Meditação do grande mestre budista Thich Nhat Hanh no dia do seu passamento.
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
Meditação do grande mestre budista Thich Nhat Hanh no dia do seu passamento.
Hoje é o dia da minha Santa favorita, Santa Bárbara de Nicomédia. A par de São Francisco de Assis, nas minhas preferências. Tendo sido considerada um dos 12 santos principais da igreja católica, foi retirada do calendário no Concílio Vaticano II por não existirem provas da sua existência histórica. Mesmo assim, continua a ser importante no imaginário cristão, já que esta aqui fotografada foi comprada ontem e está adaptada às novas versões. Era grega, mas nas Ilhas Canárias garantem que era de lá, como seria, talvez, de toda a parte…
Padroeira dos mineiros e de todos os que trabalham com fogos e raios, como os militares artilheiros, é também invocada contra tempestades e trovoadas e ainda contra o medo. Traduzida nas mais variadas obras de arte, os seus atributos são a torre com três janelas, a palma do martírio e, eventualmente a eucaristia, em vez da torre.
Gosto particularmente desta oração:
“Ó Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura.
Ficai sempre ao meu lado para que eu possa enfrentar, de fronte erguida e rosto sereno, todas as tempestades e batalhas da minha vida para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer à Deus, criador do céu, da terra e da natureza, e que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras.”
Ambas resultam da transformação que o mar fez a resíduos de vidro e cerâmica que as fábricas lançaram nas imediações.
Nem tudo se perde, afinal.
Estas praias são designadas em ingles por Glass Beach e há mais aqui. Há muitas.
Clicar neste link
O tempo quente nesta época, que os metereologistas, muito prosaicamente, atribuem a correntes quentes e anticiclones, chama-se verão de São Martinho e é ele mesmo um milagre que muitos de nós apreciamos, aqui em Portugal.
Um milagre que gostamops de acompanhar com castanhas assadas, muito vinho e jeropiga, ou água pé... a caridade não parece ser uma tradição destes dias prolongdos, pois são vários os dias de temperatura amena.
Seguem aqui vários proverbioos relativo a a estes dias, enfatizando o facto de ser nestes dias que se abrem as pipas de vinho e que se abatocam: as rolhas (batoques) ficaram desde outubro ou setembro apenas encistados apra deixarem entrar o ar. Agora abatocam-se. Enfatizando a tradição de matar o porco por esta altura (agora, com ads arcas frigoríficas, mata-se emq aulquer altura, mas antigamente esperava-se que o frio do inverno, junatente com o sal das salgadeiras conservasse a carne. Sem mencionara s castanhas novas, que ficam boas nesta época.
· A cada bacorinho vem o seu S. Martinho.
· Em dia de S. Martinho atesta e abatoca o teu vinho.
· Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho.
· No dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.
· No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
· No dia de S. Martinho, mata o porquinho, abre o pipinho, põe-te mal com o teu vizinho. (sic.)
· No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.
· Pelo S. Martinho abatoca o pipinho.
· Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
· Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
· Veräo de S. Martinho säo três dias e mais um bocadinho.
Imagens
A primeira imagem: Pintura original de Giovanni Canova.
Nas duas partes da exposição, vemos homenagens à arte antiga, ocidental e oriental, pois existem objetos inspirados na porcelana chinesa, nos desenhos em cerâmica grega, etc…
Talvez seja um êxtase do lado da fantasia é um rapto, da parte da realidade.
Comecemos pela realidade.
As obras que a representam, muitas vezes eivadass de fantasia, outras vezes mostrando a realidade no seu aspeto mais brutal, o chamado realismo, talvez mesmo hiperrealismo, vão desde vídeos, obras enormes, instalações até peças de ourivesaria, com aneis e pulseiras, havendo mesmo, em vídeo, a imagem de milhpes de sementes de girassol feitas em porcelana, por muitos artesãos. sim, muitas das peças não são feitas por Ai Weiwei, que apenas as concebe, encomendando depois a sua execução.
Esta parte da exposição é dominado por uma obra monumental representando so refugiados, tema constante da exposição, dentro de um bote de borracha e por uma série de enormes caixas, como contentores. O material em que é feito o bote e as imagens dos refugiados é o mesmo material de que são feitos esses botes.
Quanto às caixas, elas contam a história de 81 dias em que o artista esteve preso, com dois guardas constantemente a olharem para ele, mesmo qando estava a dormir, a comer, ou mesmo a usar a imunda casa de banho da cela.
Espreitamos por uma pequena janela e vemos isso mesmo: uma imagem muito realista de Ai Weiwei e de dosi guardas de pé, a olharem para ele. Subindo a um pequeno estrado, espreitamos por uma outra abertura e vemos a casa de banho, com grandes pormenores de sujidade e de ferrugem, tudo um pouco mais pequeno do quea realidade, só um pouco.
Vemos um campo de refugiados em vídeo, salientando as condições de insalubridade e logoa seguir belíssimas porcelanas chinesas inspiradas nas antigas, em vasos sobrepostos que apresentam temas pintados de refugiados. O mesmo tema ocupa toda uma parede de desenhos na parte da realidade, a preto e branco e outra enorme parede na parte da fantasia, em tons de azul. E ainda um anel de ouro, ou revestido a ouro.
Poderá alguém não gostar por razões ideológicas, mas, a não ser isso, a exposição é uma muito agradável e muito grande, enorme, surpresa, tanto em dimensão como em originalidade..
Divide-se em duas partes: para o lado direito a fantasia, que contém muito de realidade, para o lado esquerdo a realidade, que às vezes é simplista é bruta, outras vezes contém muito de fantasia.
O tema geral é os refugiados. Não é o único, é o principal.
Vou dividir este tema em três posts do blogue. Introdução, que é este, Realidade e fantasia.
Comecemos pelo pior: A realidade, no próximo, depois, num terceiro, a fantasia.
Encontrei este livro, que contém três contos de Émile Zola. São todos muito impressionantes, muito verosímeis e muito realistas, mas um deles, “A Inundação”, é uma verdadeira obra-prima.
O narrador é um lavrador e proprietário de terras francês abastado, que nós narra a sua situação.
Naquele dia, além da sopa do jantar, decidiu comemorar comum vinho licoroso as muitas coisas que havia a comemorar: as colheitas iam ser fantásticas, o que iria permitir à família adquirir as terras dos vizinhos, até tinha nascido 7ma vitela naquele dia e o noivo da filha mais nova tinha aparecido para marcar o casamento.
De repente, o rio Mose, numa enchente, invadiu a aldeia em que se situava a casa.
Primeiro, desapareceram todas as colheitas, seguidas d3 todos os animais domésticos: vacas, carneiros e ovelhas, cavalos.
Logo depois desapareceram duas criadas, afogadas, claro. Os homens da casa nada disseram as mulheres.
Depois foi um dos filhos, que, após um gesto heróico para salvar a família, se afogou, logo seguido da esposa e dos dois bebés que esta erguia nos braços, para,lhes dar mais alguns segundos de vida.
E depois é depois, afogaram-se todos, dois deles, foi por suicídio que se entregaram às águas.
Finalmente, só sobreviveu o velho…
Esta estória, por muito ou por demasiado dramática que possa parecer, a verdade é que poderia ter acontecido e aconteceram casos idênticos, em desastres naturais.
Que fazer? A quem apelar?
Aqui vai o link para o livro on-line grátis, em francês no original.
https://www.gutenberg.org/ebooks/7011
Atenção: na Epístola de São Paulo que foi lida no domingo na RTP e que foi considerada machista, quando São Paulo afirma que as mulheres devem obedecer sempre aos seus maridos, São Paulo e a Igreja Católica por ele, não pretendem dizer, de forma alguma, que as mulheres devem obedecer sempre aos seus maridos. É uma metáfora. Isto é de tal modo evidente para todos, de acordo com a hermenêutica e a exegese bíblicas, amplamente conhecidas do povão, que os padres não sentem necessidade nenhuma de o explicar. Toda a gente percebe logo que, segundo a Igreja Católica, as mulheres não devem obedecer nunca aos seus maridos.
Queremos dizer: qualquer semelhança entre a missa televisionada e a situação das mulheres em Cabul, é pura coincidência.
Mas os católicos portugueses e outros não deixam de ficar enCABULados com 3sta coincidência…
Em Portugal nem é preciso explicar nada disto, pois temos a impressão de que os homens são um tanto apatetados, enquanto as mulheres são sensatas, trabalhadoras e responsáveis. Isto vê-se logo quando as raparigas entram para os melhores cursos universitários e os rapazes só não chumbam o ano por causa do Covid.
Foto: “Mãe, Filha e Boneca” da fotógrafa iemenita Almutawakel
Após intereegno devido às medidas de prevenção do Covid 19, voltamos ao prazer de correr na beleza desta maravilhosa cidade.
Esta corrida tem também uma intenção de manutenção da saúde,ao incentivar a s mulheres a fazerem desporto e a preocuparem-se com as doenças que são próprias do género.
É o segundo rio mais longo nascido em território português, a seguir ao Mondego, ambos nascidos na Serra da Estrela e mais limps doque os que vêm de mais longe.
Tem paisagens muito belas, afora aproveitadas pelo turismo, como o Lago Azul, na primeiras imagens. As águas são mansas e belas.
Mais adiante tem a belíssima e mágica aldeia de Dornes, como se fosse uma península de rio. De cortar a respiração, como veremos noutro post.
O navio que se vê é o São Cristóvão, que faz passeios pelo rio, servindo almoços.
Atravesso uma paisagem de folhagens verdes e amarelas, de rios e de plumas, de águas de lagoas, para finalmente chegar à casa de vidro perto do mar.
Nessa casa está uma mulher que nos fala da nossa alma. Como se a conhecesse.
Essa estranha que é a nossa alma, essa estranha que é essa mulher, aparecendo no meio das flores e dos lagos.
Uma mulher com o nome e o gosto de longínquos mares, com a voz rouca dos búzios, ressoante de futuras ondas, com que canta às vezes as passadas marés.
Graciete Nobre
Pintura "La chasse aux papillons" de Berthe Morissot
Sabemos que as mulheres têm terríveis inseguranças quanto à sua aparência física e quanto ao seu papel no mundo e isto é para não falar de outros terrores femininos.
Enquanto as feministas e os psiquiatras as tentam livrar destes horrores, as esteticistas, também muito femininas, exploram tudo isso, com resultados in cash.
Telefonaram-me a propor uma limpeza de pele por um preço módico, alegadamente promocional. Como precisava de fazer uma, aceitei.
A rapariga, amorosa, falou durante uma hora e meia, pondo na lama da rua a minha pele e a minha aparência. Fotografou-me o rosto de vários ângulos, ampliando os aspetos piores. O resultado não parecia eu e sim uma espanhola com 89 anos, injustamente electrocutada numa prisão dos Estados Unidos da América. Cada ruga era um rio Amazonas, ladeado de perto pelo rio Nilo e pelo Grand Canal de Veneza.
Muito infeliz, lá me submeti ao tratamento, de 20 minutos e a mais outras tantas fotos.
A rapariga foi muito simpática até me mostrar as fotos do antes e do depois, dizendo eu que gostava mais da primeira: nesta, eu tinha um ar ingenuamente alegre, na segunda, tinha o aspeto de uma prisioneira política submetido a tortura, a qual incluía muitas dores nos dentes provocada pela trepidação do aparelho e tortura psicológica. Você tem chumbo nos dentes? Chumbo, eu? Porcelana, talvez…
A senhora ficou ainda menos simpática quando eu lhe disse que não saía de lá sem ela apagar à minha frente, todas as fotos. Sim, eu apago depois. Agora!
Finalmente, propôs-me um tratamento feito por mim em casa, com os aparelhos emprestados, alugados, pela módica quantia de 4 mil euros, menos um cêntimo. É claro que eu podia pagar em 24 meses, 250 euros por mês, o que daria, se fizéssemos as contas, mas não fizemos, 6 mil euros. Menos um cêntimo, claro.
Convenho até que o tratamento parece dar resultado, mas, se eu fosse mais insegura ou mais vaidosa (pecado ou virtude que nunca tive) teria imediatamente assinado aquela dívida. Pensar e responder depois é alternativa que não existe, é tudo baseado nas compras por impulso.
Se lermos as reclamações, da DECO e outras, veremos que muitas mulheres assinam contratos destes, apesar de não terem como os pagar, mas não existe piedade quando é para receber…
É uma clínica muito chique e muito bem situada, que deve estar com a corda na garganta por causa do Covid. Fazemos nós o tratamento em casa, não precisamos de lá ir e pagamos só 5 999 euros. Vale tudo…
Mas pelo ar da rapariga, parece que não resulta muito: E não me faça perder tempo dizendo que vai perguntar a opinião da sua dermatologista, não vai nada! Eu vi logo que você não é do género de perder tempo a fazer estas coisas todas! E olhe que não são 4 mil euros, olhe que é menos, gritava ela por fim, já fora de si.
Era mais um telefone em que se via o outro.
Mas também ainda não existia nesse ano.
Bombeiros voar, ainda nos falta isso.
Alunos a aprender numa máquina, com um deles a dar à manivela…
Uma máquina que varre, lava o chão e encera, tão engraçadinha…
Uma baleia sorridente a transportar um submarino…
São imagens de vários artistas, publicadas em cartões, imaginando como seria a vida no futuro. Agora. Há 20 anos.
Ainda estamos longe de muitas delas, mas sobretudo estamos à margem. Com aparelhos muito mais pequenos.
A verdade saindo das águas é o tema de muito belas pinturas. Como estas.
O tema baseia-se numa parábola da época, século XIX: A mentira convenceu a verdade a banharem-se nuas num poço. A mentira saiu, vestiu as roupas da verdade e fugiu. A verdade saiu do poço nua é assim perseguiu a mentira pelas ruas. O povo criticou a verdade por andar nua e homenageou a mentira, vestida com as roupagens da verdade.
As primeiras quatro pinturas aqui apresentadas, com a verdade muito zangada ou muito abatida, são da autoria de Jean-Léon Gérôme. A primeira representa-a a sair do poço com um chicote para castigar a humanidade.
As duas seguintes, representando a verdade em pose de triunfo, são de Edouard Bernard Debat-Ponsan.
A última é de Paul-Jacques-Aimé Baudry.