sexta-feira, novembro 13, 2009

Alçar a Alçada II

E depois do entusiasmo despertado pelo contraste entre a anterior ministra da educação e a nova, surgem as perguntas:

Se quer ser tão diferente da anterior ministra, irá o Sócrates concordar? Andará demasiado distraído com a face oculta? Será melhor limpar a cara? Servem os professores para tudo?
Uma coisa é certa: depois de tanta luta , os professores ainda tinham à sua espera uma SURPRISE!!!!!
É que quem tinha poderes para os avaliar não hesitou, nesta fase final, em avaliá-los à Lagardaire, pensando que tudo é para durar e que não haverá "tudo se paga neste mundo". Avaliar iguais é impossível, a não ser que o ser humano não fosse a besta que é.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Alçar a Alçada

Acabo de ver a entrevista com a nova ministra da educação, Isabel Alçada.
Ao contrário do que esperava, a primeira impressão é francamente favorável.
Situo-me, não tanto ao nível das intenções e das promessas, mas sobretudo ao nível semiótico: aquilo que perpassa através da comunicação, às vezes até involuntariamente.
A outra ministra, uma inconcebível megera que despertava o que há de mais irracional em toda a gente, tinha sempre como sujeito de todas as frases que proferia a palavra "checolas". Exemplo: "é preciso que as checolas tracem os seus objectivos..."
Quando ouvi os sindicatos usarem também checolas como sujeito das frases, escrevi um email para o SPGL, aconselhando-os a escolherem um sujeito "humano" para as suas frases - isto de sujeito humano é da linguística, digamos da gramática. Quem souber falar e escrever saberá usar sujeitos humanos ou não-humanos conforme a sua intenção. Ou então fala sem saber o que diz. Fiquei seriamente preocupada ao ouvir os sindicatos fazerem eco das palavras e da sintaxe da sujeita. E foram os representantes dos professores, e não os sindicatos, que tomaram todas as iniciativas.

Esta Isabel Alçada colocou sempre, nesta entrevista, como sujeito das frases, os sujeitos professores (no plural) e alunos (no plural); alunos apareceu mais como complemento directo e professores como sujeito. O outro sujeito que usou frequentemente foi: o entusiasmo (dos professores).

Sim. É entusiasmo que falta. No ensino e em toda a parte. E nem a anterior ministra, nem os recentes e decepcionantes acontecimentos da avaliação feita "à Lagardaire" por qualquer idiota, nada disto conseguiu em certos casos coarctar o entusiasmo dos professores, que sabem muito bem o seguinte: à sua volta há mesquinhez e ignorância, mas são os alunos que os irão avaliar no futuro. O que os alunos irão contar durante o resto das suas vidas a respeito dos professores que tiveram, não tem nada a ver com questões institucionais. Muito menos com o poder.

Sob suspeita

Vocês acham normal termos um primeiro-ministro que está constantemente sob suspeita? Disto e daquilo e depois mais isto e depois mais aquilo...
Como já nos habituámos...
Não se augura nada de bom deste exemplo para o país.

sexta-feira, novembro 06, 2009

As Rainhas de Copas: Avaliação dos professores

Os professores são avaliados de forma severa, divertida ou saudosa, mas definitiva, na memória dos seus antigos alunos, muito mais do que em qualquer outro fórum. E acontece que o tempo faz esta avaliação dar voltas de muito graus, pois são às vezes os professores mais malucos e irritantes que se recordam melhor e com mais benevolência.
Há muitos que são esquecidos para sempre, quase no mesmo ano em que estiveram no activo. Quase durante o ano, ao ponto de nunca nenhum aluno saber o seu nome. Há aqueles que influenciam o futuro dos jovens, que querem ser como eles. A diferença entre uns e outros é tão abissal que não cabe numa escala normal de avaliação, pois é uma diferença de grau e não de quantidade. Só por isso já era evidente que uma avaliação de professores seria um ponto muito sensível, até porque os preferidos dos alunos nem sempre (quase nunca) são os preferidos do poder que os avalia. Até por uma simples questão de ciúmes e inveja. Quem não gostaria de ter a preferência de todos os alunos, sabendo que isso lhe é impossível e que é fácil para outros?

E agora os professores andam a ser avaliados/torturados há mais de um ano.
Como tudo mudou nas escolas, incluindo a relação de poder, as simpáticas presidentes de outrora, eleitas pelos colegas, estão agora transformadas em Rainhas de Copas, impulsivas e caprichosas, dispostas a dar as piores notas aos colegas que lhes fazem sombra e / ou lhes não elogiam os loiros cabelos, os sapatos novos e sobretudo os pés. Usam para isso um modelo de avaliação que permite todas as arbitrariedades e na maior parte dos casos são exactamente as mesmas antigas afáveis presidentes, que assim se vêem radicalmente mudadas pela atracção (aparentemente irresistível) do poder.

quinta-feira, novembro 05, 2009

A Modéstia

Almeida Garrett disse, se não me engano nos detalhes, pois cito de cor, que a modéstia é a pior de todas as virtudes.
Não sendo um homem modesto, viu bem e antecipadamente o que quer dizer esta "virtude".
Século volvido, o caso parece mais óbvio, por exemplo quando foi levantada a questão das avaliações de todo o mundo:

Claro!

A modéstia é muito natural e na nossa pequena sociedade portuguesa "fica bem".
Fica muito melhor e é bastante mais fácil a quem não tem qualidades invulgares...
Claro, como vivemos numa sociedade bué igualitária, a modéstia fica igualmente bem a quem tem grandes qualidades e grandes capacidades, e a imodéstia fica igualmente mal aos dois grupos.

É por isso que Portugal não sai da mediocridade pardacenta. Porque o respeitinho e a modéstia são muito bonitos... são mesmo giríssimos.

Uma gabarolice infundada até pode ter graça, mas os que são mais cultos, mais experientes, mais sábios, esses deveriam ter sido mais modestos. Claro. Evitando assim sobrepor-se àqueles que, por motivos vários e todos decentíssimos, não "tiveram tempo" para ler, escrever, etc... e se tivessem tido tempo, não teriam sabido fazê-lo. Porque são modestos.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Tempos presentes, ou seja, tempos futuros

Não sei se vocês já se aperceberam disto, talvez não... também é para isso que servem os blogues.

A Internet, na sua primeira juventude ou mesmo infância, creio ter mais de 10 anos e menos de 15, menos ainda aqui em Portugal, mesmo assim já passou por várias fases.
E esta última é a melhor, claro, a última é sempre melhor que a anterior. Vejamos:

Lembro-me das absurdas objecções que se faziam à Internet quando ela surgiu. Como sempre que surgiu alguma coisa e este final de Século XX foi pródigo em surgirem coisas inteiramente novas, a primeira reacção é a da rejeição.

A fase em que acabamos de entrar é esta:
As pessoas passam da comunicação "solitária" via Internet, que alegadamente as afastaria dos outros, para uma fase de encontro com as pessoas que se conheceram via net.

Na passada Sexta-feira fui, como sabem, a um jantar de Bloggers, ou seja, com pessoas que eu conhecia virtualmente e outras que não conhecia de todo, sendo todos bloggers como eu.
Na Segunda-feira seguinte, fui a um almoço num navio, com pessoas que conhecia virtualmente, mas que já tinha visto noutro navio e outras que não conhecia e fiquei a conhecer.

Neste último caso, está previsto juntarem-se todas estas pessoas para fazerem juntas um cruzeiro. Digamos que, pessoas que têm algo, bastante ou muito em comum, juntam-se por esse motivo.
Esta é apenas uma das fases incipientes da net. Imaginem o resto!
Aparentemente e se bem entendi, passámos muito rapidamente do isolamento ensimesmado para o encontro puro e simples.

VIVÍSSIMA

A propósito dos posts que aqui coloquei, com a palavra "vivíssimas", uma amiga contou-me o seguinte:
Uma mulher que ela conhece confessou ao seu mestre espiritual:


- Mestre! Tenho tanto medo da morte!
- Medo de quê? - respondeu o mestre - morta já tu estás há muito tempo!

(Ver mais clicando na tag vivíssimas)

segunda-feira, novembro 02, 2009

Navio Zénith





Fui almoçar a bordo do navio Zénith fundeado na Doca do Conde de Óbidos, também chamada Cais da Rocha: Cais da Rocha do Conde de Óbidos, com o grupo Infocruzeiros.. Este navio é gémeo, ou seja, é quase igual àquele em que naveguei em Agosto, o Pacific Dream.
OOOOHHHH! Que saudades do mar! E de navegar! Aqui estão algumas fotos.

sábado, outubro 31, 2009

Vara de porcos

Não tenho acompanhado a notícias, mas parece que há para aí uma vara de porcos, segundo li no blogue recém-amigo.
Ou a portuguesada apanhou com uma vara nas costas, está varada...
Ou então é pior: a população ainda não foi suficientemente varada nem varejada nem emporcalhada nem avacalhada e ainda se sente pouco esclarecida.
E feliz!
Os dinheiros dos impostos, esses, vão para a vara de porcos, como sempre foram. E parte significativa da população não ganha o suficiente para comer da maneira que nós consideramos indispensável. E muitos estão no desemprego, mas isso não importa.

Vocês, não sei... quanto a mim, vou virar muçulmana fundamentalista, por horror que tenho aos porcos.

Também há quem fale no polvo socialista, mas os portugueses adoram polvo, logo a seguir ao bacalhau e ao porco.

Vocês, não sei... quanto a mim, gostaria de virar vegetariana fundamentalista. Ou americana. Ou até mesmo... como se chamam os habitantes do Burkina Faso? Burkinafasense? Ou do Turquemenistão? Turquemenistanesa? Ou do Tuvalu? Tuvaluesa? Ou do Kiribati? Kiribaptista? Kirisbatesa? Kiribatinha...

VI Farra Blogosférica

Realizou-se ontem a VI Farra Blogosférica, aqui anunciada.
Adorei conhecer pessoalmente alguns dos bloggers dos blogues que costumo ver e outros que começarei a ler agora.
Tudo pessoas muito críticas e por isso mesmo muito alegres, divertidas, com o vício de pensar, inquietas e fascinantes. Que estão muito vivas.
Isto surgiu-me após uma semana de trabalho em que me morderam nas canelas, coisa de que ninguém gosta, apesar de também me ter divertido um bocado, pois a minha é uma daquelas profissões em que se interage com muita gente: enquanto uns ainda empunham o punhal da traição, os outros dão beijinhos para sarar a ferida.
Estas "farras" reconciliam-nos com a vida e com os outros.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Tresantontem



A minha avó costumava usar a palavra Tresantontem, ou tresantonte, que também se diz tresanteontem.

É uma palavra que já não usamos, mas que faz falta.
Outro dia, num post, eu queria referir um facto como sendo muito recente, mas, não podendo dizer tresantonte, tive de dizer "a semana passada", o que é algo muito diferente.

Será que perdemos a percepção de que o que aconteceu antes de anteontem é ainda
muito recente?
Gosto também da expressão algarvia: isso já foi para aí há uns três quinze dias.

Três quinze dias também não são muitos dias. Não é muito tempo... mas creio que querem dizer três semanas.

segunda-feira, outubro 26, 2009

VIVÍSSIMA

Quase contrastante com o post anterior, quero salientar um episódio giríssimo que ocorreu recentemente e foi notícia de jornais.
Dizia eu há dias neste blogue que, às vezes, olhando para as pessoas, me pergunto se elas estão vivas ou vivíssimas, mas ocorre-me muitas vezes que mais parecem mortas.
Resumo:
A mãe daquele candidato a Presidente dos Estados Unidos que concorreu contra Obama teve um pequeno acidente a semana passada no Chiado, em Lisboa, foi hospitalizada no S. José, mas já está bem.
Esta senhora tem 97 anos (o filho de 72 foi considerado algo idoso para presidente), recentemente foi multada por excesso de velocidade e, como gosta de viajar, corre o mundo com a sua irmã gémea.
Pormenor: como todos os verdadeiros viajantes (palavra que pode opôr-se a turistas, dado que os viajantes andam ao sabor das marés apreciando o que existe no mundo, ao passo que os outros andam atrás dos guias turísticos, a ver palácios em países miseráveis e dormindo nos melhores hotéis, sem sentirem o frio nem o calor nem coisa nenhuma...), a dita senhora ficou hospedada num hotel relativamente barato, de duas estrelas, o Hotel Borges no Chiado, um pequeníssimo hotel carregado de história, sobretudo história literária.
Era onde eu ficava quando vivia no Algarve e pernoitava em Lisboa, a caminho ou a descaminho do Norte e vice-versa, regressando a caminho ou a descaminho de Portimão...

E ao encontro desta bela cidade, que me chamou para si e que agora me chama sua.

sábado, outubro 24, 2009

O nosso antepassado morto

Como os portugueses só gostam de escritores mortos e só os adoram depois de mortos, José Saramago resolveu dar uma de escritor morto.
Nem de outro modo se entende que tenha ressuscitado uma polémica completamente anacrónica. Não me parece que fosse apenas uma questão de marqueting, acho mesmo que é uma questão de personalidade...
A civilização ocidental, depois de ter colocado em causa a existência de Deus e a verdade das religiões durante quase dois séculos, entra agora definitivamente numa fase mística que é o resultado dessa pesquisa e simultaneamente do desejo humano da transcendência. Não se trata de uma atitude ingénua: muitos abandonaram a religião de origem e procuraram outras, de que se destaca o budismo, não o budismo "institucional", digamos assim, mas a essência dessa religião que não cede nada ao materialismo, à economia, etc. Muitos, como eu, desejariam acreditar no budismo, o que seria muito fácil se isso não fosse uma questão de fé, irremediavelmente perdida pelo materialismo e pragmatismo demasiado persistentes da religião católica. Dos quais não me parece que este Papa seja cúmplice.
Vejamos:
A certa altura, a religião católica quase que foi a votos: as pessoas não gostam disto, então mudamos aqui e mantemos o resto. Fez o que fazem as empresas: fingiu ser complacente para ser vendável, algo que este Papa tenta mudar. Resultado: muitos crentes "fanáticos" mudaram-se para religiões ainda mais rígidas, como a das testemunhas de Jeová, enquanto outros crentes se mudavam para o budismo, muitíssimo mais exigente, tornado-se, por exemplo, vegetarianos ou fazendo improváveis votos de castidade, sem que a sangria dos ateus irresolutos se tenha estancado.
Tudo isto resulta, naturalmente, do questionamento da religião católica, que desde há séculos se faz nas consciências, nas famílias, na sociedade. Mantiveram-se na religião os materialistas, outros que valorizam mais a tradição do que a a convicção e também os ateus, designando por esta palavra aqueles que não têm fé, mas também não lhes parece que isso seja grave. E alguns cristãos convictos, claro, que são, talvez, a minoria e que são muito "gozados" pelos outros.
A questão da Bíblia só é ainda questionável para os milhões de ignorantes que infelizmente existem, para os quais Saramago se vocaciona agora, numa patética tentativa de protagonismo. São muitos milhões no mundo inteiro, mais do que em Portugal, de que o escritor já entendeu a pequenez, passando-se para Espanha. Não imaginemos que Saramago se dirige ao punhado de crentes católicos portugueses, que não lhe interessa nada, obviamente.
Tive a percepção desse completo abismo, há uns anos atrás, ao tentar explicar a uma amiga que o Deus do Antigo Testamento é praticamente o oposto do referido na mensagem de Cristo, sendo um violento e vingativo, enquanto o outro é pacífico e fraterno. Polémica esta, que aconteceu há dois mil anos e que Saramago ressuscita como se se dirigisse a um público de analfabetos. A minha amiga, ateia católica pouco esclarecida e muito ignorante, cabou por argumentar que a Bíblia que lhe mostrei não era católica. Como de facto não era, ficou muito aliviada e esqueceu o assunto.
Deixo aqui, neste fórum, um desafio a Saramago: sendo hoje a questão religiosa e mística fundamental, o que acontece também ao nível da geopolítica, sugiro-lhe que ponha em causa a religião e as práticas religiosas muçulmanas, pois essa é a questão realmente actual, ao contrário da questão cristã, fartamente debatida pelos filósofos e escritores do Sec. XIX. E que se dedique à defesa dos direitos da mulher nessa religião e nos países que a praticam.
Para isso é que é preciso ter coragem! Não para criticar uma religião já questionadíssima pelos próprios crentes. E se corresse algum risco, não seria o de morrer jovem.

A casa maravilhosa


Era uma casa maravilhosa. Por fora, parecia que ia cair, de tão velha.
Antes de nós lá chegarmos, tínhamos de atravessar um lodaçal muito grande e ficávamos com os sapatos cheios de terra e de lama. Quando entrávamos na nossa casa, tínhamos que calçar pantufas porque a vizinha de baixo já era muito velha e não aguentava o barulho dos nossos passos. Lá dentro, nós tínhamos uma inclina também africana como nós, mas é claro que a gente não podíamos nunca entrar no quarto da inclina. Mas depois, quando já estávamos lá dentro, todos de pantufas, a casa era o lugar mais maravilhoso do mundo. Éramos todos pretos, lá dentro. Mesmo a inclina. E estava quentinho...

Até que um dia... a inclina chegou a casa e atirou-se para cima da mesa da cozinha, a chorar. Tinha perdido o emprego.
- Estou farta disto. Não aguento - dizia, na sua voz rouca - vou voltar para África! estou farta.
Então, a minha mãe disse:
- Se tu vais voltar para África, então nós temos de nos mudar para uma casa mais barata e mais pequena, porque, sem a tua renda, não podemos pagar esta renda.
E então assim foi. Mudámo-nos para um pequeno apartamento. Era mais moderno, não tinha lama, não tinha a vizinha velha a reclamar por causa do barulho. Mas havia um problema.
É que a inclina tinha pago uma calção quando foi morar com a gente. E quando nós nos mudámos para a casa nova, tivemos de a levar, para ela se gozar da calção que já estava paga, claro.
Como ela tinha pago uma calção por um quarto onde estava sozinha, então nós tivemos que dormir todos apinhados na sala, para ela se poder gozar da calção no único quarto da casa.
- Agora adivinhe, setôra!!
- O quê?
- Adivinhe!!!
- Não sei!
- A inclina gostou tanto da casa nova, que lhe passou a raiva. Arranjou um emprego novo e ficou na mesma a viver connosco.
- Eu sempre me dei bem com vocês. Já estou habituada... E, portanto, fico aqui.
- Não é engraçado, setôra?
- Bem, engraçado...eu... pois, é muito engraçado!

sexta-feira, outubro 23, 2009

Dia Mundial do Macarrão

Comemoremos o Dia Mundial do Macarrão. Domingo 25 de Outubro.
Adoro macarrão e acho este assunto muito mais importante, porque mais saboroso, do que a mudança do governo.


quinta-feira, outubro 22, 2009

Contos de fadas (Fadistas?)

A anterior ministra da educação parecia a bruxa má de uma banda desenhada de mau gosto.
Esta agora é dotada para a ficção para crianças.
O que diria o filósofo Sócrates, ou mesmo o Freud sobre estas duas criaturas?
Sobre esta preferência óbvia pelas mulheres ficcionais, ficcionistas e ficcionadas, por parte deste 1º ministro?
Que gosta de contos de fadas? Que vê a política como um conto de fadas? Fadista?

quarta-feira, outubro 21, 2009

CRUZES!!!!!!!!!





Bonitinhos estes aqui, na comemoração dos 60 anos da China Comunista. Vocês não acham? Tão limpinhos!
O Saramago deve gostar destes ateus .Tão certinhos, devem ter bons costumes. No entender do Saramago, claro, visto que é comunista... E o comunismo é uma religião laica... LOL
Vocês não acham horrível, tanto sincronismo, tanta uniformização?

CRUZES!!!!!!!!!!!!!

Fotos: (AP Photo/Xinhua, Xie Huanchi)
e Feng Li Getty Images

segunda-feira, outubro 19, 2009

Escolham o título


Esta fotografia agradou-me pela variedade das cores e dos tons, mas também porque me faz lembrar, pela presença da Sé, as imagens dos livros e dos cadernos do tempo de Salazar: eu sou desse tempo, juro!
Eram livros feios, cadernos feios que se chamavam "Sebentas" (a palavra quer dizer "imundas"), era tudo feio. E eu era criança. E depois, demasiado jovem.
Não há dúvida: a terra era mais imunda nesse tempo. O mar, não o conheci então. Devia ser mais bravo, em relação aos navios mais frágeis, ainda mais limpo, mas mais cheio de tubarões.
(Tenho um pormenor: nunca coloco os óculos para fotografar e sem eles não vejo a imagem no LCD. É à sorte.)

Omphalon

Vocês sabiam que há uma aldeia chamada Maranhão, no concelho de Avis, Alentejo, Portugal????

Talvez seja daí, então, que vem o Maranhão do Brasil, pois o oposto é pouco provável.

O Padre António Vieira considerava que o Maranhão do Brasil iria ser o centro do Quinto Império, ou seja, o centro do mundo, quando Portugal fosse o país dominante.
Depois de ter sabido isto, fiquei com curiosidade de lá ir. Parece que é um lugar diferente de todos os outros...

Quantos centros do mundo haverá?

Omphalon, na Grécia é um umbigo de barro enterrado em Delphos, sob o templo de Apolo.
Omphalon significa umbigo e indica que Delphos é o centro do mundo.

domingo, outubro 18, 2009

Chave de Ouro


Aluno acusa ministra de "tirar credibilidade à democracia CLICAR AQUI
A ministra da educação já tinha percebido que não pode ir às escolas quando lá estão alunos, mas não resistiu a fechar com chave de ouro. Uma chave que agrada a todos: gregos e troianos.


sábado, outubro 17, 2009

Lisboa e Tejo e tudo




Fotografias tiradas a bordo do navio Príncipe Perfeito.
Achei graça ao enquadramento da cidade entre as gruas do cargueiro. Não ficou muito bem, mas a ideia não é má.
Respondendo à pergunta em comentário da Maria, é mesmo muito pequeno. Julgo ser um três mastros e há pessoas que têm barcos assim. Aliás, pode ser visto quase todos os dias no Cais da Rocha, se quiserem ver é só ir lá. Vai começar a fazer passeios para Escolas.
Mas afinal este não é o homónimo de antigamente, um paquete transatlântico.

terça-feira, outubro 13, 2009

Novidades deste Blogue

Acrescentei algumas coisas a este blogue:
- Vídeos do Vangelis (música New Age) a substituir por outro mais tarde
- Um jogo em que tentamos acertar na localização geográfica que nos pedem e se acertarmos damos água a pessoas que têm sede, como o FreeRice que já estava aqui, que dá arroz.
- Um link para o site Thehungersite, que já existiu aqui, mas que me esqueci de recolocar.
Neste site, basta clicar para dar arroz aos mais pobres do mundo e ao lado, para dar livros a crianças pobres, etc. São os sponsors que financiam. Se clicarmos todos os dias já é muito bom e não custa nada.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Para matar gente é preciso gostar de mulheres?

O "nosso" presidente Barack Obama (O quê? Cavaco quê? Ah, pois, enganei-me, queria dizer...)...
O "nosso" presidente Barack Obama decidiu permitir que os homossexuais possam integrar as forças armadas dos EUA sem terem que mentir, como faziam até agora.
Vejamos:
Entre um militar que tem em casa a mulher e os filhos e um militar que tem ao lado o "companheiro", o "mais que tudo" a lutar com ele, qual é o mais motivado? Qual poderá ser o melhor? Claro que se coloca a questão da "rebaldaria" nos quartéis, mas essa questão parece não existir nunca por motivo nenhum nas Forças Armadas.
A não ser que consideremos que, para matar gente é necessário gostar de mulheres? Ou gostar de homens, no caso das militares mulheres. Mas isso é absurdo, não é? Para matar gente, se calhar é preciso nem gostar muito de gente... digo eu...
Estes militares têm ainda a vantagem de não violarem mulheres, ao contrário do que é vulgar fazerem os outros.

E recordemos os maiores guerreiros do mundo, como Alexandre o grande e os seus companheiros, todos eles homossexuais ou talvez bissexuais, no máximo, porque hetero não eram de certeza.

Outra grande diferença: Barack Obama não vai perguntar aos americanos se eles querem isto... se calhar a maioria é homofóbica e nunca concordaria com tal coisa...
Sócrates quer pôr os portugueses e discutir uns com os outros por assuntos destes, para que não pensemos muito nos casos Freeport e outros que tais...
VER AQUI:

domingo, outubro 11, 2009

Votei na Ofélia. Evidentemente!



Precisamos de políticos em condições, daqueles que não confessam nada, mesmo que sejam torturados até à morte e não daqueles que só fazem um contrato se lhes derem uma grande percentagem dos lucros.
Naqueles que acreditam em grandes ideais e nos fazem sonhar e não naqueles que mudam de partido para terem um cargo em que podem surripiar mais um tanto (muito ou pouco, são todos iguais).


E por isso eu votei na Ofélia. Como o último partido que me despertou confiança foi o Bloco de Esquerda, risquei o nome, escrevi Ofélia e votei. Era o boletim amarelo, nem vi para que serve. Nos outros dois escrevi um A de anarquista com a roda em volta e saí muito feliz da secção de voto, sentindo-me rejuvenescida, pois costumava fazer coisas destas na minha primeira juventude. Estou agora na segunda ou terceira juventude. Haverá uma quarta e uma quinta, espero.





PS. (salvo seja): O Ofélia foi a única namorada de Fernando Pessoa e é a gatinha da casa Fernando Pessoa da fotografia.

sábado, outubro 10, 2009

Por favor, vote mal

Por favor, vote mal. Para que estes políticos de meia-tigela percebam que queremos um Obama.
Também temos direito a um desses. Pode ser que haja algum candidato a Presidente da Junta dalguma
aldeola portuguesa que seja um futuro Obama Português.
Vote mal. Faça um desenho nos boletins de voto ou escreva qualquer coisa assim:
Biba o Cabaco!

sexta-feira, outubro 09, 2009

O Iluminado



Fiquei muito surpreendida com a escolha de Barack Obama para Nobel da Paz, mas, de facto, este indivíduo parece ser um ser iluminado, que traz algo de novo.
Nos filmes americanos, vê-se às vezes a expressão dum orgulho desmesurado perante figuras de antigos presidentes. É evidente que este virá a ser um deles. É um dos poucos casos em que o premiado valoriza o prémio, embora quase todos os prémios pretendam valorizar-se a eles mesmos através do premiado.
Eis um artigo muito interessante sobre o assunto (no Público).


P.S.: (Salvo seja, PS): como vejo pouca televisão, a primeira vez que ouvi falar do Obama pensei que era o Osama (Bin Laden). Juro!
(Estas falhas evidentes na escrita são culpa do Mac!). Ver vídeos deste blogue.

terça-feira, outubro 06, 2009

Filhas(os)

Filhas (os)(incluindo o (aquele)):
Vocês nem imaginam no que eu me meti! Comprei um MAC, não um qualquer, mas este. Como vêem: enorme...
E agora, que é que eu faço?
É tudo bué incompatível com tudo... vou perder os próximos séculos aqui.
Mas não me vou esquecer de vocês! Acho eu...

sábado, outubro 03, 2009

Grande atracção madeirense


Como vos contei, quando passei na Madeira era o dia do Funchal e estava tudo fechado. Parece que havia um desfile, mas ninguém o conseguiu ver. Mas havia esta atracção madeirense!Posted by Picasa

quinta-feira, outubro 01, 2009

Vivíssimas!

Falei recentemente com uma antiga amiga que esteve muitíssimo doente com um cancro e à qual tinham morrido os pais, já com muita idade.


De repente ela começou a falar das tias: umas tias antiquíssimas, hiper-católicas e que faziam mais "parte dos problemas do que das soluções", embora se oferecessem para resolver tudo.


- As tuas tias ainda são vivas? - perguntei eu, espantada.


- Vivíssimas. - Disse ela a rir. E repetiu muitas vezes:


- Estão vivíssimas! Vivíssimas!


Desde então, ponho-me às vezes a observar as pessoas, para ver se estão vivas ou se estão vivíssimas, mas quase todas me parecem mortas.


quarta-feira, setembro 30, 2009

O suspeito do costume

"Um grave conflito que ainda não saiu do adro"
Vale apena ler este editorial do Jornal Público.


E vale a pena perguntarmos por que razão o suspeito é sempre o mesmo. De tanta coisa! Estará o povo português maluco? Ou é masoquista?

Perguntei um dia a um brasileiro por que razão eles contam anedotas de portugueses, em que os portugueses são burros. Resposta:
- Vocês também contam anedotas em que os portugueses são burros.
- Como assim?
- As anedotas dos alentejanos. Os alentejanos são portugueses. Quando vocês querem dizer que um tipo é idiota não dizem que é brasileiro ou espanhol, dizem que é português. E nós também.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Eleições

Pedi esta imagem emprestada ao blogue We have Kaos in the Garden. Está óptima, como sempre. Ver nos blogues favoritos.
Os portugueses aguentaram uma ditadura durante 48 anos e ainda não aprenderam... mas talvez eu devesse "pedir desculpa a todos os portugueses" por os estar a criticar. Não se pode criticar os vidrinhos...

sexta-feira, setembro 25, 2009

Votem bem

Que vos parece a ideia brilhante do Bloco de Esquerda de as despesas de saúde deixarem de contar para o IRS?

A Manuela Ferreira Leite deve ter muitos defeitos, mas não nos envergonha perante os outros países com casos como o do Freeport, o do diploma, o da mãe e dos primos e dos offshores e etc...

Não se esqueçam de votar e votem bem.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Hitler era Socialista, Sócrates também

Sócrates também era.
Hitler pertencia ao partido Nacional Socialista, algo de que todo o mundo se esquece. Todas as atrocidades do Século XX foram cometidas debaixo dessa bandeira (socialista / comunista).

O que quero dizer com isto é que os partidos são os políticos e não as ideologias que dizem professar, tal como acontece com as religiões, que deveriam ser todas óptimas.

Por isso eu voto na Manuela Ferreira Leite, a única alternativa que é possível, pois os outros não vão governar e estão dispostos a viabilizar no poder aqueles que atacaram tanto.

(Lúcia: não vote BE. Em resposta ao seu comentário, a pureza não existe só no Paraíso, também existe na terra. Pode ser rara, mas existe e devemos acreditar nela. A despropósito, não se quer inscrever para o jantar dos blogueiros? É só clicar em cima da garrafa.)

quarta-feira, setembro 23, 2009

Bem, vejamos...

No post Pragmática política eu disse que havia só dois partidos contra o PS de Sócrates: O PSD e a CDU. Retiro a CDU, pois quando perguntado sobre possível coligação com o PS de Sócrates, Jerónimo de Sousa não respondeu, o que é o mesmo que responder sim.
Como sempre fui de esquerda, muito mais para a extrema do que para o centro, vejo-me hoje, por coerência política, obrigada a votar PSD.
A coerência, hoje em dia, nunca consiste em ficar no mesmo partido, porque os líderes partidários são uns "baila no crivo", sempre atrás do poder. E o PSD sempre afirmou ser uma nadinha de esquerda, hoje muito mais à esquerda, ou menos à direita do que o PS de Sócrates, se esquecermos o casamento dos homossexuais. Casamento? Para quê, quando todo o mundo se divorcia?
Antigamente havia políticos a sério, que morriam e eram torturados pelos seus ideais, mas onde é que isso já vai?

terça-feira, setembro 22, 2009

LOL

o meu sentido de humor não costuma ser deste género, mas vejam este cartoon do blogue
Portugal dos Pequeninos
Vou apagar isto em breve.
Não sei o que aconteceu À aplicação de seguidores deste blogue e do outro. Como não mexi, espero que seja problema temporário, que às vezes acontece.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Pragmática política



Sejamos pragmáticos: a verdade é que ninguém deseja que a Manuela Ferreira Leite seja primeira-ministra. Mas o Sócrates muito menos. Como não existem outras hipóteses...

Vejamos:
Os comentadores fazem eco da seguinte pergunta: a qual dos dois compraria você um carro em segunda-mão, sem receio de estar a ser enganado? A resposta, óbvia, é:
- À Manuela Ferreira Leite .

Caro amigo(a): você dá menos importância ao seu país, Portugal, que sempre foi mal conduzido, do que a um carro em segunda-mão? Então não há solução possível para esta terra!

Mas vejamos:
Se a senhora ganhar, Sócrates é substituído pelo actual presidente da câmara de Lisboa, ao qual todos compraríamos o carro em 2ª mão. Daqui por dois anos cai o governo minoritário da senhora e talvez ganhe esse novo PS, ou um novo PSD, Bloco, seja o que for.

A JSD fez uma campanha, há quatro anos, perguntando, num cartaz com a cara de Sócrates: você conhece-o? Pois agora conhecemo-lo bem e não lhe compraríamos um carro em segunda mão e ainda há bem pouco tempo se dizia que ia ganhar com maioria absoluta. Dias antes de ter tido uma derrota estrondosa? Porque é que estas coisas só lhe acontecem a ele?

Também há quatro anos decidi ir passar uns dias tranquilos à beira-mar, acompanhada por uma amiga. A amiga azucrinou-me a cabeça contra Sócrates, porque conhecia uns que o conheciam bem e disse-me logo o que ia acontecer. Fiquei irritadíssima porque gosto de desligar destas coisas e ela não desligava um segundo, mas mais tarde dei-lhe razão.

A galinha que ilustra este post refere-se ao seguinte: meia dúzia de ovos atirados por estudantes de Fafe "à cara" da ministra e mais uns tantos em Lisboa à equipe ministerial, conseguiram o que não conseguiu uma manifestação de 400 mil professores. Eles não vão às escolas em tempo de aulas, nem para inaugurar as muitas obras que foram feitas, porque têm medo dos alunos, que tanto e tão mal protegem, com um inaudito facilitismo.

Chegam ao ponto de fazer inaugurações ao sábado, quando não há alunos, excepto nas escolas dos pequeninos.

Uma ministra que tem medo dos estudantes, com razão para ter, pode governar? Disse-se na altura que era horrível isto acontecer, mas não se elogia os estudantes franceses do Maio de 68, que fizeram muito mais e muito pior? E os estudantes são parvos?
Para eles o rosto da educação é o rosto dos profesores e não a cara de quem os trata por "professorzecos".
Abençoada meia-dúzia de ovos, mais eloquente que qualquer tratado de pedagogia e didáctica.


Temos tido uma ministra da educação que pede a uma criança pequena, analfabeta, que escreva qualquer coisa. A criança responde que não sabe escrever.
- Então dita-me as letras, que eu escrevo.
(Isto viu-se na televisão.)
Claro! Só estava a confundir as crianças com as pessoas de idade que sabem escrever mas não escrevem porque vêem mal. É parecido.

Recentemente, as organizações independentes de profesores fizeram uma manifestação em que disseram:
- Se Sócrates se candidatar ao governo do Inferno, nós votamos no Diabo!
Eu também. Tinha pensado votar no Bloco de Esquerda, mas parece que eles se preparam para viabilizar um governo PS minoritário...
Que resta? CDU, PSD e os partidos pequenininhos. Mas é melhor votar num destes maiores, senão os votos perdem-se. O CDS também pode viabilizar um governo PS.

sábado, setembro 19, 2009

Casa Fernando Pessoa: Ofélia

A


A criatura mais pequena é a Ofélia. Não sei se conhecem a outra...
Só uma dica: não fui eu que tirei essa fotografia.
A Ofélia gosta de se deitar na cama de Fernando Pessoa, o que parece mal quando há visitas...
O local da foto é a Casa Fernando Pessoa. A gatinha é a mascote da casa.

Casa Fernando Pessoa (Continuação)




São fotografias do interior da casa. O poema é sempre o mesmo, mas apresenta variantes que estão explicadas na primeira foto. Se ampliarem, clicando por cima, vêem perfeitamente.
Nesta última, atrás da porta, nem é preciso ampliar.
Na sua variante de Ricardo Reis, Fernando Pessoa considera que todos vamos morrer e por isso somos todos moribundos. Rimos e divertimo-nos porque é Entrudo. A vida é o Entrudo?

Casa Fernando Pessoa (Continuação)



Tal como prometi no post anterior, fui lá hoje tirar fotografias e cá estão elas.
Gostei tanto deste arranjo gráfico e da originalidade da coisa, que não resisti a postar muitas.
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quinta-feira, setembro 17, 2009

Espectáculo Inédito na Casa Fernando Pessoa

Por estes dias, que têm sido para mim muito preenchidos (não falo de tudo nestes blogues, ainda que possa parecer) fui assistir a um espectáculo inédito na Casa Fernando Pessoa.
Esta casa tem tido vários curadores, todos fracos para não dizer péssimos, mas agora tem uma muito boa. A Inês Pedrosa é, de facto, uma presidente sem precedentes e sem semelhança com os anteriores. Não quer isto dizer que a aprecie noutros aspectos: cada um de nós tem um dom. O da maioria é talvez o de procriar. E também o sabem fazer bem. O de outros é outra coisa.
A Inês Pedrosa é polémica, também num aspecto de que me sinto mais participante, uma estranha reportagem que fez sobre Natália Correia, há uns tempos largos. Talvez demasiado cedo, tendo em conta as mentalidades...


Vem isto a propósito desta última iniciativa: pintar o exterior e o interior da casa Fernando Pessoa com palavras, mais exactamente com um único e pequeno poema de Ricardo Reis. Esse poema tem emendas e correcções. Então foram aproveitadas essas emendas e correcções, como se todas as hipóteses fossem válidas e o conjunto das várias possibilidades fosse enriquecedor. Nunca vi nada assim. Raramente fico agradavelmente surpreendida, mas fiquei.
Vou tentar pôr neste blogue ou no outro, o poema e as suas variantes.
Oh!!! Nem levei a máquina fotográfica.
Houve um espectáculo óptimo na rua (Coelho da Rocha) um espectáculo de rua. Os actores estavam à janela da casa e os espectadores estavam sentados em cadeiras na rua ( a rua do poema "A Tabacaria"). Mas de repente ficou muito frio e vento. Havia uma boutique mesmo em frente e algumas pessoas foram lá comprar umas camisolas de lã. Giras. Eu ia de casaco de algodão, mas morri de frio. Mesmo assim, não arredei pé e achei a representação de um bom gosto invulgar.
Que me desculpem os meus amigos e amigas de não os ter convidado para isto, mas pensei que talvez fosse uma seca. Como moro perto...
E vou lá tirar fotografias para pôr aqui.

Boas Notícias

Vem hoje no Diário de Notícias e deve estar online só amanhã, um artigo intitulado "Os mistérios da gripe A".
Diz que em Portugal e na Alemanha não há nenhum caso de morte por Gripe A, quando seria normal que houvesse uns dez ou vinte.
Não percebem porquê, mas esta gripe, nestes países, está a a ser menos grave do que as outras.

Vejam esta notícia

Empresa portuguesa lança em Milão sapatos de pele de pata de galinha

Quem é que quer um produto com pele de vison, ou mesmo de crocodilo ou de cobra?
Como vocês muito bem têm visto nos meus posts deste blogue, a galinha é que está a dar. E os portugueses é que sabem!

domingo, setembro 13, 2009

Mulheres sob os muçulmanos e...




E, recuando no tempo, prosseguimos o Diário de Bordo: Casablanca (Marrocos):
Fotografias 2 e 3 - As alegrias do comércio, como eu lhes chamo
E Fotografia 1 - As mulheres demasiado tapadas como se os homens ficassem loucos só de lhes verem a cabelo, os braços, as pernas...
Felizmente esse facto é hoje notícia em todo o mundo. E mesmo objecto de uma reportagem no Público.

Uma entrevista muitíssimo interessante com a iraniana que é Prémio Nobel da Paz

LER AQUI
Shirin Ebadi
"O Governo do Irão não foi derrubado, mas seguramente que ficou enfraquecido"

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sexta-feira, setembro 11, 2009

Exposição Encompassing the Globe: Portugal e o Mundo nos Séculos XVI e XVII


Quando, há uns meses, foi noticiada uma exposição nos Estados Unidos sobre o papel dos Descobrimentos Portugueses, vistos como os pioneiros da globalização, acho que toda a gente gostaria de ter ido lá ver. Ou pelo menos, como diria o meu avô, ia lá se pudesse vir dormir a casa...

Agora que ela está no Museu Nacional de Arte Antiga, às Janelas Verdes, parece que já ninguém se interessa muito. Talvez por ter sido pouco noticada.

Tem objectos muito raros pertencentes às antigas Câmaras de Maravilhas, colecções de objectos exóticos ou feitos de materiais exóticos, tem muitas pinturas e muitos mapas, até porque foi enriquecida com o valioso espólio do próprio museu.
Defeito: os objectos não são explicados no seu enquadramento, quem quiser que adivinhe a sua relação com o tema, ou que assista a uma visita guiada, mas o catálogo é muito bom, vale a pena comprá-lo. Custa 40 Euros e estava esgotado quando lá fui.
Boa reportagem na Revista L+Arte.
Imagem retirado da New York Times, que tem slideshow e inclui na reportagem o tipo de coisa que os portugueses ficam babados por ler (ouvir).
Imagem: "The Drowning of Bahadur Shah La'l Agra" from India (circa 1603-04)
Já agora, é facil usar o Google Translator: é só clicar no lado direito e escolher Google Translate.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Sudão: mulher condenada por usar calças foi libertada

Sudão: mulher condenada por usar calças foi libertada.

Clicar por cima


Isto vem muito a propósito daquilo que observei e referi ter visto em Marrocos. No entanto, nota-se uma grande diferença, pois já é raro, pelo menos nas cidades, ver mulheres com o véu que tapa a cara. Há uns anos vi várias em Casablanca, este ano não vi nenhuma.É uma grande pequena diferença, pois as outras não mostram o cabelo nem os braços...

Direita? Qual direita?


Vocês não acham que soa mal quando o PS afirma que quer combater a direita?
Qual direita? Nenhum partido, desde Mário Soares, se atreveu a tomar atitudes tão à direita como o PS.
Contratos a prazo (Soares) atitudes ditatoriais de toda a espécie (actual governo). Pobre direita!
Os eleitores deram a maioria absoluta a José Sócrates porque não o conheciam e porque nessa época tudo parecia melhor que o Santana Lopes.
Agora que todos o conhecem, tudo parece melhor que o José Sócrates, incluindo o Santana Lopes.
O único problema da Ferreira Leite é não ser uma ilustre desconhecida.
(Isto é para responder ao comentário da Lúcia de Montemor (ou de Lammermor?), uns posts atrás.Posted by Picasa

terça-feira, setembro 08, 2009

Áraba


Mulher áraba, demasiado muçulmana.
Em italiano, árabe no feminino é araba, masculino arabo.
Foto tirada pela Maria
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segunda-feira, setembro 07, 2009

Mulheres e Navio Fantasma - Agadir



Estas são as fotos que faltam nos posts anteriores: mulheres, a 1ª e Navio Fantasma, a 2ª. Será que este navio ainda vai ao mar?
Quantas mulheres vêem na 1ª foto, num dia normal da semana, numa rua normal?
Quando eu estava a fotografar a mesquita, apareceu-me um taxista a propôr os seus serviços e, ao contrário do habitual, não insistiu nem chateou quando eu lhe disse que me apetecia ficar por ali. Perguntei se era perigoso, disse que não. Se ficavam zangados por eu os fotografar, também não.
No regresso vi duas mulheres separadas: ambas muito embrulhadas em panos coloridos, exactamente iguais e sempre a olhar para todos os lados; por mim, fui seguida por um motociclista que me chateava a cabeça em árabe, mas eu gritava com ele em português:

- Vai-te embora! Cala-te!
Depois encontrei a Maria, que tinha ficado no navio, mas resolveu andar a cirandar por ali.

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domingo, setembro 06, 2009

Novos seguidores

É com surpresa e alegria que descubro hoje mais dois novos seguidores. Mas quem é a Maria Ferreira? Será a minha muito jovem amiga V. P.? Poderá responder-me para o mail do blog, que está no perfil.
Não conheço pessoalmente nenhum dos outros seis, embora me sinta muito honrada com a sua presença, que agradeço.

sábado, setembro 05, 2009

Pescadores de Agadir a calçar os sapatos












Estes homens serão pescadores na sua maioria e nas fotos de cima estão na mesquita, a calçar os sapatos.
Gosto de fotografar pescadores.




Agadir é sobretudo um destino de praia, mas não nesta parte. Não acho interessante ver praias, que são todas iguais, sobretudo se tiverem gente.




Esta é a vida normal num país em (grande) desenvolvimento. E onde estão as mulheres?




Quantas mulheres vêem na foto? Resposta certa: uma, a fotógrafa. Mas é chato andar numa terra como esta: são uns espantadinhos que nem sequer estão habituados a ver o cabelo duma mulher... a imagem que dão é de serem muito parolos. Enfim, outras culturas, mas eu não queria ser mulher nessas "culturas" e espero que elas mudem rapidamente. Não queria ser mulher e muito menos queria ser um destes.




Falta aqui uma foto que não consigo colocar, uma rua com muitas pessoas, excepto mulheres.




arte: queda do muro

Como é hoje o aniversário da queda do muro de Berlim, o canal de televisão europeu, franco-alemão arte (68 da "cabo") está a transmitir a vida quotidiana na Alemanha. São nove horas seguidas de vida quotidiana, numa das cidades mais modernas, mais cosmopolitas e mais democráticas do mundo, além de ser uma das mais antigas. Uma minha amiga recentemente falecida soltar-me-ia os cães se me ouvisse dizer isto, pois para ela os alemães seriam sempre nazis. Todos.
A nao perder. Hoje, até ser dia.

Navegar


Já agora, querem ver como é a sala de jantar dum paquete? Curiosamente, é assim. Ao fundo, pela janela, vê-se o mar. A fotografia está tremida porque foi um dia de grande oscilação.
Alguns de vocês devem estar banzados por eu ainda não falar da política, mas este diário de bordo a bordo dum navio está a acabar. Quanto à política, ela fala por si. O PSD acha que lhe saiu a sorte grande com a estupidez do caso Manuela Moura Guedes, mas eu acho que ainda lhe vão sair outras sortes grandes, pois as pessoas qiue adoram o poder enlouquecem quando receiam perdê-lo. "Escreva o que eu tou te dizendo", como dizem os brasileiros. E bem.Posted by Picasa