segunda-feira, julho 03, 2017

Romances policiais italianos


Este é o centésimo livro policial deste autor italiano, cujo herói é o inspetor Montalbano.
L'altro capo del filo

Há dois ou três publicado sem português, em Portugal, mas são muito difíceis de ler no original, pois é escrito, em grande parte em dialeto siciliano. O narrador escreve assim é assim falam os polícias, incluindo Montalbano. Italiano correto, só falam as senhoras, praticamente. 

Muitas referências gostosas a comida italiana, siciliana. 
A tradução do título poderia ser: "A outra ponta do fio" (telefónico, ou não).



E para quando a responsabilização individual por negligência e preguiça, defeitos atribuídos aos povos do sul?

Conheci em tempos e muito bem uma criatura que tinha, entre outras funções, a de ajudar pessoas em situações de emergência.
Numa certa sexta feira de inverno e de chuva torrencial, chamaram essa pessoa para acudir a uma mãe e uma filha que tinham sido despejadas de casa e estavam na rua. Não foi. Motivo: porque estava a chover muito.
Durante todo o fim de semana, a referida criatura não saiu de casa, sem que um estremecimento de culpa lhe arrepiasse os músculos descansados ou lhe tirasse o sono. Afinal, é tão agradável ficar na cama ouvindo a chuva torrencial tamborilar nos telhados, nos vidros, no telhado mais baixo do vizinho… dá sono… dá tanto sono, tanta calma e tanta paz…
Insisti, ofereci-me para ajudar, mas a explicação para nada fazer era ótima: - “Eu só tenho de atuar em caso de emergência e, quando passarem 48 horas, deixa de ser um caso de emergência… na segunda feira, o caso passa para a alçada de outras pessoas”.
Conto isto para exprimir a seguinte ideia: em Portugal há realmente muitas pessoas assim, como dizem que é comum nos países do sul da Europa. O que me chateia é que também há pessoas muito cumpridoras, que poriam tudo a toque de caixa, mas que, muitas vezes, são bloqueadas, postas na prateleira e têm de obedecer a estas. Porque estas não fazem ondas. São amorosas com as chefias, dão abraços e beijinhos, são “porreiras”.
A solução, quando se descobrem casos de negligência é acusar o governo e o ministro da tutela. Para quando a responsabilização individual? Para quando ir ver se as pessoas estão doentes e penalizar o funcionário que finge estar doente e o médico que passa os atestados a toda a gente?
Esta pessoa era considerada boa pessoa, ou mesmo muito boa pessoa. Às vezes era. E as vezes em que era tão boa pessoa e tão generosa, ficavam para as vezes em que deixava ao frio e à chuva uma mulher e a filha, sem terem que comer, sem nada que as protegesse ou aos seus haveres, enquanto ouvia tamborilar a chuva, ensonada, satisfeita e farta das iguarias que podia comprar com o subsídio que recebia, além do ordenado, para tratar de emergências.

domingo, julho 02, 2017

Assaltar o paiol de tantos? Não acredito!

Não entendi porque é que nós, portugueses, deveríamos andar a fazer aquelas rondas noturnas no paiol de Tancos, todos os dias.

Toda a gente sabe que é muito perigoso atacar um quartel, com tantos militares a dormir lá dentro, capitães, coronéis, generais e isso tudo
É claro que ninguém nunca se lembraria de roubar um paiol. Ou será que lembraria?

Mas parece que a culpa é da Catarina Martins, do Jerónimo de Sousa e do António Costa. 
Será que estavam todos a dormir? Ai que preguiçosos!

sábado, julho 01, 2017

Diálogos


- A minha senhora está de cama, ela já está desenganada dos médicos, mas borda estes paninhos - afirma o senhor de idade, mostrando envergonhadamente e quase escondendo logo a seguir, um paninho bordado, não muito bonito nem muito limpo, mas muito colorido.
- E eu vim aqui a ver se alguma senhora me compra este, pra môr de ver se compro uma garrafinha de azeite, umas batatinhas e umas couves para fazer uma sopa...
Algumas senhoras dão-lhe dinheiro, muitas mais dariam se não pedisse com tanta timidez, mais a esconder-se do que a mostrar-se, mas ninguém compra a mercadoria. Ninguém quer ter em casa um paninho, não muito bonito nem muito limpo, embora muito colorido, que lhe faça lembrar a miséria, a vergonha e a fome de duas pessoas que trabalharam toda a vida. 
Mas também o amor.

Ao ouvi-lo, imaginamos as muitas lágrimas choradas em conjunto, abraçados, mas também o amor que os mantém unidos no seu próprio lar.

sexta-feira, junho 30, 2017

Tancos ou a submissão


Já que somos tão solidários, proponho:
Proponho fazermos grupos armados, como os há na América, mas no nosso caso grupos armados clandestinos, já que é proibido usar armas de guerra, para irmos vigiar e defender o paiol de Tancos.
Já agora, alguém tem um tanque, daqueles antigos do 25 de abril? Não são os antigos tanques de lavar, são aqueles de dar tiros. 
Coitados, os rapazes de Tancos até podem morrer, se não formos lá protegê-los.

(Bem, é notícia que o Paiol de Tancos foi assaltado!)

Romance de Salvador Dali "Visages cachés"


Salvador Dali escreveu este romance da foto, Visages cachés, o único que escreveu. 
Não, não é fácil de ler, não é muito agradável de ler, por isso não é conhecido. 
Retenho uma ideia que me ocorre frequentemente: a personagem principal, evidentemente uma projeção do Salvador Dali, faz umas festas grandiosas, milionárias, mas não muito interessantes. A ideia de fazer essas festas com muitos convites e muita gente é apenas esta: que se saiba quem não foi convidado. 
Isto lembra-me uma situação laboral que conheço bem: são feitos muitos elogios, a muitas pessoas, mas o importante é notar quem não foi elogiado. 
Nunca.




quinta-feira, junho 29, 2017

Estranhas e novas liberdades de expressão

Vejamos: segundo informações da net, parece que um ser humano saudável lança gazes cerca de 20 vezes por dia, alguns sites até dizem 27.
Imaginemos então uma reunião com 10 pessoas, daquelas que duram muitas horas: fazendo as contas, como diz o Guterres, são logo 270 peidos reprimidos durante muitas horas. E curiosamente, nem sequer se fala de tal coisa. (Peço desculpa por ter utilizado aquela expressão, mas está na moda e é chique dizê-la, pois foi utilizada por um rapaz chique e de boas famílias).
Então, e se forem 100 pessoas, por exemplo, num congresso? São logo 2700 peidos (desculpem) reprimidos em simultâneo, sem que ninguém o mencione. É fazer-lhe as contas...
E se, de repente, começasse toda a gente a trocar impressões sobre o assunto? A fase seguinte, qual seria, numa reunião de 100 pessoas? Talvez escolher a liberdade de expressão, não das palavras, mas das sonoridades corpóreas, também chamadas ventosidades?  
Dizem aqueles que já foram à China que lá na China não existe toda esta repressão, sendo que as ventosidades se exprimem livremente, para grande incómodo dos narizes dos turistas ocidentais e acidentais.
Pronto. Também escrevi sobre isto. E até usei a palavra da moda.


Acho que é a primeira vez, neste extenso blogue, que é usada uma palavra deste género.

P.S.: O meu amigo Zé Daniel, após ter lido esta minha erudita dissertação, alertou-me para os perigos de tal liberdade de expressão em locais muito concorridos e públicos, ao transmitir-me uma notícia de jornal sobre facto ocorrido na Alemanha. Segundo o periódicos, um celeiro alemão explodiu devido à excessiva flatulência das vacas, tendo algumas delas ficado feridas. 

Defender a liberdade de expressão, mas a dos outros

Espantam-me as recentes atitudes de desagravo, várias e muito emocionadas, sempre que "cheira" a falta de liberdade de expressão, não deixando passar uma crítica.
É o caso, entre muitos outros, de defenderem o cantor Sobral ou o futebolista Éder por terem dito um palavrão, como se eles não soubessem que essas coisas não se dizem em público.
Se os portugueses prezam tanto a liberdade de expressão dos outros, por que razão são tão subservientes e lambe-botas no trabalho? Há exceções, mas não muitas. 
Há países em que a liberdade de criticar se estende também ao local de trabalho. Ou sobretudo ao local de trabalho.

domingo, junho 25, 2017

Exames de Português do 12º ano

Chega ao fim o pior modelo de exame do 12º de Português de que há memória, com resultados sempre desastrosos e absurdos. 

A partir do próximo ano, haverá, esperemos, um tipo de exame diferente.

Este termina com suspeitas de fraudes, não só neste ano, mas em todos os anos anteriores. Suspeitas tão legítimas, que o IAVE as mandou para o MinistérioPúblico.

Espero que se desvendem finalmente os erros muito graves deste exame. Mas não creio que o pior  sejam as fraudes, isto no caso de existirem fraudes. 

O pior é a mediocridade de quem é responsável pelos exames, ou talvez o compadrio, que leva certas pessoas a serem escolhidas para lugares de responsabilidade, neste país, não por mérito, mas por outros motivos.

Apesar de todas as tremendas falhas deste exame, ao longo de tantos anos, o IAVE manteve-se de pedra e cal através dos vários governos. Governos de: Direita, Esquerda e Volver!

(Antes de haver este exame, com resultados ridículos, os exames de Português da área de Letras eram corrigidos só por uma pessoa (como não havia os livros que há hoje, que facilitam a vida aos professores, não era qualquer um que dava esta disciplina, ou que a corrigia), ou por duas pessoas, no caso dos exames que não eram de Letras (a probabilidade de duas pessoas errarem é menor, sem ser neglicenciável).

Apesar da imensa subjectividade destes exames, cada teste é agora corrigido por uma só pessoa, podendo as notas de uma escola inteira depender da subjetividade dessa pessoa, já que os critérios são  interpretáveis. 
Outras vezes, os exames de uma escola foram corrigidos por três pessoas e nota-se bem diferença entre as classificações dos três corretores, sendo possível perceber onde acaba um e começa outro. 


sexta-feira, junho 23, 2017

Exame Português 12º - Fraude - Diz ela!



Dois comentários no DN à notícia de fraude nos exames (o 1º de um estudante, o 2º de professora, segundo o que comenta depois uma sua aluna):

Estudante: "Eu como aluno que realizei a prova, acho bastante injusto o facto de esta puder ser anulada, a culpa é da esperteza que se "xibou", essa sim é que deve ser culpada! Eu nem sequer sabia da existência dessa fuga!"

Professora (que define assim a sua profissão): "...terapia da fala em papagaios... na empresa ...manicómio oficial do estado..."

"A escrever assim, não te auguro grande classificação na disciplina. Mais valia ser anulada."

Há também outros comentários muito engraçados, mas também muito violentos, como acontece sempre que se discute a língua portuguesa.

AQUI

Aberto inquérito a alegada fuga de informação no exame de português



quarta-feira, junho 21, 2017

Ainda o "roçar mato"

 Antes roçar mato com os dentes que aturar esta canalha" - dizia uma minha tia a ralhar com os netos. Segundo conta uma neta 

Roçar mato

Roçar mato. 

Antigamente, os lavradores roçavam mato, ou seja, apanhavam à mão todo o mato que fica entre as árvores e que agora arde bem. 

Esta é uma das razões e seguramente a principal, para haver agora muito mais incêndios do que antigamente, apesar de haver então muito menos meios que agora.

Ainda não há muito tempo, esta expressão servia de metáfora para trabalho árduo. Mas caiu em desuso.



(Imagem retirada do blogue: http://anossaquintadecandoz.blogspot.pt/2006/04/monte-ida-ao-mato.html)

Portugueses comun

"Depois apareceu uma senhora e eu pedi-lhe por tudo e ela disse :
- Eu não saio daqui, eu morro aqui com vocês."
Relato de sobrevivente do incêndio de Pedrógão Grande, que não conseguia sair do carro porque estava em pânico e foi salva por esta senhora.
Assim se compreendem as medalhas do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, não aos importantes corruptos a quem agora as pedimos de volta, como os Espírito Santo,mas a este povo comum que nós somos. 
E podemos ser muito melhores, se acreditarmos e se seguirmos o exemplo desta mulher, que não deixou o nome nem o contacto.

Dinheiro para vinho, ou comida na mão? O dinheiro tem tendência a fluir para outros sítios e outros bolsos e a comida tem tendência a entulhar e a estragar-se.


Houve uma época em que, quando os pobres nos pediam dinheiro, respondíamos: não dou dinheiro para vinho. Se quer comer, dou-lhe comida.

Depois disto, várias vezes os "pobres" me incomodaram a pedir que fosse com eles a um café para lhes pagar uma sopa. Prefiro dar dinheiro, se for para vinho é "para dar de comer a um milhão de portugueses".

Mas isto alastrou e chegou a Cabo Verde e ao Brasil. 

Em Cabo Verde, uma rapariga com uma mostrenga ao colo, enorme, gorda e nada parecida com ela, pediu-me dinheiro e eu dei. No dia seguinte, já sem mostrenga, pediu-me que fosse com ela  a um mercadinho, dar-lhe fraldas descartáveis para  menina. 
Como as fraldas eram caras, queria que eu lhe desse 20 Euros para comprar num sítio onde era mais barato, porque já muitas senhoras tinham feito isso.
As meninas do mercadinho disseram que nunca tinham visto aquela rapariga com cara de drogada. 

Vem isto a propósito da nossa  recente tendência para dar arroz, massa, leite e açúcar aos pobres. Em pacotes comprados nos grandes supermercados. Sentido-nos bem (alguns sentem-se mal), sentido-nos caridosos, ao tocarmos na comida que outros hão-de comer, coitadinhos...

Mas, se em vez de comprarmos estas coisas, dermos o dinheiro, a entidade pode negociar um preço muito mais barato, se for para um terra pequena, pode dar o dinheiro para essa terra, e além do mais, não será necessário um armazém imenso, como o do banco alimentar Contra a Fome, a gastar, no mínimo, electricidade, água, etc., nem o transporte para outras terras, que muitas vezes nem se realiza.

E se dermos o dinheiro para contas solidárias: Isso sim, mas não esquecer de verificar se o dinheiro foi para quem o queríamos dar... 

E já agora, os animais. Numa tragédia, também ficam sem dono, sem comida nem água e sem assistência, às vezes presos, até porque têm mais capacidade de sobrevivência do que nós.

Dar dinheiro para contas solidárias é a solução, talvez para os bombeiros de certa região, telefonando para lá a pedir o IBAN ou NIB, para organizações de animais, perguntando o mesmo...

O dinheiro tem tendência apara fluir para outros sítios e outros bolsos.
E a comida tem tendência a entulhar e a estragar-se.



sábado, junho 17, 2017

Falar outras línguas sem um erro e com a pronúncia da capital? Provincianismo!

Este artigo faz-me lembrar o tempo em que, em sítios como a Gulbenkian, após uma palestra em francês, as pessoas receavam dar algum erro e, por isso, só se exprimiam brutamontes que não tinham percebido coisa alguma, causando imenso embaraço aos conferencistas. Era um vergonha, nesse tempo, dar o mais pequeno erro em francês ou inglês. Era uma sociedade muito provinciana, aqui em Lisboa, há 20 ou 30 anos.
Sim, como dizia Eça, como Fradique Mendes: “Um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra: – todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro. (…) Falemos nobremente mal, patrioticamente mal, as línguas dos outros! “

sábado, junho 10, 2017

Unicef: gostamos muito de proteger as crianças bonitas, saudáveis, ricas e limpas!



Vejam como as pessoas reagem à presença da mesma menina, bem vestida e limpa e depois mal vestida e suja. 

Nada que não soubéssemos. 
Aa UNICEF não continuou com o vídeo porque a menina ficou muito triste.


Portugal é a Nova Califórnia e com a vantagem de ficar mais perto e de se falar português.


A ser verdade o que diz o Jornal Económici...



Portugal já é “a Califórnia europeia”, relata imprensa espanhola

Fátima e o SNS

Acabo de falar com uma vendedora de produtos de Mirandela, que foi a pé a Fátima desde lá porque a Nossa Senhora lhe curou as filha de um cancro. Não posso deixar de pensar na quantidade de dinheiro dos nossos impostos que o SNS pagou para "não curar" a menina. Tudo isto seria mais normal antes de haver SNS.
Uma minha amiga que se curou em jovem diz que gastou todos os impostos que vai pagar toda a vida, mais os meus de toda a vida  e os de outras pessoas mais.
O Papa referiu-se a isto, ao mencionar a santinha (a imagem) que faz favores baratos. Ir a pé é barato, comparado com os muitos milhares de euros que custam os tratamentos, mas que acabam por ser gratuitos.
As pessoas deveriam ir a Fátima q pé para agradecer o SNS, que os anteriores governos quase destruíram, Sócrates e Passos Coelho. 



Para não falar de pessoas como a Marie Curie, que levou uma vida de sacrifício e de pobreza para permitir que se façam radiografias, TACs, etc.

sexta-feira, maio 19, 2017

Madona: Exposição no Museu Nacional de Arte Antiga




Gostei muito desta pintura de Van Dick em que a virgem tem um aspeto muito humano e muito feminino. Ontem, no Museu de Arte Antiga.



O descanso na fuga para o Egito é sempre um tema muito leve e abundante de pormenores suaves graciosos e delicados, como neste caso as cerejas, o chapéu, a expressão do burrinho...

De destacar, também, imagem que serve de Ex-libris, Madona dei Flagelai (esta última com um aspeto não demasiado humano), uma réplica em gesso da Pietà e uma minúscula pintura de Fra Angélico.



segunda-feira, maio 15, 2017

Cristas e os pobrezinhos


A Cristas vai oferecer baldes, esfregonas e pás ao pessoal dos bairros sociais. Para poder ir visitar os pobrezinhos de sandálias, sem apanhar uma erizipela nos pés.

Citação da mesma (Assunção Cristas): "Tenho calçado botas e calças de ganga muitas vezes  para estar nos bairros sociais junto das pessoas". Que querida! E luvas, não? 

Estas declarações encontram-se aqui:

sábado, maio 06, 2017

Abstenção nas eleições: grande virtude democrática


Quem disse que a abstenção nas eleições é má?!?!

Pelo contrário, é óptima: os imbecis acham que não vale a pena votar e ainda bem que pensam assim. É o que se comprova nas eleições americanas, francesas, etc., em que a abstenção diminuiu e o resultado foi o que se viu.

Portugal é um exemplo para esses países: os palermas não votam e ninguém tenta convencê-los de que deveriam votar!

Muito pelo contrário!

De como os espanhóis nos vendem 500 quilos de gelo pelo preço de 500 quilos de polvo

Longe de ser uma dona de casa exemplar, em parte por ser demasiado inquieta, deparo-me com situações como  que vou contar, ao fazer as minhas agradáveis deambulações com fins culinários, ao sábado de manhã, com o Expresso numa mão e o Ipad na outra (metaforicamente).


Num dos mais caros mercados de Lisboa, deparo-me com um polvo maravilhosamente fresco por 7 euros e 90 cada kilo. Mas talvez este fim de semana me apeteça comer fora, ou fazer um dia vegetariano, portanto, talvez seja melhor comprar polvo congelado, que deve ser muito mais barato e também é bom. Com este desígnio, dirijo-me ao Pingo Doce, ali logo ao pé. O polvo fresco, tão fresco como o que vi, custa 10 Euros, (normalmente é mais barato para fazer concorrência), o congelado custa 9 Euros e 90 cêntimos. 

Pego na embalagem, que custa 10 Euros, constatando que tem um grande pedaço de gelo e, claro, o polvo congelado é mais pesado do que o fresco, porque parece uma pedra. Mas ainda é mais caro...


Intrigada, volto ao Mercado de Campo de Ourique, compro um grande polvo por 10 Euros e, enquanto espero que o arranjem, peço ao peixeiro, dono da banca que me explique este enigma. O objetivo é mais obter informação do que propriamente a deambulação culinária. Não parecia bem fazer esta pergunta sem comprar nada, embora a dona da banca me trate por querida e me mande beijinhos verbais.



A resposta talvez seja exagerada, mas é esta:



- Os espanhóis compram aos pescadores portugueses todo o polvo que conseguem. Então, levam para Espanha uma tonelada de polvo fresco a bom preço e trazem-nos para cá uma tonelada e meia de polvo congelado mais caro. A meia tonelada é gelo e conservantes. Pagos, claro, ao preço de polvo.



- Ah! - Exclamei eu. 
E vim logo contar-vos.

Como se designa quem diz inverdades?
Inverdadeiroso?

quinta-feira, maio 04, 2017

São Rosas. De Santa Maria





Em 1434 Gil Eanes conseguiu dobrar o Cabo Bojador, etapa importante dos descobrimentos portugueses.
Como não encontrou ninguém para lá do Cabo e queria trazer alguma coisa diferente para mostrar ao Infante Dom Henrique e ao rei, touxe este cato. Muitos são verdes, alguns têm este tom rosado aliado ao verde.

Deu-lhe o nome de Rosa de Santa Maria e o exemplar que trouxe reproduziu-se muito.

As pequeninas vieram assim dentro de um guardanapo e foram replantaram há 15 dias.

segunda-feira, maio 01, 2017

Portugal e a escravatura (ainda)

O nosso simpático Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou recentemente, num dos países que mais foram vitimas da escravatura, o Senegal, que Portugal foi dos primeiros países abolir a escravatura, em 1761. Isto veio abrir uma polémica que nunca tinha acontecido no país. 

A afirmação foi muito simpática do ponto de vista do Presidente, mas não do ponto de vista dos muitos milhares de escravos que existiram em Portugal até dois séculos depois dessa data, até 1961 ou mesmo 1974.

É uma das frases que toda a gente diz, porque não é verdade. Neste caso, só se diz em Portugal.

Este blogue tem um post antigo sobre este mesmo tema, é o seu post mais polémico, com acusações e insultos à sua autora. Os comentários estão online, exceto os mais insultuosos, porque eles também mostram a mentalidade dos portugueses em relação à sua própria história, em relação aos seus próprios mitos inventados pelo poder e pela versão oficial da sua história. De facto, esse post só é interessante pelos comentários. Cheguei a retirá-lo, a torná-lo invisível, quando me acusaram de magoar muita gente com as verdades que revelava. Não quero magoar ninguém..


VER AQUI

Como o debate se reacendeu, em parte devido a uma exposição no Museu de Arte Antiga, a qual incluía duas polémicas (tinham de ser) pinturas da Lisboa do Sec. XVI com muitíssimos negros, o post foi recolocado 2 ou 3 meses depois de ser ocultado.

E aqui vai a questão de novo: Portugal foi o primeiro país a abolir a escravatura? Ou Portugal tem uma das histórias mais inconfessáveis da escravatura? 

Quem conhece a data 1447 em que foi iniciado o tráfico de escravos africanos para Europa? Quem, de entre nós, portugueses, sabe que foi Portugal a  iniciá-lo? 

Ficaram aqui vários links de jornais recentes, abordando esta matéria, que tarda a ser debatida e reconhecida por Portugal e pelos Portugueses. A Bem da Nação :)

Clicar por cima: 


Sobre as coleiras usadas pelos escravos 

Portugal reconheceu injustiça da escravatura quando a aboliu em 1761, diz Marcelo

Portugal: evitando falar sobre escravatura desde 1761





Testemunhos da escravatura em museus e arquivos de Lisboa - Jornal Público







domingo, abril 23, 2017


Eu tenho e sempre tive muita dificuldade em lidar com pessoas que são insuportáveis.

terça-feira, abril 18, 2017

Amigos amorosos que nos passam à frente a sorrir

Tenho uma amiga amorosa. Tem um sentido muito critico da vida e do mundo, da sociedade em que nos inserimos. Mas só o diz quando quem tem o poder não está ouvir. Abraça, beija e bajula as pessoas que têm um nadinha de poder.
O resultado é ótimo: tem imensos privilégios, é homenageada, passa à frente de toda a gente em tudo e etc.
E você? Também tem uma amiga assim?

sábado, abril 15, 2017

Cores e sombras

M



Como deve ser belo poder comer as flores
Engolir a beleza do mundo, amarela, verde, azul, cor de malva rosa
Sentindo o aroma subtil da mistura das sombras
Numa tarde de primavera

Como fazem os cavalos

terça-feira, abril 11, 2017

Lisboa, a serena revolução

Há vinte anos seria impossível dizer tal coisa. Houve uma modernização geral, desde a pavimentação das ruas até a decoração e higiene no interior dos edifícios, restaurantes, etc. E, sim, desapareceram muitíssimos restaurantes fracos e imundos, com a crise.
É também perdemos um certo falalismo é uma certa propensão para a retórica.
E os vinhos, os queijos, os cozInheiros gourmet, etc., isso foi uma revolução.


É o que permite lermos agora opiniões internacionais, como está da CNN 


Lisboa é a cidade mais cool da Europa. As sete razões da CNN



https://www.publico.pt/2017/04/10/fugas/noticia/as-sete-razoes-que-levam-a-cnn-a-considerar-lisboa-a-cidade-mais-cool-da-europa-1768375

segunda-feira, abril 10, 2017

Ainda os estudantes portugueses expulsos de Espanha por mau comportamento.

Afinal já se percebeu o que aconteceu em Torremolinos, vendo e ouvindo múltiplas declarações.

Segundo um pai, os miúdos nem sequer tinham sopa, às refeições. E todos sabemos que os "miúdos" não podem passar sem sopa, portanto, revoltaram-se.


Não é nada falta de chá, é só mesmo falta de sopa.

E os estudantes não viram nada estragado: só uma frase escrita numa parede, uma outra parede riscada, um tecto falso destruído, coisas a arder dentro do hotel (que coisas?), mesas de cabeceira e sofás nos elevadores, só um extintor destruído, etc.. De resto, tudo bem.
Assim, os estudantes dizem o mesmo que o hotel, se somarmos as suas declarações, a diferença é não terem qualquer noção das responsabilidades ou dos custos monetários e morais dos estragos praticados.

E já têm mais que idade para terem a noção da responsabilidade.

É claro que nem todos colaboraram, mas os que nada fizeram de mal e que são vítimas dos outros têm a vergonha, o bom senso e os conselhos dos pais, que os levam a não se manifestarem em público.

domingo, abril 09, 2017

Pais e aluno portugueses castigados por polícia espanhola

Mil estudantes portugueses, que haviam pago alguns dias de estadia em Espanha, foram expulsos do país, por terem praticado distúrbios como: deitar televisores dentro de banheiras, partir portas e janelas de vidro, etc., num quantidade tal, que o seguro da agência de viagens não pode  cobrir estes prejuízos, segundo as notícias. 

Isto deve merecer uma reflexão púbica de todos: pais, professores, sindicatos, governo, alunos, etc., sobretudo numa ocasião em que o Ministério da Educação propõe um perfil do aluno tão exigente, que é muito semelhante ao que o Vaticano propõe para alguma criatura ser canonizada.

Tudo isto é um sinal dos tempos: são tantos os estudantes que pagam estas viagens, que é evidente a explicação: os pais sacrificam-se para pagar estas viagens, tal como se sacrificam ao usar os telemóveis velhos e de vidro partido dos filhos, para oferecerem Iphones aos piores alunos, sem qualquer consideração pelo mérito ou demérito dos mesmos. 

Sim, não são os pais que disciplinam o filhos, é a polícia espanhola que disciplina os pais e os filhos portugueses.

Não, não são os professores portugueses nem a polícia portuguesa a fazer o que fez a polícia espanhola.

É muito óbvio, por outro lado, que nem metade dos cerca de mil estudantes portugueses participou dos distúrbios que deram origem à expulsão. E isto levanta um novo problema, dos qual também ninguém fala.

Em cada turma de trinta alunos, haverá, na maioria dos casos, um máximo de 10 que boicotam as aulas, às vezes dois ou três, outras vezes um ou dois. As meninas raramente fazem grandes asneiras, mas as poucas que as fazem, conseguem ser piores que os rapazes.

Mas aqui, todos nós, elementos da sociedade portuguesa, pais, professores, alunos, tios e tias e vizinhos estamos de acordo: os colegas de estudo devem proteger-se uns aos outros. Quando um faz uma grande asneira, os outros devem ocultá-lo e nunca o denunciarem. 

É a chamada camaradagem, tão apreciada por todos nós.

Essas meninas que têm uma formação moral e humana normais na nossa sociedade tão humanista, juntamente com muito meninos que têm uma formação moral e humana normais na nossa sociedade tão humanista, têm o dever ético e moral de proteger os colegas, ainda que estes colegas os impeçam de estar com atenção nas aulas, de terem boas notas, de poderem escolher os cursos que querem. 

Como estes rapazes e raparigas se regem por valores, incluindo o da camaradagem, nunca denunciarão aqueles que o impedem de perseguir ou de cumprir os seus próprios sonhos...

Quando eu, Nadinha, aprendi a falar, creio que a primeira frase que disse, foi esta:

- Eu não suporto a estupidez desta gente! De quase toda a gente!


VER AQUI A NOTÍCIA

E AQUI

E aguarda-se conferencia de imprensa sobre o assunto, amanhã

Os pais dos alunos têm o direito de usar telemóveis novos, modernos, topo de gama?

Dito por um professora que conhecemos bem:

Como sou muito distraída, acontece às vezes o meu telemóvel tocar durante as aulas. Pedindo desculpa aos alunos, a sorrir, desligo-o sem atender. 

A reação deles é sempre de espanto, de tal modo que o recordam anos depois. Espanto, porquê? : porque o meu telemóvel é sempre da última geração, ao contrário do dos pais e restantes professores (também pais) que usam os telemóveis velhos que os filhos já não querem, ou seja, é muito estranho que um adulto, trabalhador e pagador de impostos que sustentam o ensino obrigatório, tenha um telemóvel tão bom como o dos miúdos. 

Os piores alunos têm mesmo telefones muito melhores do que os meus, sobretudo Iphones, mesmo quando os pais são pobres. E utilizam-nos para boicotar as aulas, impedindo os colegas de estarem com atenção, impedindo os professores de darem aulas.

sexta-feira, abril 07, 2017

Romance Dona Barbara do autor venezuelano Rómulo Gallegos


Não me sendo possível comprar todos os livros que leio, comprei este por um euro numa loja de caridade. Se não gostar, ofereço-o de volta, grátis. O mesmo se aplica a antigualhas, objetos. Mas estou a adorar. 
Passado na Venezuela, bebe da América latina a sua especificidade. Longe do realismo fantástico é anterior à ele, procura explicar a bruxaria pelo seu efeito nos ignorantes que não a põem em dúvida. Algum realismo, as saudades do "matão", que todos temos, mesmo sem sabermos que temos e a explicação filosófica e psicológica: se as gentes acreditam no efeito mágico, então há pessoas que manipulam esse efeito.




Excerto









quarta-feira, abril 05, 2017

Quantos géneros existem? Cinco, é claro!


Os índios da América não tinham 2 géneros: masculino e feminino, mas sim cinco: fémea, macho, fémea com dois espíritos, macho com dois espíritos, transgénero.
Quem tinha os dois géneros era considerado dotado pela natureza e capaz de ver os dois lados de cada coisa 




VER AQUI, em Inglês



Só é pena este artigo considerar que os espanhóis não são europeus brancos como os ingleses.

terça-feira, abril 04, 2017

Morreu um homem bom: Mujica, ex-presidente do Uruguai: Tudo o que os outros políticos se recusam a ser.

Morreu um homem bom, um exemplo hoje em dia raro para quem ser um homem bom.

José Mujica, ex-presidente do Uruguai.
Governou-o até há muito pouco tempo, com humildade, modéstia, espírito de serviço.
Tudo o que os outros políticos se recusam a ser.

sábado, abril 01, 2017

Picnick na arte e na fotografia



Muito interessante este artigo sobre o picnic na arte. 
Partilho.


http://www.npr.org/sections/thesalt/2015/04/24/400184632/sexy-simple-satirical-300-years-of-picnics-in-art

sexta-feira, março 31, 2017

segunda-feira, março 27, 2017

Nomes de pássaros nos aeroportos, em vez de nomes de passarões


E se déssemos nomes de pássaros aos aeroportos?

Não foram os pássaros que no despertaram o sonho de voar?
Não andamos nós a imitá-los, sempre que apanhamos num avião, mas sem conseguirmos ainda voar como eles?

Aeroporto Rouxinol em ves de Mário Soares, Aeroporto Papagaio em vez de Cristiano Ronaldo, Aeroporto Pica-pau, em vez de Aeroporto Cavaco ou Cavaca, Aeroporto Gaivota, Aeroporto Beija-flor...

Sugiram vocês outros nomes de Aeroportos.

domingo, março 26, 2017

Ir contra o nossos princípios: a brincar, sério...





Acho que nunca vos contei isto: faço há tempos este jogo de estratégia, Forge of Empires. Evoluí, até agora, desde a Idade da pedra até ao futuro. Como vêm na imagem.

Mas um dos requisitos para evoluir é assaltar os mais fracos, de preferencia e roubar-lhes recursos. Nunca fiz isso. Só ataco um mais fraco se ele me atacar a mim primeiro.

Por isso, sou muito assaltada, pois não evoluí ao nível militar.

Será possível jogar um jogo durante meses ou anos, indo sempre contra os nossos princípios? é só um jogo...

sábado, março 25, 2017

Trabalhar 48 anos. Ou mais



"Apresentaram-me" há tempos uma mulher que foi minha colega na escola primária. Como todas as outras, foi trabalhar depois disso, pelos 10 anos. Foi vender leite pelas portas, nas madrugadas de inverno, com a chuva a cair por cima da lata do leite, chuva e leite a escorrerem-lhe pela cara e pelo corpo.
É justíssimo que se reforme mais cedo ou que ganhe mais por ter trabalhado mais.
Mas não creio que descontasse para a reforma, nessa época. As outras trabalhavam na lavoura com os pais. Também não descontavam para a reforma, claro.
Mas, ao contrário do que se diz, estas pessoas não são poucas.

sexta-feira, março 24, 2017

Quaresma e Aimsha

Sem ser particularmente católica, desde o ano passado decidi que nas sextas feiras da Quaresma só comeria comida vegetariana, contribuindo para a não violência (conceito budista de Aimsha). E outras sextas feiras, já agora.
Descubro que pode ser bom. Hoje: canja de soja, cogumelos shitake com espinafres, salteados.
Semana passada: massa no forno: macarrão com cogumelos shitake e 4 queijos.

Reflexão da Quaresma


A Igreja Católica, ao deitar para trás das costas o pecado da gula, ofereceu-nos as melhores culinárias do ocidente ou mesmo do mundo (italiana, francesa, portuguesa, espanhola), só rivalizando com algumas do Oriente. 

E sem páreo com a cozinha dos países de religiões protestantes. Culinária inglesa? Norueguesa, Alemã? Não, estes europeus não gostam de cometer o pecado da gula. 

A Igreja Católica, ao deitar para trás das costas o "mandamento" da lei de Deus que proíbe fazer imagens de escultura, ofereceu ao mundo as mais maravilhosas imagens de escultura, seguida de perto pela religião hindu e sem paralelo com as religiões protestantes. 

Ainda bem que os católicos só na Quaresma se preocupam com certas coisas, como por exemplo, os pecados. 

Aqueles que não fazem mal a ninguém e que nos fazem felizes!!!

Reflexão da Quaresma

Reflexão da Quaresma:

quinta-feira, março 23, 2017



Ao entrar para a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, inscrevi-me logo no Coral de Letras, dominado, à época, pelo estilo do Lopes Graça. 
Mas eu era muito baldas. Adoro cantar, dizem e digo que canto bem, mas parecia-me chato estar ali de pé a repetir a mesma frase sempre. Tive um desgosto quando o maestro não me deixou cantar no primeiro espectáculo público. )O tipo tinha carradas de razão, claro, mas fiquei triste...) 
Mas não me apetecia ir todos os dias aos ensaios... que seca! 
É claro que eu gostaria de ter sido cantora, mas talvez só na minha ultima encarnação. 
E há tantas coisas a ser. E a ter sido!
E a maravilhosa língua portuguesa sabe marcar a diferença, pois tem tantos tempo verbais!!!!

Acordai!!!

Há quem lhe chame o Santo Detestável, mas é uma freguesia de Lisboa. Por acaso, é a minha...



Querido Daniel: vou contar-lhe uma coisa. Tinha eu poucos anos, ou mesmo nenhuns, aparece na minha terra uma comitiva com uma procissão. 

Não me lembro dos pormenores, pois era pequenina. Lembro-me muito bem disto: a minha mãe levou-me pela mão ver uma coisa sinistra, que eram uns ossitos do santo condestável alegadamente em peregrinação pelo pais. 

Espantada da minha vida, pergunto algo assim: Santo?! Então os santos têm ossos como as galinhas? 

Muitos anos depois, um dia sem exemplo fez-me lembrar dessa campanha, totalmente esquecida . Eu e a minha irmã sabíamos de cor as letras e as músicas e começamos a cantar desalmadamente estas canções. 

Vou ver se as encontro.

Taboo


Não costumo ver séries na televisão porque me esqueço dos horários, mas ando a ver uma: Taboo.


Muito esquisita e violenta, óptimas imagens. Bonita, reconstituição de época histórica, nem sempre exata, mas promete ainda melhorar, porque vão todos de Inglaterra para América selvagem. 

Adoro locais quase paradisíacos, mas é claro que estes vão ser infestados pelo mal. 
Ou pelos males e bens, pois tudo isto parece ser muito plural.

A diferença entre o mal e o bem pode ser interessante em termos éticos, estéticos, mas sobretudo em termos de horizonte expectacional.
Bem. Vamos ver.

quarta-feira, março 22, 2017

Coincidências


No mesmo dia em que políticos e jornalistas se indignam ao ponto de dizerem palavrões e aprendemos a dizer o nome de uma criatura holandesa que acusa os do sul de gastarem tudo em vinho e mulheres, pressupõe- se mulher entre aspas, há duas notícias que vale a pena ver com atenção. 
1. O Metro Mondego não chegou a realizar-se, mas os que tratavam do assunto gastaram 100 000 euros em comidas, álcool e streaptease.
2. Os médicos portugueses confessam que todos os dias lhes pedem atestados falsos e acabam por ceder. Também todos os dias lhes pedem exames médicos inúteis, ou até mesmo prejudiciais para o doente e acabam por ceder.

Conheço uma mulher que sempre teve enxaquecas. Um dia fez um exame invasivo para analisar melhor a situação e ficou cega. Talvez não necessitasse deste exame. Os médicos dizem que talvez tenha sido coincidência.
Contaram me há uns anos, talvez já não seja assim, que, quando um potencial investidor estrangeiro vinha cá com intenção de montar uma empresa, a primeira coisa que os empresários portugueses faziam era reservar-lhe  um hotel de luxo com companhia feminina de p****s. Alguns até eram hiper cristãos, vitorianos...  Fugiam assarapantados. 

domingo, março 19, 2017

Reencarnação?

Aqui está uma explicação que me satisfaz, embora muitos nao entendam como pode satisfazer. Nesta encarnação respondemos pelos erros que cometemos nas outras? Não? Então como explicar que uns pareçam filhos e outros enteados de Deus, se acreditarmos em Deus? Qual é a melhor hipótese? Talvez a que mais se aproximar da verdade!


VER AQUI; (escrito em italiano)