sexta-feira, setembro 19, 2008

Meteora


Nunca imaginei que pudesse existir um lugar como este. Acabo de descobrir na net que existe e fica na Europa: Grécia.
Chama-se Meteora e tem mosteiros como este no alto das rochas.
Há mais em

quarta-feira, setembro 17, 2008

Vigarice

Já me tinham avisado, mas é claro que eu não acreditei.
Disseram-me que quando pedimos o orçamento para uma obra em casa e depois mandamos acrescentar algum extra, por pequeno que seja, o preço aumenta logo para o dobro. E as pessoas pagam.

Embora eu não tenha acreditado, a amiga que me disse isto só se enganou em duas coisas:
1º- o preço aumentou, não para o dobro mas sim para o triplo, por uma coisita de nada que pedi.
2º- É claro que não paguei.

Hoje, finalmente, entendi-me com o empreiteiro, pagando cerca de metade do que me pediu.
Ficámos tão felizes e amigos para sempre, que o senhor até fez questão de que eu fosse ver uma remodelação que fez numa casa vizinha, e eu fui. Estava realmente muito bonita.

Só não entendo por que razão as pessoas pagam tudo o que lhes pedem...
Parecia aqueles vendedores que vi em Marrocos e na Tunísia: pedem uma exorbitância e ficam muito felizes com pouco... mas desses eu tenho pena, porque são pobres e às vezes dou mesmo o que pedem.
Só não tive pena de um taxista em Casablanca que me pediu 100 euros para ir da zona do porto em que estava o navio até ao centro da cidade, num carro completamente desconjuntado. Eram uns 2 minutos de caminho e aceitou fazê-lo por 5 Euros.
Convenhamos: aqui em Lisboa não custava mais de 3 e a vida lá não é tão cara.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Louros


Estas imensas ávores são loureiros das Índias, que o mesmo é dizer, da América. Há aqui muitos loureiros, mas estes ficam enormes.
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sábado, setembro 13, 2008

Tempo de Renovação

Estamos em tempo de renovação.
Meditemos sobre a mudança que queremos.
A mutação é inevitável sempre.
Ou mudamos como queremos ou mudamos de outra maneira qualquer.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Caçar com gato

Gosto de alguns ditados populares, sobretudo dos mais absurdos como este:

"Quem não tem cão, caça com gato".

Imaginem caçar com um gato, que não vai atrás das pessoas para lado nenhum e que não faz nada que lhe mandem...

Mas foi o que me aconteceu. Como a minha máquina fotográfica pifou, fui buscar uma velha.

A velha não é velha, tem três anos, é equivalente à nova, mas que diferença! Nem tem cartão de memória... e é só comparar as fotos de uma e outra...

Conclusão: as coisas ficam velhas em 3 anos.

Outra conclusão:
"Quem não tem cão, caça com gato".

terça-feira, setembro 09, 2008

Terra Imunda

Uma das minhas amigas Marias enviou-me por email este texto de Guerra Junqueiro sobre Portugal. Resolvi colocá-lo aqui para vocês me dizerem se tudo mudou desde 1886 até ao século XXI.

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..." Guerra Junqueiro escrito em 1886

sábado, setembro 06, 2008

Terra Imunda



Costa da Caparica: "favela" e praia, em 6-9-2008
Ampliar imagens. Esta terra podia ser melhor, não acham?
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quinta-feira, setembro 04, 2008

Negócios islâmicos

O Activo Banco 7 envia todas as semanas aos clientes uma newsletter muito interessante, com informações sobre economia e finança.
Vejam isto, sobre a lei islâmica, que proibe inúmeros investimentos e negócios.

Segundo a "Sharia" o dinheiro não pode gerar dinheiro, logo a cobrança de juros é considerada usura.

É proibido ("haram") investir na comercialização e produção de bebidas alcoólicas, tabaco, derivados de carne de porco, armamento, produtos financeiros convencionais, seguros e na generalidade das indústrias de lazer (actividades de jogo, hotéis, restaurantes, cinema e música, entre outros).

As empresas com um endividamento superior a 33,33% do total de activos ou da sua capitalização bolsista actual, não podem beneficiar dos serviços de um banco islâmico, nem são passíveis de investimento.

E portanto, há produtos financeiros próprios para quem quiser cumprir estas e outras leis da "Sharia" (lei que regula a vida privada, publica e financeira dos muçulmanos).

quarta-feira, setembro 03, 2008

Nefertiti

Ando a ler agora um livro, um romance histórico sobre Nefertiti e o rei Akhenaton.
Sei que já vi um filme sobre isto e até me parece que fosse antigo, talvez com a Sofia Loren? Se alguém se lembrar, agradeço que diga. Lembro-me bem da cerimónia dos mortos, retirada do livro dos mortos do Egipto antigo, um óptimo momento de cinema.
Quanto ao livro, lê-se com agrado, se ignorarmos que todos tomam banho todos os dias, escrevem em papiros tudo o que lhes vem à cabeça, amarrotam os papiros e deitam-nos ao lixo de cada vez que a mensagem lhes desagrada, enfim, o que vos tenho dito como defeitos do romance histórico.
Cada vez mais me convenço que o romance histórico não é literatura, como li num artigo cujo autor não fixei, mas que parece corresponder a uma teoria actual.
Será uma espécie de reportagem histórica, que poderá ser quase exacta na "pior das hipóteses" e delirante na melhor, ou seja, naquela versão que todos queremos ler.
E todos fazem massagens, só falta limparem o traseiro a papiros e usarem telemóvel, mas esta última também existe sob a forma de bola de cristal, ou algo mágico que faça as vezes da televisão e do telemóvel.
Como vêem, regressei. Mas ainda não definitivamente.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Gigos


Estes cestos chamam-se gigos e antigamente eram utilizados para transportar tudo, incluindo as uvas das vindimas, à cabeça das mulheres ou aos ombros dos homens.
Até mesmo as pedras e a terra se transportavam assim.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Ainda a Boneca da Montra: Concurso

Ocorreram-me outras conclusões para a história da Boneca da Montra, dentro dos finais infelizes.

Terror:

Um dia, a menina foi ao aniversário da pior inimiga e um dos presentes que ofereceram à aniversariante foi a Boneca da Montra. Ainda por cima, a pior inimiga não ligou nenhuma à boneca, porque tinha outras maiores. Que horror!!!!!!!!!!

Suspense:
Oferecem à menina a Boneca da Montra, mas como era muito cara, não a deixam brincar com ela. Põem-na em cima do guarda-roupa da menina, que está proibida de trepar ao guarda-roupa, ou mesmo de lhe tocar, para não a estragar.
A menina continua a olhar para a Boneca da Montra como se a Boneca estivesse na montra.

Concurso:
Invente você outros finais, felizes ou infelizes para a Boneca da Montra.
Candidate-se! Incríveis prémios! (Eu não disse que eram bons...)

terça-feira, agosto 19, 2008

Lembra-se da Boneca da Montra?

A história era assim:
A menina passava sempre por aquela loja para ver a boneca da montra. Mesmo que tivesse que percorrer um caminho muito mais longo, todos os dias, para ir para a escola, ou que inventar algum pretexto para a levarem por aquela rua.

Os finais da história são variados:

Final mau: um dia, a menina olha para a montra e não vê a boneca, que foi vendida e não há outra igual (no mundo).
Final pior: um dia, a menina passa no mesmo sítio, mas não vê a boneca, nem a montra, nem a loja nem a rua, que já não existem: explicações: ou passou demasiado tempo, ou houve uma guerra, um terramoto, ou então a história é filosófica...
Final ainda muito pior: um dia oferecem à menina, como grande surpresa, embrulhada num papel bonito, com um laço bonito, dentro de uma caixa bonita, a boneca que estava na montra ao lado daquela, ou a que estava na montra da loja do lado. Porque é este final muito pior? Porque é o normal.
Final bom: um dia oferecem à menina, como grande surpresa, embrulhada num papel bonito, com um laço bonito, dentro de uma caixa bonita, a boneca da montra.
Final que não vem nas histórias: um dia a menina compra a boneca da montra.

Foi o que me aconteceu.

Este computador, realmente portátil, minúsculo e lindo, só existe à venda há cerca de um mês, mas eu já andava à procura dele pelo menos há 4 ou 5 anos.
Este era o que estava exposto para venda, o último.
UAU!!!!!!!!!!!
Comprei a boneca da montra!!!!!!!!!!!!!!!

Vou escrever nele para vocês.

Comprei a Boneca Da Montra.


Comprei a Boneca Da Montra.
Lembram-se da Boneca Da Montra?

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segunda-feira, agosto 18, 2008

Terceiro Capítulo: O Regresso

Bem, o regresso não teve história, pensando melhor, foi cheio de sensações invulgares e talvez mesmo únicas, que talvez um dia use para escrever qualquer coisa...
Um estranho e óptimo jantar num restaurante à beira da estrada, por exemplo...

domingo, agosto 17, 2008

Segundo Capítulo: Pont Mans

Ao chegar a Pont Mans, sem me parecer que valia a pena fixar o nome da terra, dado que estava a meio de sítio nenhum, resolvi cirandar pelas redondezas. E que vejo???!!!

Uma imensa igreja, talvez seja mais exacto dizer uma basílica, tão grande como feia, em tons de azul, se não me engano, atrás de uma enorme imagem escultórica de nossa Senhora igualmente feia e azul, tudo isto rodeado de um espaço muito amplo e muito dividido, como se fossem necessário tantos pátios, caminhos, muros, etc. Fiquei assombrada. O que era aquilo? Numa França tão cheia de catedrais sofisticadas e antigas, uma coisa daquelas...

Apesar de haver tanto espaço, não se via vivalma, o que adensava o mistério: para quê uma igreja tão grande numa terra sem ninguém?

De repente vejo aparecer uma senhora com todo o ar de ser muito religiosa e austera, o que aqui chamávamos uma "beata". Não era simpática, mas mesmo assim dirigi-me a ela e perguntei o que era aquilo.

Mirou-me consternada e ofendida. Eu falava muito bem francês e a senhora não podia sequer imaginar que uma francesa nunca tivesse ouvido falar de Pont Mans.
- Desculpe, é que eu sou estrangeira, na verdade, sou portuguesa...
- E portuguesa mas nasceu aqui?!
- Não, nada disso, sou mesmo estrangeira...
- Julga que me engana? Veio para cá em criança e quer-me convencer de que...
- Não, eu de facto estou aqui só há quinze dias...

Depois de a ter convencido, ela explicou-me: antes de ter aparecido em Lourdes, a Nossa Senhora apareceu em Pont Mans. Mas o santuário de Lourdes e o culto da Nossa Senhora de Lourdes acabaram por ofuscar a adoração de Nossa Senhora de Pont Mans, que, contudo, ainda era importantíssima em França. E concluiu perguntando-me com ar magoado:
- Mas vocês, lá em Portugal, nunca ouviram falar da Nossa Senhora de Pont Mans?
Pelo modo como falou, dir-se-ia que ela própria nunca tinha ouvido falar da Nossa senhora de Fátima, também concorrente da sua, mas nessa época, Fátima não tinha tanta fama internacional como tem hoje.
Tentando não a desiludir nem ofender mais, lá me escapei como pude, pedindo desculpa, dizendo que nunca ouvira falar... sumindo do mapa.

Alguns anos depois, ao estudar a poesia e a vida de Antero de Quental, descubro o seguinte.

Este nosso grande poeta, um dos primeiros ateus por obrigação, agnóstico, era torturado pela dúvida, sendo atraído pela religião católica, que contudo negava com veemência, como atitude filosófica.

Numa noite de tempestade, colocou-se à frente de uma igreja, ao cimo das escadas, afirmando que Deus não existia e desafiando-o a provar-lhe o contrário.

- Se existes, manda que um raio me destrua, a mim, que te nego! (Palavras minhas).

Não aconteceu nada, a não ser os seus amigos escritores e ateus, entre eles Eça de Queirós, terem-lhe posto o apelido de Santo Antero.
Então, Antero, aguardando uma prova, um sinal da existência de Deus, viu esse sinal na aparição da Nossa Senhora em Pont Mans, a primeira das "modernas" aparições.

Tão emocionado ficou, que se reconverteu ao catolicismo, creio que só temporariamente, como é próprio dos seres torturados pela dúvida, e escreveu então alguns dos mais belos poemas místicos da língua portuguesa.
Musicados posteriormente, são hoje muito conhecidos do grande público e vou transcrever aqui dois deles.

Cenas dos próximos capítulos (se os houver): De Pont Mans à cidade do Porto. (Continuação da minha viagem).






Sonetos de Antero de Quental

Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.




Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despôjo vão,
Depus do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.




Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,




Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!




Obtido em "http://pt.wikisource.org/wiki/Na_m%C3%A3o_de_Deus"



Cheia de Graça, Mãe de Misericordia


N'um sonho todo feito de incerteza,
De nocturna e indizivel anciedade,
É que eu vi teu olhar de piedade
E (mais que piedade) de tristeza...


Não era o vulgar brilho da beleza,
Nem o ardor banal da mocidade...
Era outra luz, era outra suavidade,
Que até nem sei se as há na natureza...


Um mystico soffrer... uma ventura
Feita só do perdão, só da ternura
E da paz da nossa hora derradeira...


Ó visão, visão triste e piedosa!
Fita-me assim calada, assim chorosa...
E deixa-me sonhar a vida inteira!


Obtido em "http://pt.wikisource.org/wiki/%C3%81_Virgem_Santissima"

sábado, agosto 16, 2008

Viagens de aventura: França

Hoje em dia as pessoas viajam com tudo pago, com guias... é um modo de viajar a que se chama fazer turismo. Para alguns, isto é quase o contrário de viajar, pois não tem aventura nem inesperado. Tenho viajado assim algumas vezes, mas não sempre.
Vou contar-vos a primeira vez que fui a França.
Fui com a Emília, que agora vive lá e com um amigo que tínhamos nessa época, bonitinho, simpático, pouco dotado para as línguas...
Nenhum de nós tinha dinheiro, mas o desejo era grande. Decidida a transformar o desejo em vontade, eu, que sempre tive jeito para viajar, talvez seja a única coisa paera que tenho jeito, decidi pelos três. Vamos para França no dia de tal e marquei uma data, já que a viagem tinha sido adiada muitas vezes, talvez até de um ano para outro.
Perante esta obrigação, eles foram à cidade mais próxima comprar umas coisas de que precisavam. Ao regressar, imaginem, tinham arranjado uma boleia com um emigrante português, o Sr. Manuel, para o Sul de França, creio que Lyon.
Lembras-te, Emília? A Emília ainda anda por aqui...
E lá fomos no dia previsto. O Sr. Manel era um querido, mas punha no gravador do automóvel uma múisica horrenda e muito romântica, só para emigrantes, sempre a mesma...
Muitos anos depois essa música foi aqui vulgarizada pelo cómico Hermano José e ridicularizada... por ser coisa de ignorantes... mas a verdade é que ninguém em Portugal conhecia tal música. Essa foi a parte chata da viagem... Emília, esqueço-me dos pormenores...
Eles também nos arranjaram uma casa de um emigrante (imaginem!) no Norte de França. Fomos para lá e depois para a Normandia, onde tínhamos amigos franceses que trabalhavam numa fábrica de queijos, talvez "La Vache Qui Rit". Esses amigos arranjaram-nos boleia para Portugal em camions Tir dessa fábrica, mas só um em cada camion. Acreditam nisto? Pois é verdade.
Eu era nessa época uma pessoa extravagante, aparentemente sem muito sentido prático, mas na viagem descobriu-se que era muito desenrascada, o que foi importante para a minha alma e para sempre até agora.
Por esse motivo, arranjaram-me uma boleia que não era directa: primeiro ia num camion até Pont Mans e depois esperava por outro...
A continuar...
Cenas dos próximos capítulos: Pont Mans e comentários da Emília ( talvez em privado).

sexta-feira, agosto 15, 2008

New Look



É importante sair da rotina... perder um avião, mudar o look...

Teide



O grande ausente das minhas fotografias da ilha de Tenerife é o vulcão Teide. Talvez também a sua personagem principal.
Só tenho estas fotos, pelo menos bonitas, embora tenho visto imagens e mesmo cartazes muito lindos.
Primeiro porque não fui lá vê-lo, segundo porque estava sempre envolto em névoa ou coberto de nuvens.
É esta água, da névoa e das nuvens, a que chamam chuva horizontal, que alimenta o bosque de laurissilva e outras zonas verdes das ilhas.
Esta terra em primeiro plano chama-se Orotava.
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quinta-feira, agosto 14, 2008

Passear

Ainda me apetece andar de malas aviadas. Para além de ir para o Norte de Portugal, ocorre-me, entre outras hipóteses, um convite do blogue amigo Incomunidades e do meu amigo Alberto Augusto Miranda: Ponferrada, em Espanha.

http://incomunidade.blogspot.com/2008/08/incomunidade-em-ponferrada.html
Ou ver nos favoritos deste blogue "Incomunidade".
Ainda não decidi se vou, mas torno o convite extensivo a todos vocês, sobretudo aoss portugueses: 1º semana de Setembro.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Gerações

Fui hoje à agência de viagens, já de regresso a Lisboa, reclamar por ter perdido o avião e por ninguém me ter prestado a assistência a que tinha direito.
A Bárbara, que costuma tratar das minhas viagens, ficou em estado de choque, quase chorou ou chorou mesmo e pediu-me milhares de desculpas.
Todo este episódio confirmou uma opinião que eu tinha sobre a realidade portuguesa e agora também internacional, pelo menos em Portugal e Espanha, mas creio que noutros países também: as mulheres na casa dos trinta anos e poucos homens da mesma casa são claramente superiores, em termos profissionais, às pessas da casa dos 40, 50, 60. Estas últimas, a geração do Baby Boom, não tiveram que lutar por nada, pois tudo lhes foi fácil. Não são competitivas, mas anulam a competição por estarem neste momento em lugar de destaque e de mando.
Na casa dos 30, encontramos pessoas hiper-vocacionadas para o trabalho que têm e que lutaram para ter, tendo ganho a competição. Isto acontece sobretudo com as mulheres, dado que os homens estão à frente, ainda. Quanto à actual superioridade das mulheres, em termos intelectuais e em termos de responsabilidade, basta ver as notas dos estudantes...
Neste caso, e é nisso que eu nunca tinha pensado, quem se sente vocacionado para o turismo tem a noção de que umas férias bem passadas são importantes para o bem-estar e a saúde mental da pessoa que as passa, são o substituto de muitas consultas ao psiquiatra, ao psicanalista, ao médico da coluna, do coração. É importante passar umas férias boas, muito mais do que parece.
As minhas foram óptimas até agora, não telefonei À Bárbara porque não a quis preocupar.

E os jardins!



Os jardins foram a primeira coisa que me impressionou quando há uns anos desembarquei em Lanzarote. Nesse caso por serem simples e pobres, com terra preta, mas também porque eu vinha do mar, onde não há jardins.
Aqui, dada a variedade da flora, há jardins lindíssimos, sobretudo com árvores como esta e como a que está nos Escrevedoiros, em que as trepadeiras completam o quadro.

Entre os souvenirs que se trazem desta terra estão as sementes e alguns pés já envasados e prontos a transportar.

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terça-feira, agosto 12, 2008

Flora


Algo que é muito interessante nas Canárias é a diversidade da vegetação, dada a variedade de microclimas. Dizem até que tudo se dá bem. Salta à vista esse aspecto e também o contraste: A maioria da terra é completamente nua, seca, desprovida de vegetação ou só com cardos...
Há também muitas palmeiras selvagens. É possível explorá-las, obtendo para isso autorização. Qualquer pessoa pode, assim, extrair mel de palma ou mesmo aguardente de palma. É uma árvore que tem tudo para dar. Isto acontece sobretudo na ilha de La Gomera.
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Golf Del Sur



Aquelas casinhas são alugadas por 200 Euros por semana com um quaro e 250 com dois.
Quando eu era pequena gostava de desenhar assim muitas casinhas pegadas umas às outras. No mínimo, em cada casinha havia 2 ou 3 crianças para brincarem comigo. Era assim que eu imaginava uma cidade. Ainda hoje continuo a imaginar cidades. Como sabem alguns de vocês...
Pormenor do hotel Golf Plaza.
Entre as coisas boas que fizeram nas Ilhas Canárias estão as pistas para caminhar ou correr, como esta.
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segunda-feira, agosto 11, 2008

Praias







Bem, já agora aproveito para fazer praia. Praia, piscina e tudo.
As pessoas normais, quando estão numa ilha, vão para a praia, não é?

Eu sou uma pessoa normal! Eu sou uma pessoa normal! Eu sou uma pessoa normal! Eu sou uma pessoa normal! Juro!!!

Já agora digam-me uma coisa: as outras pessoas normais conseguem aguentar isto mais do que dez minutos?



sábado, agosto 09, 2008

Destino

Imaginem só o que me aconteceu!
Já deveria estar agora em Lisboa, mas perdi o aviao.
Estava na parte Norte de Tenerife, onde nao há quase praia, até porque o tempo é meio encoberto, mas vim apanhar o aviao que perdi, ao Sul.

Vou ficar aqui, satisfeitíssima e desta vez vou mesmo fazer algo parecido com praia.
Uma francesa que aqui encontrei diz que é o destino! Será...


É a segunda vez que me acontece ir parar sem querer a uma terra de que nunca ouvi falar nem sabia que existia. É a melhor viagem que pode haver, perdermo-nos e encontrarmos algo de novo e diferente, dentro e fora de nós.

Quando nao precisamos de nada nem de ninguém, esquecemo-nos às vezes da bondade das pessoas, ao ponto de pensar que ninguém nos ajudaria. Várias pessoas de várias nacionalidades me ajudaram, ou pelo menos tentaram. Isso surpreendeu-me, já que as pessoas estao cada vez mais reservadas e discretas, nao falam umas com as outras... mas se for necessário, nao só falam como fazem muitas outras coisas. É o que eu quero dizer ao escrever que esta viagem me fez descobrir algo de novo, na terra e nas pessoas...

Se voltar às Canárias e hei-de voltar, venho logo direito para aqui, até porque é muito barato.
Hotel Golf Plaza, terra de Golf del Sur (nao parece nome de terra, mas é). É um aldeamento turístico criado de raiz há pouco tempo, provavelmente dedicado ao golf. Fica perto de tudo o que é bom, incluindo o porto e o aeroporto e as pessoas sao competentes e simpáticas, ao contrário do que me pareceram a outras que encontrei até aqui: o dono do hotel, por ser o mais próximo do aeroporto, fez-me logo um desconto de 15 Euros por dia. Imaginem, em vez de se aproveitar da situaçao, acha que deve ajudar as pessoas...

Nao posso pôr imagens, ainda nao percebi porquê.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Sem Titulo



Que horror! Imaginem-se a viver ali!
E no entanto, uns austríacos fizeram lá ao fundo um hotel e uma quinta biológica, aonde só se pode ir de barco e organizam caminhadas por antigos trilhos da serra, para turistas. Para mim nao, obrigada.
Creio que nao é neste sítio, mas mais perto do porto. Isto nem é o sítio onde Judas perdeu as botas, porque nem o próprio Judas veio para aqui...

No tempo dos dinossauros





Na ilha de La Gomera existe um bosque de "Laurissilva" que existiu na Europa na epoca dos dinossauros, ainda a nossa avo nao era nascida, percebem? Nao e periodo que me interesse por ai alem, sendo eu toda voltada para as realizaçoes do espirito humano, mas...
E o maior bosque de laurissilva do mundo. Ha 27 espécies diferentes de árvores, incluindo 4 castas de loureiros.

Veem-se tambem aqui umas montanhas negras e nuas e imensas... sem vivalma e sem nada...

E depois eu, um tanto cansada mas ja rodeada de realizaçoes humanas, incluindo as sandalias novas..




À descoberta das Índias Orientais





Foi daqui, da cidade de San Sebastian, Ilha de La Gomera, que partiu Cristovao Colombo para a descoberta das Indias Orientais, vulgo America.

E foi neste poço que meteu agua.
Casa da Aguada, San Sebastian de La Gomera, Ilhas Canarias

terça-feira, agosto 05, 2008

domingo, agosto 03, 2008

Outra

É cada loja!
Puerto de la Cruz, Tenerife, Canarias

Adivinhem onde estou


Quem sabe nao pode responder porque saber nao é adivinhar.
Dica: o computador nao tem til para as vogais.
A Maria adivinhou. Mais ou menos...
Puerto de la Cruz, Tenerife, Canarias

quinta-feira, julho 31, 2008

Utilidade do Jornal Expresso

A última vez que utilizei o Jornal Expresso para tapar o chão porque a casa andava em obras, ele era muito maior do que é agora. Pelo menos para isso ainda servia...
Andei hoje a espalhá-lo pela casa, mas não dá jeito nenhum.
Nessa altura também este jornal não cantava hinos de louvor a Sócrates (refiro-me ao José Pinto).
Estou também a experimentar pela primeira vez a curiosa sensação de me levantar às 7 da manhã nas férias. Para descansar. E para superintender às obras... claro.


Após estas reflexões profundas e profícuas(notar a aliteração), decidi deixar de comprar o Expresso. Entendam isto como uma greve e façam o mesmo.

terça-feira, julho 29, 2008

Eu Servi o Rei de Inglaterra - Filme

Vi este filme, de Jirí Menzel e gostei.
Acho boas quase todas as alternativas ao cinema americano, mas este realizador é daqueles que fizeram história.
O filme conta as peripécias de um homem que trabalhou sobretudo como criado de mesa em restaurantes chiques da Checoslováquia. Abrange a 2ª Gerra Mundial, com a ocupação do país pelos alemães, mais tarde a libertação e posterior instalação do regime comunista.
A personagem principal é um anti-herói algo cómico, mas o filme tem uma ironia subtil que faz sorrir, não provoca aquelas gargalhadas sonoras de quem não está a pensar.
É de facto um país que foi dum extremo ao outro, antes de ser desmantelado e transformado em dois. É bem apanhada a ideia de mostrar essa sociedade sob a perspectiva do luxo, que deixa de existir no regime comunista e que assume facetas diferentes durante a ocupação nazi. Também mostra o "ridículo" das ideologias e de quem as segue de forma rígida.

domingo, julho 27, 2008

Gostar de gente... O que quer dizer isso?

Li hoje no DN que um pedófilo alemão vivia em Vila Nova de Cerveira tão feliz que era considerado benemérito. Porquê? Sobretudo porque gostava muito de crianças e até tinha adoptado algumas, de pais pobres que lhe ficaram eternamente agradecidos.

Constato que toda a gente morre de medo de ser considerada ingénua e parva. Eu, que muitas vezes fui considerada ingénua e parva, já que não morro de medo de ser considerada assim, acho que quase toda a gente é demasiado ingénua e incrivelmente parva. Senão, reparem.

Eu não gosto de crianças. Não gosto de jovens. Não gosto de adultos. Não gosto de homens nem de mulheres.

Gosto de algumas pessoas, de alguns jovens, de algumas crianças, de alguns homens, de algumas mulheres. Já agora, gosto de alguns animais. Talvez goste da espécie humana e da espécie animal em termos genéricos, mas isso é muito vago. Não gosto mesmo nada de certos seres.

Quem fingir que gosta de todos está a ser hipócrita, não acham?
E qual é o seu objectivo? Sem dúvida tomar os outros por lorpas e idiotas. Com razão, não acham? É usar a massa cinzenta.
Já agora, tenho quase a certeza de que vi muitas vezes esse tipo alemão. Onde, não sei dizer, mas provavelmente em algum local de Lisboa. A cara não me é estranha...

sábado, julho 26, 2008

A fruta do milagre

Vi isto no Expresso e depois na net.


A fruta do milagre é um fruto que torna doce o limão, se o comermos um pouco antes.


Cada vez se descobem mais coisas, sobretudo das que já tinham sido descobertas, neste caso por uma tribo, que não dispensa este fruto.

Ver aqui

segunda-feira, julho 21, 2008

"Diz-me como a chuva"


Fui à estreia da peça de teatro "Diz-me como a chuva".

Com diversos textos de Tennessee Wiliams, tem encenação de Marta Lapa e é interpretada por Isabel Medina Cucha Carvalheiro.

Assumindo quase sempre o ser humano como ferido na relação com os outros, como um pássaro de asa quebrada que só deseja fugir e esconder-se, são muito belos esses textos. Não existe a crueldade nem o mal, nas personagens, apenas uma desadaptação e incapacidade para o relacionamento, sobressaindo o homem como ser solitário, um ser que talvez nem necessite dos outros, mas que também não consegue passar sem eles.

De salientar o óptimo trabalho mimético das actrizes, que, sem mudarem de caracterização, fazem o papel de homem, de mulher e de criança, fazendo-nos despertar um sorriso neste último papel, mas sem os tiques que às vezes se notam noutros actores que imitam crianças. E sem qualquer vulgaridade na passagem de um papel a outro. Muitos actores poderiam aprender alguma coisa ao ver esta peça.

Particularmente interessantes os textos seleccionados da peça "Um Eléctrico Chamado Desejo", de "Diz-me como a chuva" e desse texto com crianças à beira da linha de um caminho-de-ferro, simbolicamente à beira de todas as passagens e de todos os perigos, "à beira-mágoa", já também marcadas pelo receio e pela rejeição.

Obrigada Isabel. E já agora, obrigada Cucha Carvalheiro.

(Em cena no Teatro da Comuna até ao dia 9 de Agosto.)

sábado, julho 19, 2008

Feira Biológica do Príncipe Real

Voltei à feira de produtos naturais do Príncipe Real, em Lisboa. Hoje, sábado, 18 de Julho.


Já aqui falei dela, mas para dizer mal. Agora já vi outras coisas que não tinha visto: nessa época pouco entendia de comida, menos de culinária e cheguei lá à hora do fecho, quando já quase não havia nada. Podemos sempre mudar de opinião, ou, como se diz agora, podemos evoluir dentro da mesma posição. Por exemplo, evoluir da posição de pé para a posição de pernas para o ar e vice-versa.


Hoje voltei lá, pelas dez e meia da manhã.


Vi cousas que nunca tinha visto. Algumas conhecia de nome, outras nem de ouvir falar ou ler. Algumas só conhecia dos livros antigos em que figuravam como remédios, outras de livros de culinária estrangeiros, sobretudo italianos, outras de lado nenhum, mesmo.


Vi ruibarbo, o tal dos livros antigos, vi flores de courgettes, machos e fêmeas. As flores machos comem-se fritas ou recheadas de compota. As fêmeas também, se bem entendi.


Receei experimentar: como tenho muita imaginação, estou a ver-me: oferecem-me um ramo de rosas e eu imagino-as e vejo-as fritas ou recheadas de compota... não me sinto preparada para comer flores e havia lá muitas de comer.


Só não comprei chá de urtigas, que parece fazer bem a muita coisa, por o achar caro. É mais barato colher as urtigas e pô-las a secar. Como aqui não há urtigas, lanço um apelo a quem o entender para me arranjar um molho de urtigas. Há uns meses andei à procura, mas confundi-as com outra erva parecida... Aquelas estavam cortadas aos bocadinhos...


Como é um bocado intelectual ir àquela feira, as pessoas comportam-se com tanta delicadeza como se estivessem numa exposição de obras de arte e outras coisas preciosas: pedem-me delicadamente desculpa por estarem à minha frente a tapar as couves.


Claro,as couves biológicas, ou, como dizem os americanos, as couves orgânicas, devem ser contempladas antes de, ou em vez de, serem compradas. As outras couves não são biológicas nem orgânicas?


Vim de lá com: um molho de rúcula, uma caixa de rebentos de alfafa, um molho de manjericão que cheira muito bem e se pode usar também como decoração - pu-lo numa jarra... e morangos. Nunca como morangos por sentir que me fazem mal. Como crescem rente ao chão e acachapados na planta, creio que devem ficar muito encharcados de pesticidas - não têm por onde fugir...


Já os provei, são melhores do que os outros, parecem os morangos silvestres que eu apanhava pelos campos em pequena, mas esses eram minúsculos. Espero que não tenham pesticidas.


Já que é intelectual ir à feira biológica, de caminho passei pela livraria Byblos, para comprar os jornais e para ver o meu livro.


E pensar que o livro é meu mas não é meu: afinal, não o posso trazer para casa...