quinta-feira, setembro 26, 2013

Caminhos da Escola: Caminhos de todos os perigos






Está a dar no canal ARTE um programa incrível: "Chemins d'école chemins de tous les dangers". Creio que é aos domingos, pois eu gravo a série. Recomendo, sobretudo a professores e a alunos. 

No Quénia, (1º vídeo), crianças sozinhas ou em grupos de 2 ou 3 atravessam a Savana, até 10 km, esperando não serem atacadas por tigres e elefantes. E os professores ainda lhes batem, se chegarem atrasados. Na escola não falam a língua deles, o Masai, têm de aprender Suaili e Inglês. Quatro em cada  cinco não aprende a ler nem a escrever. 

No Nepal,  (2º vídeo), têm de atravessar um rio, numa cesta metálica enferrujada, dependurada em dois cabos de ferro enferrujados (o terceiro cabo já se partiu, os outros poderão quebrar-se a todo o momento). A cesta é empurrada por eles. E os professores também lhes batem, se chegarem atrasados

Quanto ao programa da Sibéria, eu nem consigo vê-lo porque o frio é algo que me assusta a mim.

Isto é uma série em exibição, mas já existem alguns episódios no Youtube. São em francês, mas não é necessário saber francês para os entender.

É claro que estes estudantes são os privilegiados. De tal maneira, que o site THE LITERACY SITE nos propõe pagarmos a escola de meninas durante um ano, dado que as meninas nem isso têm.

Por 10 Dólares, menos de 10 euros, podemos ajudar a enviar uma menina para a escola no Afeganistão, o lugar do mundo onde as mulheres são mais discriminadas e perseguidas. Um ano de escola custa 250 dólares.


VER AQUI 


Fica muito mais barato pagar os estudos a uma menina orfã (abandonada) na Índia. Desde 3 dólares e 50 cêntimos.

VER AQUI

quarta-feira, setembro 25, 2013

Da estupidez humana

Este tema, "da estupidez", vem muito a propósito das próximas eleições, pois releva, tanto dos eleitos, como dos eleitores.

Já qui foi referido um livro de autor italiano sobre o assunto, que podem encontrar clicando 

AQUI

Farei agora algumas citações sobre a estupidez, começando pelo nosso Almeida Garrett:

"Discute-se a materia gravissima - se é necessario que um ministro d'estado seja ignorante e leigarraz." 

E agora Schiller:

"Contra a estupidez os próprios deuses lutam em vão."

E de Bertrand Russel


"Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões."Autor - Russell , Bertrand


segunda-feira, setembro 23, 2013

Francisco

Não deixarei aqui de insistir sobre a renovação e sobre a inovação de Francisco, o Papa Mario Bergoglio.

Apos o 25 de Abril, deu-se em Portugal uma viragem à esquerda, que afastou quase toda a gente da Igreja Católica. Digo quase toda a gente pois muitos continuaram a frequentar a igreja, sendo que muitos outros, a maioria, só lá vai a casamentos, batizados, funerias e missas por alma. Alguns ainda se dizem católicos, outros se dizem cristãos, outros agnósticos, ateus... acho que nem eles (nós) sabem já o que são... pois isso não depende deles.
 Do que não me tinha apercebido e julgo que vocês também não, é que essa viragem à esquerda da sociedade portuguesa coincidiu (mais coisa menos coisa) com a viragem à direita da Igreja católica, empenhada, com João Paulo II, em combater o comunismo. Compreende-se esse zelo da parte de alguém que viveu num país obrigado a  ser comunista, refiro-me a Karol Voitijla, mas não se comprende tão bem da parte de um Papa que querem canonizar ( o mesmo  Karol Voitijla), porque os grandes homens e mulheres não podem ter ficado cegos pelas suas circunstâncias pessoais. Deixemos isso para o povo comum. Não por acaso existe hoje um movimento contra a sua canonização, por ter ignorado e, portanto, protegido, os padres e bispos, talvez cardeais, que eram pedófilos. A Onu, ao tentar investigar estes casos, esbarrou com o silêncio do Vaticano, que escondeu os seus próprios dados, em vez de se empenhar na justiça. 


É assim que a igreja perde quase toda a gente, sobretudo os cristão católicos de boa vontade, contra uma minoria direitista e mesquinha, empenhada em criticar e acusar de pecadores todos os outros.



Enquanto "todos os outros" cada vez se estão mais nas tintas para as noções de pecado e outras que tais.


É claro que esta minoria direitista e sectária leva atrás de si uma juventude carente de valores e de fé. Ingénua, claro. Como se fosse possível ser cristão e estar perfeitamente enquadrado na atual sociedade, que promove uma elite corrupta e minoritária. 
Como se fosse possível ser um ser humano, humano, e continuar perfeitamente enquadrado na atual sociedade, que promove uma elite corrupta e minoritária. 

Este artigo do público mostra bem o que eu não saberia explicar. escrito por frei Bento Domingues, intitula-se
Católicos não cristãos e é completamente corrosivo contra um tipo de católico: o tipo normal.


Da minha pobre janela








O tanto que se vê da minha janela: o universo, quase todo, e em contínua mutação,
A beleza do mundo, o espetáculo do tempo, tudo a entrar pela minha casa e pela minha alma adentro.
Nem é possível fugir: é tudo demasiado belo.

E eu que viajei para outras paragens, à procura doutras cores... outros sons, outros sabores...

domingo, setembro 22, 2013

Terra Imunda


(Terra Imunda - diz também este tubarão, "Tintureiro", no mercado do peixe de Campo de Ourique)

Queridíssimos amigos: abri no Facebook um site para este blogue

AQUI

Gostaria que vocês aderissem. Pode ser?
Basta fazer like na página.

sábado, setembro 21, 2013

Caminhadas noturnas



Antigamente faziam-se caminhadas noturnas por necessidade, por gosto, para ir às romarias, ou seja, por devoção e por prazer, ou só por devoção, ou só por prazer... mas agora toda agente tem automóvel.
Ou melhor: quase toda a gente.

Começam agora a retomar-se essas tradições: ao nível desportivo, ao nível religioso, ou simplesmente para caminhar. E cada um fará a caminhada que quiser. Sem poder evitar a subidas que vêm após as decidas, num terreno tão atribulado.

Realizou-se ontem uma caminhada noturna pela Sintra romântica: oito kilómetros, 3 horas, das 21 às 24, exatas, sem arredondamentos. Com lua cheia, ou quase cheia. Fui.

O pior foi que, sendo tudo a descer de Seteais até Sintra e estando já tudo um nadinha estafado, ainda tivemos de descer a pique, para terminarmos a viagem, subindo a pique.

Fiquei estafada! a parte mais gira foi quando passamos por um jardim aromático, mas aí também, tivemos de descer uma enorme escadaria para a tornar a subir...

Fiquei a dormir em Sintra. Num sítio giro. A cama era ótima, mas se não fosse, eu não teria dormido menos bem. Com o pequeno almoço, fiquei esbarrondada: brownie de chocolate com morangos, pão caseiro com compota feita na casa, queijo e fiambre, sumo de laranja natural e café.
Foi no espaço Edla, dedicado à condessa de Edla, esposa do rei Fernando II. Só tem dois quartos, um cafezinho maravilhoso onde se toma o pequeno almoço e que inclui um espacinho gourmet e uma galeria de arte. Tem até uma roupa que pertenceu à condessa de Edla, exposta nesse espaço multiusos. 

Também fiquei a saber que em Sintra só há 2 ou 3 hotéis, dois hostels e muitos sítios do chamado "alojamento local". É o caso do Espaço Edla, da Quinta das Murtas e de muitos outros. Não são hotéis, nem pensões, nem coisa nenhuma desse género.

Ver aqui o link do Facebook que propõe as caminhadas



segunda-feira, setembro 16, 2013

A evolução das fronteiras da Europa



Vemos neste mapa animado a evolução da Europa ao longo dos séculos.

As de Portugal pouco mudaram, a não ser no início da nacionalidade e durante o período da ocupação filipina. Esta é uma das conclusões que se podem tirar da visualização deste vídeo. Será isso bom? Será mau?

Muitas outras conclusões se podem tirar, conforme damos atenção a um país ou a  outro. E sobre a União Europeia. Aguardo comentários, de preferência no blogue e não apenas no Facebook.

(Acabo de ser informada, através do Facebook, pelo Pedro Faro de que "as datas relativas a Portugal estão errada" e de que "Este nao tem datas! Há uma versão com data"). Vou procurar a outra versão. O meu forte não é mesmo nada a História. Obrigada, Pedro Faro, jornalista, grande crítico de arte e pessoa muito gira.

De facto, num vídeo do mesmo género, mas com datas, as fronteiras portuguesas aparecem com a  configuração que têm hoje, desde o Sec. VIII . LOL. Isso foi o tempo das invasões dos mouros.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Só se vão salvar 144 000 viventes



(Imagens: o Inferno de Dante, por Botticelli)


Fala-se muito, de momento, do novo livro de Dan Brown, intitulado Inferno. E também do Inferno.
Parece que o Inferno "que conhecemos" se baseia na efabulação que dele fez de Dante, na sua obra poética e narrativa A Divina Comédia e nas imagens artísticas visuais que se lhe seguiram, baseadas também, quase todas, na Divina Comédia.


Hoje, tendo apanhado um táxi para tratar de um assunto urgente que afinal não era nada urgente, começo a levar uma lição bíblica em grande estilo. O taxista falava bem e sabia de cor e sem falhas inúmeras passagens bíblicas, o que sempre me encanta.


Perguntei-lhe o que achavam as Testemunhas de Jeová do Inferno. A resposta custou-me muitos Euros e muitos minutos, pois o homem foi conduzindo a passo de caracol, na intenção desenvolver a conversa.

- Platão, um filósofo grego, sabe a menina, inventou essa teoria de que a alma é imortal e o Diabo encarregou-se de a divulgar.
- Então a alma não é imortal? - pergunto eu.
- É claro que não! A Bíblia refere-se aos jumentos como almas viventes e aos homens também como almas viventes.
- Ah, desculpe, eu daí a pouco tinha de sair, estou com pressa... mas... em resumo: então o Inferno não existe?
- É óbvio que não. Quem morre vai para debaixo da terra e desaparece.
- E então ninguém vai para o céu? - pergunto eu, abismada com estas declarações.
- Sim, para além de Deus que é imortal, também se salvam 144 000 homens.
- Ah!
- Mas a menina apareça lá, nas sessões de culto da nossa Igreja!
Quando me ia explicar onde eram realizadas as sessões de culto para eu aparecer lá, tentei não responder o que me ia pela minha pobre alma vivente (igual à dos jumentos):
- Não, não vale a pena ir, senhor, os 144 000 lugares já devem estar todos preenchidos há bué!

quarta-feira, setembro 11, 2013

Francisco e os Hereges





Uma minha amiga hiper católica concorda comigo: os católicos não ligam a este Papa ou não gostam dele, os não católicos adoram-no. Ele diz da Igreja Católica o que nós sempre dissemos e que tanto os irritava. Ou mesmo pior. Eu, por exemplo, nunca tinha ouvido falar do lobby gay.
Denuncia a hipocrisia e o materialismo que fez tanta gente sair da igreja: materialismo já há muito cá fora. Essa mesma amiga justifica, dizendo:

- Mas estamos numa época de materialismo.
Sim, e de corrupção e de fingimento e de hipocrisia. Mas a religião deveria fazer a diferença.

Entretanto, o Papa continua com gestos simbólicos, ou espontâneos e não menos simbólicos por isso, acaba de afirmar que os conventos católicos não devem servir para ganhar dinheiro e sim para abrigar os refugiados.

A direita portuguesa, classista, racista, devota de missa diária, como pode gostar disto? Estará a tempo de mudar? Será capaz de o fazer?

O Papa mandou fazer uma vigília pela paz, o que é muito discutível - qual paz? A nossa? . Efeito ou coincidência, acaba de surgir a possibilidade de a Síria não ser atacada, se entregar as armas químicas à ONU. Talvez seja um bom caminho. Terá o Papa contribuído para ele? De que modo?

Entretanto, pedem-lhe que não canonize o Papa João Paulo II. Por não ter denunciado os casos que este Papa e o Papa emérito denunciaram. Comparado com Francisco, João Paulo seria tudo, menos santo!

VER AQUI


quinta-feira, setembro 05, 2013

Perguntem-me se gostei de Istambul











- Perguntem-me se gostei de Istambul
- Ó Nadinha, gostaste de Istambul?
- Gostei.

( Até já combinei voltar  lá com quatro amigas). Aceitam-se mais.

Mas convenhamos que nem tudo me agradou. Digamos que: só me agradou quase tudo.

(E quanto às imagens: por favor, não me peçam para usar sandálias que não sejam desportivas (gosto da marca Columbia). Há umas muito giras, com 10 cm de altura, mas não são boas para caminhar muitos kilómetros sem parar... e estas calças demasiado largas também ajudam, ajustadas com um cinto. Dá para alargar e estreitar o cinto...

Não ficam bem? Oh, esqueci-me de me candidatar a um concurso de beleza! Fica para a próxima.


Istambul - Modernidade





Para os turcos, a modernidade significa ocidentalização, já desde o tempo dos últimos paxás. As principais diferenças notam-se no vestuário e, claro, no ato de beber álcool. A religião muçulmana, embora não seja renegada, representa o passado, com todas as suas prescrições. O presente e o futuro consistem, não em mudar de religião nem em ser ateu, mas em não cumprir as regras, sendo, talvez, de forma simples e prática, muçulmano não praticante.

Vemos nas imagens :

Foto 1 - Um bar moderno, passando na televisão uma diva turca, cantando uma música agradável e triste, um pouco parecida com o fado... nesse bar disponibilizar-me-iam um computador com Internet, mas as minhas passwords eram todas rejeitadas, porque têm uma letra parecida com o i, mas sem acento. Separado e em destaque, vê-se o nosso i, mas eu não vi, no primeiro dia. Nem no segundo... ainda bem que levei um computador com teclado português.

Fotos 2 e 3 - Publicidade a uma marca de cerveja local (detalhe). Ocupava toda uma parede do restaurantezinho simpático onde fui jantar algumas vezes umas saladitas simples... e, claro, com uma cervejinha. Isto estabelecia logo uma grande cumplicidade com os frequentadores, todos homens... Não tenho nenhuma fixação por homens que só vi poucas vezes, mas as mulheres muçulmanas, mesmo as inúmeras não praticantes, não andam muito por aí, nem se metem com estranhos.

Vemos na imagem do anúncio (visão parcial, foto de telemóvel) uma gente muito moderna no estar e no vestir, rapazes e raparigas juntos a conviver à ocidental... a beber cerveja. 

Claro, os restaurantes distinguem-se desta maneira: aqui não se vendem bebidas alcoólicas, ou melhor: Proibidas as bebidas alcoólicas! E os outros. O vinho é caríssimo, embora a Turquia o produza, a cerveja é acessível e boa, exceto nos muitos restaurantes em que nos respondem:

- Aqui são proibidas as bebidas alcoólicas. Somos muçulmanos.

Não faço questão de beber álcool, passo bem sem isso, mas, na primeira e única vez que me aconteceu, já depois de ter escolhido o prato, levantei-me e respondi, antes de sair:

- Eu não.

Existe um cartaz que significa exatamente que é proibido beber álcool. Nos restaurantes que o exibem, só se vêem muçulmanos.

quarta-feira, setembro 04, 2013

Parque Taxim (ainda)







À beira Bósforo. se as praias em Portugal fossem assim, eu também ia muito para a praia.
Enfim, talvez um nadinha menos vestida...
Estas senhoras estão à sombra, enquanto as meninas andam de reduzidíssimos biquinis, na praia.
Orhan Pamuk, no seu livro sobre Istambul, já aqui referido, menciona frequentemente os pic-nicks familiares no Parque Taxim. É muito bonito. Muito acolhedor.
Ainda bem que os manifestantes da Praça Taxim ganharam e o parque não vai ser transformado em nenhum empreendimento de luxo!


(Portuguesa em Portugal - não tão muito vestida como as turcas no parque Taxim)

Parque Taxim






No primeiro dia, como contei, fui parar ao Parque Taxim, o pomo da discórdia da primavera turca, pois o presidente, também muito criticado por ser demasiado muçulmano, o que, para os turcos, significa o contrário de ser ocidentalizado, como muitos pretendem ser, queria transformar isto num empreendimento de luxo... o espaço é imenso, à beira Bósforo. Um problema que existe, ao nível do ordenamento do território, é haver uma fortaleza imensa a toda a volta da parte antiga e ocidental da cidade, circundando mar e a praia. Como monumento, não pode ser "abatida".

A história nunca foi o meu forte. Se algum visitante quiser acrescentar pormenores, que o faça.

Enfim, é muito engraçado visitar um local sem sabermos o que estamos a ver. Eu pensava que isto era o OTTO Park, porque essa designação estava escrita em cartazes por toda a parte, mas otto park quer dizer só "parque de estacionamento". Por gostar de descobrir assim uma terra, não me informo antes de lá ir. É agora que vou ler e estou a ler livros que falam da Turquia e da sua história, que é a história da Europa. A nossa. No primeiro post digo logo que fui parar a um sítio qualquer, sem saber onde. Era este.


Istambul Maravilhosos Mercados










O Mercado das Especiarias de Eminonu. Comprei deste açafrão indiano a 50 liras turcas o kilo (é isso que quer dizer o letreiro).

Do lado de fora do mercado coberto, encontramos de tudo um pouco: colheres de pau, tachos e bules...
É o comércio que dá graça a qualquer terra.

Em baixo, vemos o Grand Bazar. Muito perto dele, na saída 2, Gate 2, podemos ainda encontrar um sítio onde se faz bem o Banho Turco. Os preços começam nos 20 euros. Sim, Euros. A moeda é a  Lira Turca, mas existem preços em euros, em locais como este. 
Fica aqui o link para esse local.
Alguns hotéis também fazem este Banho turco.



Istambul, a cidade do outro lado




Saímos de Istambul enriquecidos, não pelo muito que aprendemos, mas por nos apercebermos do abismo da nossa ignorância em relação à parte oriental do mundo.

Enriquecidos de curiosidade pelo outro, que é o reverso dos livros de história. Ou de geografia, ou do que for.

Porque as pedras só se tornam humanas se virmos nela a inscrição, não só do humano, mas também do divino. Como neste mosteiro da Capadócia.

Istambul já foi Bizâncio e já foi Constantinopla, cidades quase míticas. Com uma história que é a nossa história. Istambul significa, etimologicamente, "a cidade que fica do outro lado". Do outro lado do Bósforo. 
A cidade que fica do outro lado, também para nós ocidentais, do outro lado do oriente, é a cidade do passado. 
Mas o passado talvez se transforme em futuro e talvez seja do Oriente que nos chegue a renovação.

Ponte e torre de Galata








Um dos locais mais vividos de Istambul é esta ponte de Galata, que tem restaurantes sobre o rio e muitos pescadores por cima, mesmo de noite.
Fica no porto de Eminem, também muito vivido e concorrido, com restaurantes especiais. Não para turista ver, mas com comidas típicas, como umas sanduíches de peixe que não cheguei a provar, devoradas com grande sofreguidão pelos autóctones.
Tudo isto fica também perto do fantástico mercado de especiarias, com o mesmo nome do porto.

Ainda Istambul




Estes palácios, alguns deles abandonados, testemunham o antigo esplendor do Império Otomano. Os paxás viviam em grandes mansões de madeira na cidade, mas, após a implantação da república, foram frequentes os incêndios dessas casas (fogo posto). Fizeram então, ou já tinham, estes palácios ao longo do Estreito de Bósforo, para onde se mudaram. Há vários parecidos, este no Corno de Ouro, uma parte estreita e especial do Bósforo.


Casas de madeira




segunda-feira, setembro 02, 2013

Finalmente! Que coragem!

Já aqui tinha referido uma anterior notícia, da última tentativa que falhou. Se fosse em Portugal, esta senhora estaria há vários anos na reforma antecipada. Cansada da vida.

Mulher de 64 anos nada de Cuba à Florida sem protecção contra tubarões

À quinta tentativa, Diana Nyad conseguiu mesmo atravessar a nado as 103 milhas (cerca de 166 quilómetros) que estão entre Havana, Cuba, e Key West, no estado norte-americano da Florida. E fê-lo como nunca ninguém o tinha feito: sem a ajuda de uma jaula que a protegesse de tubarões. Mas esse não é o único facto impressionante: Diana tem 64 anos.

E no Expresso:


A nadadora de 64 anos, que acalentava o sonho da travessia há vários anos, partiu de Havana no início de sábado - gritando "coragem!" enquanto entrava na água - e chegou esta tarde à praia de Key West, sendo recebida por dezenas de pessoas, algumas das quais a nadarem na sua companhia para a acompanharem na sua aproximação à costa norte-americana.
Apesar de ter saído da água em pé, sem assistência, Nyad não demorou muito a cair nos braços de uma assistente, já que a longa travessia de 180 km foi muito dura para a nadadora nova-iorquina, de acordo com os médicos que a acompanharam em embarcações de apoio.

terça-feira, agosto 20, 2013

Capadócia: aldeias subterrâneas





Os gregos, que como já foi referido, viviam na Capadócia desde Alexandre Magno, com muitos vindos posteriormente, foram perseguidos em várias épocas, por serem gregos e por serem cristãos. O Império Otomano, propriamente turco, não fazia perseguições religiosas e, bem ao contrário, acolheu de braços abertos os judeus fugidos da península ibérica, como está fortemente documentado. Embora, também na Turquia, vivessem em ghetos.

Para fugirem às perseguições, os gregos, que viviam comunitariamente em aldeias agrícolas, construíram estes subterrâneos. Ficavam aqui até terminar a perseguição, ou até se sentirem seguros para regressarem a casa. 
Entretanto, iam fazendo o que tinham a  fazer, como, por exemplo, vinho. Estes subterrâneos continham vários lagares e vários espaços para conservação do agradável líquido.
A pedra é a mesma que permite escavar as chaminés das fadas. Estas têm 3 camadas, mas a parte principal é em turfa.

É difícil tirar fotos com tanta escuridão, isto foi o que se pôde arranjar.