segunda-feira, outubro 10, 2011

Por que será que algumas pessoas gostam disto?

Creio que uma das atracções deste blogue (para quem vem cá regularmente) é o meu gosto por contar histórias. A Teresa anda sempre a dizer que eu deveria escrever um livro com as histórias que lhe conto logo pela manhã...

Esta é verdadeira, como muitas outras.

Numa pequeníssima aldeia que conheço, em que só havia um café, havia uma mulher que gostava muito de beber. Mas parecia mal uma mulher beber uma quantidade de álcool superior à dose normal, digamos, nessa época, um ou dois copos de vinho a cada refeição. Cheios. E grandes. Isto foi mudando, claro. 

Então, todas as noites acontecia o seguinte: a mulher entrava no café, pedia um cálice de aguardente, punha um pé em cima de uma cadeira, bebia-a dum trago, pigarreava e finalmente dizia:

- Nunca percebi por que é que alguns homens gostam disto!

Como era a única mulher a frequentar o café, mesmo de dia era suposto as mulheres serem recatadas e ficarem em casa, se não andavam nos campos... os homens riam-se muito deste inusitado espectáculo diário.


E agora fui eu que fiz a  mesma pergunta a respeito das malaguetas. Comprei uma caixinha delas, frescas, parece ser o tempo delas, dizem os naturistas que fazem muito bem, tenho comido umas três a cada refeição e de cada vez que como uma, exclamo em alta voz, a benefício dos meus botões:

- Por que será que algumas pessoas gostam disto?

Mas fui ver à net e encontrei uma resposta satisfatória. 
É só uma questão de enganarmos o nosso cérebro: enviamos-lhe a  mensagem de que temos uma queimadura na boca e ele desencadeia uma série de reacções em cadeia. Entre outras coisas, produz endorfinas, que dão prazer e até mesmo morfina.

Como salivamos muito, limpamos a boca e os dentes, além de purificarmos o sistema digestivo.
Não há dúvida que o nosso cérebro sabe mais do que nós. Nada como enganá-lo, de vez em quando, para fugir à razão e para nos dar sensações esquisitas e boas... 

LOL

Para mais pormenores, CLICAR AQUI



sábado, outubro 08, 2011

Assine a petição a favor da democracia real

http://www.avaaz.org/po/the_world_vs_wall_st/?fcxXLab&pv=101
Apoie os manifestantes de Wall Street porque:
Eles representam  99% da população mundial
Você representa 99% da população mundial                                                                                        Nós somos 99% da população mundial
 
(Copiei do facebook este texto dos 99 por cento, mas, na verdade, os que não têm nada a lucrar e têm tudo a  perder com a crise mundial e com a corrupção mundial, são muito mais do que 99%. talvez 99,999999999999999999999999999999999999999999999999999).  Reparem que, se fossem 99 por cento, um em cem lucrava com  a crise, 100 em mil, mil num milhão, um milhão em cem milhões. Digo isto, porque tenho constatado que pouca gente tem um raciocínio matemático...   

Os dias e as horas: o tempo sagrado do Mundo

Dia 281, Ano do Senhor de 2011

Neste dia 281, do ano do senhor de 2011, Portugal está nesta situação: 

Uma coisa chamada Moodys, responsável por uma crise económica mundial, decorrente da corrupção económica mundial, mas sobretudo da corrupção económica dos Estados Unidos da América, dirige e comanda o mundo.

Essa coisa, chamada Moodys, decidiu que Portugal não pode pagar as suas dívidas, porque é: Lixo. Portugal igual a lixo. Dito em inglês: Trash. Junk. 

A mesma agência e outras agências, co-responsáveis pela crise crise económica mundial, decorrente da corrupção económica mundial, mas sobretudo da corrupção económica  dos Estados Unidos da América, decidiu, mais recentemente, que a Itália está muito perto do lixo, a França corre o risco de vir a ser lixo, enfim, a Europa é, ou será em breve, lixo. Junk. Trash.

Curiosamente (notar o advérbio despropositado), Portugal, Itália, França, etc..., pagam muitos milhões de Euros, a moeda europeia, a estas agências corruptas, para que elas avaliem o mundo inteiro. Para serem, esses mesmos países que pagam, avaliados como lixo ou próximos do lixo.

Neste ano sagrado de 2011, poucos acreditam que o mundo, como o conhecemos, vá acabar em 2012. 
Apesar de não acreditarem, têm muito medo. Todos receiam perder o que têm. O que é que têm?

Têm que desaparecem milhares de milhões de Euros ou de Dólares, pertencentes aos Estados, para aparecerem esses  milhares de milhões nas contas bancárias offshore de certos indivíduos, aumentando assim a diferença entre os que passam fome, os que ganham tanto como o que falta a um país, os que ficam a ver e acham que está tudo bem... ou que vai ficar melhor.

Neste tempo sagrado, todas as coisas que considerávamos sagradas correm o risco de se tornarem lixo, trash, junk, tal como a herança cultural que o mundo recebeu da Grécia, a herança cultural e humana que o mundo recebeu da Europa... por efeito de algumas pessoas que se sentem felizes, porque ganham imensas fortunas com o colapso do mundo dito, até agora, "civilizado".

Essa é talvez uma outra herança que a América (EUA) recebeu da Europa. Juntamente com a gripe e com a sífilis. A ideia do "salve-se quem puder". Porque, aparentemente, nada mais têm, para além daquilo que receberam. De bem e de mal. E até agora, só criaram Moodys e misturas de muitas coisas que receberam: coctails, que são misturas de bebidas criadas na Europa, hamburgers que são misturas de restos de carne, tudo muito bem picado, etc...

Nada contra a América e os Americanos, mas é natural que estejam a perder e que venham a ser trucidados por países com muito mais antigas tradições culturais: China, Índia, etc...


Neste ano sagrado de 2011, como são sagrados todos os anos e todos os dias e todas as horas do pouco  tempo que vivemos, quase ninguém acredita que o mundo, tal como o conhecemos, vai acabar em 2012. 
Apesar de não acreditarem, têm muito medo. Não querem que acabe... Receiam perder...

Mas, nesta hora sagrada de Noa,  do dia sagrado 281, Ano do Senhor de 2011, nos Estados Unidos da América, celebra-se já uma revolta. Que alastrou pelo país. Depois da Primavera Árabe, dos protestos na Europa, o Outono da América.
Tempos sagrados. Dos não muitos que nos restam para viver.

sexta-feira, outubro 07, 2011

Cristóvão Buarque, ministro do Brasil, sobre a internacionalização da Amazónia

Considerando que a Amazónia é o pulmão do mundo, que está a ser queimado, numa visita de Cristóvão  Buarque, ex-ministro e senador do Brasil, aos Estados Unidos, alguém teve a ingenuidade de lhe perguntar o que pensava sobre a hipótese, muito consensual, da internacionalização da Amazónia, de forma  a garantir, digamos, um controle imparcial. 
Cristóvão Buarque responde, entre outras coisas (excertos):

 "Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado"


"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país."


Deve ser distração minha, mas ainda não entendi por que não encontro isto nos principais jornais. Censura? não deve ser... depois se vê.


P.S.: Por erro de sites brasileiros, que noticiam este facto, Cristovão Cavalcanti Buarque foi confundido com o cantor Chico Buarque.




quinta-feira, outubro 06, 2011

Tomas Tranströmer: Prémio Nobel da literatura 2011

FUNCHAL

O restaurante do peixe na praia, uma simples barraca, 
construída por náufragos.
Muitos, chegados à porta, voltam para trás, mas não assim 
as rajadas de vento do mar.
Uma sombra encontra-se num cubículo fumarento e assa 
dois peixes, segundo uma antiga
receita da Atlântida. Pequenas explosões de alho.
O óleo flui nas rodelas do tomate. Cada dentada diz-nos que
o oceano nos quer bem,
um zunido das profundezas.

Ela e eu: olhamos um para o outro. Assim como se trepássemos 
as agrestes colinas floridas,
sem qualquer cansaço. Encontramo-nos do lado dos animais, 
bem-vindos, não envelhecemos. Mas já suportámos tantas 
coisas juntos, lembramo-nos disso, momentos em que 
de pouco ou nada servíamos (por exemplo, quando esperávamos 
na bicha para doarmos sangue ao saudável gigante –
ele tinha prescrito uma transfusão).
Acontecimentos, que nos poderiam ter separado, se não nos tivessem 
unido, e acontecimentos
que, lado a lado, esquecemos – mas eles não nos esqueceram!
Eles tornaram-se pedras. Pedras claras e escuras. Pedras de 
um mosaico desordenado.
E agora mesmo acontece: os cacos voam todos na mesma direcção, 
o mosaico nasce.
Ele espera por nós. Do cimo da parede, ilumina o quarto de hotel, 
um design, violento e doce,
talvez um rosto, não nos é possível compreender tudo, mesmo 
quando tiramos as roupas.

Ao entardecer, saímos.
A poderosa pata azul escura da meia ilha jaz expelida sobre o mar.
Embrenhamo-nos na multidão, somos empurrados, amigavelmente, 
suaves controlos,
todos falam, fervorosos, na língua estranha.
“ Um homem não é uma ilha “

Por meio deles fortalecemo-nos, mas também por meio de 
nós mesmos. Por meio daquilo que
existe em nós e que o outro não consegue ver. Aquela coisa 
que só se consegue encontrar
a ela própria. O paradoxo interior, a flor da garagem, a válvula 
contra a boa escuridão.
Uma bebida que borbulha nos copos vazios. Um altifalante 
que propaga o silêncio.
Um atalho que, por detrás de cada passo, cresce e cresce. 
Um livro que só no escuro se consegue ler.

Tomas Tranströmer
tradução de Luís Costa

Prémio Nobel para o poeta sueco Tomas Tranströmer

LISBOA

No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas
subidas.
Havia duas prisões. Uma delas era para os gatunos.
Eles acenavam através das grades.
Eles gritavam. Eles queriam ser fotografados!

"Mas aqui", dizia o revisor e ria baixinho, maliciosamente,
"aqui sentam-se os políticos". Eu vi a fachada, a fachada, a fachada
e em cima, a uma janela, um homem,
com um binóculo à frente dos olhos, espreitando
para além do mar.

A roupa pendia no azul. Os muros estavam quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos mais tarde, perguntei a uma dama de Lisboa:
Isto é real, ou fui eu que sonhei?

Tomas Tranströmer
tradução de Luís Costa

quarta-feira, outubro 05, 2011

Condecorações e medalhas

Ao ver as condecorações e medalhas que foram hoje atribuídas pelo Presidente da República, lembrei-me de um episódio que me dá sempre vontade de rir.
Ao entrar no bar Botequim, que pertencia a Natália Correia, ou tinha pertencido, mas isso são pormenores, reparei que, semi-ocultos por baixo de uma mesa, havia dois sacos de plástico, desses dos supermercados, cheios de qualquer coisa.
Num lugar daqueles, naquela hora nocturna, em que era suposto haver uma certa elegância, era inusitada a presença dos sacos de plástico, pelo que perguntei o que era aquilo.
Eram as as condecorações e as medalhas que Natália Correia tinha recebido até àquele momento. Como estava a ser preparada uma exposição sobre a sua obra, como não sabia o significado nem o nome das medalhas, levou-as para perguntar a alguém que entendia do assunto.
Dois sacos de plástico cheios de condecorações e medalhas, já um tanto envelhecias, as  fitas desbotadas e amarrotadas, via-se que não tinham sido particularmente estimadas. Debaixo de uma mesa...
Sempre me pareceu que Natália Correia tinha uma faceta anarquista. Bem ou mal, foi assim que entendi este episódio.

domingo, outubro 02, 2011

Quanta humilhação! Quanta coragem! Quanta bondade!

Tive, durante muitos anos, uma empregada de limpeza que também trabalhava para uma minha amiga. 

O marido esteve preso, a princípio condenado a 20 anos de prisão, mas tendo saído muito antes. Da última vez que foi detido, cumpriu 5 anos por ter roubado, para a sua carrinha, uma peça que custava 5 Euros. Mas, como lhe faltava cumprir 5 anos... Entretanto, foi libertado, trabalhou a carregar coisas e reformou-se. Durante todo este tempo, a senhora teve a minha chave e a das minhas amigas na sua casa e nunca nos desapareceu coisa alguma.

A dita senhora criou três filhos que "não deram nos estudos", mas que deram em tudo o mais, à custa do seu trabalho de limpezas e da reforma do pai do marido, que morreu entretanto. Já depois disso, o senhorio subiu-lhe a renda de casa, multiplicando-a quase por 10. Nesta ocasião, ainda o marido estava "dentro".

- Ó menina! Ele veio algemado ao velório da mãe e agora veio algemado ao velório do pai...! Que vergonha! Os meus filhos até fugiram quando o viram vir, com um polícia de cada lado!!! Os meus filhos não querem saber do pai, têm vergonha dele! (confesso que não fui ao velório, senão tinha visto isto).

- Porque não se divorcia?
- Ó menina, eu não sou casada! Era só o que me faltava! Ser casada!
- Então porque é que não se separa?
- Sei lá! Ele podia-me mandar matar!
- Ah!!! Ele trata-a mal?
- Não, menina! Ele trata-me bem. Era só o que faltava, se ainda por cima, me tratava mal!

Esta empregada de limpeza foi-se embora por causa da crise: muitas "freguesas" deixaram de poder pagar e ela arranjou um emprego a tempo inteiro, a ganhar mais e com todas as garantias. A crise foi para ela uma oportunidade. Disse-me que tinha pena de me deixar. Tinha medo que eu ficasse zangada por ela me deixar, ao fim de tantos anos. E que a tratasse mal por causa disso. 
- Mas eu ainda posso dizer que não aceito, percebe? O que acha? Aceito, ou não?

Quando lhe dei um rápido abraço de despedida, chorou. Um choro estranho, contido, disfarçado. Amargo. Um choro como eu nunca tinha visto. 
Um choro de quem muito chorou às escondidas. De humilhação. De vergonha. De coragem. De força de viver! De amor. De grande bondade! É assim o povo. Aquele que há-de vencer estes políticos e economistas... que têm o mundo a saque.

A explicar-me que ainda não sabia muito bem se havia de aceitar ou não a proposta irrecusável que lhe fizeram, sai-se com esta:
 - Ó menina, eu nunca liguei muito ao dinheiro.
Reflito e concluo: sim, é verdade, ela nunca ligou muito ao dinheiro... 
Nem os reis tiveram nunca esta régia liberdade. A de não ligar ao dinheiro...

sábado, outubro 01, 2011

Provérbios para a crise (continuação)

Guarda o que não presta, encontrarás o que precisas."

Como a minha mãe levava este provérbio um pouco à letra (Cuidado! Não levar à letra os provérbios), o meu pai inventou um novo:

"Guarda o que não presta, encontrarás o que não presta."

Este último parece mais verdadeiro, claro, mas também é verdade que hoje, que não no passado, se deitam fora coisas ótimas e se compram muitas outras em vez dessas. Uma senhora que trabalha em bibliotecas aconselhou-me a guardar as caixas dos sapatos para lhes retirar as tampas, para as meter entre os livros... numa biblioteca onde trabalho. "Graciosamente"...
- Ainda há caixas de sapatos? - Perguntei, espantada.
E não há dúvida que compramos caixas de papelão para substituir as embalagens que deitamos fora, etc... enfim. As que compramos são todas iguais, encaixam bem umas nas outras, mas, além de nos custarem dinheiro, custam energia. No mínimo.


Olá nova freguesa do blogue, uma brasileira chamada Cindinha. Suponho que veio cá para À procura de contos populares, não? Então, de posts sobre Fernando Pessoa?


Antigamente era tudo reciclado e reciclável. Agora vai tudo para o lixo.



terça-feira, setembro 27, 2011

Provérbios para a crise

Antigamente só havia crise. Muitos dos provérbios ensinam exatamente como lidar com a crise.


"Fui pedir ao meu vizinho e envergonhei-me. Fui para casa e rumediei-me [remediei-me]."


"Quem o alheio veste, na praça o despe."


(Quem se lembrar de mais, que os ponha aqui, como comment.)

"Guarda o que não presta, encontrarás o que precisas" - contra o desperdício.

"O trabalho do  menino é pouco, mas quem não o aproveita é louco"  - (Trabalho infantil?)

Sugerindo, talvez, a emigração:

"Há mar e mar, há ir e voltar"

E o indispensável saber:

"À terra onde fores ter, faz como vires fazer"

Que transmite a mesma ideia do aforismo:

"Em Roma, sê romano"


segunda-feira, setembro 26, 2011

Nem nas Telenovelas Brasileiras: A Mulher Ketchup

Em  Pindobaçu, em plena Chapada Diamantina, na Bahia, mora Virlan Anastácio, casado com Iranildes Araújo, conhecida por Lupita. São muito felizes, embora ele tenha tido uma amante chamada Nilza, a Galega.
Esta  Nilza Galega, que o amava muito, mandou matar a Lupita. Contratou, para isso, Carlos Roberto de Jesus, um jagunço.
Quando o jagunço ia cumprir o dito, matando a Iranildes, descobriu que eram amigos de infância e que não seria capaz de a matar. Mas queria o dinheiro, mil reais, perto de 400 Euros.
Que fazer? Combinou com Lupita fingir que a tinha assassinado, dando-lhe metade do dinheiro. Encharcou-a em Ketchup, meteu-lhe um facalhão debaixo do braço e tirou-lhe uma fotografia deitada no chão do quintal. Depois foi só receber o dinheiro e dar-lhe uma parte: não metade, como combinado, mas algum.


Muito feliz, Nilza Galega foi a um forró esperando encontrar-se com o amante viúvo, mas qual não é o seu espanto, encontra-o a dançar agarrado à legítima. Iranildes aproxima-se e começa a gozar com ela, fingindo ser um fantasma, ao que a Galega responde: "-Fui roubada". Tão desorientada ficou, que foi fazer queixa à polícia.


Iranilda, dita Lupita, torna-se mundiamente famosa como mulher Ketchup, bem como a localidade de Pindobaçu.
Cenas dos próximos capítulos: irá Lupita tornar-se política? Irá enriquecer com a fama?


VEJA AQUI



sábado, setembro 24, 2011

Educação e... facilitismo



Ver a partir de: o minutos, 25 segundos e até 3 minutos.

Se nos impressiona pela falta de proteção e excessivo esforço, é caso para pensar se as nossas não têm demasiada proteção e não são cada vez mais dispensadas de qualquer esforço. 
Este ministro da educação parece que pretendia exigir mais, mas os danos das anteriores sinistras ministras são irreversíveis. Conheci crianças que andavam 7 Km a pé para irem a um colégio privado, algures no Norte de Portugal e no século passado. O aproveitamento era fraco, como deve ser o destes miúdos.
Reflitamos: não se terá passado dum extremo ao outro?

Mostrar às crianças  e jovens que passam a infância e juventude a roçar o fundo das calças pelas cadeiras das escolas gratuitas, este e outros vídeos, alguns livros... que dão conta de situações como esta. Também existiam na Europa, no passado, mas nunca tão dramáticas, que eu saiba.

Mas nem tudo corre bem, neste país, nesta terra cheia de "buracos". Alguns buracos são ainda piores do que o buraco do Ozono, ou, como diria Hermano José, piores que o buraco do azoto...

quinta-feira, setembro 22, 2011

Cavaco e as vacas


Cavaco Silva adora tornar-se anedota por dizer coisas parvas a respeito das vacas. Em 2008 ficou maravilhado, extasiado e mesmo babado por ver as vaquinhas a serem ordenhadas por um robô, com um ar muito satisfeito.
Agora nos Açores, interrogado sobre a dívida da Madeira, o buraco no orçamento de que tinha conhecimento há séculos, afirma que reparou  "no sorriso das vacas, que estavam satisfeitíssimas, olhando para o pasto"
“Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando para o pasto".
Tal como Ulisses, é um presidente-rei "facundo" (ou seja, eloquente), não há dúvida.
Há dois posts neste blogue que atestam isso mesmo e que têm às vezes muita procura, com discursos fantásticos que fez. 


VER AQUI


E AQUI




Se ainda ao menos fosse irónico... mas não é! Só às vezes...
Esta descrição das vacas deliciadas, o que é que faz lembrar? A mim, não me faz lembrar nada.

Impostos

Parece que o sistema de aumentar os impostos de forma abrupta não está a dar resultado nenhum, o Estado, em vez de receber mais impostos recebe menos, dado que as pessoas cada vez compram menos. Era de esperar, não conseguiram prever isto?
Mas há algumas situações que poderiam ser bem diferentes. Por exemplo: o estado não comparticipa as medicinas alternativas, que nem podem ser descontadas nos impostos. O resultado é óbvio: há médicos que levam uma fortuna de consulta, mas não pagam um cêntimo de imposto. O que inclui os produtos que vendem...
No fundo, o problema é que só alguns pagam impostos.


quinta-feira, setembro 15, 2011





Vik Muniz é um artista plástico que utiliza diferentes materiais. Utilizou, por exemplo, centenas de pequenos diamantes para elaborar o retrato de Elisabeth Taylor. Mas não pensem que só utiliza materiais nobre. A sua última obra, pela qual recebeu o prémio da quarta edição dos Green Project Awards, é constituída por fotografias montadas com lixo a partir de retratos de coletores de lixo... 
Para isso, esteve dois anos na maior lixeira do mundo, o "Jardim Gramaxo"no Rio de Janeiro.


Recebe hoje mesmo o prémio, em Lisboa, na Culturgest, e o vídeo será em breve vendido com o Jornal Público, aqui em Portugal.

Petição contra a destruição dos oceanos

Não tenho agora tempo para traduzir esta petição contra a destruição dos oceanos.
se consegue entender, assine aqui

https://secure.avaaz.org/fr/stop_ocean_clear_cutting_fr/?rc=fb

quarta-feira, setembro 14, 2011

Em quem acreditar?

Hoje, logo na primeira página, o Jornal Público propagandeia que a Troika não quer mais aumentos de impostos, enquando a primeira do DN afirma que o FMI exige novos aumentos do Iva.
Acontece o mesmo em relação à atitude que a opinião pública  alemã teria sobre as ajudas aos países periféricos: uns dizem que estão contra a Merkel porque ela quer ajudar, outros que estão contra porque não ajuda o suficiente. 

E ainda hoje vem esta notícia: 50 por cento dos alemães é a favor de um novo fundo de assistência financeira aos países em dificuldades

As diferenças não costumavam ser assim tão grandes: entre uma coisa e o seu contrário...



terça-feira, setembro 13, 2011

Fotografias Pinhole: Camilla Watson,

Pinhole quer dizer buraco de alfinete. Pois é possível tirar fotografias com uma caixa, ou mesmo uma lata que tenha um furinho (pinhole). Coloca-se dentro um papel fotográfico, revela-se, põe-se a secar e pronto.
No Largo do Trigueiros, o Festival todos ofereceu esta experiência a quem conseguiu encontrar o sítio.


Só os estrangeiros para se integrarem bem no espírito de Lisboa. Este espelho posto na rua desta loja de dona estrangeira, de artesanato, está perfeitamente de acordo com a falta de privacidade da roupa a secar nos estendais, ao mesmo tempo que reflecte a bela luz, característica essencial da cidade. E é fotogénico. Nadinha fotografando na foto.



Juro que tirei esta fotografia, só com esta caixinha! Mas ainda está em negativo. Não sei fazer o resto. Nem sei se vale a pena. As impressões digitais não são minhas.



Uma fotógrafa, Camilla Watson, que no festival do ano passado resolveu guarnecer uma rua com as fotos dos seus moradores velhos, como diz na penúltima imagem, (é mesmo o festival de todos), este ano ofereceu isto. Uma experiência com fotografia pinhole.


VER AQUI página da fotógrafa Camilla Watsom Clicar por Cima

segunda-feira, setembro 12, 2011

Festival Todos e fotografias Pinhole: Camilla Watson,







O difícil foi encontrar o largo dos Trigueiros. Primeiro fui de táxi até outro sítio qualquer, depois fui a pé por ali acima, depois por ali abaixo, vira à direita, vira à esquerda, é ali, não era, é acolá, também não é, até que o encontrei. E afinal ficava a poucos metros do Martim Moniz, uma das praças centrais da cidade, subindo muitas escadinhas, que em Lisboa também são consideradas ruas.
Foi assim que cheguei lá: depois conto o resto. 
Reparem nas fotografias na parede da última rua.