Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
sexta-feira, julho 10, 2020
Diário do confinamento e do desconfinamento: Será que nos podemos passar dos carretos por causa do Covid?
quinta-feira, julho 09, 2020
Diário do confinamento e do desconfinamento: Bolsonaro com Covid 19, porquê e para quê?
Diário do confinamento e do desconfinamento: correr com a clientela
Sempre houve vendedores de lojas que não gostam de vender nada porque não gostam de trabalhar. Correm com os fregueses a grande velocidade e rapidamente levam à ruína um estabelecimento que lhes seja entregue, mesmo se antes era próspero.
- Sei lá, vá lá ver. Tem lá um papel que explica tudo. Quer saber o preço? Então vá lá buscar a coisa é traga-a cá. Depois, leve-a outra vez...
Agora há um outro tipo de vendedor que corre com os fregueses. Adora vender, é dono da loja, mas tem um tal terror do coronavirus que grita histericamente quando alguém se esquece da máscara, ou quando entram na loja mais um cliente do que o recomendado, afugentando para sempre a clientela. Que acha estranha aquela gritaria em vez da grande simpatia anterior.
terça-feira, julho 07, 2020
Diário do confinamento e do desconfinamento: Vem aí a peste negra medieval e a Inquisição
Diário do confinamento e do desconfinamento: abraços não, turistas, sim. Aos molhos!
Não me venham com conversas de que queremos cá os ingleses aos molhos, mas que eu não posso abraçar um aluno que vi há bocado e que me queria abraçar e eu a ele. Só pudemos falar a 2 metros de distância e de máscara.
Mas a distância entre os alunos é de um metro... os professores mais velhos, ainda que diabéticos e hipertensos, podem trabalhar, etc.
Vocês não veem isto? Não me ouviram protestar mil vezes? Mas diziam que eu não tinha razão.
segunda-feira, julho 06, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento: Os Doentes Imaginários (de Molière, por exemplo)
Que me desculpem os farmacêuticos e farmacêuticas, mas os que são bons já perceberam isto. E já vendem chazinhos e quejandos.se vão safar muitas outras pessoas porque, em vez tomarem de remédios da farmácia, vão tomar chazinhos, ou não tomar nada.
Como nas peças de Moliere em que são os médicos que põem as pessoas doentes.
Que me desculpem os farmacêuticos e farmacêuticas, mas os que são bons já perceberam isto. E já vendem chazinhos e quejandos.
quinta-feira, julho 02, 2020
Diário do confinamento e do desconfinamento: a formação no trabalho e as outras formatações
Diário do confinamento e do desconfinamento: só um printscreen em vez de uma festa
segunda-feira, junho 29, 2020
Diário do confinamento e do desconfinamento: o amor à vida
sábado, junho 27, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento: perseguir bandidos ou confinar entre 4 paredes?
quarta-feira, junho 17, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento: quebrar estátuas
A primeira vez que vi a estátua do Padre António Vieira foi na notícia de que tinha sido vandalizada, pouco depois de ter sido inaugurada (em 2017), já na altura pelo mesmo motivo.
Fiquei chocada ao vê-la, como depois quando a vi em presença.
Quem é que tem o mau gosto de fazer uma escultura de homenagem, representando um padre com crianças nuas, nesta altura em que tanto se fala da pedofilia de padres católicos?
Como é que se escolhem os artistas e que liberdade é esta de fazerem o que lhes dá na bolha? O artista não se lembrou disso? Ou teve alguma intenção esquisita? Estará a gozar connosco? Não dá vontade de a deitar abaixo?
Isto, para nem mencionar a mensagem arrogante da grande superioridade católica sobre a cultura dos índios, aqui infantilizados, estando os índios simbolizados por crianças e nós, portugueses, por um ser muito superior.
Vieira realizou muitos projetos, trabalhou intensamente e viveu muito tempo, não apenas como missionário nos confins do Brasil de então, mas também na política portuguesa, como embaixador de Portugal na Holanda, para negociar a parte do Brasil que os Holandeses tinham conquistado a Portugal durante a ocupação espanhola.
Nessas época, torna-se confessor da rainha Cristina da Suécia, em Roma e dizem mesmo que houve uma paixão amorosa entre eles.
Houvesse ou não, Vieira recusou essa vida "regalada" e voltou para Portugal, regressando mais tarde para o meio dos índios.
Em Roma, tinha sido muito apreciado como intelectual, como pensador, como escritor e poderia nunca de lá ter saído.
Talvez o escultor para uma estátua de Vieira devesse ser alguém com experiência de vida. E com juízo.
P.S.: Quando está tudo metido em casa, não é difícil quebrar estátuas...
Diário da quarentena e do desconfinamento: As máscaras e a Santa Inquisição
A nossa sociedade, que teve a Inquisição durante séculos, ainda tem um pendor muito inquisitorial, sobretudo em Lisboa. Foi a primeira impressão negativa que tive quando vim para cá, há muito tempo, é a impressão que continuo a ter.
Isto nota-se muito agora, desde que, a partir de um determinado dia, se tornou obrigatório o uso de máscara. A partir do minuto zero desse dia, cai tudo em cima de quem não tem máscara, ou a esqueceu, ou a tem colocada abaixo do nariz...
Isto não vai desaparecer em breve, porque as pessoas adoram controlar-se umas às outras.
terça-feira, junho 09, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento: continuem a espalhar o terror, please!
Diário da quarentena e do desconfinamento: alguém espera ficar cá para sempre?
domingo, junho 07, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento: a eficácia que se avaria
domingo, maio 31, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento: E assim chega ao fim o mês de maio, sem glória
Maio cai hoje de maduro. "Maio, Maduro Maio"...
Tendo tido, este ano, muito confinamento e poucas cerejas.
Desejo-vos, desejo-nos um junho mais feliz!
Diário da quarentena e do desconfinamento: os escravos e o donos de escravos
Antigamente os escravos não sabiam ler, agora têm o mestrado, que fazem com trabalhos emprestados ou comprados.
Isto nota-se melhor com o Ensino à Distância.
É claro que alguns da elite serão escravos nesta sociedade de tios e tias, mas podem sempre emigrar.
quinta-feira, maio 28, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento: Um Jardim Zoológico a ver outro Jardim Zoológico
terça-feira, maio 26, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento
Já no dia seguinte àquele em que foi obrigatório o seu uso em certos locais, em todo o lado se ouviam gritos histéricos: ponha a máscara, não tire a máscara.
Como o governo não vai decidir que a certa altura já não é necessário usar tal coisa, vamos ter que alombar com a máscara para sempre.
Algumas pessoas adoram mandar...
Diário da quarentena e do desconfinamento: ensino a distância
Manuel: - A setôra está sempre a embirrar comigo. Ai há faltas disciplinares nestas aulas?!
Pai do Manuel: - Quem é essa professora que está a mandar vir contigo?
Manuel: - É fulana de tal!
Pai do Manuel: - É professora de quê?
Manuel: - De português!
Rita: - É a tal!
Risos de toda a turma
- E tu cala- te, ouvistes?
- Cala-te tu. Cala-te tu! Estou farta!
Tomás: - Ó pá, desliguem o som! Nós também temos pais! Não são só vocês! Farto disto tudo, que horror! Não se aguenta!
(Todos desligam o som).
segunda-feira, maio 04, 2020
Diário da quarentena e do desconfinamento
- Nem eu. Sabe, eu estive sempre a trabalhar. As clientes iam a minha casa.
Diz a empregada de limpeza que a máscara que traz (cirúrgica), lhe foi oferecida há um mês por uma "senhora" e desinfeta-a todos os dias, assim como faz com as luvas (descartáveis)...
sexta-feira, maio 01, 2020
Muguet para os leitores do blogue, no 1º de Maio
O muguet, que dai parte da tradição do primeiro de maio em França, também fazia parte dos rituais de adoração da deusa Flora entre os romanos. também conhecido como lírio do vale, parece não existir em Portugal, ou ser pouco conhecido entre nós.
É tradição francesa enviar um raminho aos amigos. Aqui está.
Feliz 1º de maio para vocês!
sexta-feira, abril 24, 2020
25 de abril: Não Percas A Rosa!
Noite de 24 para 25 de abril. Passei varias destas noites no Botequim da Natália Correia a cantar até enrouquecer, as canções de abril. Adoro cantar e canto bem.
Parece-me bem que se comemore esta data, mas sempre como festa.
Viva o 25 de abril, a revolução dos cravos!
Ou, como disse a Natália no título de um seu livro: "Não Percas A Rosa!".
Trump e as injecções de lixívia
quinta-feira, abril 23, 2020
Dia Mundial do Livro
Aqui vão alguns dos meus livros preferidos, com legendas.
Ao fazer esta seleção, descubro que, algures no tempo, uma qualquer empregada de limpeza decidiu arrumar os meus livros por tamanhos. Ou talvez por cores. Teve razão. Os ebooks não ocupam espaço material e ficam logo por ordem.
Apetece-me imenso fazer uma fogueira com todos os meus livros e virar limpadora obsessiva compulsiva.
Até lá... A seleção possível, pois não sei dos outros. Lol.
Mais cinco livros de que gosto.
Dois deles, ou talvez todos, por razões que são óbvias.
sexta-feira, abril 17, 2020
Professores alunos, tudo ao natural em "Txitxas Life"
Acho este site engraçadíssimo, alguns alunos tratam a professora de inglês como teacher, Às vezes com má pronuncia do Inglês, portanto, este site chama-se Txitxas Life.
Os próximos tempos vão trazer matéria risível aos molhos para esta txitxa, que está em casa, sozinha e feliz com os gatos, ao contrário dos alunos, pais, mães, etc. que estão na maior bagunça , digamos, na real life.
Os alunos têm nomes improváveis, mas parecidos com os nomes reais.
Esta banda desenhada é um misto de "Criada Malcriada" (com desenhos muito mal feitos mas engraçados por isso mesmo) e de outros programas humorísticos, como os de Hermano José, mas mais ingénua.
terça-feira, abril 14, 2020
Religião católica e contágio
O porta-paz ou Pax, que substituiu o beijo na missa da Idade Média, deixou de ser usado por razões higiênicas e voltou a ser substituído, mais tarde já no século XX pelo beijo entre as pessoas.
Era uma placa com imagens sagradas, podia ser muito simples ou podia ser uma jóia, com uma pega por trás, dada a beijar durante a missa.
(Imagens retiradas da Internet).
Beijo na cruz e coronavírus
Para quê a eutanásia? Basta apanhar o coronavirus na imagem de Cristo, muito beijada e muito babujada. Desinfectada. Reinfetada... Voltada a desinfetar e a reinfetar... Sempre é melhor o martírio do que a eutanásia.
quinta-feira, abril 02, 2020
Boicote? Não, isto é o nosso trabalho normal
quarta-feira, abril 01, 2020
Dilemas da esquerda
Ó Cóvide Dezanove!
- Ó Cóvide Ronaldo!
- Ó Cóvida Venessa!
Acabava por emigrar pararam terra mais tolerante e simpática. Que culpa tenho eu do nome que me puseram? - Diria.
quinta-feira, março 26, 2020
Matar o Bicho
O novo coronavírus morre no vinho? Enólogos espanhóis respondem
segunda-feira, março 23, 2020
Quantas bolas... de gelado
Havia, no Centro Comercial Amoreiras, uma minúscula gelataria, só com duas mesas coladas uma à outra.
Num fm de tarde de domingo, sentaram-se, ao meu lado, uma mulher obesa com quatro bolas de gelado e cone comestível, com um homem magro, tomando um café expresso.
De repente, ele começou a falar, a criticar, a acusar, a lamentar e quase a chorar.
Tinha casado com uma mulher magra e elegante. Se não podes resistir a um gelado, não podias ao menos comer só dias bolas de gelado como esta senhora aqui ao lado que nem é gorda? Cada vez estas mais gorda! Cada vez comes mais. É só comidas que engordam, quatro bolas de gelado!!!
A senhora não falava, não respondia, absorta no ato de lamber as quatro bolas, talvez já sem sabor.
Quantas mais conversas desoladas e insípidas, quantas mais bolas lambidas desconsoladamente...
Que será feito destas duas pessoas, talvez agora, com a quarentena obrigatória por causa do Coronavírus, isoladas e confinadas uma à outra, ela cada vez mais obesa, ele cada vez mais desesperado, cada vez mais magro, muito mais sós do que se estivessem mesmo sós, talvez vivendo numa cave sem janelas e sem sol... A solidão pode ser feliz.
sábado, março 21, 2020
Dia da Poesia e início da primavera - Homenagem a Baudelaire
Este tem sido um dos meus poemas preferidos, "Elévation", mas espero que deixe de o ser. Baudelaire leva o seu espírito para fora do mundo, pairando por cima das esferas...
Mas talvez seja melhor deixarmos que o nosso espírito fique neste mundo. Talvez, ou talvez não...
Partilho-o, primeiro em tradução, depois no original.
Elevação
Por cima dos paúis, das montanhas agrestes,
Dos rudes alcantis, das nuvens e do mar,
Muito acima do sol, muito acima do ar,
Para além do confim dos páramos celestes,
Paira o espírito meu com toda a agilidade,
Como um bom nadador, que na água sente gozo,
As penas a agitar, gazil, voluptuoso,
Através das regiões da etérea imensidade.
Eleva o vôo teu longe das montureiras,
Vai-te purificar no éter superior,
E bebe, como um puro e sagrado licor,
A alvinitente luz das límpidas clareiras!
Neste bisonho dai' de mágoas horrorosas,
Em que o fastio e a dor perseguem o mortal,
Feliz de quem puder, numa ascensão ideal,
Atingir as mansões ridentes, luminosas!
De quem, pela manhã, andorinha veloz,
Aos domínios do céu o pensamento erguer,
— Que paire sobre a vida, e saiba compreender
A linguagem da flor e das coisas sem voz!
Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
Tradução de Delfim Guimarães
Des montagnes, des bois, des nuages, des mers,
Par delà le soleil, par delà les éthers,
Par delà les confins des sphères étoilées,
Mon esprit, tu te meus avec agilité,
Et, comme un bon nageur qui se pâme dans l'onde,
Tu sillonnes gaiement l'immensité profonde
Avec une indicible et mâle volupté.
Envole-toi bien loin de ces miasmes morbides;
Va te purifier dans l'air supérieur,
Et bois, comme une pure et divine liqueur,
Le feu clair qui remplit les espaces limpides.
Derrière les ennuis et les vastes chagrins
Qui chargent de leur poids l'existence brumeuse,
Heureux celui qui peut d'une aile vigoureuse
S'élancer vers les champs lumineux et sereins;
Celui dont les pensers, comme des alouettes,
Vers les cieux le matin prennent un libre essor,
- Qui plane sur la vie, et comprend sans effort
Le langage des fleurs et des choses muettes!
Charles Baudelaire
(Imagem retirada ad Internet)
segunda-feira, março 16, 2020
Esconjuro contra o Coronavírus
Ó nuvenzinha do ar chove, chove, chove,
Para afogar o bicho do Covid 19.
Santinhos do céu e mais a Santa Luzia,
Livrai-nos desta porcaria desta pandemia.
Para matar o bicho nem precisamos de arsénico,
Basta-nos esta modernice do papel higiénico
sexta-feira, março 06, 2020
Theremin
Este instrumento musical toca-se só com a energia das mãos, sem encostar as mãos e o som parece uma voz feminina.
Chama-se Theremin.