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sábado, outubro 27, 2012

Ladrão, criminoso, idosa, septuagenária, criança, etc.


 Ao folhearmos jornais antigos, nas notícias de crimes, encontramos, não só o nome do suposto criminoso, mas também apóstrofes como estas: ladrão, refinado criminoso, descarado burlão... Não está nunca contemplada, nestes epítetos, a presunção de inocência.

Agora diz-se "presumido agressor", levando em conta que o suspeito pode nem ter sido o culpado, que pode estar inocente e não é um assassino mas sim um homicida, ainda que parricida, fratricida ou seja o que for. E sem o nome, claro!

Mas os jornais designam por idosa e sexagenária, septuagenária, octogenária, ou seja, velha jarreta, no entender de muitos, qualquer mulher que tenha esta idade nos documentos oficiais
E porque não dizer apenas uma mulher ou uma senhora? As septuagenárias não são mulheres ou senhoras?
Chamar criança a uma pessoa de 17 anos ou idosa a uma de 60 ou 70 é algo que as ofende.
Que tal revermos esta terminologia, com tudo o que ela implica?

Exemplo: nesta notícia, uma mulher é designada como idosa e como septuagenária, embora nada disso seja relevante para o facto narrado. É designado por agressor e não mencionado de forma explícita, aquele ou aquela que a agrediu e lhe extorquiu o dinheiro. Absurdo?

Mas é óbvio depois de termos pensado no assunto, não é ? Esta portuguesa língua precisa de gente que pense e não de gente que viva à custa dela.


segunda-feira, setembro 24, 2012

Paraísos para as empresas?

Aqui está uma notícia muito importante: a mão de obra barata talvez não seja a ideal, a continuar assim. Ou mesmo, a mão de obra barata deixará de existir em menos tempo do que se leva a dizer Pindamonhangaba.
Aliás, esta palavra é o nome de uma terra brasileira: Pindamonhangaba. Com empresas de portugueses lá radicados. Sabiam? LOL LOL LOL


A Foxconn, fornecedora de empresas como a Apple, decidiu encerrar uma fábrica na China depois de terem sido registados distúrbios entre trabalhadores.

sexta-feira, junho 29, 2012

Atestados médicos falsos

As televisões acabam de descobrir a pólvora: que há atestados médicos falsos.


Na verdade, estes atestados são considerados, na função pública, não como uma fraude, mas como mais uma burocracia chatíssima. Vou contar o que contou à Nadinha uma professora sua amiga. Escrevo como se fosse ela  a escrever, na primeira pessoa.


- Um dia, cheguei atrasada, cinco minutos, a um exame que não se realizou por falta de alunos. Esta situação repetia-se todos os anos e o meu papel era estar numa sala à espera que os alunos me colocassem dúvidas sobre o teste, que tinha sido feito por mim. Ia muito a tempo, mesmo que o exame se tivesse realizado, mas não se realizou, e marcaram-me falta.

- Fui ter com as criaturas que me marcaram falta e expliquei-lhes a situação. Responderam:

- Desculpa, mas agora já tens falta. Mete um atestado médico.
Perplexa, respondi:
- Vocês estão a ver-me aqui, de perfeita saúde, pronta a trabalhar se houvesse trabalho a fazer e não há e dizem-me que meta um atestado médico a dizer que estou doente e impossibilitada de trabalhar? Não será melhor tirarem-me a falta?!

- Tu já tens falta. Vai falar com a Presidente da Escola! (ou lá como é que se chamava na altura, esse cargo).
- Fui falar com a criatura, a qual me respondeu:

- Não te preocupes. Tu já tens falta, claro. Mas mete um atestado médico.

O defeito está, obviamente, nas leis que só aceitam doenças como justificação para faltar e que aceitam um atestado médico contra qualquer outra evidência de saúde.

Quantas vezes ouvi eu declarações como esta e também ameaças de meter atestados médicos se houvesse alguma contrariedade.

- Os médicos limitavam-se a repor a normalidade e o bom senso, onde isto nunca existiu. Mil exemplos poderia dar , todos eles caricatos de uma forma ou de outra - acrescentou  a professora, muito amiga da Nadinha.


- Ah, e o que aconteceu depois - perguntou a Nadinha.
- Recusei-me a justificar a falta e a meter atestado. Anos mais tarde, tiraram-ma. Até lá, esperaram que eu cedesse e já aceitavam só um requerimento, que me recusei a apresentar. 

- O defeito, aliás, está logo no próprio conceito de falta, que começa entre os alunos, em crianças:
- Quantas faltas tens?
- Cinco!
- Só?!!!

Tudo isto pressupõe que podemos faltar ao trabalho ou às aulas sem nenhum motivo, a não ser ficar em casa a ver televisão. Este motivo não se distingue de outros, muito válidos, mas que não envolvem doenças. 


E ai de quem discordar deste status quo.

sexta-feira, maio 25, 2012

Homens e bichos. Às vezes, tudo OK.



Para quem gosta de animais... eu, por exemplo, gosto. Não me parece que devamos preocupar-nos mais com os bichos do que com os nossos semelhantes humanos. Muito menos me parece que o gostar de bichos possa ser um pretexto para não nos importarmos com os nossos semelhantes humanos. 

 Parece-me que já estamos todos fartos desse humanismo animalesco. 

Mas ainda há coisas lindas no mundo, na relação entre gente comum e animais. Como esta, em que gente comum salvou um cardume de golfinhos. 

Os homens e as mulheres deste vídeo começaram por ter medo, bichos tão enormes... e acabaram por revelar uma grande delicadeza, tão grande delicadeza, conciliada com o medo, o que é mais raro. 

O medo impele-nos, às vezes, a sermos bruscos e descontrolados.
O amor pelos animais e por nós mesmos impele-nos, às vezes, à crueldade. À indiferença. Ao disparate.

quinta-feira, maio 03, 2012

Pessoas que nos inspiram

Numa homenagem póstuma a Miguel Portas, foi fácil de concluir que, afinal, ainda há políticos que despertam a admiração, o respeito e a simpatia dos portugueses. Mesmo descontando o nosso gosto mórbido por mortos e moribundos, há um fundo de verdade no facto de toda a gente ter partilhado no Facebook páginas e mensagens sobre ele. E nunca foi considerado corrupto ou incoerente ou populista, apesar do irmão que tem e de certas atitudes do Bloco de Esquerda.

Surpreende qualquer um ler o blogue da mãe de Miguel Portas, Helena Sacadura Cabral, ambos descendentes do aviador Sacadura Cabral. (Estas pessoas são muito conhecidas em Portugal, mas este blogue tem leitores em vários países).

Esta mulher é, a partir de hoje, e para mim, alguém que me merece respeito e admiração, alguém que me inspira. 

O blogue chama-se Fio de Prumo

A pergunta que deixo é já antiga e é sempre a mesma: por que razão os portugueses só votam no PSD e no PS, apesar de já ninguém acreditar nestes dois partidos e apesar de acreditar em pessoas de partidos minoritários?

terça-feira, abril 24, 2012

Les paradis artificiels / les enfers artificiels







Os paraísos artificiais, Les Paradis Artificiels, título de um livro de Baudelaire, (homem que vivia muito à frente da sua época), os paraísos artificiais são também, no mínimo, infernos artificiais.


Vejamos o caso da Disneyland, que só conheci recentemente e por motivos alheios à minha escolha.


A criatura que desempenha o papel de Minnie é todos os dias aclamada mais do que uma vez por milhares de pessoas, mas nenhuma olha para ela. Só para a máscara.
Que inferno será sentir os olhos da multidão postos em nós, sorrindo, meigos, doces, admirativos, mas  sem nos verem...
E ouvir o patrão, ou alguém do género, criticar:
- Tu não és engraçado / a
- Tu já faltaste duas vezes neste mês. Tu pensas que eu ando a roubar?!


A Minnie não pode vacilar, the show must go on...


- Ouve, eu já não suporto aquele gajo! Salta-me para a espinha, eu até cedo, mas depois ele quer o quê? O quê?! - diz a Minnie, ainda vestida com as vestes da dita.


- Eu estou estafada de andar aqui a dançar, cheia de speed, toda a gente me diz adeus, dançam comigo... e depois, quando saio daqui, ninguém me conhece!
- Fora daqui! já foste substituída!
- Substituída? Eu sou a Minnie... como me podem substituir a mim? A mim?
- A outra Minnie já lá vai. Atrasaste-te. Rua!


Disneyland, lugar onde os adultos vão brincar como crianças... para poderem esquecer e para poderem deixar passar as fraudes, as corrupções, as rebaldarias, que nos fazem cada vez mais pobres e cada vez mais idiotas. 

segunda-feira, março 19, 2012

Escravos atuais





Já aqui mencionei este tema, mas nunca é demais referi-lo e alertar para ele.
Encontram-se hoje verdadeiros escravos na Mauritânia, o último país a abolir a escravatura (1981) e a criminalizar o ato de possuir uma pessoa (2007). são arrepiantes os relatos, levando-nos a imaginar e a compreender como é desumano o poder. Qualquer poder torna os homens desumanos.


LER RECENTE REPORTAGEM DA CNN sobre o assunto.


E que linda que é esta mulher, apesar de lhe terem matado a filha pequenina e de não lhe terem permitido sepultá-la... 

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

DEZ ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO ATRAVÉS DA MÍDIA

Noam Chomsky, aquele da gramática generativa e de tanta coisa mais, elaborou agora  a lista DEZ ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO ATRAVÉS DA MÍDIA.
Todas elas se aplicam ao momento que estamos a atravessar agora, com crise e tudo.

Retirado do ótimo blogue brasileiro Excerptos ou Fragmentos, aqui vai, em resumo.

1 – A Estratégia da Distração.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças que são decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, economia, psicologia, neurobiologia ou cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas Silenciosas para Guerras Tranquilas’).

2 – Criar problemas e depois oferecer soluções.

Este método também se denomina “Problema-Reação-Solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que seja este quem exija medidas que se deseja fazer com que aceitem. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja quem demande leis de segurança e políticas de cerceamento da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer com que aceitem como males necessários o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3 – A Estratégia da Gradualidade.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, com conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira as condições sócio-econômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego massivo, salários que já não asseguram rendas decentes, tantas mudanças que provocariam uma revolução se fossem aplicadas de uma vez só.

4 – A Estratégia de Diferir.

Outra maneira de fazer com que se aceite uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para se acostumar com a idéia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

5 – Dirigir-se ao público como a criaturas de pouca idade.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criatura de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se pretende enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

6 – Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto-curcuito na análise racional, e, finalmente, no sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos.

7 – Manter o público na ignorância e na mediocridade.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância planejada entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser alcançada para as classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

8 – Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.

Promover a crença do público de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.

9 – Reforçar a auto-culpabilidade.

Fazer crer ao indivíduo que somente ele é culpado por sua própria desgraça devido à insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, em vez de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se menospreza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição da ação do indivíduo. E sem ação não há revolução!

10 – Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.

No decurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles que possuem e utilizam as elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” desfrutou de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que este conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre si mesmos. 
 

Noam Chomsky. filósofo, ativista, autor e analista político estadunidense. É professor emérito de Linguística no MIT e uma das figuras mais destacadas desta ciência no século XX. Reconhecido na comunidade científica e acadêmica por seus importantes trabalhos em teoria lingüística e ciência cognitiva.

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Génios e / ou miseráveis... quantos não haverá por esse mundo fora?




Isto aconteceu nos Estados Unidos. Uma criatura que tocava no metro ganhou 36 cêntimos que lhe foram dados por almas caridosas... não demasiado.
Tratava-se, na verdade de uma performance. O músico não era pobre. Era mesmo tão famoso, que os bilhetes para o seu espetáculo custavam, no mínimo, 100 dólares. Já agora, o violino que usava custou três  milhões e quinhentos mil dólares, mas esses pormenores de dólares para aqui e para ali, só interessm aos americanos dos estados unidos. Creio que os europeus não precisam de ler números para entender.
E esta, heim?



E Joshua Bell interpretando Fauré, um dos meus compositores favoritos.



quinta-feira, fevereiro 09, 2012

A coragem de não imitar os outros



Esta foto tem sido muito partilhada no Facebook, já a tive há alguns dias, embora só hoje tenha saído no Jornal Público, que traz a sua explicação.
Mas não é preciso explicação nenhuma. A imagem vale só por si, é até mais interessante assim.


LER AQUI 

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Nepotismo. Alguém sabe o que isso quer dizer? Bragas de Macedos, por exemplos... Portantos...

Não existem palavras para dizer aquilo que é muito vulgar e muito normal, claro. A não ser as palavras "normal" e "claro".
Nepotismo. Alguém sabe o que isso quer dizer?
Claro que não. Em Portugal é o mais vulgar e o mais normal, portanto, não tem nenhum nome, a não ser um nome muito erudito: nepotismo.

Vem isto a propósito da filha de Braga de Macedo (Quem se lembra do adiantado mental? - Eu não me lembrava, juro! Já esqueci há bué).

Pois a filha do dito cujo, a muito promissora artista Braga de Macedo, futura artista afamada, tem sido notícia porque beneficiou de várias "alcabalas" (?) do pai: Braga de Macedo.
O douto Instituto onde trabalha Braga de Macedo, o pai,  chegou mesmo ao ponto de financiar as residências artísticas e as exposições no estrangeiro da dita mocinha: Braga de Macedo. - a filha, do senhor presidente Braga de Macedo, o pai. Entendem?

Claro que todo o mundo entende. Só não entendem a que propósito a Nadinha dá este informe. A única pergunta a fazer à Nadinha é esta:

- Ó Nadinha, estás parva? Serás ingénua? Qual é o problema?

Não há nenhuma palavra para mencionar e nomear aquilo que é perfeitamente vulgar e absolutamente normal. A não ser a palavra normal. Nepotismo? Isso deve ser italiano. E os italianos são parvos. Ou é latim. E esses romanos são doidos. 


VER AQUI

terça-feira, janeiro 17, 2012

Que Vergonha!!!




É com consternação que assistimos aos relatos da cobardia do comandante do navio Costa Concordia, que fez naufragar o navio por incompetência, por não ter seguido as rotas que é obrigado a seguir e nem sequer aceitou o aviso do chefe de mesa, natural da ilha, de que estavam demasiado perto de terra e que aquela zona tinha muitos escolhos, mas que tentou salvar a  pele em vez de tentar salvar os passageiros ea tripulação.
Esta cobardia contrasta com a coragem de muitos tripulantes e até mesmo de muitos passageiros, pois a eles se deveu o salvamento de tanta gente. Vi na RAI Uno uma mesa redonda em que muitas pessoas italianas, desde uma actriz até um antigo marinheiro, todos passageiros deste navio elogiavam a coragem uns dos outros e da tripulação. 

Temos s impressão de que os navegantes são corajosos e até se diz que o comandante deve naufragar com o navio. Se fosse em Portugal, concluir-se-ia logo que o comandante seri aparente de algum ministro ou de alguém influente. Será o mesmo em Itália? 








Ver Aqui

E AQUI

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Querido líder: que Terra Imunda!







"Kim Jong-il, líder norte-coreano, morreu durante uma viagem de combóio por fadiga física".

As primeiras frases que os norte-coreanos aprendiam a dizer em crianças, era : 

-"Obrigado, querido líder".
Quando visitava um templo budista, considerava-se que tinha ido lá para ensinar budismo aos monges, os quais lhe agradeciam (eram obrigados a agradecer). Acontecia o mesmo quando ia a qualquer lugar - nos hospitais ensinava medicina aos médicos, que lhe agradeciam, etc.

Que horror! Nem na ficção se inventou um ditador mais nojento do que este.
Vemos aqui norte-coreanos a chorarem histericamente a morte do querido líder. Porque são obrigados a fazê-lo, ao frio e à neve.

Terra Imunda!

terça-feira, agosto 30, 2011

Boas notícias, afinal

Tem havido algumas boas notícias, disfarçadas pelo meio de informações económicas decepcionantes. Mas tudo é ilusão. o bom e o mau.
As verdadeiras notícias, aquelas que ficam para a história, neste caso, são as boas.
Warren Buffet, multimilionário americano, declarou que as pessoas como ele deveriam pagar mais impostos para superar a crise, no que foi imediatamente seguido pelos alguns multimilionários franceses, os quais chegaram ao ponto de fazer uma petição nesse sentido. Que foi aceite, claro, e não só em França.

Melhor ainda. É notícia de hoje, 30 de Agosto, que a empresa IKEA fez a maior doação da história para as Nações Unidas. A favor dos refugiados. Isto numa época em que muitos são contra os emigrantes / refugiados...

Não esqueço uma notícia, fait-divers, que li em tempos: que o presidente, ou director da Ikea, não sei como se diz, numa ocasião em que veio a Portugal, ficou hospedado numa pensão barata, a pensão Alegria, indo de autocarro para o Ikea e  a pé até ao autocarro. Disse-me uma amiga assistente social (e minha professora de Yoga) que costumam alojar nessa pensão os pobres sem abrigo, por ser barata e limpa...



Algumas pessoas de esquerda têm dificuldade em acreditar nestas coisas, mas isso é porque os tempos mudaram e porque as pessoas, (incluindo os multimilionários), não são nem nunca foram todas iguais. Não é caso para desistir da esquerda, mas sim para abrir as janelas do espírito e ver o tempo sem preconceitos.

VER aqui o caso da pensão Alegria

Se pensarmos que as doações de Bill Gates já são bem grandes...

quinta-feira, julho 07, 2011

Lixos são vocês!

Os protestos contra  as agências de rating já deram alguns resultados: desde os cidadãos que se manifestaram no Facebook, até elementos de importantes organizações como A ONU e a OCDE, é unânime o coro de vozes indignadas contra esta forma primitiva e bacoca de avaliar países (e povos). 

Aparentemente, guiam-se por interesses próprios, sem qualquer isenção reconhecida, até porque são agências americanas e os interesses europeus são contrários aos da América / USA, por exemplo, no que respeita à moeda (Dollar / Euro).

Hoje, o Banco Central Europeu decidiu deixar de fazer depender os empréstimos a países como Portugal do mínimo de rating dado por estas agências. É pouco, mas é alguma coisa.

E está marcada para sábado, em Lisboa, no Terreiro do Paço, uma manif contra as agências de rating. Os manifestantes levarão sacos de lixo, presumo que daqueles grandes e pretos, para serem claramente identificáveis.

Não consigo encontrar o link para essa manif no Facebook, mas encontro a informação no Expresso e no jornal A Bola.
Não poderei participar com pena minha, mais tarde vocês saberão porquê.

Agora não digo: Tabu!

quarta-feira, julho 06, 2011

Viva a Maria da Fonte



Contra as agências de rating


"É avante portugueses
É avante sem Temer
Pela Santa Liberdade
triunfar ou perecer"

MOODY' S

Queremos mais Europa!

As agências de rating, em grande parte responsáveis pela actual crise, por terem errado as avaliações de risco nos subprime, investimentos em empréstimos para habitação na América, estão agora a controlar a seu bel-prazer os mercados mundiais. 
A política retira-se, funcionam os mercados com regras impostas por duas ou três empresas privadas. 
É a guerra dos tempos modernos. E nem podemos defender-nos, apenas sucumbir.
É consensual que o corte da Moody's à dívida portuguesa é aleatório. Com isto, a bolsa de Valores baixa muito e os investidores (americanos, por exemplo) vão comprar acções das privatizações a preço de saldo, sendo que Portugal pouco ganha com elas. Assim, a profecia cumpre-se: a nossa economia continuará em queda, a  encher os bolsos dos emprestadores de dinheiro, os bancos, dos investidores e, sobretudo, das agências de rating.
Que fazer então? Obviamente, exterminá-las. Mas como?
Com mais Europa.
A Europa tem sempre reagido às crises europeias com mais Europa, ou seja, com mais união entre os países europeus. É disso que precisamos agora. Talvez mesmo do tão falado federalismo.


VER AQUI
E AQUI

E TAMBÉM AQUI

terça-feira, julho 05, 2011

Heroismo e miséria na América





Sabemos que os americanos impingem para todo o mundo o grande heroísmo dos seus militares, que tanto apreciam, ao contrário de nós, portugueses, que somos agora pouco bélicos e não gostamos nada desse tipo de gente... voluntários para a guerra? Só obrigados e mesmo assim, fugindo. Não é uma atitude recente, os homens portugueses sempre foram arrebanhados contra a sua vontade, o que é amplamente documentado na nossa literatura de diversas épocas.
O que não sabemos, talvez, é o seguinte: no site de solidariedade www.thehungersite.com é possível dar dinheiro para várias causas sem custos para nós, através de patrocínios. É só clicar. Recentemente, foram acrescentadas mais causas. 
Uma delas é a dos veteranos de guerra americanos. 
Pedem ajuda para os veteranos e suas famílias, pois, entre 12 e 16 por cento dos sem-abrigo, nos Estados Unidos da América, são veteranos de guerra. O site elogia-os muito. Creio que ficaram sem-abrigo com  acrise dos subprime, pois a miséria é bem pior nos Estados Unidos do que aqui e agora.
Realmente, se apreciam tanto os seus heróis, por que não os protegem? Provavelmente têm dificuldade em se adaptar à realidade quotidiana.
Bem, se os heróis se habituam a partir tudo, a destruir tudo, a partir a loiça toda, que deve ser a parte gira da guerra... para quem goste... a matar aquele tipo que chateou... etc... nem me atrevo a continuar...


VER AQUI

(Thank you for clicking! Your click helped a homeless and hungry veteran get a free meal.)