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domingo, junho 19, 2011

Os Novos Jovens

Tal como há os novos ricos e os novos pobres, também há agora os novos jovens. Senão, reparem: se lermos os jornais, constatamos ser consensual que este novo governo é muito jovem, o mais jovem de todos até hoje.


É um governo muito jovem, os ministros têm quarenta e tal, cinquenta e tal (por exemplo 59) anos.
Ai que bom! Sinto-me tão jovem!


O nosso Cardeal Patriarca também era muito jovem quando foi eleito, a acreditar no comunicação social. Só tinha 62 anos. Eu e os meus amigos costumamos mesmo chamar-lhe "O Jovem".

Tendo eu convivido com a escritora Natália Correia, que nunca se ria quando achava que não devia rir, fi-la ter um ataque de riso depois de ter afirmado que a juventude depende da profissão. 
Esperando um argumento estranho ou absurdo, pronta para replicar com veemência crítica, ouviu-me responder:
- Por exemplo, os jovens agricultores têm, no mínimo, 40, 50 ou 60 anos.

A solução para controlar um ataque de riso é tossir muito e foi o que ela fez. Porque havia pessoas muito sensatas a ouvir.
(Narro este episódio para o meu muito recente amigo virtual António, que adora a nossa Natália)

domingo, junho 12, 2011

Beato Zeferino, o Santo Cigano e a Cidade do Futuro



O papa Bento XVI resolveu homenagear, ontem e hoje, o povo cigano, dizendo-o vítima de discriminação e recordando que os ciganos foram também internados nos campos de concentração nazi, juntamente com os judeus.
Houve uma enorme peregrinação de ciganos de todo o mundo a Roma, ontem, e foi hoje celebrada uma missa numa igreja especial: uma igreja ao ar livre, em forma de circo romano, para que os ciganos não se sintam encurralados entre quatro paredes e dedicada ao Beato, na própria cidade de Roma.
Beato Zeferino, "El Pélé" foi mártir, tendo sido perseguido e morto em Espanha, onde vivia. Para homenagear o povo cigano, o Papa proferiu as seguintes palavras:




“Vocês estão na Igreja! Vocês são uma parte muito amada do Povo de Deus peregrino e recordam-nos que “não temos aqui em baixo uma cidade permanente, antes buscamos a cidade futura”.


Esta homenagem parece-me particularmente importante, pois encontramos o mais entranhado racismo em pessoas que parecem ser muito civilizadas e até "amorosas". Quando menos se espera, uma senhora delicada e amável, católica praticante (ou não), sai-se com uma frase como esta, para comentar um programa televisivo sobre tribos: "aqueles pretos horrorosos". (Como ouvi há poucos dias.)
Mas o próprio Papa é vítima de preconceitos, pois há pessoas que consideram nazis todos os alemães, pensando ainda que estão a ser generosas e igualitárias ao formularem este pensamento. E talvez os alemães decentes sejam obrigados a pensar, mais e mais vezes do que nós, no horror que foi o nazismo. Que aconteceu aqui. Na Europa. No século passado.
Aqui na Europa, onde o racismo e a xenofobia ainda se manifestam claramente "entre amigos e iguais", embora se proclame o pioneirismo da igualdade de direitos como valor "universal" porque foi daqui para o mundo.
Repito mais uma vez: gosto deste Papa. Acho-o muito melhor do que o anterior, pois não sou papista e não gosto de Papas.


E é tão longo caminho a percorrer! A caminho da "cidade futura"! Também chamada Jerusalém Celeste, entre outros nomes. Talvez os ciganos vão à frente, na sua deambulação. Pelo menos, procuram essa cidade. 
Onde nos encontraremos um dia. 




VER AQUI



(P.S.: A Igreja, redonda e ao ar livre, fica No Santuário de Nª Sª do Amor Divino.)

segunda-feira, maio 23, 2011

Teoria da opinião contrária

"Quando todos pensam da mesma maneira, ninguém está realmente a pensar"
Walter Lippman

Esta frase é de tal modo verdadeira, que existe a "Teoria da opinião contrária", aplicável aos investimentos nas bolsas de valores. Assim: quando toda a gente pensa que a bolsa vai subir, é porque vai cair e vice-versa. Mas tem de ser mesmo uma opinião generalizada.
Giro, não é?

domingo, fevereiro 27, 2011

Precious


Acabo de ver no Tv Cine um óptimo filme de 2010: Precious.
É o retrato duma América (USA) que não conhecemos e dificilmente imaginamos, pois parece ser pior do que tudo o que conhecemos. Passado no Harlem, embora, como filme, capte a beleza de lugares degradados e mesmo sórdidos, mostra a história de uma jovem negra, obesa, abusada pelos pais... e grávida do segundo filho (chamam Monga à primeira, como diminutivo de mongolóide).
A protagonista tem 17 anos e não sabe ler, embora tenha frequentado sempre a escola. Vive com a mãe à custa da Segurança Social.
Ficamos a perceber melhor a importância da educação...
Com a ajuda de uma professora para adultos, consegue libertar-se dos condicionalismos do nascimento.

VER AQUI O TRAILER

domingo, fevereiro 20, 2011

Lei do Malawi: anti-flatulência

O Malawi está a pensar criar uma lei, a lei anti-flatulência, que proibe soltar gases em locais públicos.
Ver Aqui
Fiquei na dúvida: ai em Portugal é permitido?
O Sócrates ainda não se lembrou dessa, senão já teria criado um imposto para quem deseje dedicar-se a esta barulhenta actividade. Ou teria feito um referendo, criando inimizades para o resto da vida entre os que são a favor e os que são contra.
Os humoristas agradecem. Nunca eles se lembravam de tal.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Glória ao Egipto- Marcha Triunfal


Gloria all' Egitto - Coro y Marcha Triunfal
Precisávamos de uma revolução igual à do Egipto.
Há voluntários para se imolarem pelo fogo?
Às vezes há boas notícias!
Gosto de manifestações e de revoluções. Quem me dera estar no meio daquela bagunça!!!

sábado, outubro 23, 2010

Extasiarmo-nos com a beleza do mundo

Há tempos iniciei o que pretende ser um percurso espiritual. E de repente, descobri que não estava no princípio do caminho, mas talvez a meio de qualquer coisa: tanto os místicos cristãos, que praticam a meditação em silêncio, como os místicos orientais e outros, consideram que o mais importante é extasiarmo-nos com a beleza do mundo. 
Sim, extasiarmo-nos com a beleza do mundo, como eu sempre fiz, desde que me lembro. 


A maluca genial da minha médica naturista diz mesmo que vivemos no Paraíso. É tudo tão belo! O mar, a terra, diz ela.
E essa atitude de êxtase deverá conduzir-nos à alegria, à felicidade e finalmente à saúde física e mental. 


Fica, no entanto, um problema: extasiarmo-nos com a beleza do mundo, está bem, mas como fazer para não ficar completamente alheado e não deixar passar sem protesto estas políticas e estes políticos oportunistas, que empobrecem todo o mundo?
Como resposta a esta pergunta, criei este blogue, que contrasta completamente com o Escrevedoiros, onde me dou ao luxo de não criticar nada nem ninguém, de me encantar com tudo o que é belo ou bom.


E esta minha dúvida talvez não tenha razão de ser: a maior parte das pessoas que conheço conforma-se com tudo, não contesta nem protesta e também não se extasia com a beleza do mundo. Não é alegre nem feliz...


Procurar alguma coisa, seja lá o que for, é bom. 
Encontraremos o que existir

sábado, setembro 04, 2010

Mentiras com efeito

Quando estudei na Universidade, conheci várias pessoas que diziam aos pais que passavam, apesar de terem reprovado. Houve até um rapaz que ainda andava nos primeiros anos e foi recebido na terra com uma festa-surpresa da população toda, liderada pelo pai. What a surprise!
Mas este truque é novo...

(O Diário de Bordo vai prosseguir dentro de momentos)

sexta-feira, setembro 03, 2010

"Esplendor e Miséria"




Fico sempre mal impressionada e mesmo incomodada quando, em certos países, sou levada a contemplar a extrema pobreza, que parece inadmissível e quase impossível para quem vive num país relativamente abastado, como é o nosso. Sei que muitos não concordarão com esta frase, mas a pobreza que se "vê", ou que não se vê em Portugal não é comparável à que não se pode esconder noutros países.

Pela mesma razão, sinto-me chocada quando vejo sinais de extrema riqueza e opulência, como vi em Saint Tropez, Riviera Francesa. Havia quem tirasse fotos aos enormes iates, aos invulgares automóveis, às motos...
Se pensarmos bem, é para lugares como este que vai o dinheiro da também imensa corrupção que há no mundo. Diamantes de sangue, negócios de sangue, dinheiro lavado em sangue...

domingo, julho 18, 2010

A Turquia é o Peru dos ingleses. E americanos. Etc....

Há dois países chamados Peru. Para nós e para todo o mundo de expressão portuguesa, o país chamado Peru é o Peru.
Para os ingleses, americanos e demais gente de expressão inglesa, o país chamado Peru é a Turquia. Turkey, que quer dizer Turquia, pronuncia-se e escreve-se da mesma maneira que Turkey, ou seja, peru. Para eles, o país chamado Peru não lhes faz lembrar nenhum peru. Só a Turquia é que lhes faz lembrar um peru.
A Turquia é o Peru dos ingleses. E amaricanos. Etc....

Depois não digam assim:
- Ah! Nunca tinha pensado nisso!
Ou então não digam assim:
- A Nadinha é maluca. Imaginem, confundir a Turquia, que fica na Ásia Menor ou Médio Oriente, com o Peru, que fica na América do Sul...
Ou até mesmo na capoeira...
Ah! Sabiam que os perus não são capazes de sair de dentro de um círculo de giz desenhado no chão? E muita outras criaturas também não.
Não são só as pessoas do Peru nem são só as da Turquia que não são capazes de sair de dentro de um círculo de giz desenhado no chão. De forma visível. Ou mesmo invisível.
Mas algumas conseguem.


segunda-feira, julho 12, 2010

Tolerância e amor

Vem esta reflexão a propósito, não só do post anterior, mas de algo que vi recentemente na CNN.
Era uma pequena reportagem sobre crimes de "honra". Mais precisamente, mostrava o caso passado recentemente na Índia, em que um jovem casal de apaixonados tinha sido enforcado, dentro de casa, pelos pais da rapariga. Algemados os dois e de mãos dadas, o homem perguntava, de forma patética, que outra coisa poderia ter feito para defender a sua honra...
Como estão diferentes os tempos na nossa sociedade, que também já foi assim: os pais não ousam contrariar os filhos em nada, são muitas vezes dominados por eles... e é com espanto que vemos uma cena como esta, parecendo-nos incrível, ou mesmo impossível.
Quando às vezes fazemos duras críticas à nossa sociedade, esquecemo-nos de como ela evoluiu e podia não ter evoluído, no sentido da tolerância, dos direitos humanos e do amor. Amor que impede a violência, pelo menos física... dar uma estalada já parece mal.
É a ideia de posse que está na base da destruição do outro, dentro da família. Posso destruir algo que me pertence e já não me "serve" (em todos os sentidos desta palavra), se a mentalidade comum me der esse direito.

quinta-feira, junho 24, 2010

De como inventar uma tradição nova em folha. Em todo o mundo

Basta alguém lembrar-se de algo que dê dinheiro, arranjar um patrocinador multinacional... e cá temos uma tradição.
Exemplos: o São Valentim (em vez do Santo António que era o padroeiro dos namorados, mas não dava grana ao comércio)
As maravilhosas Vuvuzelas, tipicamente... o quê? Nacionais? Europeias? O Quê?

Definição do Google:

"A vuvuzela tem sido alvo de controvérsia devido ao instrumento causar danos auditivos graves e permanentes, e por ser um disseminador de doenças (a gripe em particular, mas podendo ser qualquer germe) substancialmente mais perigoso do que tossir ou falar. É também perigosa para animais, visto que estes possuem geralmente uma audição mais sensivel, podendo criar situações de pânico e terror além de danos mais sérios em comparação com humanos."

Já por muito menos se proibiram coisas...

quinta-feira, junho 03, 2010

Biblioburro



Já tinha ouvido falar da saga deste homem, que leva os livros em burros pelos caminhos rurais da Colômbia. Uma biblioteca ambulante, de burro. E que terra tão tranquila, La Glória!

quarta-feira, junho 02, 2010

Ainda os médicos LOL

Uma senhora que conheci, foi um dia ao médico. O qual lhe disse, com ar pesaroso e dramático:
- Você nunca mais, em toda a sua vida, pode comer sardinhas. Ouviu?!
- Tudo bem - respondeu ela, alegre - detesto sardinhas!
O médico, desolado, descoroçoado e desorbitado de espanto, retorquiu, lúgubre:
- Você não sabe o que perde!

Interpretação: claro. Se ela tivesse começado por dar essa informação de que odiava sardinhas, logicamente o médico tê-la-ia aconselhado a comer sardinhas todos os dias durante o resto da sua vida.
Perante esta inusitada aversão ao prato quase nacional, e, a seu ver, delicioso, que diz ele? Volta atrás? Não. Mantém a sua palavra? Só pode, claro!

Nunca confiem nos médicos. Nunca lhes digam a verdade.

A não ser que sejam médicas naturistas, como a minha Rogélia, louca varrida, milagrosa, azamboada, com visões e que me revelou, recentemente, que eu fui o Rei da China há dez mil anos. Ainda perguntei, disfarçando a vontade de rir:
- Não seria a rainha?
Não, claro que não , a rainha não tem poderes nenhuns, nem responsabilidades nenhumas...
Fui ver à net: há dez mil anos já havia reis na China? Já existia um país chamado China? Resposta:
Sim.

É que Portugal tem 800 anos, mais coisa menos coisa... e é o país com as fronteiras mais antigas da Europa... A Europa é um pouco atrasada e recente.
LOL!

Em resumo: imaginem que vocês estão com o ego um tanto por baixo. Mesmo correndo o risco de ficarem ainda pior, suponham, por hipótese, que a vossa médica milagrosa vos diz que vocês foram o rei da China. Tinha-me sido detectada uma doença que parecia ser grave, pelos médicos normais, mas que afinal não era nada grave, como ela sempre afirmou. Afinal o meu verdadeiro problema é o Karma e mais nenhum!

Que não há motivo nenhum para eu me rir - diz ela, ofendida, ao ver-me rir às gargalhadas. Porque eu declarei guerra aos povos limítrofes, quando fui o rei, da China, diz ela. Que morreram milhares e milhares de chineses por minha causa. Isto para nem falar dos meus inimigos, ou, seja, os inimigos dos chineses, que caíram que nem tordos. E por minha culpa - diz ela. Porque eu tinha a missão de mudar o mundo para melhor, mas mudei-o quase para pior. Ou deixei-o estar tão mal como estava.

E concluiu, numa linguagem que não entendi bem se era espanhol (a sua língua) ou português ( a minha):

- Enfim, fodeste tudo!

Espero que fosse latim: "fodere" em latim, significa furar.

P.S.: Esta mulher curou uma minha amiga que estava desenganada dos médicos e que, não só está óptima, como deixou de usar óculos, porque agora vê bem sem eles.

domingo, maio 30, 2010

A praia e os médicos

Odeio praia.
Os médicos, pensando que me chateiam, dizem-me que não devo ir para a praia, por ser eu demasiado branca e demasiado sensível ao sol.
Nunca digam a um médico que gostam de alguma coisa. Mintam. Aldrabem!
Se vocês forem abstémios, mandam-vos beber álcool. Se gostam de álcool, dizem-vos que não podem beber uma gota.
Se vocês dizem que odeiam a praia, mandam-vos fazer praia, se dizem que adoram praia, proibem-vos de ir para lá.
Aqui estou eu à sombra, felicíssima por não estar a torrar à torreira do sol e a fazer a vontade aos médicos, que até recentemente, sempre me mandaram fazer praia. Por pensarem que eu não gostava de praia.
E agora mudaram de ideias. Parece que tenho um problema com o sol... e mesmo assim...
Embora com carradas de cremes, acham eles que eu posso, se quiser, ir para a praia. Não quero. Não vou! Ouviram bem?!

Adoro o mar, adoro o sol. Detesto praia, que é a terra. Terra Imunda!

domingo, abril 11, 2010

Comida de Reis

Tivemos um rei, o tão mal-amado rei D. João VI, mal-amado em Portugal e no Brasil, que comia um frango assado a todas as refeições. E se calhar, às vezes repetia.
O espanto desta informação não vem tanto da quantidade, deveria comer várias outras coisas além do frango, mas sobretudo de nessa época não se comerem frangos assim, à "tripa-forra" (expressão também ela antiga e antiquada, mas que vem a propósito).
Lembrei-me disto agora, por me ocorrer que todos nós, isto é, eu é vocês, podemos comer como um rei, se nos apetecer e se tivermos apetite, dado que o dito frango é hoje vulgar e barato.
Vejamos: os do rei eram biológicos, que agora são mais caros, mas podiam muito bem estar doentes ou até mesmo terem morrido de doença, que na época era assim...
Outro aspecto: deveria ser preciso ter um aviário só para ele, pois comia cerca de 800 frangos por ano e a produção não era assim tanta nesse tempo.
Moral da história (tive, durante alguns meses, um namorado completamente ignorante, que achava sempre que todas as histórias tinham moral):
Este nosso rei deveria ser considerado o percursor do fast-food, tanto em Portugal como no Brasil e, sem a menor dúvida, merece a honra de ser considerado o verdadeiro...
O Verdadeiro Rei dos Frangos!
P.S.: O dito noivo, vendo-me um dia a folhear um livro da grande poetisa Sapho, perguntou-me se eu estava a pensar comprar um livro sobre sapos. Mas era meiguinho.

Novo PS!: Com o receio de ter errado, fui consultar a net. Fiquei a saber (será verdade?) que o dito D. João VI comia nove frangos assados por dia, o que dá 3285 frangos por ano, sendo que nos bissextos seriam 3294 e que a sua esposa foi a inventora da caipirinha. Obrigada, Dona Carlota Joaquina! A caipirinha é uma das coisas boas que existem!
Vale a pena pesquisar este tema na net. Experimentem.


quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Comentário a este Blogue

Quando atiramos algo para a blogosfera, de bom ou de mau, nunca sabemos onde vai cair, mas talvez caia, para citar Wordsworth, "no coração de um amigo" ("in the heart of a friend").

Achei isto tão interessante que decidi mostrar-vos. Narrei neste blogue o caso curioso de uma mãe que deu a filha para adoptar; mas tarde quis conhecê-la e detestou-a. Teci considerações sobre o assunto, citando Elisabeth Badinter...
Agora apareceu uma brasileira que escreveu este comentário, que quero partilhar convosco.

"Nossa! Me identifico demais com isso. Inclusive estou usando meu blog para desabafar e encontrar pessoas que também sofrem com essa situação. (Ter uma mãe que não gosta de vc.
Esse é meu email: thayannemagalhaes@gmail.com e este meu blog:
http://blogdathayanne.blogspot.com/"

Vamos ver este blogue e dar uma forcinha... deve ser difícil...
Eu já tinha notado que esse post tem muitos visitantes, mas não imaginava porquê.

sábado, fevereiro 13, 2010

PIGS ao SOL

Num post anterior, mostrei-me surpreendida por chamarem PIGS ao grupo de países: Portugal, Itália, (Irlanda), Grécia e Espanha.

Hoje tirei o dia para ler o Sol (2ª edição) e o Expresso. Depois de ter lido tudo, a palavra que mais me ocorre é:
Porcos!
Não me refiro ao animal porco, que é tão subestimado só por ser descendente do javali e, como ele, preferir as terras pantanosas...
Também não pode ser: "Feios, Porcos e Maus".
Se fossem feios não teriam tido qualquer lugar nesta civilização da imagem, são mesmo só porcos e maus.

E o Presidente da República de que é que está à espera para destituir o governo?

domingo, janeiro 31, 2010

O Estado da Nação 2010 - Parte II

No trabalho.
- Que trabalhe quem teve boa nota, que foi quem andou a dar graxa aos chefes! Eu cá, estafar-me para quê? Ah, é a minha filha no telemóvel: Olá! que foi agora?
- A minha stora diz que eu me portei mal e vou ter uma suspensão.
- O quê? Não tenhas medo, filha, eu assim que possa vou mas é aí e digo-lhe das boas. Eu já lhe disse: a minha filha não mente e ela diz que não fez nada. Olha, já agora, vai para casa e faz o jantar.
- Não posso ir. Combinei ir para casa da Kátia estudar matemática.
- Estudar matemática? Sua aldrabona! Tu és mesmo uma aldrabona! Nunca te vi estudar nada e ias estudar agora que foste suspensa? Vai já para casa e lava a roupa e a loiça!
- Ó mãe, tenho que ir estudar e fico a dormir em casa dela.
- Aldrabona. Eu bem sei que vocês vão para a discoteca e para a night.
- com que dinheiro? Tu não me dás dinheiro e as discotecas são caras.
- A tua avó ainda ontem se queixou de que lhe faltava dinheiro, foste tu outra vez que lho roubaste!
- A velha está gágá, sabe lá o que diz.
- Confessa! Diz a verdade!
- Eu não fiz nada, eu não fiz nada, o que eu quero é ir estudar para casa da Kátia...
- Está bem, filha, atão vai lá. Mas para outra vez...
- Está bem!

(A continuar)

quinta-feira, janeiro 28, 2010

O Estado da Nação 2010

- Olá Querida! Como foi o teu dia, 'mor?
- Fracote. O meu chefe deu-me uma nota má.
- O meu também, mas isso já era de contar...
- Pois! Mas como a tua filha só tem negativas, isto nesta casa anda tudo muito mal.
- Minha filha? Ela saiu a ti em ser burra, que na minha família há vários doutores.

- Ai há? Então e tu porque é que não conseguiste passar da cepa torta?
- Olha, sei lá, os professores embirravam comigo e chumbavam-me sempre.
- Também embirram com a tua filha.
- Mas ela passa todos os anos.
- Isso é por causa do Governo. Agora passam todos, senão os professores deles também têm negativa.
- Essa agora! Boa vai ela! No meu tempo não havia nada disso!
- E a Avozinha?
- A coitada tá senil, mas obrigam-na a ir trabalhar todos os dias porque não tem idade para a reforma.
- A tua mãe ainda não tem idade para a reforma?
- Ter tem, mas tem pouco tempo de serviço...
- E que nota é que ela teve?
- Teve Muito Bom. Está convencida de que a chefe é a mãe dela e está sempre a elogiá-la.
Estamos mal. que vamos fazer?
- Eu cá, vou avaliar a mulher-a-dias e diminuo-lhe o ordenado.
- Boa ideia!

- Ó mãezinha!
- O que foi?!
- A minha stora tava chateada e pôs-me na rua!
- Estúpida. Eu já fui à escola e disse:
- A minha filha não mente. se ela própria disse que não fez nada, que vem agora essa galdéria acusá-la de dizer isto e mais aquilo?
- Eu não fiz nada!
- Pois claro que não. Mas porque é que tiveste zero a português?
- A stora mandou-nos escrever uma coisa sobre essa coisa dos animais não sei quê e não sei que mais. E eu escrevi assim:
- As vacas e as galinhas são animais em vias de extinção porque os donos abandonam os animais. Qualquer dia nem há carne para a gente comer. No tempo do rei não era assim, era melhor.
- Mas o que é que está mal nessa redacção? Fica sempre bem dizer que agora está tudo mal e que no tempo do rei é que era bom...
- Sei lá! Eu disse logo assim à mulher: olhe lá, você não deu esta matéria...
- Vem aí a avozinha.
- Olá mãe. Então como é que correu hoje o seu trabalho?
- Olá pai. A minha professora deu-me Muito Bom.
- Ó avozinha, não esteja a confundir as coisas. Ela é sua filha, não é o seu pai... Então não vê que ela é uma mulher?!
- Uma mulher de calças? Ahahah! Nunca tal vi!
- Ó maezinha! as mulheres já usam calças há séculos.
- Pelo menos desde o tempo do rei!
- Quem é este rapaz gordo que me está a chamar maezinha? A minha professora deu-me Muito Bom!

(Não perca as cenas dos próximos capítulos)