em vez de se terem unido contra o império otomano, numa "guerra sangrenta", a guerra santa. Há 20 anos, esta aceção não teria sido evidente, mas é agora muito clara.

Contudo, existem hoje outras guerra santas. E muitas. Também existem notícias muito engraçadas. 

COMO ESTA: "Aula para atentados suicidas acaba com professor a explodir alunos": um professor que ensinava os bombistas suicidas enganou-se e fez explodir todo o mundo - é o que se chama  uma aula explosiva :)


É caso para perguntar: onde Irão parar estes tipos do Irão?




segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Somos todos corruptos passivos, felizes, inocentes e fiéis

Muito antes de se saber que ia haver um sorteio das faturas, já eu pedia sempre a fatura com o NIF. Agora, quando a peço, dão-ma num trejeito irónico, como se eu fosse um denunciante, que pretende ganhar um automóvel. É o que diz Vasco Pulido Valente, na sua muito básica visão do mundo, hoje, na crónica do Público.


Esta criatura, Vasco Pulido Valente, escreve às vezes umas coisas acertadas, mas não esqueço o desgosto e a mágoa que provocou na Natália Correia quando escreveu que ninguém a lia e que os seus livros, (da Natália),  não estavam à venda em nenhuma livraria do país. Foi uma afirmação irresponsável, que ensombrou os últimos meses de vida desta escritora. E estavam à venda em todas as livrarias do país. 

Vejamos: os portugueses, desde o mais simpático ao mais antipático, o Pulido Valente,  não distinguem entre corrupção ativa e corrupção passiva: Somos todos corruptos passivos, felizes, inocentes e fiéis. 

Vou dar um exemplo: em vez de pagar 25 euros de impostos pelo jantar, pago mais 25 euros pelo jantar e zero de impostos. O Estado perde milhões e vem cortar-me no vencimento e nos meus impostos. 

O dono do restaurante, ou enriquece com mais 23  por cento que vão para ele, em vez de irem para o Estado, ou paga impostos, como eu, e não consegue sobreviver, porque a carne está quase estragada, o peixe cheira mal, a cozinheira não sabe cozinhar, mas a comida era barata (sem impostos) e os donos eram simpáticos. E corruptos.

Porque é que todos adoramos a comida caseira? Porque é muito melhor do que a  comida dos restaurantes vulgares. menos engordurada, mais saborosa e mais saudável. Durante décadas, tivemos restaurantes da pior espécie, baratos, com mão de obra escrava. Que sobreviveram aos impostos, porque não passavam faturas.

Mas a discussão em torno das faturas está ao nível do analfabetismo que grassa no país.

" Não se opor ao erro é aprová-lo. Não defender a verdade é negá-la." Tomás de Aquino

Não estou a  elogiar o Governo, um do spiorsque já tivemos. Apenas nos trata como merecemos. Não temos senso moral? Não temos senso de honestidade? Mas adoramos jogar. Viva o jogo!

domingo, fevereiro 09, 2014

Cidades Invisíveis: Lisboa no Passado






O passado é normalmente invisível.

Já vimos que os perus iam diretamente ao consumidor lisboeta pelo seu pé, ou seja, pelas suas patas.
Também as vacas lhe iam levar o leite pelo seu pé.
E nos chafarizes, ou mesmo nas fontinhas como esta, bebiam cavalos, burros e homens. (Bebedouro, Praça do Comércio, Lisboa, 1912. Fotos: Joshua Benoliel, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..)

Cidades Invisíveis: Lisboa no Passado







  Venda ambulante de perus em Lisboa


Eu gostava de ouvir o meu avô, no Norte, contar-me as suas aventuras do tempo em que fez o serviço militar em Lisboa.
A Lisboa que  então descrevia, era para mim uma cidade tão invisível como as de Italo Calvino.
 Não correspondia em nada ao que eu conhecia e, sim, às vezes imaginava-a a preto e branco, pois havia muito carvão. Algumas partes eram escuras.

Nesta cidade que amo, gosto de imaginar como a descrevem no passado, como me dizem que era, como me contaram que era. Só a conheci moderna e cosmopolita, ou melhor, pré-cosmopolita, como é agora. Não a Lisboa rústica com perus e rebanhos a atravessarem-na.

Tenho recebido Powerpoints com fotos, o meu amigo Heitor Rodrigues passou algumas dessas fotos para formato que pode ser partilhado aqui. Vou pedir-lhe que faça isso com outros.

Farei toda uma série de posts com fotos antigas de Lisboa. Chamar-se-á Cidades Invisíveis, em homenagem a Italo Calvino.
E ao passado, que também é invisível.

As duas fotos iniciais, tenho a informação de terem sido feitas em 1891, a primeira no Rossio. Ainda era vivo Eça de Queirós, que morreu em 1900.

Pela mesma época, uma vendedora de galinhas, que não iam pelo seu pé, mas numa pequena gaiola. Todos vivos. Será que os compravam vivos? OU?!





terça-feira, fevereiro 04, 2014

PARABÉNS, OLGA MARTINS




OLGA MARTINS GANHOU O PRÉMIO MÁXIMA MULHER DE NEGÓCIOS.
É BOM SABER QUE EXISTEM MULHERES DE NEGÓCIOS ADMIRÁVEIS.
COMOA OLGA MARTINS.

O vinho, para além da sua importância económica é musa inspiradora e báquica, de maravilhosos versos como os de Omar Khayyan, os Rubaiyat.

"Não vamos falar agora, dá-me vinho. Nesta noite

a tua boca é a mais linda rosa, e me basta.

Dá-me vinho, e que seja vermelho como os teus lábios;

o meu remorso será leve como os teus cabelos."


Ou

"Busca a felicidade agora, não sabes de amanhã.

Apanha um grande copo cheio de vinho,

senta-te ao luar, e pensa:

Talvez amanhã a lua me procure em vão."


MAIS AQUI

PARABÉNS, FACEBOOK!

FAZ HOJE ANOS O FACEBOOK, QUE TRANSFORMOU A NOSSA VIDA E A COMUNICAÇÃO ENTRE OS HOMENS, NO MUNDO.
PARA MELHOR.
SE O FACEBOOK FOSSE UM PAÍS, SERIA O 3º MAIOR DO MUNDO! SOU HABITANTE DESSE PAÍS.

VER AQUI : Facebook faz 10 anos: o orgulho do pai de Zuckerberg

OU AQUI