quinta-feira, fevereiro 18, 2016

Acabo de inventar uma receita saborosa e vegetariana.
Caldeirada de Nada
Coloca-se na panela cebolas e batatas as rodelas e, em vez de peixe, põem-se outros legumes: pimentos, feijão verde, courgettes, couves. Deita-se azeite por cima, deixa-se um bocado ao lume e acrescenta-se água a ferver, aquecida na cafeteira elétrica. Um nadinha de sal e pimenta e coentros. Ficou bom.



- Meninos, o texto menciona uma igreja gótica. Como é uma igreja gótica?
- É uma igreja toda preta.
- Toda preta?! - digo eu, espantada.
- Toda preta por dentro e por fora - diz outra.
- E as pessoas que lá vão não são nada católicas - acrescenta um rapaz.
- Então porque é que vão à igreja, se não são nada católicas?
- vão rezar ao Diabo! 
- Ah, percebo-digo eu. - Mas não é nada disso. As igrejas góticas são muito, muito antigas. Esses góticos que vocês dizem são muito modernos...
- São nada modernos! Os góticos São buéda antigos!
- Porque é que a setôra se está a rir?! - perguntam uns aos outros.
- Sei lá!
Li este poema em criança num livro para meninas, sei de cor a tradução, recordo-a frequentemente, mas só hoje consegui encontrar o original. Era assim: a manhã radiosa já passou / todo o seu ouro puro consumiu/ densas sombras de um dia moribundo / mais uma vez se arrastam...


A manhã radiosa já passou
Todo o seu ouro puro consumiu

Densas sombras de um dia moribundo
Mais uma vez se arrastam.

A nossa vida é apenas uma aurora pálida
 É o meio dia vem depressa

Oh Cristo, quando tudo terminar
Conduzi-nos ao Porto 


The radiant morn hath passed away,
and spent too soon her golden store;
the shadows of departing day
creep on once more.

Our life is but an autumn sun,
its glorious noon how quickly past!
Lead us, O Christ, our life work done,
safe home at last.

O by thy soul inspiring grace
uplift our hearts to realms on high;
help us to look to that bright place
beyond the sky.

Where light, and life, and joy, and peace
in undivided empire reign,
and thronging angels never cease
their deathless strain.

Where saints are clothed in spotless white,
and evening shadows never fall;
where thou, eternal Light of light,
art Lord of all.

Godfrei Thring 1864

http://cyberhymnal.org/htm/r/a/radiantm.htm


A estupidez confundida com boa vontade e com grande bondade

Imaginem esta situação:
Um homem acorda de manhã para o informarem de que a mulher lhe matou as filhas. Fica também a saber que é agora uma personagem famosa no país, espécie de inimigo público número um, que todos o detestam e que a mulher é uma mártir. Logo a seguir, começa a receber ameaças de morte. 
Como se explica isto? Foi o que aconteceu.
Aparentemente, tudo se explica com uma atitude de grande tolerância do povo português, tudo só bons sentimentos. Ou a influência da comunicação social no seu pior. É a massa acrítica.

Sobre a tragédia de Caxias.
Precisamos de refletir mais e de reagir menos. É muito fácil ser muito bom e muito simpático, ao mesmo tempo que se destrói um ser humano.

terça-feira, fevereiro 16, 2016

Só temos dois Óscares



Nos Estados Unidos todos os anos se considera que houve, nesse ano, muitos artistas bons, maravilhosos: atores, realizadores, guionistas, etc. os Óscares, por exemplo. 
Em Portugal, em 500 anos, nós achamos que só houve dois bons: Camões e Fernando Pessoa. E ainda nos queixamos...

sábado, fevereiro 06, 2016

Fábrica Eletro Ceramica







Este prato foi feito pela Eletro Ceramica, fabrica que, a princípio, só fazia interruptores e tomadas em cerâmica, pois não os havia em plástico. Acabou por se aliar à Vista Alegre, depois de breve período em que fez loiças como esta. O desenho corresponde ao Serviço de D. João VI, produzido pela Companhia das Índias, designado por Serviço dos Pavoes.

Ver mais informações sobre a fábrica, aqui




Vitória ou derrota? Sinónimos?



É hoje consensual dizer-se que os professores conquistaram muita coisa com as suas lutas, o que agora designam por "interesse corporativo". Após uma dessas lutas, com grande greve, tivemos uma vitória tão estrondosa, que me deixou estupefacta. Nos dias que se seguiram, todos os jornais noticiaram o que chamavam a estrondosa derrota dos professores. É o que acontece agora com a estrondosa derrota / vitória do governo face a Bruxelas.


E outras bruxas. 

P.S.: como os jornalistas se encontram ao serviço do grande capital, basta folhear os semanários de hoje para fazer essa constatação, os professores foram sempre considerados miseráveis e mártires até ao governo de Sócrates e da sinistra ministra ministra. De um dia para o outro passaram a ser considerados privilegiados. 

Dito de outro modo, de derrota em derrota até a vitória final.

quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Procuramos uma nova Europa

Parece-me a mim, Nadinha, que o novo governo e o novo presidente iniciam uma nova era, em que o sentido de humor volta a fazer parte das nossas vidas e da nossa política. 
Que se F... o anterior governo e sua obediência a todos os poderes, mais o múmio e sua esposa múmia. Viva a GRÉCIA E A ITÁLIA e todos os que estiverem connosco. É precisa uma nova EUROPA!

Gozemos o Carnaval

A criatura Cavaquistona, a certa altura, tirou-nos o feriado do Carnaval. Como primeiro ministro, ficou logo arrumado, para voltar mais tarde, travestido de múmia paralítica. Gozemos o Carnaval. E esta nova política, independente de bruxas, de bruxelas e etc..

sábado, janeiro 30, 2016

Minha liberdade roubada - dizem elas


Das profundezas de países como o Irão, as mulheres agitam-se por debaixo dos véus, no desejo de libertarem os seus cabelos e as suas vidas. Ê com horror que vêm um país como a Itália renunciar à sua cultura em vez de impor os direitos humanos e a liberdade.

É o que se demonstra num site do facebook, em que várias mulheres desafiam as leis iranianas mostrando publicamente o cabelo, como protesto contra o "véu" colocado nas nossas esculturas de nus e sobre a nossa cultura ocidental.

Este é um momento icónico da nossa era. Nunca mais nada vai ser como dantes, pois as imagens valem mais do que as palavras para exprimirem ideias e as imagens multiplicam-se exponencialmente para ridicularizar esta situação.

Já no passado europeu foi feita censura aos nus e muitas pinturas foram retocadas para esconder as "partes pudendas" por pintores que foram apelidados de "calcinhas" embora fossem sobretudo utilizadas imagens de parras. O mesmo para as esculturas.
A parte mais curiosa da situação é que os islâmicos no poder também são contra as parras, pois as parras são as folhas da videira e o presidente de Irão também pede que não se sirva vinho nas refeições em que esteja presente. O que levou o presidente francês a recusar almoçar com ele.

A tolerância do ocidente, nomeadamente dos europeus, para com estes intolerantes tem sido muito discutida, mas isto veio deitar achas para a fogueira. Que já estava acesa com os muitos milhares de muçulmanos que se refugiam na Europa dos extremistas muçulmanos. Sem quererem mudar de religião, ao que parece.


O site do Facebook que assim se manifesta é My Stelthy Freedom. 
Cada foto de mulher que mostra o cabelo apresenta uma mensagem sobre as esculturas italianas.

Mudar? É possível?

Diz-me a minha amiga professora:

Perguntam-me várias vezes se é verdade ou retórica os professores dizerem que aprendem com os alunos.  Vou contar dois casos: ao fazer uma aula de substituição, mandei 3 alunos para o sítio dos que se portam mal, com as consequências inerentes, um deles tinha sido muito malcriado. Semanas depois, fazendo nova substituição na mesma turma, o rapazito, com muito mau aspeto, aproveitou para me pedir desculpa, fui tão malcriado, não sei o que me deu. Um rapaz que foi meu aluno há 5 anos, terrível, tinha de o mandar para a rua todos os dias, é agora um aluno exemplar e anda sempre atrás de mim. Jura que o estou a confundir com outro, quando digo que chumbou 3 vezes no nono ano. Tudo isto se passa no corrente ano letivo.
O que aprendi? Vamos esquecer tudo o que ficou para trás, pedir desculpa e avançar.

Assinado: Nadinha

quarta-feira, janeiro 27, 2016

Esconder os nus e os vinhos. Para onde vamos, Europa?




Nada de nus e nada de vinho. Será que o presidente do irão ficava tão desorientado com os nus e o vinho, que se atirava a primeira criatura que visse, homem, mulher ou bicho?

Isto quer dizer : cuidado com as feras, ou quer dizer que a cultura europeia esconde as suas melhores priduçoes para não desagradar a uma criatura atrasada? 

Pobre Europa, por onde vamos? 

Vem isto a propósito de um facto insólito: em visita de estado a Itália do presidente do Irão, foram tapadas as estátuas de nus e as refeições oficiais não tiveram vinho. Numa altura em que está toda a gente farta do extremismo islâmico... Mas os mulhoes do petróleo falaram mais alto. Ver aqui:


Imagem: escultura de Antinoo.  

sexta-feira, janeiro 22, 2016

Gato Sagrado da Birmânia



"Ao que tudo indica, o Sagrado da Birmânia descende dos gatos que eram venerados como deuses nos templos budistas da Birmânia (atual Myanmar), na Ásia, no século XV. Os sacerdotes acreditavam que os fiéis retornavam à Terra na forma de gatos. Há várias descrições da chegada dos primeiros exemplares da raça à Europa."
Esta raça de gatos está na moda no Ocidente.







sábado, janeiro 16, 2016

Pai Nosso de Clara Ferreira Alves


Pai Nosso de Clara Ferreira Alves é um livro chato. Interessante, lê-se como se fosse uma reportagem, mas ao fim de 114 páginas de reportagem, já chega. Li até essa página com algum esforço, parei e não me apetece continuar.
As reportagens nunca têm mais do que 10 páginas. E os romances não são reportagens. Nem crónicas.
É claro que o livro tem ambições internacionais. Só se for como reportagem sobre tema da atualidade, muito bem documentado. Mas talvez romanceado...

terça-feira, janeiro 12, 2016

Maria de Belém e o seu humor involuntário: - ide comer para a vossa terra

Nesta maravilhosa campanha eleitoral, são inúmeros os momentos de humor involuntário.
É o caso da ideia-chave da campanha da Maria de Belém, cujo nome é, já de si, objeto de trocadilho, a Belém quer ir para Belém, a Maria de Belém quem será, talvez a Nossa Senhora, etc...
A ideia principal da campanha e, aliás, a ideia única da campanha, essa sim, é brilhante.
Quando cá vierem chefes de Estado, como a Merkel ou o Obama, por exemplo, em vez de lhes oferecermos grandes banquetes, a presidenta irá levá-los a almoçar e jantar a lares de terceira idade. 

Em vez de grandes manjares regados com os melhores vinhos, irá oferecerl-lhes umas batatinhas cozidas com pescada congelada cozida, um compito de água da torneira, servida numa caneca de plástico e um caldinho de legumes numa malga de folha.

A Merkel e o Obama não correm o risco de fazerem segunda visita e, se passarem palavra, voltaremos a ficar orgulhosamente sós, como no tempo de Salazar.

Ouço dizer que em certas regiões do país, is autóctones comem com o prato dentro de uma gaveta, para não serem obrigados a oferecer as visitas, as quais têm o hábito de aparecer sempre a hora das refeições.

A Maria d Belém sempre é um pouco menos avarenta, mas inscreve-se nesta tradição tão portuguesa de não dar nada a ninguém.
Que vão comer para a terra deles!
- Ide comer para a vossa terra! - afirmará, com aquela vozita "esganiçada".


domingo, janeiro 10, 2016

Natália Correia versus Candidato Marcelo

Este blog tem muitos poemas de Natalia Correia, aqui vai mais um a propósito das eleições presidenciais, em que Marcelo Rebelo de Sousa é o principal candidato, quase o único que pode ganhar. Com uma publicidade que lhe vem da televisão. Este poema foi feito aquando da sua candidatura para a Câmara de Lisboa.




MARCELO E AS TÁGIDES

Marcelo, em cupidez municipal
de coroar-se com louros alfacinhas,
atira-se valoroso - ó bacanal! -
ao leito húmido das Tágides daninhas.

Para conquistar as Musas de Camões
lança a este, Marcelo, um desafio:
Jogou-se ao verso o épico? Ilusões!...
Bate-o Marcelo que se joga ao rio.

E em eleitorais estrofes destemidas,
do autárquico sonho, o nadador
diz que curara as ninfas poluídas
com o milagre do seu corpo em flor.

Outros prodígios - dizem - congemina:
ir aos bairros da lata e ali, sem medo,
dormir para os limpar da vil vérmina
e triunfal ficar cheio de pulguedo.

Por fim, rumo ao céu, novo Gusmão
de asa delta a fazer de passarola,
sobrevoa Lisboa o passarão
e perde a pena que é de galinhola.
in "Inéditos"1979/91
Cancioneiro Joco-Marcelino, 
Poesia Completa

quarta-feira, dezembro 30, 2015

Um poema de Baudelaire

L'Homme et la mer
Homme libre, toujours tu chériras la mer!
La mer est ton miroir; tu contemples ton âme
Dans le déroulement infini de sa lame,
Et ton esprit n'est pas un gouffre moins amer.
Tu te plais à plonger au sein de ton image;
Tu l'embrasses des yeux et des bras, et ton coeur
Se distrait quelquefois de sa propre rumeur
Au bruit de cette plainte indomptable et sauvage.
Vous êtes tous les deux ténébreux et discrets:
Homme, nul n'a sondé le fond de tes abîmes;
Ô mer, nul ne connaît tes richesses intimes,
Tant vous êtes jaloux de garder vos secrets!
Et cependant voilà des siècles innombrables
Que vous vous combattez sans pitié ni remords,
Tellement vous aimez le carnage et la mort,
Ô lutteurs éternels, ô frères implacables!
— Charles Baudelaire

quinta-feira, dezembro 24, 2015

Feliz Natal





Feliz Natal para os leitores, amigos e seguidores deste blogue.
Que vão mudando com o tempo, pois já tem muitos anos.

domingo, dezembro 13, 2015

Manoel de Oliveira




Estão  a dar, no TVcine 2, todos os filmes de Manoel de Oliveira, todos seguidos.
Pode parecer monótono ver um filme deste realizador, mas é menos monótono se o vemos em casa, podendo parar e reatar quando quisermos.
Na verdade, é uma experiência tão extraordinária que não vamos querer parar.
Manoel de Oliveira valoriza muitíssimo as paisagens portuguesas, as paisagens rurais e os palácios e palacetes rurais, fazendo-nos apreciar uma beleza que não nos é estranha, a não ser que nunca tenhamos reparado nela.
Neste último caso, faz-nos ver uma beleza que conhecemos como realidade e que passamos a conhecer como esplendor do mundo.

Se as personagens nos parecem estranhas, quase todos da alta sociedade altamente minoritária, é talvez porque essa sociedade é a mais culta. 
Pelo que afirmam e discutem, somos levados a refletir sobre a humanidade. Não tanto portuguesa, como europeia e universal.
Pois a humanidade não é portuguesa nem europeia.
Mas sim universal.
A beleza existe em toda a parte, mas ao nível paisagístico existe uma beleza portuguesa. 
Como sentimos nostalgia ao ver uma paisagem italiana, imbuída das representações e sensações italianas, iremos ver sentir um dia  nostalgia da paisagem portuguesa, tornada saudosa e sensívelpor Manoel de Oliveira.








É Natal? Pode ser ou não ser. Depende.

Há no Facebook uma mensagem de Natal que afirma algo como: muitas pessoas têm um Natal triste porque estão sozinhas, etc... 

 Parece-me que temos a liberdade de festejar, ou não, o Natal, mas se o festejarmos, só pode ser como data alegre e solidária. Não entendo que se possa celebrar o Natal como dia triste ou deprimente, pois o seu sentido é exatamente de dia e noite felizes. 

Não é obrigatório comer nesse dia bacalhau ou peru, não é obrigatório festejar o Natal, não é obrigatório ser religioso e cristão. 

 Quem não é religioso ou sendo religioso, não é cristão nem deveria festejar o Natal. 

Se o faz, deve respeitar a mensagem salvífica e de esperança, não neste mundo, mas num mundo melhor. 

 O Natal é puramente espiritual, não tem nada a ver com a realidade presente. 

Ou então, não é Natal.

sábado, dezembro 12, 2015

"viver muito tempo é um dom de Deus. Mas tem o seu preço."

Diz o Manoel de Oliveira no seu filme "viagem ao princípio do mundo": " viver muito tempo é um dom de Deus. Mas tem o seu preço." 
Ele, que viveu Anto tempo, é que  sabe.
Creio que muitos de nós vamos aprender isto.

Para quando um Simplex nas fórmulas de tratamento?

- Nao trates a setôra por você.
- Então como é que a hei-de tratar? Por tu?
- Ó setôra, não devemos tratar as setores por você, pois não?
- Não, claro que não, o tratamento por você é muito familiar, é quase tu. Os brasileiros até dizem: " Pode me tratar por você".
- Ó setôra, então como hei-de dizer?
- Em vez de você, diga setôra.
- Setôra? Mas setôra é um erro. Essa palavra nem existe!

Língua portuguesa complicadinha hem? E é sempre muito difícil explicar isto do você. Nem eu concordo com esta complicação toda nas fórmulas de tratamento. 

Uma professora chamou malcriado a um aluno porque ele chamou Senhora Diretora à senhora diretora, pensou que estava a ser irónico, mas os miúdos pequenos não têm o sentido da ironia e ele foi, muito sério, perguntar à professora de Português se era falta de educação falar assim. Realmente, já tudo parece possível.  
Dizer-lhes que digam senhora doutora é agora impensável. Setôra quer dizer, para os alunos, senhora professora e não senhora doutora, tratamento que caiu em desuso para professores. Isso sim, pareceria irónico.
Chamar professora seria o acertado , mas não é assim que se fala, hoje em dia é não existem maneiras acertadas, só existem formas convencionais de proceder. 

Tarde ou cedo, terá de haver um Simplex de toda esta trapalhada.

Que até já está em curso.

quinta-feira, dezembro 10, 2015

Somos um estado laico, ou somos estado laico que se verga perante os preceitos da religião muçulmana?

IEsta questão tem sido levantada, mas em Portugal tudo é aprovado por consenso e a pressão social faz o resto: os muçulmanos, incluindo refugiados sírios, podem andar aqui de cara tapada? Digamos, as mulheres. Mas eu sei lá se uma criatura de cara tapada é homem ou mulher? Outra: é noticiado nos jornais que os refugiados, por serem muçulmanos, aqui em Portugal podem escolher, os homens um médico homem, as mulheres uma médica. Mas não  somos um estado laico? As portuguesas pobres põem escolher uma ginecologista mulher? 
Vamos deixar de ser estado laico paras respeitar a religião muçulmana nas escolhas laicas? 
Onde está a reflexão / discussão sobre todos estes temas?
Sou a favor do acolhimento o mais solidário possível dos refugiados.
Mas deve o estado laico respeitar os preceitos da religião muçulmana, se não respeita os da cristã.
Isto não é bondade nem maldade. É estupidez.

Exemplo: embora não me pareça mal, tem sido até agora um preceito importante da religião católica o não poder a mulher abortar, mas o estado permite o aborto e até o financia.

Sim, devemos acolher bem os refugiados, como estado laico. Mas são eles que devem adaptar-se a democracia, não somos nós que devemos adaptar-nos ao obscurantismo de certos costumes religiosos.

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Exames? Sim ou não?

Os exames, os do quarto ano incluídos, são muito bons para as editoras venderem livros de preparação para os exames, para os centros de explicações venderem explicações para os exames e para os professores formatarem os alunos para os exames. Por exemplo, a português, a partir do décimo ano, ensina-se os alunos a escrever textos argumentativos com 250 palavras, com dois argumentos e um exemplo para cada um. Para quê? Para o exame. Os parágrafos devem começar com "de facto",ou " assim", "por outro lado" e o último por "em suma" ou "em conclusão". Sabiam que só assim é que um texto está correto? De acordo com os critérios de correção, forjados por meia dúzia de louvaminhas dos regimes. Não acham isto ridículo? Mas é a concorrência entre escolas a falar mais alto. Criatividade? Forget, temos mais que fazer. Dois argumentozinhos e dois exemplozinhos, como diria o Eça.

sábado, novembro 28, 2015

domingo, novembro 22, 2015

sábado, novembro 21, 2015

Presépios de Belém: refugiados




Em novembro,a Sagrada Família, refugiada, dirige-se a Belém, enfrentando perigos terríveis. Como se vê, ampliando a imagem, se for preciso.

Mergulhados na água e na luz: a pintura de Joaquim Sorolla







O Museu Nacional de Arte Antiga trouxe a Lisboa várias obras de Joaquim Sorolla, considerado o pintor da luz, pela forma particular como joga com este elemento pictórico.


Gostei particularmente dos estudos e pinturas sobre o mar, sobretudo os regressos da pesca. É também muito sensível no modo como capta o olhar, obediência e a força dos animais, em total sintonia, direi mesmo em total parceria com os homens.


Há também uma aliança entre a força, a bondade e a ternura, nestas criaturas, animais e homens que, juntamente com os barcos, nos surgem do nada, mergulhados na água salgada e na luz.

domingo, novembro 15, 2015

Laurie Anderson

I've seen your film "The Heart of a Dog", yesteday in Lisbon.

And would like to ask You a question:

Hoje do I recognise myself if I do not have a body?

 How can I distinguish myself from the others, if I do not have a body?

:)

É claro que todos somos a favor da paz. Mas o que é a paz?


Parece-me que muitos dos meus amigos, muito bem intencionados, claro, não entendem que a nossa relação com o médio oriente é uma questão geoestrategica e geopolítica. 
Assim, uma potência regional, como o Iraque do Sadham, é deixada em paz pelas potências mundiais, porque mantém a região controlada. Direitos humanos não há, crimes praticados pelas autoridades há muitos, mas "a nós, ninguém nos chateia. O problema é que essas potências regionais vão adquirindo muito poderes e querem passar a controlar outra região que fica perto, por exemplo, a Europa. Que faz a Europa? Da última vez, ficou à espera dos Estados Unidos. Todo o ocidente tem cometido erros, por não entender o que é o fundamentalismo islâmico. Afinal,  o requinte do ocidente é ser ateu, não é? Quem são esses bárbaros que se reclamam do Islao?
 Deixem-nos andar, não os chateiem. 
Claro que somos a favor da paz. Mas o que é a paz?

Nunca Maquiavel foi tão atual!

sábado, novembro 14, 2015

Pray for Paris

I




Realizou-se esta semana o festival hindu Diwali, um dos festivais da lua cheia do Oriente e o principal, que celebra a vitória da luz sobre a escuridão.
Na mesma semana, em Paris, houve uma pequena vitória da escuridão sobre a luz.

Mas todas as luzes do mundo se acendem para afastar as trevas. 

Citando Sophia de Mello Breyner no poema "O Crepúsculo dos Deuses":

"A treva \ Foi exposta e sacrificada em grandes pátios brancos".

Ver aqui vídeo sobre as lanternas volantes que iluminam anote do Diwali





quinta-feira, novembro 12, 2015

Obrigada, criaturas do Neandertal, por nos fazerem reparar que... estamos noutra era

Uma criatura chamada Pedro Arroja fez rir o país e sobretudo o Facebook pelo ridículo das suas declarações, que seriam muito vulgares em inícios ou meados do Século XX.

Diz a avantesma que não queria aquelas mulheres do Bloco de Esquerda, sem se perguntar se passaria  pela cabeça das mulheres do Bloco de Esquerda interessarem-se por semelhante criatura.

O BE exige que o senhor peça desculpa, mas ninguém pede desculpa por ser ridículo. E mesmo que peça...

Obrigada, criaturas do Neandertal, por nos fazerem reparar que somos tão civilizados, tão modernos...
Que estamos noutra era.



Muito interessante o post deste blogue  sobre o assunto

Praça do Bocage

Citando : ""Há um enxame de medíocres vespas asiáticas ao assalto em defesa de uma nova barbárie política económica e social totalitária que quer comandar o mundo""


terça-feira, novembro 10, 2015

Soluções económicas?

Tão difícil assim? Não pode haver uma lei portuguesa que obrigue  o Pingo Doce português a pagar impostos em Portugal? E que carrada de impostos que aí vêm!!!!!!!

Se não sabem, o Pingo Doce paga impostos na Holanda. Porquê?

Entornou-se o Caldo!!! Que bom! Alguma Coisa Ainda Mexe

Pela primeira vez desde o PREC vejo no Facebook uma guerra pegada entre a esquerda e a direita. A guerra que fazia entornar o caldo, nas refeições familiares, incompatibilizar para toda a vida pais e filhos, esposas e maridos, irmão se irmãos. Temos aqui agora um arremedo.

Vocês, os jovens, nem imaginam como foi divertido! Ahahaha!
Mas ainda bem que há betinhos de esquerda e de extrema esquerda, como sempre houve. Para nem falar dos pobretões (económicos e mentais) da direita. Como sempre houve.

Vamos curtir este PREC

É ter levado muita gente a pensar que a Alemanha da Merkel defende os interesses dos portugueses.

As pessoas que estão aterrorizadas pelo novo governo de esquerda,  que lhes parece o caos, talvez nunca tenham ouvido falar de Keynes e de Keynesianismo, que salvou a Europa e em particular Alemanha, após a segunda guerra. 
Talvez nunca tenham pensado que a política e os políticos devem esperar e fabricar, ou ajudar a fazer, um mundo melhor, uma espécie de Jerusalém Terrestre, pois esta ideia não existe na direita, a despeito de ser uma ideia areligiosa e mística. 

O pior desta gente medíocre que nos governou estes anos a mando da Alemanha, é ter levado muita gente a pensar que Não Há Alternativa, na sigla inglesa, TINA (There Is No Alternative). 

É ter levado muita gente a pensar que a Alemanha da Merkel defende os interesses dos portugueses. 
É ter levado muita gente a pensar que não é possível modificar a Europa. 
É ter levado muita gente a pensar que não é possível modificar aquilo que é humano.
Ou seja, o Mundo

quarta-feira, novembro 04, 2015

A moderna China



Livro muito interessante sobre a nova China, rendida as grandes empresas americanas que nela procuram trabalho escravo e fáceis fraudes econômicas. Ainda com recordações da "revolução cultural" em que os estudantes se misturavam  com os camponeses, sem que se tenha conseguido ultrapassar os mais antigos tabus, em vigor hoje em dia. O livro só custa 5 euros na loja do jardim de campo de Ourique. E noutros sítios, em Portugal.

sábado, outubro 24, 2015

A maioria de esquerda em Portugal é uma vitória dos Gregos. Como todas as vitórias europeias nos últimos 2000 anos

Era muito importante derrotar o Sirysa.

Porque o Sirysa influencia toda a Europa.
É por causa do Sirysa que existe o Podemos.
É por causa do Sirysa que temos em Portugal uma maioria de esquerda


O que não interessa mesmo nada à direita europeia é haver governos de esquerda em toda a Europa.


Um governo de coligação de esquerda em Portugal seria um mau exemplo para a União Europeia, para o Schauble e para a Merkel.

Usar o dinheiro das reformas dos velhinhos para pagar os bancos, para pagar a corrupção é tão bom!
Uma da manhã. Bem bom!
Duas da Manhã. Bem bom!
Como dizia  a primeira mulher do atual primeiro ministro.

Isto é um sinal dos Tempos!

sexta-feira, outubro 23, 2015

Quem é o autor do livro de Sócrates? E o comprador?


Quem é o autor do livro de Sócrates? - Domingos Farinho

Quem é o comprador do livro de Sócrates? - Sócrates


De tanto que este blogue escreveu sobre Sócrates, não podia deixar passar mais esta telenovela.
Segundo o jornal Sol, não foi Sócrates que escreveu o livro publicado por ele e comprado aos milhares por ele, provavelmente para destruir.

Não, o autor foi um professor chamado Domingos Soares Farinho.

Não há uma que seja verdadeira.  Diz o motorista Perna, que lhe servia de correio: "ele escreveu tanto o livro como eu".

E esta? Ou seja, e mais esta?

De Senhora Doutora a senhora Maria

Já repararam que, sem nos darmos conta disso, as pessoas deixaram de chamar doutor ou doutora aos licenciados?
Não houve nenhuma revolução, mas sim uma mudança muito rápida.  Demorou menos de uma década e tem a ver com a crise.
A mim, chama-me agora Professora, porque sou professora, ou então Senhora Dona, ou só Dona em situações não profissionais.

E nos call centers e outros sítios de marketing, só falta chamarem-me senhora Maria, como antigamente se chamava às pobres de pedir :).

A uma mulher chamada Maria Isabel, chama-lhe senhora Maria, na tentativa de a fazerem sentir-se tão mal, que se rende e se torna capaz de comprar tudo o que lhe queiram impingir.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Farta de ouvir dizer que Salazar era honesto



Para que queria ele os milhões na Suíça, se não tencionava desamparar a loja até morrer e viver à custa do estado, com um poder que já ninguém tinha nessa época? A nadar no ouro do estado, que também já não servia para nada, mas que era dele...


Só sabemos comparar este vigarista com os outros e considerar que a "honestidade" é um bem em si.
Não, não é. Deveria ser o normal. O bem em si é a competência!

domingo, outubro 18, 2015

Decisão presidencial para as Calendas Gregas

Será que o Cavacao consegue decidir alguma coisa ainda antes das eleições presidenciais, ou vai deixar a decisão para o próximo presidente?

Custa assim tanto engolir um sapo?

sábado, outubro 17, 2015

Esquerda Direita... E Volver!

Creio que começo a entender a direita: inclui a classe média alta que, não se identificando com os políticos medíocres da direita muito menos se identifica com a ideologia política da esquerda, uma gentalha oportunista, sem sinceridade política e sem ideais, para quem serve tudo menos tirar olhos e uma gente conservadora que não gosta de modernices...

A ideia de uma política idealista para um futuro igualitário, em que haja abundância de tudo para todos, alegria e felicidade para todos, não existe nesta direita. Nem na religião católica que a veicula.

O Papa Francisco é de esquerda, 

domingo, outubro 11, 2015

Existe um remédio para o medo. Chama-se coragem

Está tudo com medinho de um governo de esquerda?

O primeiro da nossa democracia quarentona? Democracia Ainda não adulta, mad já caduca. 
Até agora, só tivemos dois regimes no governo: direita a fingir que é esquerda (PSD e quejandos) e direita a fingir que é esquerda ( PS de Sócrates e quejandos).

A ideia de haver alternativa assusta-os muito.

Mas existe um remédio para o medo. Chama-se coragem.

sábado, outubro 10, 2015

Fora com a TINA!

O que está em causa nestas eleições é apenas o conceito de TINA, sigla criada pela Margareth Thatcher para dizer que não há alternativa (there is no alternative).

O Syrisa, o Podemos dizem que não há TINA, fora com a TINA! 
Agora os nossos partidos de esquerda querem o mesmo.
Quando, na Europa  houver vários países com alternativas, lá se vai aTINA.

Dislexia



Este blogue tem exercícios úteis para tratar a dislexia

Ver aqui


terça-feira, setembro 29, 2015

POEMA PAF PAF PAF



Uma da manhã: PAF PAF
Toma lá duas chapadas nas trombas
BEM BOM!

Duas da Manhã: PAF PAF PAF
Pega lá 3 chapadas nas trombas
BEM BOM!

TRÊS da Manhã: PAF PAF PAF PAF
Pega lá com quatro chapadas nas trombas!
BEM BOM!

Quatro da manhã bem bom
Sem saber o que será depois

BEM BOM!


Autora do poema: eu. Bem bom.

sábado, setembro 19, 2015

Literatura Brasileira



É espantoso como o Brasil, com tão pouca história, em parte humilhante, a pouca que tem, conseguiu dar tantas obras literárias interessantes, baseadas nessa mesma história. O que contrasta com a literatura portuguesa. Onde estão os romances sobre os acontecimentos imponentes da história portuguesa?

Vem isto a propósito de um escritor brasileiro que descobri recentemente e que me apaixonou, não conseguindo parar de o ler.

Josué Montello. 

Este é o eu livro mais emblemático, Os Tambores de São Luís, sobre a escravatura, cuja personagem principal é um negro alforriado é muito culto, em grande conflito interior, por não pertencer a um lado nem ao outro e por não poder ajudar os seus.

Quase tudo se passa no Maranhão, centrado na cidade de São Luís, neste caso aquando da publicação da lei do ventre livre, que dava a liberdade aos que fossem filhos de escravos, não aos pais.

Um outro livro, Noite sobre Alcantara, tem uma ação que decorre na passagem do século XIX para XX.

Se pensarmos que a escravatura só foi abolida no Brasil em 1888, talvez mais no papel do que na realidade, é este o tema recorrente dos romances deste autor.

sábado, agosto 29, 2015

Passadiço do Rio Paiva

Y



















O passadiço é uma estrutura de madeira que acompanha a margem do rio Paiva durante cerca de 9 kilómetros, permitindo caminhadas através de paisagens de beleza deslumbrante. Foi inaugurado em 20 de Junho deste ano e vai de Alvarenga até a Espiunca, existindo já o projeto de o prolongar, pois tem tido um enorme sucesso.

O melhor é o começar o percurso por Areinho, em Alvarenga,  e terminar na Espiunca. Esta última era uma aldeia intocada, paradisíaca, com poucos habitantes raramente visíveis e um rebanho de cabras pastando nas bordas da estrada, escoltadas por um cãozinho e por um bode. Tinha uma tasquinha muito discreta, frequentada só por homens, a moda antiga.

Agora é uma terra de ninguém. E de prazer, com a sua praia fluvial inundada de turistas, a sua tasquinha sempre a abarrotar de homens e de mulheres em calções ou fato de banho.
E, mais estranho ainda, até já tem sete táxis! Os autóctones queixam-se. Fora os que já começam, preguiçosamente, a enriquecer. (Os táxis servem para as pessoas voltarem para o automóvel que deixaram numa das pontas do percurso).


Mas comecemos do princípio.

Ainda em Castelo de Paiva fomos tomar o café da manhã num cafezinho de uma aldeia. Perguntaram-nos logo se íamos para o passadiço.
- Agora fazemos muito mais negócio. Nem tem comparação.
Sim, isto é o que dizem, satisfeitos, os comerciantes do concelho de Arouca, a quem coube a honra da genial ideia e também os do concelho limítrofe de Castelo de Paiva, que, ainda por cima, ostenta o nome do rio, causando alguma confusão.
- Até americanos! Até americanos já atendi! 

Começamos então a caminhada no Areinho. Subimos umas escadas imensíssimas, percorremos depois um caminho de terra na lomba da montanha e finalmente chegamos a um sítio muito alto. Dali é sempre a descer até a Espiunca. Primeiro quase a pique, numas escadas em que seria fácil tropeçar e cair, pois algumas são feitas de duas tábuas separadas. Este percurso é pontuado por varandas sobre o abismo, com vistas magníficas.

Depois o piso é plano e fácil, num suave declive. O percurso inverso é muito mais difícil, pois é sempre em ascensão e termina subindo aquela escadaria monumental para logo descer do outro lado. 

Mais ou menos a meio dos 9 kms, pelos quatro, surge então um bar, uma ponte suspensa que dá apenas acesso à outra margem e regresso, e uma belíssima praia fluvial, a praia do Vau, com umas escadas suspensas imitando as lianas de Tarzan, as quais permitem uma espécie de voo até ao rio, em original mergulho. Este é o lugar do Vau.

Depois disso, ou até aí, o caminho é menos interessante e menos belo. É também possível iniciar ou terminar no Vau, pois existe uma estrada. 
Sai-se na Espiunca, mas é claro que há quem faça ida e volta e quem inicie na Espiunca.
Aí já existem bares como comodidades, vendedores ambulantes, casas de banho públicas muito limpas e a tal dita praia. 

Como surpresa, e apesar do que alguns têm dito, ao longo de todo o passadiço não se vê um saco de plástico, um papel, uma garrafa, antes trabalhadores com grandes sacos de lixo, em que podemos depositar o que tivermos. 
É natural que seja assim, já que quem lá vai aprecia a natureza, mas ainda é novidade este espírito cívico.
Não se ouvem os pássaros, que fogem espavoridos de tanta movimentação e tanta gente, há mesmo muita gente, mas ouve-se sempre o sereno ruído das águas do rio.

A maneira do Norte, o ambiente é familiar, como se todos se conhecessem, toda a gente fala com toda a gente.

E sente-se o perfume das muitas árvores odoríficas: loureiros, eucaliptos... Bem como das ervas de cheiro.
As pernas ficam a doer, mas os pulmões agradecem como se ficassem lavados, a cabeça agradece a paz, os ouvidos o suave rumorejar das águas. Tudo em nós agradece o permanente milagre da natureza.

quinta-feira, agosto 27, 2015

São Telmo - capela de Câmara de Lobos, Ilha da Madeira









Nesta capelinha da Nossa Senhora da Conceição, em Câmara de Lobos, ilha da Madeira, podemos encontrar pinturas do artista Nicolau Ferreira. É uma pequena é muito bonita capela junto ao mar, mesmo no porto, que recolhe as devoções dos pescadores.

As cinco primeiras reproduções deste post referem-se a milagres de Sao Telmo, o santo das navegações, a que é atribuído, entre muitos outros milagres marítimos,  o chamado Fogo de Santelmo, mencionado por Camões n'Os Lusíadas, um fogo fátuo que se via por vezes nos mastros, provocado por eletricidade estática.
O nome completo é São Pedro Gonçalves Telmo, também conhecido pelo nome de "Corpo Santo".

Ver aqui
http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/5045/1/LS_S1_08_Mario%20Martins.pdf


quarta-feira, agosto 26, 2015

Madeira: Câmara de Lobos















É, talvez, a terra mais bonita da ilha da Madeira, muito cinematográfica, vista do alto, vista de lado, vista do mar... Sempre diferente e sempre bela, na mudança de perspectiva.

Os lobos aqui referidos são lobos marinhos, espécie em extinção, mas que ainda existe lá perto, numas ilhas desabitadas.

É uma terra piscatória a poucos kilometros do Funchal, em que os pescadores, em pequenos barquinhas, agora a motor, mas sem qualquer espécie de proteção, pescam peixe espada preto, não muito longe da Costa, mas em águas muito profundas.

Em Agosto há as festas do peixe espada preto, como se vê pelos engraçados enfeites numa das fotos.
Tem também uma bela capela, com magníficos quadros de pintores portugueses, que estão num outro post.