

Bonitinhos estes aqui, na comemoração dos 60 anos da China Comunista. Vocês não acham? Tão limpinhos!
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
Uma entrevista muitíssimo interessante com a iraniana que é Prémio Nobel da Paz
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Shirin Ebadi
"O Governo do Irão não foi derrubado, mas seguramente que ficou enfraquecido"
Estas são as fotos que faltam nos posts anteriores: mulheres, a 1ª e Navio Fantasma, a 2ª. Será que este navio ainda vai ao mar?
Quantas mulheres vêem na 1ª foto, num dia normal da semana, numa rua normal?
Quando eu estava a fotografar a mesquita, apareceu-me um taxista a propôr os seus serviços e, ao contrário do habitual, não insistiu nem chateou quando eu lhe disse que me apetecia ficar por ali. Perguntei se era perigoso, disse que não. Se ficavam zangados por eu os fotografar, também não.
No regresso vi duas mulheres separadas: ambas muito embrulhadas em panos coloridos, exactamente iguais e sempre a olhar para todos os lados; por mim, fui seguida por um motociclista que me chateava a cabeça em árabe, mas eu gritava com ele em português:
- Vai-te embora! Cala-te!
Depois encontrei a Maria, que tinha ficado no navio, mas resolveu andar a cirandar por ali.
Devo confessar que, neste diário de bordo, estou a ir ao contrário: fui a Agadir, depois a Lanzarote, depois à Madeira... comecei pelo que mais me agradou, até porque já conhecia quase tudo, que não Agadir.
E este é um agadir nada turístico, mas mais parecido com o país real, com bons e maus momentos e elementos: Marrocos. Quero dizer com isto que era suposto fazer um passeio turístico por Agadir, que pouco tem para ver e para ficar banzada, tal como não fiquei nada banzada em Lanzarote com os camelos (idos de Marrocos).
Mas vi isto e o que mostrarei depois: estaleiros de bons barcos de pesca, um porto de pesca com bons navios e navios-fantasma, grandes redes de pesca... o que não teria visto nem vi há uns dez anos atrás, neste país...
No meio do meu périplo, encontrei a Maria que também não tinha embarcado no circuito turístico, mas que também não tinha sido desviada por mim. Éramos as duas únicas mulheres nas redondezas, pois as marroquinas não se fazem ver com frequência.
Enfim, "Amigo não empata amigo"...
Empatar é das coisas que não faço mesmo. Tenho mais que fazer...
Quando não tenho nada para fazer, fico a pensar... e não me mexo, como boa budista que sou.
Que gostaria de ser. Que gostaria de ter sido.