segunda-feira, setembro 04, 2006

segunda-feira, agosto 21, 2006

Desaparecida

Nadinha desapareceu!
Pede-se a quem souber do seu paradeiro que nos informe
Eufrosina

sábado, agosto 12, 2006

Quem sou eu????????

Li na revista Sábado que devemos fazer uma pesquisa no Google sobre o nosso nome: juro-vos que encontrei duas informações a meu respeito. Não me refiro à Nadinha, que deve ter mais...
A Nadinha só tem 164.

Hei-de escrever aqui informações giras sobre blogs que encontrei numa revista brasileira!

sexta-feira, agosto 11, 2006

"E o resto é mar"

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Com entrada por aqui

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Mas parece q esta é a verdadeira casa onde viveu J. Amado, hoje república de estudantes

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Fundação Casa Jorge Amado

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Pêlô

O Pelourinho, a que também chamam Pêlô é o centro da cidade da Bahia e a referência para tudo.
Logicamente, eu adivinhei, sem que fosse necesário dizerem-mo, que o dito pelourinho, obviamente, não existe.
Como diria o tio Fernando, "Sem existir nos bastou".
Todos, sabemos, vagamente, quando vemos um dos muitos pelourinhos que há em Portugal, alguns muito bonitos, todos sabemos que servia para fazer justiça à maneira primitiva doutros tempos, através dos castigos corporais e da humilhação pública. Raramente nos lembramos do que me foi dito lá em primeiro lugar: servia para castigar os escravos.
É por isso que já não existe.

Fundação Cultural Jorge Amado: Calçada do Pelourinho

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Regresso

Depois de ter dormido em hotéis de luxo, a minha pobre cama parece-me ser o paraíso terreal: bicho saudável descansando na terra sem dor e sem moral.
Tenho vivido em mil casas, houve mil camas a que chamei minhas, mas só as senti como insubstituíveis quando elas são “a lareira a abandonar”.

Cheguei, mas continuo a viagem pela terra.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Lista de blogsEstou a tentar

Estou a tentar fazer uma lista de blogs. Neste momento alguns já aparecem, mas em vez do nome deles aparece a palavra Edite depois do Blogger. Se clicarem na palavra chegam lá. quando tiver mais tempo e mais paci~encia, faço o resto.

Bahia: artistas e santos

A Bahia de todos os Santos aprecia muito em particular todos os santos e todos os artistas. E é por isso que tem tantos (artistas, que eu saiba). Poderia dar o exemplo de Jorge Amado, Vinícios de Moraes, Gal Costa, Maria Betânea, Caetano Veloso, e isto para só citar os que conheço e que já são quase antigos.
Uns e outros, artistas e santos, correm o risco de serem corridos ao murro e ao pontapé de quase todos os outros lugares a terra. Cito só o exemplo de Portugal.
Têm em comum, se não tiverem outras coisas, uma incrível teimosia, a mania de que podem ser diferentes de todo o mundo e um certo desprendimento (o que talvez seja o mais irritante nos dias que correm e nos que correram até aqui).
Poderão vocês dizer, com razão, que muitos artistas viveram ao contrário da moral. Sim, mas muitos santos também começaram desse modo.
Dou só o exemplo de S. Cipriano, que começou por ser um bruxo horrendo...

quarta-feira, agosto 09, 2006

Carla

A despropósito:
Amanhã, 10 de Agosto, dêem os parabéns à Carla, que faz anos.
Do blog
http://simtristeza.blogspot.com/

terça-feira, agosto 08, 2006

O Turista: pela terra

Um turista é um ser teletransportado, enrascado, enfiado, que só sabe viver noutro planeta ou nas nuvens, se for levado pela mão para um país miserável. Comendo um marisco demasiado cozido e demasiado mole, enfartando-se ao lado de gente que morre à fome, sente-se feliz. E que não lhe venham falar de outras coisas!
Ele quer ir para a praia, vir moreno, mais preto do que já é, comer e dormir e ver coisas bonitas. Mesmo que haja muitas coisas feias para ver, ou ao menos coisas que não são convencionalmente bonitas.
O ano passado, em Veneza e Bari, chamei a atenção de uma amiga para algo que me parecia surpreendente: colam cartazes nas paredes anunciando a morte de certas pessoas, o funeral, a missa de 7º dia, etc. Como eu tinha esquecido a máquina fotográfica, pedi-lhe que fotografasse o cartaz, mas ela respondeu:
- Ah, mas isso é triste...
Pois, isso é triste. A mim, o que me despertou a atenção foi o seguinte. Em Portugal, nas terras pequenas, circula bouche à l’ oreille a informação de que alguém morreu. Nas terras grandes não circula. Em terras italianas bastante grandes, como Veneza e Bari, foi inventado este sistema, estando as tipografias equipadas com modelos adequados para o fazer. Creio que aquelas pessoas tinham morrido em paz e na abastança.
Nos lugares paradisíacos, morre-se de fome, de malária, de doenças agravadas pela subnutrição…
E é tão fácil ser feliz nesses sítios!
E ainda dizem que “é impossível ser feliz sozinho”

segunda-feira, agosto 07, 2006

Pela Terra 4

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Brasil

O Brasil tem três coisas fantásticas, ao que me foi dado ver: a natureza, a comida e a boa disposição dos brasileiros.
É impossível não pensar no sofrimento, na miséria e nas injustiças que os geram, mas ainda é mais impossível não reparar na expressão de alegria e esperança que se vê pelas ruas.

1º Bispo do Brasil

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domingo, agosto 06, 2006

Pela Terra 2

Este ano, em vez de viajar por mar, andei pela terra. E escrevi para vocês. Já sabem como é: o que me agradar muito está no outro blog.

O primeiro Bispo do Brasil foi, obviamente, um português. Chamava-se Pedro Sardinha e foi comido pelos índios canibais.
As coisas mudaram muito entretanto, pois a Bahia, terra onde foi comido, tem hoje 366 igrejas.
Estes factos foram narrados por um guia turístico, chamado Moisés Messias.

Parece, mas isto já me foi dito por amadores, que os canibais gostavam de comer as pessoas que admiravam. E que por isso não comeram um grande cientista europeu, que era gay e que eles não admiravam.
Sem aspas.

Eu não esperava ir ao Brasil ouvir estas histórias de canibais, e muito menos que elas fossem a introdução a tudo o mais.

Pela terra: diário: São Salvador da Baía

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sexta-feira, julho 28, 2006

Fica aqui este sorriso

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O caminho é a fazer

Mas também não devemos esquecer os poetas portugueses e demais portugueses que elogiam a diferença, ou mesmo a loucura, se for essa a diferença. E que nos ensinam o caminho, ou nos dizem que não há caminho. Que o caminho é a fazer.
Para recordar um desses magníficos poemas, ver o blogue brasileiro.
http://jeremias-o-bom.blogspot.com/

Gisberta está viva

O Ministério público decidiu que não houve homicídio no caso Gisberta. Como a senhora (o senhor) não morreu de morte natural nem de acidente, resta concluir que está viva.
Qualquer dia aparece na televisão a dizer que gosta de Portugal e que as crianças portuguesas são amorosas e que foi tudo uma brincadeira. Também pode ser uma pessoa parecida a dizer isso. Nós ficamos tão felizes quando os estrangeiros dizem bem de nós! E tão irritados quando dizem mal!
Há 500 anos andávamos aqui em Portugal a matar judeus, mas agora somos um povo muito civilizado. Só o problema é que não gostamos de gente esquisita. Solução: criar uns bandos de criancinhas amorosas, lideradas por padres, para eliminarem tudo o que for esquisito. E tudo o que mexe.(Idade máxima das criancinhas: 25, 30 anos, se forem jovens agricultores, podem ir até aos 40).

quinta-feira, julho 27, 2006

Bem-vindos

Já vi que reapareceram aqui no blog pessoas que estiveram de férias. Issop nota-se ao ler com atenção o "sitemeter".
Bem vindos! Não se esqueçam de que eu tenho outro blog (mais pacífico). é só clicar em "my complete profile" e logo se vê.
Beijinhos.

Inteligência média-baixa

Nesta terra, Portugal chamada, que já teve melhores dias e que merecia melhor sorte, fala-se muito, por exemplo, da classe média baixa: por parecer que somos todos da classe alta-alta, salvo raras excepções.
Mas nunca se fala da inteligência média-baixa ou da memória média baixa e de outras coisas mentais e intelectuais médias-baixas. Não se fala disso, porque é o normal, o vulgar e o bem aceite.
Poderia dar mil exemplos, só destes últimos 2 ou 3 dias, mas basta dar o exemplo dos exames do 12º ano.
Foram feitos por inteligências médias-baixas, destinados a alunos de esperteza e memória médias baixas (e que copiam), destinados a serem corrigidos por mentes médias-baixas.
E é suposto ninguém protestar muito, porque a mediania é altamente desejável. E até mesmo vulgar.

segunda-feira, julho 24, 2006

Todo o cais é uma saudade de pedra (Tio Fernando)

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Por acaso acertei

Parabéns a mim, Nadinha, porque há meses, no meu "rimance" "Estado da nação" levantei uma questão que é hoje notícia no DN: "Aumentam casamentos para obter passaporte da UE". E na página 5 diz assim: "Futebolistas Kostov e Bukovac casaram-se para contornar o limite de estrangeiros do Sporting". Página 3: "redes recrutam mulheres para casar com paquistaneses, homens preferem as brasileiras".
E ainda dizem que eu sou distraída...

domingo, julho 23, 2006

Consolação

Espero que as histórias que eu vou contar sirvam de consolação a muitos.
Quando era suposto eu ter entrado para a Universidade, ou seja, há mil anos, nesse ano exacto o Governo decidiu que não entraria ninguém para o 1º ano da Universidade.Estávamos em pleno PREC. E então, que fazer às milhares de pessoas que, como eu, não tinham que fazer?
A mim, deram-me 3 ou 4 bolas diferentes, umas maiores outras mais pequenas, dois ou três livros fininhos e com muitas figuras, 20 ou 30 ganapos da minha terra e mandaram-me ensinar-lhes futebol, andebol, basquetebol e mais não sei o quê. Ainda hoje não entendo nada disso nem quero entender. Perguntei:
- E agora o que é que eu faço?
Responderam-me:
- Eu não sei, eu estou só a cumprir ordens.
Creio que também me deram umas redes, que eu também não entendi para que serviam, nem eu nem as minhas duas ou três colegas de infortúnio, todas raparigas, que rapidamente sumiram por razões várias. Até essa data eu tinha tido 6 ou 7 aulas de ginástica, no total (também é verdade que me baldava).
Enfim, para encurtar a história, os miúdos acabaram por decidir que eu era guarda-redes, por ser alta, e eles lá se entendiam para jogar futebol. Chegar à rede foi canja, o pior era que quando eu batia na bola me doía a mão, portanto retirava a mão e a bola entrava. A minha outra função era levá-los à farmácia quando algum sangrava pelo nariz ou por qualquer outro lugar.
Eu havia pedido que me pusessem a fazer alfabetização de adultos, uma vez que era vocacionada para as letras e que nessa época havia muitos analfabetos, mas...

Cenas dos próximos capítulos: Eu e a Alfabetização de adultos. Mas só conto se vocês pedirem.

A Cavaleira da Triste Figura

Vocês viram a pobre e triste figura que fez no Parlamento a assim designada Ministra da Educação? No ano iniciado por ela e que agora termina, chumbou toda a gente, incluindo ela.
isto é uma terra imunda em que os competentes pagam pelos idiotas.

A despropósito: ninguém gostou do meu "rimance" Shiatsu. Ainda estava só no princípio, mas já acabou por falta de fregueses.

sexta-feira, julho 21, 2006

Shiatsu III

- Ó filha, eu acho uma seca estarmos aqui a empecer e a falar dessa coisa…
- Ó filho, a gente está à espera das raparigas das Amoreiras…
- Bem, nem queiras saber, o Mem e a mulher andam por aí a dizer, eu nem digo.
-Ele só me aleijou porque era o fogo amigo.
- Mas ele agora parece que é o ministro da Educação…?
- Quem? O Mem?
- Não, a mulher.
- Porra!!!?

Pergunto...

Vou aproveitar estes tempos mortos dos blogues, para tenta descobrir algo que me interessa.
Poema inglês

I thraw* an arrow into the air
It fell to earth, I knew not where.

I thraw a song into the air
It fell to earth, I knew not where.

Há outra coisa q ele atira ao ar

And the arrow, the …. And the song
I found them again in the heart of a friend.


* talvez threw
Sei de cor este poema, faltando-me o bocadinho, é um dos poemas mais inspiradores de que me lembro, mas não sei quem é o autor. Sei que o li numa antologia de 11º ano, for ages, ou de poesia inglesa ou, mais provavelmente, norte- americana.
Aproveito as potencialidades do blog para tentar descobrir. Digam-me, nem que seja daqui por um ano.

segunda-feira, julho 17, 2006

Shiatsu

Quando eu comecei a escrever que D. Afonso Henriques não precisava de massagens de Shiatsu, realmente não sabia da história que era notícia, que pensavam desenterrá-lo.
Eu não vejo muita televisão e sou selectiva com o que leio nos jornais. Apenas aconteceu que nessa época fui ao Castelo de S. Jorge, como disse, e por isso pensei na figura, que sempre achei engraçada. Também me impressionou a nossa busca de felicidade e de conforto, por contraste com a atitude de pessoas, algumas contemporâneas, que só esperam viver, sem nunca terem pensado que viver pode ser uma opção. E estávamos todos a pensar no nacionalismo do futebol, levando-o tão a sério como se fosse tudo a mesma coisa, daí a ironia.
Quanto à ideia de o desenterrarem, só acho 2 coisas:
1º Têm que o enterrar outra vez;
2º Seria conveniente compará-lo com pessoas dessa época, não? Vão comparar as ossadas com as de quem?
Como sou alérgica a rituais de morte e a restos mortais, congratulo-me por haver em Portugal modos de fazer cremação, o que evitaria quase todos estes procedimentos ultra-modernos. Gosto dos Orientais, que inventaram isso há milénios.
E mais não digo, pois a minha especialista em história é a Tanitita, que provavelmente não tem tido tempo para ler isto.

domingo, julho 16, 2006

Uma senhora, claro!

Há nas Amoreiras um café em que todos os empregados são lindos e amorosos.
Eu não sei se vocês já notaram que em certas lojas só há empregados lindíssimos, sobretudo lojas de moda: creio que são recrutados nos cursos de modelo, que custam uma grana e não servem para nada.
Neste caso, não sei se é coincidência. Hoje, enquanto eu lia atentamente o Expresso, ouvi uma terrível discussão ao meu lado: a rapariguinha acusava uma senhora chiquérrima de que passava lá demasiadas horas, consumindo apenas um café e bebendo muitos copos de água gratuitos e reclamando se a água não tinha gelo suficiente.
A senhoreca gabava-se de que tinha amigos importantes que iam deixar de lá ir: não acredito, custa muito deixar um poiso habitual.
Desde que vim para Lisboa, fiquei a saber que uma verdadeira senhora, também aqui nesta terra designada por uma lady,
1. Nunca discute com ninguém. (Cá entre nós, mais depressa leva duas lambadas nas trombas), excepto:
1.1. Com a criadagem (que não conta)
1.2. Com todos os inferiores e demais ínfimos, que pode insultar à vontade, com palavrões (que também não contam).
1.3. O difícil, às vezes, é fazer a destrinça.
Eu, Nadinha, já desisti há muito de ser uma verdadeira senhora!!!
Vocês já me conhecem: no meio desta guerra de gritos e insultos, eu fiquei a olhar para o jornal com uma tal atenção, que… até parecia uma verdadeira senhora!

segunda-feira, julho 10, 2006

Tolerância aos molhos

Em Portugal as crianças podem fazer tudo oque lhes apetecer, pois nunca são responsabilizadas.
Entenda-se por criança: alguém com menos de 22, 23 anos...
Os que mataram o travesti brasileiro Gisberta estão a ser julgados, mas têm duas desculpas:
1- Só fizeram aquilo para se divertirem;
2- Realmente não a mataram: só a abandonaram sozinha, muito ferida por eles, sem tratamento, sem comida nem água. Claro que não a mataram!
Em países como a Inglaterra e a América do Norte, que não são propriamente atrasados, as crianças podem quase ser condenadas a prisão perpétua. É um exagero? E aqui, não há exagero?

domingo, julho 09, 2006

visitas

O "Terra Imunda" atingiu hoje e ultrapassou as 700 visitas, não desde que existe, mas desde que tem contador. Nada mau, a meu ver.
O 701 é um site engraçado, de Israel:
http://hadasastoler.blogspot.com/2006_07_01_hadasastoler_archive.html
Tem boas imagens. Os "Escrevedoiros" têm muito menos, mas são mais novos.

Estranhas notícias

O fundador do IKEA, diz no Expresso, o 4º homem mais rico do mundo, veio a Lisboa e ficou hospedado numa pensão barata: pensão Alegria na Praça da Alegria. E deslocou-se de autocarro dos transportes públicos.
Há anos, Wim Wenders, ao realizar o filme "Lisboa" ficou hospedado numa pensão dita "rasca", O Ninho das Águias, que fica encostada ao castelo de S. Jorge. Desde então há uma lista de espera de anos para dormir no quarto da torre dessa pensão, que deve ter uma vista maravilhosa. E barata, ainda hoje.
Vocês não conhecem pessoas que se endividam para viajar, ficando sempre em hotéis de 3, 4 e 5 estrelas?
Tenho conhecido franceses ricos que viajam muito, mas também ficam em pensões. Guiam-se pelo Guia Michelin, que tem uma boa escolha.
Também é verdade que os portugueses não têm tradições de viajar: ou é o bairro da lata dos imigrantes, ou é o hotel caro das agências de viagens. Mas isso no fundo não é viajar: ir com um grupo de portugueses, ficar num hotel onde só há americanos e agora chineses, ser levado pela mão do guia ver palácios e ruínas... se vocês não perceberam bem o que disse o guia turístico, escusam de perguntar ao do lado: ninguém ouviu nada!
Mais vale ficar no sofá da sala a ver isso tudo na televisão.

Estranhas notícias

(Isto está mau para os blogs: o computador é uma coisa... quente. Ainda mais os meus, que são portáteis).
Há na televisão estranhas notícias, sobretudo se as relacionarmos entre si.
Morreram seis bombeiros em Portugal. Cinco eram chilenos. Eu nem sabia que havia chilenos em Portugal... país recentemente cosmopolita, para o bem e para o mal.
Logo a seguir: os Espanhóis começam a dominar a pesca portuguesa, e dizem os pescadores:
- Pois. Ninguém quer ser pescador! Os pescadores são quase todos reformados...
Depois: o desemprego em Portugal é muito grande.
Antes: nas escolas portuguesas os alunos batem nos professores e uns nos outros.
Pouco depois:
- Pois é, os professores bons só gostam dos alunos bons!- Diz a Ministra da Educação.
Então e os outros que vão pescar, em vez de andarem até aos vinte anos a empecer as escolas! Não é?
Vocês não acham que isto é um país esquisito?
Odeio dar razão ao meu avô, quando ele dizia que agora ninguém quer trabalhar!

quinta-feira, julho 06, 2006

Shiatsu II

Entrementes, no palácio real, mas noutra sala.
- Ó filho, que é essa ferida aí no ombro?
- Isto não é nada.
- Foi um mouro?
- Não, isto é o fogo amigo!
- Fogo amigo???????? Foi o Mem?
- Foi.
- Grande amigo! Já te falta um bocado de carne numa perna, tens uma cicatriz horrorosa na cara e foi sempre o Mem.
- Ele ia dar uma espadeirada num sarraceno para lhe cortar rente o pescoço e o tipo baixou-se de repente e a espada do Mem raspou-me o ombro. O que me valeu foi a cota de malha, senão tinha morrido…
- É sempre assim! Então e os mouros nunca te acertam?
- Sim, mas é em sítios onde não se vê. O Mem é que é um despassarado, isto do fogo amigo, quer-se dizer…
- O Mem é um amigo de Peniche!
- Ele não é de Peniche, quer dizer, a gente só há pouco tempo é que conquistou Peniche.
- Fogo amigo, fogo amigo… Mau! A Urraca e a Sancha estão fartas de me dizer:
- Vocês tenham cuidado com o Mem! Com o Mem e com a mulher. Como é que ela se chama?
- Briolanja.
- O Mem é um grande amigo que nós temos. Então e as massagistas das Amoreiras nunca mais vêm?
- Está a chover muito, há muita lama no Rossio, coitadas das raparigas! Devem estar atoladinhas até aos joelhos dos cavalos.
- Se calhar ainda estão na rua D. Pedro V.
-Quem?
- Ó Sanchinho e Urraquita, ide brincar lá para fora. Com a ama. Ui que chatas que são as crianças!
- Ai, quem me dera que inventassem uma coisa moderna em que se pudesse ver o que acontece noutros sítios. [televisão, percebem? :)]
- Isso é uma coisa velha: uma bola de cristal.

As pessoas nessa época tinham nomes esquisitos porque havia o costume de escolher os inimigos para padrinhos?

terça-feira, julho 04, 2006

Aulas de Ginástica em grupo

Desde há 2 anos, dedico-me ao desporto, mas odeio as aulas de ginástica. Perguntem-me porquê. Eu não sabia porquê, mas acabo de descobrir.
No meu ginásio há aulas de hora a hora. Os professores são jovens, alguns são belos, alguns são elegantes, etc. E começam as aulas assim: com um ar alegre e feliz:
- Alguém aqui tem alguma doença? Não?! Vocês agora não dizem, mas depois acabam por dizer. Digam lá!
A resposta a esta pergunta deveria ser assim: com um ar igualmente feliz, a pessoa levantava o braço no ar e respondia alegremente:
- Eu tenho um cancro no pulmão!
- Eu tenho uma cirrose!
- Eu sou atrasado mental!
Escusado será dizer que quase todos os outros são jovens, mais ou menos elegantes e muito saudáveis. Não dá.

segunda-feira, julho 03, 2006

Shiatsu I (Introdução)

Fizeram-me uma demonstração duma massagem de Shiatsu. Gostei, achei giro, mas fiquei tão dorida e com tanta preguiça que vi quase todo o jogo Portugal - Inglaterra, alternando com o Lawrence da Arábia noutro canal. Será normal pessoas modernas como nós andarmos a valorizar técnicas milenares como esta?

Pergunto-me se D. Afonso Henriques também faria massagens de Shiatsu quando chegava ao castelo completamente esbodegado de lutar. Elas já existiam muito antes disso (no Oriente).
-Ó Urraca – dizia o rei, enquanto atirava com a armadura de ferro,  com o capacete (elmo de ferro) e com o espadão para cima dos poucos móveis do palácio – Eu preciso urgentemente de fazer uma massagem de Shiatsu ou uma massagem Ayurvédica. Que eu não aguento! Ui os meus pés!
-Então e eu, que fico aqui todo o dia sem fazer nada, só a aturar estas galdérias?Estas chatas!Que só sabem falar de bordados...
- Entretém-te a ler um livro…
- Mas eu nem sei ler…
- Manda ler um livro
- Já mandei ler os dois que temos e são ambos uma seca!
- Ui os meus joelhos!
- Ui a minha cabeça!
- Então, manda um pajem às Amoreiras com dois cavalos e diz-lhe que traga de lá duas massagistas de Shiatsu.
- Ai que bom, assim, aproveito para fazer a depilação!

Como toda a gente escreve romances históricos, não vejo outro jeito que não fazer o mesmo.

Tanitita, você que é entendida em história, acha que convém mudar algum pormenor?

sexta-feira, junho 30, 2006

Me again

E cá estou eu outra vez.para além da falta de tempo, tive um grave problema informático, mas parece que a minha mulher a dias o resolveu...
Não se riam: a porta do Cdrom não abria e agora abre. Perguntem-me porquê.

sexta-feira, junho 23, 2006

Fotos do blog

Comprei há dias uma máquina fotográfica digital, o que quer dizer que os meus blogs vão melhorar mil vezes em termos de imagem (versus telemóvel), mas não tenho tempo para ler o calhamaço que me deram com as instruções, nem para a experimentar.Ver última foto deste blog.
Peço desculpa às pessoas que não entendem bem francês, e já agora, inglês, italiano, etc., o importante, obviamente, é vir a saber. Isto das línguas resolve-se, ou com o dicionário ou com a fala e os gestos.
Estou a comer chocolate com avelãs e a espirrar, o que me leva a presumir que talvez seja alérgica a avelãs, porque, de facto, não tenho estado perto de "avelaneiras frolidas". Quem não entendeu esta referência a um dos poemas mais simples, mas mais bonitos da língua portuguesa, pode procurar o poema no
http://www.escrevedoirosemaluquices.blogspot.com/
Até lá, Nadinha.
Sinto-me um nadinha na obrigação de mostrar estes poemas medievais e maravilhosos...

Parabéns à Juanita

Parabéns à Juanita, auto-designada no blogue por Juanolla que hoje faz anos (hoje, 24 de Junho de 2004, dia de São João no Porto).
Que encontre tudo o que procura na terra, no espaço ou em qualquer outro lugar.
Mais importante: que saiba o que deve procurar!

domingo, junho 18, 2006

Baudelaire: les fleurs du mal: LXXVIII - Spleen

Quand le ciel bas et lourd pèse comme un couvercle
Sur l'esprit gémissant en proie aux longs ennuis,
Et que de l'horizon embrassant tout le cercle
Il nous verse un jour noir plus triste que les nuits;


Quand la terre est changée en un cachot humide,
Où l'Espérance, comme une chauve-souris,
S'en va battant les murs de son aile timide
Et se cognant la tête à des plafonds pourris;


Quand la pluie étalant ses immenses traînées
D'une vaste prison imite les barreaux,
Et qu'un peuple muet d'infâmes araignées
Vient tendre ses filets au fond de nos cerveaux,


Des cloches tout à coup sautent avec furie
Et lancent vers le ciel un affreux hurlement,
Ainsi que des esprits errants et sans patrie
Qui se mettent à geindre opiniâtrement.


- Et de longs corbillards, sans tambours ni musique,
Défilent lentement dans mon âme; l'Espoir,
Vaincu, pleure, et l'Angoisse atroce, despotique,
Sur mon crâne incliné plante son drapeau noir.




in http://t.dillenschneider.free.fr/Poesie/Baudelaire/Spleen78.html

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.


O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...


Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.


Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!


Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.


O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...


Fernando Pessoa ele mesmo, in
http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/pessoa.html

Esta juventude!!!!!!

- Ó Nadinha, tu já reparastes que esta juventude não sabe ler nem escrever?
- Ai não? Eu tinha a ideia de que eles até sabem ler e escrever em inglês, pelo menos na Internet…
- Não sabem falar nem ler nem escrever português. Eu, por mim, quando andava na Escola Primária já não dava nenhum erro, dava zero erros.
- Ai sim?
- Eu e os outros, claro! Percebestes? Fostes tu mesma que me dissestes…
- Mas tu ainda outro dia disseste que um carro ficou “subterrado (1)debaixo de água”
- E ficou!
- Mas tu também disseste que os políticos “camufulam”(2) a realidade…
- E camufulam!
- E que a CEE não é uma “panaceira”(3) universal…
- Não é nenhuma panaceira, não é uma panaceira!
- Ó filha, se tu já não davas erros na Escola Primária, quando é que começaste a dar erros por uma pá velha? (4)

Tradução para português: (1) submerso ou imerso, (2) camuflar, camuflam; para evitar palavras esquisitas como esta e outras, usar o infinito, a perifrástica: tentam camuflar, estão a camuflar. (3) Panaceia universal: remédio para todos os males, como os procurados pelos alquimistas (não tem nada a ver com peneira). (4) Quando as pás estão velhas, ao apanhar terra ou areia, ela foge pelos buracos, em tanta quantidade como a aqui representada.
Todas estas palavras e expressões correspondem à realidade, foram ditas pela mesma pessoa e são apenas um exemplo entre muitos.

quinta-feira, junho 15, 2006

Masoquismo

Aproveitei o feriado de 15 de Junho para ir à esteticista-depiladora-torturadora, que me arrancou, um por um, quase todos os pêlos do pêlo. No fim, em vez de lhe dar duas chapadas, agradeci educadamente e paguei bem!
- Volte sempre, tive muito prazer!
- Eu também não!
Agora ouço dizer, dizem-me por lá, que os homens também fazem depilação, que alguns até tiram definitivamente a barba, com raios laser… então ter barbas não é o mesmo que, num homem, desculpem-me a expressão, ter coragem? Ser homem?
Tirar as barbas para sempre, ouviram isto? Parece que fazem comichão… e andava o nosso bom Afonso Henriques vestido com quilos de ferro e nunca se queixou de aquilo ser pesado ou frio, nem de fazer comichão(que tenha constado!)!

Esta vaca...

 


Esta vaca é das mais interessantes da cow parade, das mais artísticas, pois algumas são só bonitinhas ou engraçadinhas ou nem isso...
Esta vaca... está amarrada com o couro amarelo doutra vaca sua antepassada, que representa a esfera armilar.
Será que a esfera armilar é o couro duma vaca amarela, que nos amarra e nos tem manietados na cauda das vacas com cauda?
Não percebi a parte do futebol, creio que a coisa se chama Portucow, mas não é certo, pois desaparecem os nomes de algumas vacas. Posted by Picasa

Boas ideias (Há Muitas)

No dia de Santo António de Lisboa fui ao Castelo de são Jorge. Boa ideia: os estrangeiros pagam para entrar, nós não. Somos todos europeus, mas…
Sempre valeu a pena os Afonsinhos terem conquistado aquilo para nós. Podemos sempre aproveitar aquela pedra toda para fazer mais estádios de futebol e mais santuários de Fátima em Fátima.

segunda-feira, junho 12, 2006

Continuando... : Ritmo de Rap

O Governo e as "oposições", os sindicatos e os patrões, os jornais e as televisões,
Estão todos de acordo em que Portugal está na cauda de todos os bichos de cauda,
Que a solução está no sacrifício dos cidadãos e demais bichos de cauda,
Mas há uns anos atrás estavam todos de acordo em que era necessário fazer estádios de futebol novos em folha e caríssimos
E agora estão todos de acordo em que é preciso fazer um novo santuário de Fátima... e do Futebol e talvez mesmo do Fado
E viva o Destino e as touradas e o Mundial e a contenção orçamental!

(Não confundir isto com um poema, please!)

Eu

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Terra imunda!

Uma das minhas amigas mais antigas, que talvez leia estas linhas, disse-me um dia que a primeira frase que se lembra de me ter ouvido, e também a segunda, a terceira, a quarta, a quinta etc, foram variantes destas:
- Eu não aguento a estupidez das pessoas. Até as pessoas que parecem inteligentes são insuportavelmente estúpidas.
Tina, eu substitui estas formulações por esta máxima:
- Terra imunda!
É que eu nessa época ainda não conhecia o mar.

A assim designada ministra da educação: Part two

Todos nós recordamos com prazer ou com ódio os nossos melhores e os nossos piores professores. E quase sempre esquecemos os outros.
Esta senhora designada como ministra da educação decidiu, pela primeira vez, honra lhe seja feita, distinguir os bons dos maus.
Resultado: os professores que hoje têm 30 ou 40 anos e que são óptimos, por hipótese, nunca ganharão tanto como os professores que hoje têm 60, mesmo que estes últimos tenham sido uns baldas toda a vida.
Premiar o mérito, não é?

A terra vista da terra: Lisboa

Um dos problemas contemporâneos é a escassez dos recursos agrícolas, por exemplo de terreno agrário. Só numa terra como esta (rica de séculos) (não me chamem ingénua, ingénuos são vocês) é possível um chão agrário coberto de uma beleza inútil: os jacarandás e estas flores amarelas.
Lisboa e a beleza do mundo, talvez indevida.
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sábado, junho 10, 2006

A assim designada ministra da educação

Toda a gente já sabia que alguns professores se baldam para o trabalho, tal como outros profissionais das profissões em que ninguém é despedido só por isso. Tão pouco!
Os professores normais até já estão habituados a fazerem o trabalho destas abéculas e ainda a serem considerados todos iguais. Os professores que nunca faltam ao trabalho estão carecas de saber que têm fama de meterem atestados psiquiátricos por meses ou anos, sem estarem doentes.
Agora, o que ninguém esperava era que a assim designada ministra da educação reconhecesse que há professores bons: ou seja, há professores que não são maus: sabiam? Mas isto é apenas para a dita criatura poder à vontade criticar os professores bons.
Diz a luminária:
- Os médicos bons vão logo a correr tratar dos doentes que estão muito mal, mas os professores bons preocupam-se mais em ensinar bem os alunos bons…
Claro, os professores bons deveriam ir todos para o Intendente convencer os rapazes desviados a voltarem para a escola, o que nem me parece difícil:
- Ó meu, andas tu a vender o produto a estes pé-rapados, quando na nossa escola há tantos betinhos com dinheiro que te compram logo tudo, é só convencê-los a consumir.
Neste interim os alunos bons estão a ter aulas com os professores maus, ou melhor, estão no café da esquina a beber umas bejecas porque o stor faltou outra vez.
De facto, há toda uma tendência no sentido de segurar os alunos nas escolas, no receio de que eles vão lá para fora drogar-se ou agredir alguém: se podem fazer tudo isto cá dentro, para quê irem lá para fora?!
E depois há outra coisa, os professores bons, que talvez sejam os mais velhos e experientes e que agora vão chegar a trabalhar até aos sessenta e muitos anos, podem muito bem apanhar uma rasteira ou um murro e caírem ao chão e levantarem-se, pois não será por isso que vão mudar de profissão.

terça-feira, junho 06, 2006

Estado da Nação - Part Six e Final: Padamon e Padamona

De volta a casa, regressa tudo à normalidade. Apenas se descobre que a afegã, ou não é nadadora ou não quer nadar… na verdade não quer fazer nada. Como este é um assunto delicado, (sobretudo para uma feminista como eu), avancemos um pouco…
Casa do ex-futebolista português:
- ó Albira, o que é esta coisa que está debaixo deste pano e que cheira tão mal?
- Ah, isso… é a segunda esposa do Padamon.
- É bonita?
- Não sei, ela nunca tira o pano…
- E o que faz?
- Nada.
- Ah, é a tal nadadora?
- Não, filha, ela não faz mesmo nada. Nadinha. Ela nem deve saber nadar. O Padamon foi outra vez aldrabado. É um incompetente!
- Como se chama?
- Não sei, a gente chama-lhe Padamona.
- De que vive?
- Á minha custa.
Agora dava jeito uma receita de cozinha.


Tchan, tchan, tchan (isto é o passar do tempo).

Um belo dia em que a Padamona cheirava particularmente mal e não se mexia, resolveram tirar o pano da burka. Descobriram que, afinal, quem estava debaixo do pano era um homem. Um afegão, talvez taliban, enfim, quem sabe? (Desta já eu me safei!)
Passaram a chamar-lhe Padamon II, sendo o Tobias, Padamon I.
Revoltada e farta, um dia Albira passa-se dos carretos: resolve colocar uns explosivos à cintura e ir explodir para casa dos sogros. Como foi o Padamon que tratou dos explosivos, os mesmos não funcionaram, como é óbvio.
Albira foi presa e os filhinhos ficaram a viver em casa do Padamon I e do Padamon II, ambos de atestado médico. Aos domingos iam ver a mãe à prisão. Coitadinha!
E assim termina esta história.

Fim Provisório.
Autora: Nadinha

Gostaram?

segunda-feira, junho 05, 2006

Contenção orçamental

O actual primeiro-ministro desta terra devia seguir o exemplo de Salazar (embora este último nunca tenha fingido chamar-se Ptolomeu nem mesmo Aristóteles para fingir que era sábio).
Salazar (tão querido!) mandava a governanta (D. Maria) vender os ovos e as galinhas que ela criava em liberdade nos jardins do palácio de São Bento (qualquer semelhança com o Garcia Marquez é invenção do Garcia Marquez) e também a mandava remendar os cobertores e lençóis do palácio. Se alguma vez a rainha de Inglaterra dormiu em lençóis e cobertores remendados e acordou com o canto do galo, só lhe fez bem e só pode ter sido no nosso Palácio de São Bento (que nosso é como quem diz). Mas talvez agora esteja eu a inventar…
Em vez de roubar as reformas e os impostos e as idades das reformas e fechar maternidades e aumentar os impostos aos que não têm filhos e aos que têm muitos filhos, que compram muitas coisas, claro, e aumentar os impostos aos que nunca puderam ter filhos e aos que perderam os filhos que tinham (tão querido) (nem o tipo que não se chamava Arquimedes se atreveria a fazer tanta asneira junta).
Em vez de fazer esta ladroagem, que o ganhem e que o poupem.
Qualquer dia voltamos ao mesmo. Acabamos outra vez por ser mandados por um tipo vulgar e desta vez ainda temos que fingir que o homem é uma sumidade.

sábado, junho 03, 2006

Em que se trata da Europa e de outros bichos

Às vezes, por entre as estatísticas que nos colocam sempre na cauda de todos os bichos com cauda (CEE, OCDE, OTAN, etc.), aparecem algumas divergentes.
Estrangeiros e às vezes portugueses dizem por exemplo, com um ar envergonhado, que Portugal é um país seguro, que Lisboa é das poucas capitais do mundo em que se pode andar à vontade, mesmo de noite. Nem Londres, qual Paris, qual Nova Iorque?
Eu, Nadinha, acho que é realmente uma vergonha! Pelo que isto implica, percebem?
1º - Os nossos ladrões estão na cauda da Europa e dos outros bichos de cauda!
2º - São uns incompetentes e uns baldas!
3º - São uns cobardes!
4º - Já tem acontecido uma família mandar matar o pai e marido, mas o “jagunço”, em vez de fazer o servicinho como nos filmes e nas telenovelas, não: fica com o dinheiro e vai fazer queixa à polícia e à Sic, leva uma câmara oculta e lá estamos nós a ver e a ouvir a conversa toda, enquanto jantamos.
4.1º - Os nossos bandidos são todos uns queixinhas, só lhes falta também meterem atestado psiquiátrico para faltarem ao trabalho.
5º - Os nossos ladrões são uns corruptos: o absentismo de semelhante classe é de bradar aos céus! (Ao contrário dos ladrões americanos, italianos, etc, que são mais profissionais)

- Ó filha (oh dear) tu já viste algum bandido desde que nós entrámos em Portugal?
- Eu não, mas, como Portugal é um país pobre, se calhar emigraram todos, coitadinhos!
- Ó mamã (oh mum) isso não tem lógica! Mum, please!**
- Pois não, mas realmente, já que puseram as vacas da cow parade com os nomes em inglês, também podiam muito bem contratar alguns actores de teatro para fingirem que são ladrões e fingirem que roubam, para nós vermos [nós ingleses] e pensarmos que estamos num país civilizado!
Enfim… tanta coisa que fazemos para inglês ver, e afinal eles vêm cá e não vêem nada!
** Tradução: Ó mamã, não digas tantos disparates, por favor! É por estas e por outras que nós, ingleses, não saímos da cauda da Europa!

Cow Parade


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Meia dose de orgulho pátrio

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O chão do mundo coberto de flores de jacarandá

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O chão visto do chão: Lisboa

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A terra vista da terra com pétalas de jacarandá: Lisboa

Posted by Picasa Por favor, Carla, vai tirar fotografias aos jacarandás antes que lhes caiam todas as flores: estas foram tiradas com o telemóvel...