terça-feira, dezembro 20, 2011

M' ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M' AVERGONHO ...

"M 'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO" ... (Sá de Miranda) 


Vem esta frase de Sá de Miranda a propósito da notícia hoje divulgada nos jornais:


Submarinos: gestores alemães condenados por suborno

Na Alemanha são condenados por terem pago suborno a portugueses, em Portugal, tudo bem. Quando sabemos que a crise é originada, sobretudo, pela corrupção...


E é então assim: "espanto-me às vezes , outras envergonho-me" - Sá de Miranda, poeta português do Sec. XVI
Talvez porque no século XVI já era assim, em Portugal: país digno de espanto às vezes, pelo muito que fez, digno de vergonha outras muitas vezes, por estas e por outras.


Não menos dignos de vergonha são estes casos, relatados no blogue amigo
Triplo V
Enfim: Terra Imunda!

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Querido líder: que Terra Imunda!







"Kim Jong-il, líder norte-coreano, morreu durante uma viagem de combóio por fadiga física".

As primeiras frases que os norte-coreanos aprendiam a dizer em crianças, era : 

-"Obrigado, querido líder".
Quando visitava um templo budista, considerava-se que tinha ido lá para ensinar budismo aos monges, os quais lhe agradeciam (eram obrigados a agradecer). Acontecia o mesmo quando ia a qualquer lugar - nos hospitais ensinava medicina aos médicos, que lhe agradeciam, etc.

Que horror! Nem na ficção se inventou um ditador mais nojento do que este.
Vemos aqui norte-coreanos a chorarem histericamente a morte do querido líder. Porque são obrigados a fazê-lo, ao frio e à neve.

Terra Imunda!

Precisamos de políticos com ideias, ideais e coragem, capazes de transformar a realidade ou de morrer a tentar

Seguramente, não precisamos nada de profetas da desgraça.
Vem isto a propósito das mais recentes declarações catastrofistas do actual primeiro ministro, Passos Coelho. 
Transformado num profeta da desgraça, tem-nos atazanado os ouvidos com previsões medonhas, muito realistas, de facto. 
Mas, se quiséssemos ouvir esse tipo de afirmações, poderíamos ir à bruxa, a qual corre o risco de ficar sem clientes devido à crise... pelo que deve andar com visões negras do futuro ... próprio e alheio.

Jorge Sampaio diz que não há alternativa ao capitalismo, passos Coelho manda-nos emigrar.
É para isto que servem os políticos?

domingo, dezembro 18, 2011

Portugal não precisa dos Portugueses? Só de ucranianos, africanos e chineses?

O primeiro Ministro aconselha os professores portugueses a emigrarem. É caso para os professores portugueses perguntarem, como numa antiga telenovela brasileira:
- Qui mais irá mi acontêcerrrrr?
Um outro ministro aconselhou já os jovens a emigrarem.
Ficamos cá com os reformados, os ucranianos e os africanos, estes últimos a ganharem metade e a não pagarem impostos nem segurança social. Para não falar nos indianos e nos chineses.
E a terem carradas de filhos, para aumentarem a população.
Este primeiro ministro parece ser mais um imenso equívoco. Como o anterior.



O cosmopolitismo até me parece bem, mas correr com os portugueses para fora de Portugal é que não cabe na cabeça de ninguém. Muito menos quando se anuncia a extinção de muitos lugares para o ensino da língua portuguesa no estrangeiro.
E pior ainda quando vemos esta outra notícia, no Expresso


Ou esta, ainda pior

Saem 9 milhões por dia para os Paraísos Fiscais


Já agora, vejam este artigo, ainda que posterior, em que a União Europeia desaconselha a emigração dos jovens qualificados.



sábado, dezembro 17, 2011

O Elevador de Santa Justa





A Susana Mendes Silva é uma artista plástica portuguesa, jovem, com obra exposta internacionalmente.
Resultante de um seu projeto artístico, mantém um blogue sobre o elevador de Santa Justa, no qual partilha impressões, sensações, emoções e recordações dos que passaram por ali, seja pelo hábito e pela necessidade, seja pelas circunstâncias das deambulações, turísticas e outras.


Santa Justa

Descobri este blogue recentemente e escrevi, de propósito, o texto que partilho agora, no Terra Imunda e no Santa Justa.

Vertigem
Sem pensar duas vezes, naquela bela tarde de verão, conduzi a minha irmã, de visita a Lisboa, pela estreita passagem que levava directamente ao cimo de elevador de Santa Justa. Pretendia surpreendê-la com mais uma das abruptas mudanças de perspectiva que a paisagem da cidade constantemente nos oferece.
Encontrámo-nos as duas, quase de repente, sobre o rendilhado de ferro que permitia ver à transparência o abismo que nos separava da rua do Ouro. Será do Ouro? A mim parecia-me ser... ou outra rua qualquer, lá muito ao fundo.
Subitamente, a minha irmã agarrou-se a mim num abraço constringente, a gemer e a contorcer-se. Perguntei-lhe o que tinha, mas ela não conseguia articular bem as palavras, enquanto, segurando-se com os braços pesadamente nos meus ombros, quase me arrastava para o chão.
- Que tens tu? Que se passa?
-Vertigens - acabei por ouvir a palavra balbuciada, tantas vezes dita por ela e tão temida.
Foi então que entendi os incompreensíveis e inúmeros relatos que ouvira desde criança, sempre que ela fazia alguma viagem. Chegada, na sua narração, ao cimo do miradouro, em vez de se entregar à descrição da esperada bela e exuberante paisagem, explodia em exclamações como estas:
- Foi horrível! Aquilo é medonho! Pensei que morria!
A minha irmã, mais velha sete anos do que eu, sempre me parecera uma mulher muito forte, até àquele momento das nossas vida e apesar dos inesperados relatos do medo que sentiu perante as mais belas paisagens que lhe foi dado vislumbrar. Quando eu era mais nova cheguei mesmo a perguntar-lhe por que razão havia sempre tanta gente fazendo filas para visitar sítios tão desagradáveis e assustadores, tremendos... Também nunca compreendi qual era a resposta a esta pergunta.
Arrastei-a com dificuldade até ao passadiço, pois as suas pernas pareciam feitas de cera mole, sem que os pés encontrassem a firmeza e a segurança dum chão onde pudessem fincar-se. Colocava-os de lado no pavimento, num completo descontrole motor. Pálida como a mesma cera e com os olhos, ora cerrados para não verem a distância, ora voltados na minha direcção, esgazeados e quase em branco.
Chegámos finalmente a um chão de terra, tosco, tendo ao lado do caminho uma grande pedra onde consegui sentá-la. Habituada à situação, no espaço de poucos minutos recuperou a compostura e a boa disposição, levantou-se muito bem e assim prosseguimos a nossa deambulação turística, pela cidade que escolhi para viver e que muito amo.
Quando vi o seu desafio de oferecermos as nossas recordações, ocorreu-me que o elevador nunca tinha tido para mim nenhum significado especial. Foi então que me lembrei disto. E de todo um passado a ouvir, à mesa enquanto jantávamos, nos dias comuns, incompreensíveis narrações de acontecimentos como este, escutadas por toda a família com muita atenção, num silêncio perplexo.




sexta-feira, dezembro 16, 2011

Prémios para os moribundos

Quem diz moribundos, diz monstros sagrados, claro. Como é o caso do recentemente atribuído a Eduardo Lourenço. Conheci em tempos uma jornalista e crítica literária de um conhecido e bom jornal que, após ter bebido alguns copos de whysky, confessou, ou talvez mesmo gabou-se (nem sempre é fácil distingir uma confissão de uma gabarolice, como demonstro claramente na minha peça de teatro a Ilha das Cruzes).
Volto ao princípio: a senhora acabou por me dizer que trabalhava na necrologia: a sua função era escrever elogios a mortos.
É chato. Sendo a matéria inconfessável, a senhora disse-me isto, por pensar que eu nunca  iria repetir as suas palavras Urbi et Orbi. Ainda nem existia Facebook e outras coisas do género...

- Você está moribundo? Que sorte! Candidate-se a melhor escritor, melhor filósofo, melhor... isto e aquilo...



Eduardo Lourenço é o Prémio Pessoa 2011

Pensando melhor, dá para entender que os melhores prémios sejam atribuídos aos moribundos: basta ver este caso, também tratado nos jornais de hoje

Jorge Sampaio reconhece que "não há alternativa ao capitalismo"

Para alguém tão bem conceituado como socialista de primeira água, é no mínimo chata esta declaração. Pois, quando as coisas correm mal, nada mais simples do que mudar de ideologia... prático, sem dor...
Estamos já tão habituados a estas pasmaceiras, que se tornou vulgar esta frase bombástica e inteligente:
"- Eu a mim, já nem me espanta, se vir um porco a voar."
Pois eu, a mim espanta-me. Muito! Tudo isto!

E já agora, poderíamos também instituir o prémio: O Melhor Moribundo de 2011. Concorra!

Nadinha

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Lisbon by Night: Natal 2011





Nesta época natalícia de 2011, Lisboa prima pela discrição, no que às luzes diz respeito.
Mas não pela falta de bom gosto. O desenho de luzes deve ter sido feito por alguém muito bom. E deve ter custado muito caro.


Como vêem, a iluminação valoriza o claro-escuro, os brancos, os dourados e as sombras.
E aqui, no Terreiro do paço, salienta a iluminação natural dos navios no rio e as luzes da outra margem.
Parabéns, Câmara de Lisboa: demonstrou que é possível fazer algo de belo com muito menos dinheiro e muito menos espalhafato. Afinal, quando queremos criticar um enfeite excessivo e disparatado, dizemos:
- Parece uma árvore de Natal.


Nesta noite de Dezembro de 2011, Lisboa não parece uma árvore de Natal. Parece o que é: uma cidade civilizada, a despeito dos políticos, que têm corrompido esta terra e têm posto este país a saque. 



quarta-feira, dezembro 14, 2011

Natal em Lisboa




Um sono tranquilo...
Foi uma das coisas que mais me impressionou, negativamente, quando vim viver para Lisboa. Tantas pessoas a dormir na rua como nunca tinha visto em lado nenhum.
Agora entendo que uma cidade como Lisboa atrai tudo. Muitos ricos, muitos pobres, a riqueza e a miséria... 
Até mesmo aves exóticas.

Não é bom e é mau, mas neste aspeto, como em outros, Lisboa distingue-se pela positiva, enfim, por contraste com outras cidades, por exemplo, Paris. Não acreditam? Vejam!


Paris bane pedintes de zonas comerciais e locais turísticos

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Apagada e vil tristeza



Vários cidadãos pedem uma auditoria à dívida pública, o que vai dar origem a um encontro em Lisboa, no dia 17

VER AQUI

De facto, a Islândia está a levantar-se após a bancarrota, porque, entre outras coisas, responsabilizou e meteu na cadeia os responsáveis pela sua crise.

VER AQUI

E em Portugal, o que temos? As mais variadas suspeitas, contra tudo e contra todos, como acontece sempre que não há justiça, ou seja, nunca... sempre... enfim...

Nos últimos dias, a nossa inteligência tem sido insultada por declarações como esta: Sócrates terá dito que"Tivemos a coragem de aumentar os défices e a dívida"

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/socrates-em-2010-tivemos-a-coragem-de-aumentar-os-defices-e-a-divida=f693361#ixzz1gKiq2Mkv

ou «Sócrates gastou 13,5 milhões em carros», já em 2010 *

Perante esta miséria, os portugueses viram-se obrigados a votar num político sem expectativas, mas quer era a única alternativa ao regime.

Pedro Passos Coelho não tem uma única ideia positiva para o país: parece não conhecer palavras, para usar nos discursos, como: "ideal" "esperança" "bom", "belo", "positivo", sonho, luta,  etc....

Após ter subido as taxas moderadoras numa percentagem que pareceria impossível há poucos meses, o primeiro ministro, longe de apontar para um futuro promissor, declara o seguinte:

Passos Coelho diz que taxas moderadoras ainda podem crescer mais

* E assim se foram os subsídios de natal, de férias, os feriados...

Temos o hábito de pensar que as pessoas ignorantes "burras" são todas boas. Mas, mesmo que sejam, o mal que fazem é, frequentemente, irreparável.

A estupidez é o pior defeito que alguém pode ter e isto não tem nada a ver com inteligência ou com a falta dela!

* Para quando meter este tipo na cadeia? Estão lá muitos, por terem feito muito menos. Mesmo sem estarem inocentes! Quanto mais não seja, poderá ser condenado p
or negligência.


Como aquelas amas-secas que deixam cair os bebés. 

sábado, dezembro 10, 2011

Presépio no Museu de Arte Antiga





Temporariamente exposto no Museu Nacional de Arte Antiga, este presépio de Santa Teresa de Carnide, faz parte do espólio do museu.



(Para ver mais presépios, clicar, ao fundo desta mensagem, na palavra Presépios. Aparecem todos seguidos, mas só depois deste)

quinta-feira, dezembro 08, 2011

A cobardia dos costumes brandos: ainda a ditadura


Barros Basto: o militar judeu que foi expulso do exército português em 1937 por praticar actos próprios da religião judaica.


É assim que se manifesta a segregação racista e anti-semita em Portugal, por épocas de perseguição aos judeus na Europa. Como o Capitão Barros Basto tentou reinstaurar em Lisboa a prática da religião judaica, entretanto quase desaparecida do país, foi difamado, sob uma acusação falsamente moralista, relacionada com o facto de praticar a circuncisão em rapazes, tendo sido, por esse motivo, destituído das honras militares. Porque é assim que funcionam os brandos costumes: por consenso. Ninguém é perseguido por ser judeu ou judaizante, apenas por ser imoral ou "imoralizante". Como aconteceu com o filósofo grego Sócrates. A neta do militar judeu tem um blogue que pretende ser uma forma de luta pela sua reabilitação e pela reposição da justiça, comparando-o ao famoso caso de Dreyfus, que ocorreu em França. 


Este assunto é também importante para a escrita da nossa história recente.




Mais desenvolvimentos deste assunto em 29 Fevereiro 2012


VER AQUI

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Alcaçuz




Já ouviu falar do alcaçuz? Rebuçados de alcaçuz, etc...

É uma planta medicinal, o que quase será sinónimo de erva daninha. A raíz é dez vezes mais doce do que o açúcar.

Acaba de ser considerada a planta do ano, pelas suas virtudes medicinais extraordinárias, caso anunciado pela World Aild Fund

É bom para quase tudo, desde gripes até problemas de colesterol, mas tem efeitos secundários inconvenientes: retenção de líquidos e consequente aumento da tensão arterial. Que podem ser evitados, ao consumir o extrato, como se vê 


"O extrato, que existe no mercado, de desglicirrizado de alcaçuz (com teores de glicirrizina inferior a 1 por cento), mas com todos os outros constituintes, e cujo consumo evita os efeitos secundários assinalados, constituirá uma alternativa mais aconselhável em necessidade de toma continuada".

Também há rebuçados de alcaçuz, mais antigos até que os de açúcar e viciantes...

terça-feira, dezembro 06, 2011

Fomos debalde, de balde, ou até mesmo, fomos de balde debalde

Ttalvez poucas pessoas saibam o que quer dizer "debalde", assim tudo pegado e até pensarão muitas que seja "de balde", como "com um balde". Pelo menos, aquelas pessoas que dizem coisas como camufulam, subeterrado debaixo de água, panaceira universal, barbacu (english barbecue) e outras complicações linguísticas como : dói-me muito a minha asiática, é tudo derivado ao castrol [colesterol] e outros atropelos à língua de Camões e Pessoa, poetas insignes, que corariam de vergonha, se não estivessem já pálidos de furor pelas cretinices dos políticos e quejandos. É que gostavam de Portugal!



Como o heterónimo de Pessoa, Ricardo Reis, que diz assim, num dos seus poemas : "Passamos e agitamo-nos debalde". - Quer dizer que o homem passa no mundo em vão, inutilmente, sem fazer nada que seja importante para o mundo. E a sua agitação também é inútil. Não o fará grande, a não ser a seus olhos. Aos olhos dos deuses, aos olhos do universo, a passagem do homem na terra é um momento insignificante, que não irá alterar nada, como todos nós intuimos, ao olhar para o firmamento, numa noite de verão. Passamos debalde. E, se tivermos um balde na mão, então passaremos debalde de balde [na mão]. Ou até mesmo de balde [na mão] e debalde (inutilmente). Perceberam?  Beijinhos. Segue o poema de Ricardo Reis, na íntegra. Tadinho, tão deprimido e tão depressivo!


Antes de nós nos mesmos arvoredos
Passou o vento, quando havia vento,
E as folhas não falavam
De outro modo do que hoje.
Passamos e agitamo-nos debalde.
Não fazemos mais ruído no que existe
Do que as folhas das árvores
Ou os passos do vento.
Tentemos pois com abandono assíduo
Entregar nosso esforço à Natureza
E não querer mais vida
Que a das árvores verdes.
Inutilmente parecemos grandes.
Salvo nós nada pelo mundo fora
Nos saúda a grandeza
Nem sem querer nos serve.
Se aqui, à beira-mar, o meu indício
Na areia o mar com ondas três o apaga.
Que fará na alta praia
Em que o mar é o Tempo?

sábado, dezembro 03, 2011

Você disse... Justiça?!


Se você pretende cometer vários crimes perfeitos em Portugal, só precisa de desaparecer por uns tempos. Entretanto o crime prescreve e você volta a ficar inocente, como aquele que estripou três mulheres. Os processos até já foram destruídos.
Que explicação poderá haver para isto, estando vivo o homicida e inocente como um anjo?
Diferentemente acontece se você mata quem o quer roubar, como aconteceu aqui:


Mas a solução é a mesma: sumir por uns tempos até voltar a ser inocente.
Se o estripador não for este, como dizem alguns que não é, então, se encontrarem o outro, ele nem pode ser preso. Pode andar por aí, dar entrevistas, gabar-se do que fez, etc...
Valha-nos o Fado!
(Imagem retirada do blog brasileiro "Paradoxo Jovem")

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Abaixo a Independência de Portugal e a restauração da Independência

Num passado remoto que já deveria ter sido esquecido, D. Afonso Henriques e mais tarde d. João IV meteram na cabeça a ideia peregrina de que Portugal deveria ser um reino independente de Espanha.
Actualmente todos nós desejaríamos pertencer a Espanha, para ganharmos mais dinheiro e vivermos melhor, mas os espanhóis não nos querem.
- Ide para a vossa terra, "galegos ciganos"! - que é como nos chamam. - Fora do euro e da CEE!
Mas agora, com a extinção das comemorações da Independência, já pode ser que nos queiram.

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Corrução? No problem

Temos de começar a não considerar a corrupção coisa normal: "se eu estivesse no lugar deles, fazia o mesmo" - costuma ser a desculpa.
Abaixo as desculpas.
Ver Aqui
Este problema parece ser agravado nos países católicos, o que não espanta ninguém, com a única excepção dos católicos.
Afirmei um dia, ao filho dum pastor inglês, que não entendia por que razão os anglo-saxões demitiam os ministros só por terem uma amante, Respondeu: claro que não entende, vocês acham normal que um padre abandone os filhos... 
Que não os reconheça, que os abandone, até mesmo à fome e à morte, sim...
Se pensamos que a igreja católica melhorou drásticamente, vejamos esta notícia: 

Igreja Católica alemã põe à venda a sua editora… pornográfica!

quarta-feira, novembro 30, 2011

Fil Arte Lisboa - continuação



Da última vez que postei aqui sobre este tema, prometi que voltaria. Substituí algumas fotos nos posts anteriores, estavam um nadinha tortas, ou assim, e acrescento algumas neste.
Voltei à Feira depois disso. Havia muito menos gente. Descobri obras que me tinham passado despercebidas. E que aqui vão. É questão de clicar nos links que vos interessarem, ao fundo da mensagem. Aparecem todos seguidos, no écran. [Ai, há gente que ainda não sabe ver blogues!].

Quanto à do tema central, Mabel Poblet, artista cubana, só não comprei, com pena minha, uma das suas peças, que me agradou muitíssimo, porque é feita de um material muito perecível. Películas de plástico... pregadas com pequenas taxas. E sem nada a tapar, que é a técnica utilizada por esta artista. Como sou um Nadinha trapalhona, não me vejo a espanar, espadanar, etc... a obra...  e a minha mulher a dias não será, talvez, a pessoa indicada para o fazer, acho eu...
Enfim, a peça era esta na imagem acima. A foto incluída é o auto retrato da autora.
(Nunca entendi como se conservam certas obras modernas contemporâneas. Muitas. Muitíssimas.)

Enfim, vejamos o que mais descobri de interessante. Não sei até que ponto os blogues têm o direito de postar fotos de obras, mas alguns artistas têm-me agradecido por as divulgar. É algo que fica na net. Que pode ser visto em todo o mundo... Se eu morresse agora, ninguém poderia alterar nada disto. Mas eu não estou morredoira. 
Felizmente. Acho eu. E podem pedir-me que apague. 


Enfim, este blogue vai fazer 6 anos em 1 de Janeiro. Postei muitas obras de arte, muitas críticas à situação política e outra, mas até agora não tive nenhum desentendimento com ninguém, além de ter recebido muitos agradecimentos. 


Um post como este pode não interessar hoje a ninguém e interessar amanhã a muita gente, etc...

segunda-feira, novembro 28, 2011

Feriados, Fado e Fátima

Já que vão acabar com alguns feriados, nada como instituir outros, que tenham mais significado para as pessoas. E alguns podem ficar logo à sexta-feira para sempre.
O dia do fado, por exemplo, podia ser a primeira ou última sexta feira de ... um mês qualquer. Um que não tenha feriados. É claro que algumas pessoas, como uma que conheci, farão ponte de segunda a quinta, mas esses...
O dia do Fado, à sexta, seria seguido pelo fim de semana do fado, com muitos espectáculos, populares e outros, acompanhados por comidas bem regadas de vinhos portugueses, atraindo grande quantidade de turistas.
E, claro, o 13 de Maio também poderia ser feriado.
Conheço muitas pessoas que vão sempre a Fátima no 13 de Maio, algumas mesmo a pé, outras não vão com muita pena...
Não sou suspeita: só fui a Fátima uma vez, há cerca de 10 anos.
Nem sou grande apreciadora de fado. Mas, ao menos, estes feriados seriam realmente, para muitos, a comemoração da data.
Já temos um feriado para um poeta, nada como termos um para uma canção. Parece que Portugal é mesmo o único país cujo dia nacional é o dia (da morte) de um poeta. O que é bonito.
Quanto a tirar os feriados só porque alguns fazem ponte, isso é ridículo: passam a  meter atestados médicos  por uma semana ou mais. Acho bem que acabem com alguns, já muito obsoletos e os substituam por outros. Mas 15 de Agosto, esse é importante: é o italiano Ferragosto.

Em 2007 escrevi neste blogue um post para gozar com o facto de que ninguém sabe o que se comemora a 1 de Dezembro. Não seria o caso, se fosse algo que dissesse respeito à vida normal das pessoas.

Ver aqui:  Feriado de quê?

sábado, novembro 26, 2011

Fil Arte Lisboa






Também muitas pessoas, incluindo eu, apreciaram a obra desta autora espanhola, que vai do fantástico ao fantasmático, ao mitilógico, à crítica irónica. Descubro sempre um autor novo que me agrada, agora foi esta. Amanhã tiro fotos melhores. 
Na Galeria Trindade, simpática Galeria do Porto.