Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
terça-feira, março 10, 2009
Mas falemos de coisas sérias
domingo, março 08, 2009
Comer, orar, amar
Lê-se com agrado, é uma experiênia interessante que nos faz refletir sobre mil coisas.
Conta a história da própria autora, em busca da espiritualidade em Itália, na Índia e em Bali, na Indonésia, para superar o desgosto de um divórcio.
O livro não é nada de extraordinário, mas é a odisseia de uma alma inquieta em busca da serenidade e da perfeição.
Inscreve-se nas filosofias e modos de vida "new age" e é muito conhecido por ter sido publicitado no programa da Oprah. Isto é chato, ser um programa de televisão americanos a promover escritores americanos para todo o mundo, mas pelo menos e por isso mesmo existe edição de bolso.
sábado, março 07, 2009
Nacional Nepotismo: o festival de asneiras do magalhães
Refiro-me à entrevista com Manuel Alegre e à notícia sobre os erros graves e muitos de português que aparecem neste computador "educativo".
"Lê-se e não se acredita. "Neste processador podes escrever o texto que quiseres, gravar-lo e continuar-lo mais tarde", lê-se nas instruções do processador de texto - isso mesmo: "gravar-lo e continuar-lo". "Dirije o guindaste e copía o modelo", explicam as intruções de um puzzle - assim: "dirije" com "j" e "copía" com acento no "i". "Quando acabas-te, carrega no botão OK" - "acabas-te", em vez de "acabaste".
Tudo isto se pode ler nas instruções dos jogos que vêm instalados de origem no computador Magalhães, conforme descobriu o deputado José Paulo Carvalho, depois de navegar na área lúdica do computador. "
Parece que a culpa disto foi atribuída pelo ministério da educação à Direcção Geral abreviada para DGDIC. Esta mesma DGDIC brindou-nos com as TLEBS, que originaram um monumental abaixo-assinado que incluía professores, pais, linguistas, escritores, etc. Por esse motivo foram suspensas. Mas alguém me explica o que quer dizer suspensas? Deixaram de existir? Continuam a existir? Que gramática devem os professores ensinar aos alunos? Nenhuma destas perguntas tem resposta.
Para se desculparem, os responsáveis dizem que são poucos elementos a trabalhar. Que fariam, então, se fossem muitos?! Todos desta qualidade?
Outro órgão do brilhante ministério sai-se cá para fora com exames que são a vergonha do país, umas vezes cheios de erros, outras demasiado fáceis, outras vezes muito ambíguos e confusos. As notas dos exames dependem, assim, do enunciado dos exames e não daquilo que deviam depender: da boa ou má preparação dos alunos.
O ministério da educação não devia existir, ou então deveria ser remodelado de alto a baixo, mandando-se para a reforma todos os funcionários, ou, de preferência, para o desemprego, pois é o nepotismo nacional que perpetua estes erros.
A ministra da educação já nem é referida a propósito destes assuntos: para a proteger.
quinta-feira, março 05, 2009
Noticiários Nacionais
Dizem-nos o que parece ser uma evidência para os entendidos na matéria: o povo português gosta de ver notícias e é por isso que os telejornais portugueses duram tanto tempo e têm tantos apelos a veja depois, veja depois...
Dizem-nos o que parece ser uma evidência para os entendidos na matéria e para todos nós: casos como o do Freeport e muitos outros nunca chegarão a ser desvendados, se estiverem todos inocentes ninguém acredita, porque se forem todos culpados ninguém é condenado a coisa nenhuma.
Há uma excepção recente: um homem foi considerado culpado de actos de corrupção milionários e foi, portanto, condenado a pagar cinco mil euros. E os entendidos no assunto até dizem que é muito bom porque, pelo menos, foi condenado, coisa raríssima nestes casos.
Conclusão lógica da associação destes factores:O povo português adora ver notícias, embora não acredite em nada do que é noticiado! Alguém me explica isto?
terça-feira, março 03, 2009
Ser escritor agora
A resposta a esta pergunta nunca foi óbvia em nenhuma época e parece ser ainda menos óbvia hoje em dia. Senão, vejamos três exemplos, baseado-nos apenas em autores "best-sellers", 2 americanos e uma francesa, sem falar daqueles que nunca foram nada que se pareça com isso, como é o caso de Fernando Pessoa.
Vem hoje esta notícia no Público, referindo-se a David Forster Wallace, que teve um incrível sucesso com o seu livro "Infinite Jest". (Aparentemente, sentiu-se mal com isso. )
"No dia 12 de Setembro de 2008, enforcou-se na sua casa, saltando de um banco em cima do qual tinha colocado um exemplar de Infinite Jest. Na secretária ao lado, segundo o relato de Karen Green, tinha deixado um "bilhete" para justificar o suicídio, com... 300 páginas."
Aconteceu algo de semelhante com a escritora francesa Isabelle Marie, que se enforcou em cima da mala do pai após o grande sucesso da sua obra "La Bonne" ("A Criada").
Mas não é tudo.
John Kennedy Toole, escritor americano, suicidou-se porque ninguém queria publicar o seu livro "Uma conspiração de estúpidos". Onze anos após a sua morte, a sua mãe, que nunca desistiu, encontrou um editor que fez deste livro um dos mais vendidos do mundo.
Quem quer ser escritor?
Ouvi dizer que nem se ganha nada mal a trabalhar como canalizador...
segunda-feira, março 02, 2009
domingo, março 01, 2009
Cães - continuação do post anterior
Mas eles comem-na toda no domingo.
Mal abro a minha janela, eles reconhecem o som e vêm logo a correr. Às vezes nem é preciso abrir, vêem-me, como se estivessem sempre à minha espera, e vêm. Raramente é preciso assobiar.
Faz-me isto lembrar algo que me comoveu: li no jornal que o Mickey Rourke, quando já era muito famoso, meteu-se nas drogas e no álcool. Um dia esteve para se suicidar, mas não o fez porque viu nos olhos do cão que o bicho gostava dele. Salvou-se e curou-se, apesar de sentir que ninguém gostava dele, a não ser um cão. E depois de ter tudo o que milhões desejam.
É uma história bonita e triste.
Acham que três cães podem comer só uma vez por semana?
Isto é apenas uma faceta visível da crise. As pessoas pensam que ajudam cães e gatos guiando-se por um impulso, mas esquecem os momentos de crise.
sábado, fevereiro 28, 2009
Terra Imunda!
O senhor morreu há pouco tempo, a senhora foi viver para outro sítio, ficaram lá três cães esfomedos. Os vizinhos, incluindo eu, atiram-lhes da janela alguma comida, que chega lá esfrangalhada e dispersa, mas o cão maior consegue apanhar tudo. Agarra no maior bocado, segura-o e tenta apanhar os bocados dos outros. Observá-lo faz lembrar um estudo sociológico e confrangedor. Os outros parecem não ter fome nem faro, ficam assim, sem nada.
Não tenho feitio para tratar de três cães, nem para me preocupar com isso, mas também não aguento vê-los definhar assim.
Que faço? Aceitam-se sugestões.
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Bordalo Pinheiro (ainda)
Clicar aqui e ver a seguir a este post
O governo tem salvo bancos que serviam para branqueamento de capitais, porque não salvar um património artístico tão importante.
Se clicar abaixo, verá os argumentos e os signatários. depois, é só assinar.
http://www.petitiononline.com/Bordalo/petition.html
Este comentário foi escrito muito depois: a Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro foi recuperada e dá lucro. Talvez estas reivindicações na net tenham contribuído para isso.
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Terra Imunda
terça-feira, fevereiro 24, 2009
SPAM neste blog
Se o problema não se resolver, então terei que ler o comentário antes de o publicar, o que não queria.
Beijinhos e desculpem o incómodo. Vou tentar apagar a publicidade, que me parece má...
domingo, fevereiro 22, 2009
Meter água no Carnaval
Nunca gostei muito do Carnaval, mas agora começo a achar graça à actuação dos políticos...
Cavaco Silva perdeu umas eleições imprtantes porque não deu um feriado de Carnaval. Pareceu-lhe irrelevante. Eram eleições idênticas às que o actual governo vai disputar.
Porque quem está no poder não gosta de brincadeiras. Só gostam se forem eles a brincar, como têm brincado imenso com o nosso dinheiro.
Agora, divertiram-me duas notícias. É daquelas que me deixam muito bem disposta, como a dos ovos da ministra.
- Foi proibida uma brincadeira com o Magalhães.
- Uma criatura da política obrigou os professores do ensino básico de uma terra a fazerem um desfile de Carnaval, como referi no post anterior.
Afinal, apesar de todas as máscaras, é no Carnaval que se vêem as caras.
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
O amor é mais forte que o medo!
Enquanto estes mesmos se estiverem nas tintas para as ameaças de um poder autocrático...
Enquanto estes mesmos se guiarem pelo amor e ignorarem o medo...
Então existe esperança para este país.
Os professores do Agrupamento de Escolas de Paredes de Coura desfilaram hoje, ao lado dos alunos que festejavam o Carnaval. Mas vestidos de negro, amordaçados e com as mãos presas por correntes,
P.S. : Você seria capaz de desfilar, amarrado e amordaçado, ao lado de centenas de crianças e jovens? Imagine-se nessa situação e terá pesadelos.
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Cáfila
sábado, fevereiro 14, 2009
Não insultem o Robin dos Bosques!
Mas agora o mistério começa a desvanecer-se.
Em vésperas de o aeroporto de Lisboa mudar inesperadamente de localização, o BPN comprou grandes propriedades nesse local, miraculosamente.
Seria transmissão de pensamento? Alguns pensam que as grandes figuras trabalham muito com cartomantes e outros que tais. Isto é a prova provada de que os do BPN são auxiliados por mediuns e videntes.
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
As Famílias
Jenny Lumet, a argumentista de "O Casamento de Rachel", disse numa entrevista que "as famílias são organismos vivos que se mexem o tempo todo como tubarões", frase que está quase à altura do que Tolstoi escreveu no início de "Anna Karenina": "Todas as famílias felizes são iguais; só as famílias infelizes são infelizes à sua maneira". Ao telefone com o Ípsilon a partir de Nova Iorque, Lumet tenta justificar-se, para que a sua observação não soe "mórbida" - "O que eu queria dizer é que uma família estagnada não é necessariamente uma família feliz..." - mas é tarde demais para varrer a insinuação da sua frase lapidar: onde houver uma família, haverá sangue.
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Robin dos Bosques? Qual deles?
Deixem-me ver se eu entendi...
O Robin dos Bosques era aquele que roubava aos pobres para dar aos ricos?
Quando o actual governo aumenta as taxas moderadoras dos hospitais e dá rios de milhões de Euros aos bancos especializdos para ricos e para vigarices...
Mais valia chamar-lhe estratégia Zé do Telhado.
O Zé do Telhado era aquele que roubava aos pobres para dar aos ricos? Então qual era?
Não haverá nenhum ladrão conhecido, entre os que roubaram aos pobres para dar aos ricos? Ou para ficarem com tudo? Estranho, não é?
Mas vejamos o que diz Mário Soares no Público online de hoje
“As pessoas tiram as conclusões das coisas. Como podem as pessoas aguentar que o Estado vá salvar um banco onde se sabe que há roubalheiras absolutas e fique tudo na mesma depois do Estado lá meter o dinheiro dos contribuintes. Não é possível”, disse, Mário Soares, alertando para as possíveis consequências.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Bando de Malfeitores e Iminências Pardas
E já agora, também os seus apaniguados, como o Carlos Reis, que afirma, em entrevista ao Público, que
"São precisos professores que gostem de ler".
Acham?!!! Acham que os professores não gostam de ler?
Este Carlos Reis é uma daquelas iminências pardas com que Portugal se destaca em ser ignorado no mundo inteiro, no respeitante a estudos literários e muitas outras áreas.
Quando eu defendi a tese de mestrado, o idiota do meu arguente disse-me, em tom acusatório, que faltava na minha bibliografia referir a Bíblia! A Bíblia! A Bíblia dos estudos literários.
Por acaso não se referia a um livro de sua própria autoria, referia-se a um livro de uma iminência parda portuguesa que eu tinha lido muitos anos atrás e que, portanto, não referi.
Respondi-lhe que (era suposto eu saber argumentar, eventualmente usando argumentação agressiva)
Que para referir esse livro e todos os que li, deveria iniciar a bibliografia com o livro de leitura da 1ª Classe, seguido do da segunda, etc.
Disse depois que o Sr. Silva, (era esse o último nome) que escreveu a Bíblia, talvez fosse parente de outros senhores silvas, muito importantes na sociedade portuguesa, mas não deveria ser parente do verdeiro autor da verdadeira Bíblia, a não ser forçando muito a origem social dos senhores silvas e quejandos.
Afirmei em seguida que não tinha referido a Bíblia Católica por não saber ao certo qual era o autor. E que esperava não ser vítima de um auto-de-fé por não citar a Bíblia, dado que estávamos (ainda) no Século XX.
Resultado: ia chumbando. Só não me chumbaram porque a tese estava bem feita e não conseguiram. E porque a argumentação divertiu o público erudito, embora tenha irritado muito o arguente, um palerma.
Este senhor Carlos Reis também escreveu uma bíblia ou mesmo duas. E agora manda bitaites sobre tudo o que lhe apetece. Enquanto o deixarem...
Enquanto houver em Portugal autores de pequenas Bíblias, que são os pequenos livros sagrados de pequenas seitas! Escritos por pequeníssimas iminências pardas...
E mesmo assim,
Presidentes dos Conselhos Executivos reiteram pedido de suspensão da avaliação de professores