Mostrar mensagens com a etiqueta A Beleza do Mundo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta A Beleza do Mundo. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, janeiro 06, 2014

O Bairro do Castelo e o Café do Elétrico 28














Tudo isto fica no mesmo sítio.
Um café que imita o elétrico 28 e que se chama Elétrico 28, a igreja de Santa Cruz do Castelo com aquela imagem à entrada, esta muralha do Castelo e entrada para o mesmo, aquelas casas e o gatinho que se deixa fotografar de olhos fechados, sem qualquer receio, embora não se deixe tocar.

Para chegar lá é necessário passar por um sítio que parece privado e não é. a entrada para um restaurante com plantas, com um arco por cima.

Para quem não sabe, o elétrico 28 é o elétrico mítico de Lisboa, ainda antigo, que atravessa o centro histórico da cidade. Há outras referências a ele neste blogue.

quarta-feira, novembro 27, 2013

Entrevista com Marguerite Yourcenar: "Não, eu não acredito nas pátrias exclusivas"




Encontramos aqui uma magnífica entrevista com Marguerite Yourcenar, um dos meus escritores favoritos.
Não é permitido incorporar o vídeo, razão pela qual aqui fica apenas o link e a foto da mesma época. Não tem tradução para português, mas tem para espanhol.

Marguerite Yourcenar - Apostrophes


Excerto da entrevista, que traduzo:

- Voltemos à sua paixão pela Grécia: a senhora [você] é meia francesa, meia belga, agora americana, e no entanto, eu diria que a sua verdadeira pátria é a Grécia.
- Bem, não me parece. Eu creio que tenho dúzias de pátrias.
- Dúzias?!
- Sim, claro.
- Quais? Gostaria de as conhecer...
- Os países de que gosto mais? Na Europa? [Divaga, com ar sonhador]
- Tenho uma paixão pela Áustria, uma paixão pela Suécia, uma paixão por Portugal, uma paixão por Inglaterra. A literatura inglesa alimentou-me tanto, que é, certamente, uma das minhas pátrias.
-Sim?
-Sim.
E gosto muito da Ásia. Estudei tanto as literaturas asiáticas, que sinto ter uma pátria asiática, tanto como uma pátria europeia.
- Sim?
- Não, não, eu não acredito nas pátrias exclusivas. Tal como não acredito nas mães insubstituíveis.

terça-feira, outubro 08, 2013

Stanislas Lepine e a beleza do mundo







Acabo de descobrir, através do meu amigo Eduardo Alves Marques, especialista em arte, sobretudo em joalharia e autor do livro  Se as Jóias Falassem, este pintor francês Stanislas Lepine, que, até agora, me passou despercebido, não sei como, se até tem navios e até é mais ou menos impressionista.

Como qualquer pessoa apaixonada pela navegação, Stanislas Lepine mostra-nos um mar que é o oposto da terra, para nos dar a ver uma terra que é uma novidade, por oposição à relativa monotonia do mar.



segunda-feira, setembro 23, 2013

Da minha pobre janela








O tanto que se vê da minha janela: o universo, quase todo, e em contínua mutação,
A beleza do mundo, o espetáculo do tempo, tudo a entrar pela minha casa e pela minha alma adentro.
Nem é possível fugir: é tudo demasiado belo.

E eu que viajei para outras paragens, à procura doutras cores... outros sons, outros sabores...

domingo, janeiro 27, 2013

Livros inspirados nas uvas e no vinho

Acabo de ler Ervamoira, um romance histórico abarcando várias gerações do fabrico do vinho do Porto e descrevendo a própria cidade do Porto em diferentes épocas.
Escrito com espantosa sensibilidade e com um surpreendente conhecimento da história cultural, económica e demográfica da região, aliados a uma inventiva que lhe permite narrar inúmeras estórias interessantes e originais, a obra de Suzanne Chantal consegue também mostrar o essencial da vida e do mundo, como se vistos através uma embriaguês, que apaga os contornos, sem ocultar a beleza do mundo, ignorando a monotonia dos dias e referindo vagamente, embora sem as esquecer, as partes menos belas da natureza humana.




Um outro livro que reli agora, foi O Catalão de Noah Gordon, também romance histórico, cuja ação principal decorre numa região vinícola espanhola, catalã, uma pequena quinta onde se cultiva uma vinha de fraca qualidade, que só serve para fazer vinagre. 



O protagonista vai viver para França, por razões políticas e / ou económicas, sem que exista grande diferença entre as duas razões, onde aprende como fazer vinho a sério, regressando à quintinha de vinagre, que já nem lhe pertencia... e mais não conto.





Nas duas obras, e talvez em muitas outras, o vinho serve de inspiração, tanto para a atitude dionisíaca perante a vida, como para o seu oposto, o trabalho duro, o dever...

É  a seiva, arrancada à pedra e à terra *, que circula pelos copos e pelos corpos, enchendo-os de prazer, moderado ou excessivo, a seiva pela qual o homem se supera a si mesmo, fazendo algo que a natureza não lhe ofereceu, e talvez mesmo Deus não lhe tenha oferecido.

Algo que se fabrica, de forma alquímica, com sangue, suor e lágrimas e riso e alegria e festa. E morte. E constante recomeço. Que são o resumo mesmo da vida. 


* O bom vinho só se dá em terrenos pedregosos e inóspitos. Ver a propósito uma improvável vinha que fotografei nas Canárias, em Lanzarote, em terreno vulcânico e seco. AQUI.



domingo, janeiro 20, 2013

sexta-feira, outubro 26, 2012

Ana Maria Bobone: Fados de Perdição

(Neste momento não se consegue ver o vídeo, mas vêem-se outros do género clicando em Menu. Amanhã já deve aparecer, por isso não retiro o post. Hoje, dia 27, podemos ver aqui uma conferência sobre as biografias de Camilo)



Para desenjoar de tanto aborrecimento com a política, aqui vai uma coisa linda. E triste... porque a tristeza também pode ser um sentimento belo.
A tristeza pode ser muitos sentimentos, todos belos.

AQUI

Vi em direto com um amigo, eu na minha casa e ele na dele. Foi um momento de grande fruição estética.

domingo, outubro 14, 2012

Música tocada com pau de chuva



Imitando os sons da florestas - Bruits de la Forêt
Música tocada com pau de chuva, tambor ameríndio, rãs (instrumento) e chocalhos.
Energia Harmónica, de que bem precisamos:

AQUI, ou no Youtube: http://www.energieharmonique.com/

sexta-feira, agosto 24, 2012

A Beleza da Índia




A  Beleza da Índia está na beleza das suas mulheres. Compreendemos melhor aqui que a beleza feminina não está no rosto, especificamente, está no corpo, está no gesto, está no vestuário, está na procura da beleza. está em toda a parte.

Pontuando de cor a paisagem urbana, quase sempre desconsolada e pobre, ou surgindo como flores na monotonia do verde campestre, aqui as vemos.

Segunda foto: amarram a erva cortada em panos de um colorido vivíssimo, que se impõe na paisagem e que parece ter sido combinado com o vestuário.

(A continuar)

quinta-feira, agosto 23, 2012

Taj Mahal Parte V


Taj Mahal, visto do Forte Vermelho de Agra, da parte branca do palácio.

Taj Mahal - Parte IV











Este é o Forte Vermelho de Agra (também há um com o mesmo nome em Nova Delhi), construído com pedra arenisca vermelha, como quase tudo na Índia, por ser o material mais vulgar e ainda por ser resistente e fácil de trabalhar.

Nele viveram o rei que mandou construir o Taj Mahal e também a mulher que lá foi sepultada. Já depois de ter construído o mausoléu, o imperador Shah Jahan, que adorava o mármore branco, construiu uma nova parte do palácio nesse material. Onde viveu prisioneiro os últimos 8 anos de vida, vendo ao longe o Taj Mahal. Enquanto este último está incrustrado de pedras semi-preciosas, o palácio tinha nas paredes pedras preciosas, que foram roubadas.
Na penúltima foto, uma pequena mesquita para mulheres, nesse palácio, vendo-se uma mulher no Mirabe.

(Segunda e terceira fotos: não podendo, por ser muçulmano, representar animais na decoração, mas querendo agradar à sua esposa hindu, um imperador mogol anterior mandou executar estas imagens estilizadas - são e não são animais).

quarta-feira, agosto 22, 2012

Índia: Taj Mahal Parte II







Fotos: lado direito, frente, lado esquerdo, etc

O Taj Mahal é sempre igual, visto dos quatro lados, com a única diferença das quatro entourages. Um dos lados é voltado para um pequeno rio (que também banha Nova Delhi). O rei quis que tudo fosse simétrico, ficando como única exceção o seu próprio túmulo, que quebra a simetria. O da Mum Taj Mahal  (nome que deu à amada terceira esposa, significando a jóia ou a coroa do palácio) fica exatamente no centro da construção, o seu próprio túmulo fica um pouco à esquerda e é muito maior, por ser de homem e por serem muçulmanos.

Mas é preciso ver que este rei morreu no cativeiro, em prisão domiciliária, refém de um dos seus inúmeros filhos, aquele que conquistou o poder. tal como ele mesmo tinha assassinado dois irmãos e deixado em prisão o seu pai. Quase somos levados a dizer: ainda bem... Cala-te, boca!
Do lado esquerdo do mausoléu, mandou construir uma mesquita em pedra vermelha, do lado direito mandou construir outro edifício igual ou exatamente simétrico, mas que não podia ser considerado uma mesquita, dado que o Mirabe não estava voltado para Meca e sim para o lado oposto. Usavam-na como habitação temporária. Como se fosse um hotel. Só existe para prolongar a simetria e, portanto, a grande harmonia do conjunto.

(Os muçulmanos limitam-se a decorar as paredes com desenhos simétricos e frases escritas do Alcorão, sendo proibidas representações de seres humanos ou de animais). Quando entramos num mausoléu ou numa mesquita, estamos à espera de encontrar algo que não existe lá. Só paredes, incluindo o Mirabe. Neste caso, existem também os túmulos, mas noutros casos são apenas réplicas, pois os verdadeiros estão ocultos.



Mesquita, do lado esquerdo e o seu duplo, do lado direito, na última foto.

O conjunto foi construído no Sec XVII, durante o Império Mogol, ou seja, com imperadores descendentes de Gengis Khan . Em português antigo, esse império era designado por Grão Mogol.

Índia: Taj Mahal - Parte I





Taj Mahal, Uma lágrima na face do tempo, para parafrasear o grande poeta indiano Tagore (Ravindranat Tagore). No poema que está na terceira foto.

Ou desvanecendo-se na distância.

A segunda foto foi tirada a partir do Forte Vermelho, local onde residiu e mais tarde foi aprisionado e depois morreu, o  imperador Mogol que mandou construir este mausoléu, Shah Jahan, em homenagem à sua querida terceira esposa, a quem chamava (Mum)taz Mahal ("A jóia do palácio").

Das janelas do forte, da parte branca que mandou fazer em mármore, vê-se o Taj Mahal, mudando com as colorações da aurora, da tarde, do crepúsculo, com a presença ou ausência de nuvens, até quase desaparecer em branco, no branco incerto da manhã.

Aparentemente, Shah Jahan teria três esposas e 300 concubinas, o que torna mais espantosa esta manifestação de amor e de saudade.