quarta-feira, setembro 13, 2017

"A beleza que não morre"? Talvez Zahra Khanom Tadj es-Saltaneh












O Facebook tem partilhado umas fotos antigas de uma mulher de aparência árabe que qualquer um de nós consideraria muito feia, em poses de grande vedeta, sendo claro que, tanto a fotografada como o fotógrafo a consideram uma beldade.

Creio que já vi estas f
otos atribuídas a outra mulher e parece mais provável eu se trate de alguma meretriz.

As fotos têm sido atribuídas a uma princesa da dinastia Qajair, precursora dos direitos das mulheres muçulmanas, pintora e escritora, a primeira a usar roupas ocidentais, Zahra Khanom Tadj es-Saltaneh. foi casada e divorciou-se, teve 4 filhos e foi a musa do poeta poeta Aref Qazvini, sendo ela também poetisa.

Talvez seja ela, talvez não, mas aqui fica a minha homenagem a essa princesa e o meu testemunho de como vai variando o conceito de beleza, no tempo e no espaço.



sábado, setembro 09, 2017

Fado

O nosso sentimento português de ausência, ou a nossa saudade vem da distância marítima, das grandes viagens nas imensas lonjuras oceânicas. 
Do sonho de atravessar a aventura dos mares para mais tarde desejar regressar para sempre à velha casa em ruínas. A ânsia do retorno impossível a um tempo perdido e ao espaço abandonado, na companhia de pessoas que já não existem.
Porque a vida é uma viagem em que constantemente nos despedimos de umas pessoas para, mais adiante, encontrarmos outras. Mesmo quando não há viagem, mas apenas passagem das horas. 
Mas nem todos se conformam com isso. E talvez o fado não seja conformista porque reclama contra o irreclamável. O destino. O Fatum.

(Excerto copiado de anterior texto deste blogue - autora: Nadinha)


sexta-feira, setembro 08, 2017

Salmo 137: By the Rivers of Babylon ( with lyrics)






Já todos nós, sem o saber,dançamos este salmo da Bíblia. Canção cristã Rastafariana, da Jamaica.


Letra do Salmo 137

Salmos 137
1 Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião.
2 Ali, nos salgueiros penduramos as nossas harpas;
3 ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: "Cantem para nós uma das canções de Sião! "
4 Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira?
Apenas se encontra aqui a parte cantada do salmo 137.



Também Camões escreveu sobre o tema, Babel e Sião
Sôbolos rios que vão

Sôbolos rios que vão
por Babilónia, me achei,
Onde sentado chorei
as lembranças de Sião
e quanto nela passei.
Ali, o rio corrente
de meus olhos foi manado,
e, tudo bem comparado,
Babilónia ao mal presente,
Sião ao tempo passado.
 

Etc.

quarta-feira, setembro 06, 2017

O mundo não precisa de mais do mesmo

O prestigiado jornal francês L'Express publicou uma notícia com o título que traduzimos:

“Portugal: o fim da política de austeridade levou a um milagre económico.”

Entre outras coisas, é afirmada esta:

"Em menos de 12 meses, o estatuto de Portugal evoluiu de "criança problema da Europa" para "solução da Europa" e isto com um governo minoritário socialista [...] etc."
Ler no original, aqui:

Portugal : La fin de la politique d’austérité a mené à un miracle économique

Francisco e os muçulmanos

Grande desilusão foi a Nobel da paz, Aung Su Kyi, por quem muitos lutamos quando estava em prisão domiciliária, e que agora promove um genocídio de muçulmanos birmaneses.

Mas Francisco não desilude, defendendo o direito dos muçulmanos birmaneses a viverem a sua fé.

VER AQUI

Pope Francis defends right of Burma’s Rohingya Muslims to ‘live their faith’

Bem vestida, ou mal amanhada e em farrapos? Ou esfarrapada pelascircunstâncias. Eis a questão.

Para as férias que fiz no norte, levei só alguns calções e apenas umas jeans, que rasguei pelo caminho, acidentalmente.
Continuei a usá-las, claro. Longe de me chamarem pobre e farrapona, como chamariam há anos, toda a gente acha que eu estou na última moda e na crista da onda.
No regresso a Lisboa, como sabem, houve um acidente com o autocarro onde seguia, só agora vejo que tenho as pernas verdes, com "negras", embora me doam um nadinha. 
Mas tive de explicar aos outros passageiros que não rasguei as calças no acidente, pois estávamos preocupados uns com os outros. Nem as comprei já rasgadas. Difícil de entender... Mesmo falando outras línguas... LOL.

sábado, setembro 02, 2017

Conversa de surdos:


- Há aqui gente que não está nada ferida e esta senhora, que é tão boa pessoa, você nem imagina como ela é boa pessoa... Porque é que uma pessoa tão boa ficou ferida e outros que não são tão bons ficaram incólumes?
- Porque não pôs o cinto de segurança.

domingo, agosto 27, 2017

Convento dos Franciscanos






Convento dos Franciscanos, em Tropea, Itália

Insetos e repelentes de insetos




Como sou uma mártir dos insetos, comprei esta importante pulseira amarela, com citronela, altamente repelente de insetos. Desde que, ontem, a coloquei, já fui picada 5 vezes. Só repeliu uma das minhas irmãs, que não suporta o cheiro a citronela e que foge a sete pés de ao pé de mim.

sábado, agosto 26, 2017

Taormina









Taormina, na Sicília, uma das mais belas cidades do mundo, senão a mais bela.
O facto de se espraiar em altura, trepando quase a pique desde o mar até ao cimo de uma grande elevação, dá à paisagem uma grandiosidade que não se encontra noutros lugares. 


sexta-feira, agosto 25, 2017

domingo, agosto 20, 2017

Madona della Lettera - Estreito de Messina

C


Nossa Senhora da Carta \ Madona della Lettera, que parece flutuar no Estreito de Messina, do lado de Messina. A carta diz: "Abençoo-vos, a vós e à vossa cidade".
"Vos et ipsam civitatem benedicimus"

Atravessando o Estreito de Messina, à noite






ATravessando o Estreito de Messina. As trevas que Deus fez, mais a luz que o homem conseguiu descobrir...
(Não paguei nem um cêntimo por esta maravilhosa viagem, como vos conto noutro sítio).

sábado, agosto 12, 2017

Mistérios de Itália





Isto só em Itália, que é diferente de qualquer outro país. Esta grutazinha foi transformada em templo, com plantinhas muito bonitas, flores frescas nas jarras de plástico. A sem abrigo, ou assim me pareceu, que estava a lavar as jarras e a arranjá-las, senhora muito magrinha  só com um dente, que não fala italiano, apenas dialeto, mesmo assim fez-se entender para me aconselhar a colocar, no mínimo, 1 euro, escondido atrás do prato no altar do padre Pio. Voltei lá mais tarde, não vi indícios de dinheiro em lado nenhum, mas lá deixei o euro,  já que era o mínimo...
Em Itália veem- se muitas mulheres a pedir esmola, quase todas italianas.

segunda-feira, agosto 07, 2017

Limpa-chaminés: tão queridos, tão fofinhos... Tão mimi

Existe, em Portugal uma lei, destinada a evitar incêndios ou a propagação de um incêndio: é obrigatório mandar limpar as chaminés todos os anos. 

Ninguém conhece essa lei e, quando se ouve falar em limpa-chaminés, toda a gente pensa logo no filme da Mary Poppys, ou então não pensa em nada e imagina uma criatura toda enfarruscada, cara incluída, por causa do carvão que dantes havia. 

um que contratei perguntou-me logo se quer apagar IVA ou não. Um IVA de 23 por cento, reservado aos artigos de luxo.

Quando, em Portugal acontece uma catástrofe, como um incêndio, ou outra, os portugueses já não consideram que foi obra do destino e uma fatalidade. Já compreenderam, claramente que alguém tem culpa e deve ser responsabilizado.

Mas não importa muito saber ao certo quem tem culpa, basta que seja um qualquer, por exemplo, um dos ministros ou o primeiro ministro em exercício, se se demitir ou for demitido tudo bem, senão toda a gente resmunga. Embora ninguém cumpra as leis, ninguém conheça as leis, esta e muitas outras.

Uma amiga que vive na Suíça diz que existe lá a mesma lei, mas ai de quem não a cumprir. É mais caro do que em Portugal e toda a gente tem de pagar o preço e o IVA.

Eses suíços são loucos!!!

terça-feira, agosto 01, 2017

Pouco católico?


Fui experimentar uma pedicura que me pareceu interessante, perto de casa. Brasileira. 
Fomos interrompidas por uma daquelas pessoas chatérrimas, que ela não pôde atender porque se sentia mal a essa hora. 
Ficou transtornada e fartou-se desdizer que estava cheia de medo.
- Tem medo de quê?
- Tenho medo que ela me faça uma bruxaria, um candomblê.
- Nós aqui não fazemos bruxarias! 
- Pois, eu já reparei que há muitos ateus, pensei que os portugueses eram todos muito católicos.

Muito ou pouco católicos, pelo menos este medo não temos. Já é menos um!

segunda-feira, julho 31, 2017

América? Qual América?


Antigamente as pessoas tendencialmente comunistas diziam horrores da América, enquanto se alambazavam de hambúrgueres com coca-cola e passavam a vida a ver filmes americanos.
Era um grande exagero, tudo o que diziam. Sem esquecer a contradição.
Agora já não é. A realidade americana atual é que é um exagero! 
Ultrapassa qualquer ficção antes inventada. 

Daqui por uns anos vamos fartar-nos de ver filmes sobre Trump, mesmo que a criatura não aqueça a cadeira, como parece provável. Quem fará o papel de Trump?

Entretanto, Noam Chomsky avisa que todos estes escândalos só servem para ocultar o que se vai passando nos bastidores. 

sexta-feira, julho 28, 2017

Conformismo versus rebentamento de pontes


Tenho uma característica diferente da maioria dos portugueses. Em vez de me conformar e aguentar tudo, ou de inversamente, tomar uma atitude drástica, como cortar relações ou ir à polícia, procuro sempre o diálogo, sabendo à partida que não pode ser muito pacífico e que comporta riscos. 

O resultado é muitas vezes um desastre, mas não é por isso que vou mudar de atitude. 
Conformismo, por um lado, rebentamento de pontes, por outro, não me parecem ser soluções para coisa nenhuma.

terça-feira, julho 25, 2017

Tradições...

Hoje no autocarro sentou-se ao meu lado uma cigana toda entrapada, vestida de preto, manga comprida e lenço, queixando-se muito de calor.
- Porque  é que a senhora, neste tempo, não anda de calções como eu? - Perguntei-lhe . 
- Eu, de calções?! Os meus filhos matavam-me. Ui, se as minhas filhas me viam de calções! Tenho de andar de luto pelo meu marido. Ui os meus filhos, se eu tirava o luto. Ai as minhas filhas! 
- Mas o luto é só por um ano. Já passaram seis...
- O luto é para toda a vida. Para toda a vida! Ai as minhas filhas! Havia de ser bonito, havia! 
Bem, espero que ela também esteja a contar esta conversa aos filhos e filhas trogloditas que tem.

segunda-feira, julho 17, 2017

Comunidade cigana: mitos e realidades



Tive há uns anos dois ciganitos como alunos, no Algarve, Portimão, a quem eu dava francês de iniciação. Um dia tiveram boa nota no teste ( na iniciação as notas são boas) e disseram: “Setôra, imagine, então, se nós até tivéssemos livro de Francês!”. Não tinham. 

Nessa turma também tinha dois quase cegos, que não queriam ajuda, mas também não viam o livro… Lembro-me dessa turma por isso e porque, um dia em que cheguei à sala um segundo antes de me marcaram falta e de os mandarem para o recreio brincar, ficaram todos muito aliviado e felizes por me verem. 

Só os pequenos são capazes de manifestar este tipo de alegria.
Estas e outras agradáveis recordações fazem-me ter esquecido momentos desagradáveis, que os há e muitos.


Vem isto a propósito do recente ataque ao ciganos... por razões populistas.

LER:

domingo, julho 16, 2017

Portugal deve pedir desculpa pelo seu papel no tráfico de escravos e incentivar no país uma discussão sobre o assunto?


Encontramos no Expresso de 16 / 7 / 17 esta notícia:

"Os líderes políticos portugueses devem pedir desculpa pelo papel do país no tráfico de escravos e incentivar uma discussão sobre o tema na sociedade portuguesa, defendem especialistas americanos ouvidos pela Lusa."

A discussão sobre o assunto é de facto urgente. Senão, vejamos: 

Existe, neste blogue, um post muito polémico, intitulado : 
"Portugal, 1º país a abolir a escravatura?" polemizando esta informação, que nos é dada nos bancos da escola. 

A ideia de que Portugal foi pioneiro na luta contra a escravatura é totalmente abstrusa, absurda  uma negação da realidade, já que Portugal foi um dos países com mais responsabilidade na quase "eternizarão" da escravatura, perpetrada por europeus. 
É da Europa que estamos a falar e não da escravatura que ainda hoje se pratica em muitos países do mundo, de tal maneira que existem hoje mais escravos do que no ano 1800. (E nós também pactuamos com essa escravatura atual, ao comprarmos produtos muito baratos, em ternos relativos, porque são produzido por escravos).

O interessante desse post não é o post em si, mas sim os muitos comentários, quase todo negando a realidade. Só foram apagados os que eram claramente insultuoso para a autora do blogue ou para alguém específico, os outros estão lá, prontos a serem lidos.
E, na sua maioria, revelam um desconhecimento total da história de Portugal e da história da escravatura no mundo. Ou uma ideologia branqueadura de tudo isto e em particular do Salazarismo, o qual mantinha os escravos, de forma anacrónica em relação à Europa.

Chegou o tempo de refletir. Vivemos num mundo global. Não custa nada reconhecer os erros dos nossos antepassados. Nossos? De quem? Meus?

Creio que o atual presidente da Republica irá pedir desculpa, como lhe compete, até na sua qualidade assumida de professor.

quarta-feira, julho 12, 2017

O assalto de Tancos e a Feira da Ladra

Descobriu-se agora que, afinal, os assaltantes de Tancos eram vendedores de velharias da Feira da Ladra de Lisboa.
-Digam-me, para que queriam vocês essa lataria toda de Tancos?
- A gente só queríamos vender estas coisas velhas na feira, porque é isso que a gente fazemos. 
- E acham que iam ter muitos compradores, para este material? 
- Muitos, muitos, se calhar não, mas há sempre uns que andam a procura de cobre, para vender o cobre. E estas coisas que a gente trouxemos de Tancos têm uma beca de cobre...

terça-feira, julho 11, 2017

Diálogos



- A senhora está a dizer que eu ainda sou muito nova para pedir a reforma? Eu tenho 46 anos e já tenho 20 de descontos, já trabalhei muito, mas já pedi a reforma por validez.

- Ai sim? Mas eu referia-me àquela senhora, ela diz que não trabalha...

- Eu tenho 45 anos e já tenho 25 anos de descontos. É claro que não trabalho. Qual é o patrão que me dá emprego, se eu de vez em quando tenho de me sentar?

- Bem, o ideal era arranjar um emprego em que estivesse sentada.

- Mas eu não posso estar muito tempo sentada! Também vou pedir a forma por validez! Agora estou a receber da inzenção.

- Eu também estou a receber da inzenção. Mas eu tenho os papéis. Ora veja. Vê?

- O que é isto? Espere, vou pôr os óculos.

- São os papéis dos tratamentos que eu faço, vê? Estou toda picadinha, aqui, aqui, aqui, aqui... Vê?

- Sabe, os velhos acham que podem ir sentados no autocarro e estar nos bancos da paragem, como aqueles li, e têm direito, claro, mas os velhos muitas vezes não têm nada e depois dizem que nós somos muito novas!

- Sabe, senhora, eu estive aqui a ouvir a conversa e eu também só tenho 42, mas também não posso estar muito tempo de pé, nem muito tempo sentada. Tenho espandilosite. Não posso trabalhar! Vê? Já me está a doer aqui.

- E a mim doi-me aqui, vê? Até estou encostada à paragem, aqui atrás.

- Mas os câncaros é que dão logo direito à validez.

- Pois, o pior são as limpezas! As limpezas das casas fazem muito mal aos ossos.

- Então adeus e as melhoras!

- Não tem nada que saber, vai neste e depois apanha o 50.

- Obrigada!

- Espere que eu vou consigo para lhe dizer aonde há-de sair.

- Eu também vou e também lhe digo.

- Eu não vou, mas não se esqueça que é o 50!

- Obrigada!

domingo, julho 09, 2017

Tatuagens






Vejo-a às vezes com os filhos pequenos, outras vezes sozinha ou com amigas. Por onde andará o Rodrigo?

sábado, julho 08, 2017

o verão do nosso descontentamento

Eu não diria que tudo acontece neste verão, apenas que tudo se descobre neste verão. 

Sempre houve roubos de armas, balda nas forças armadas que julgávamos tão direitinhas, vigarices no SIRESP e outras PPPs e fugas de informação no exame de português. 

Este governo não esconde nem nega os problemas, manda investigar... mais: apagão dos offshores, etc. sei que há mais... tudo esclarecido neste verão.


Ainda os exames de 12º ano de português

BNão pude deixar de rir às gargalhadas, ainda que involuntariamente, ao ler a notícia da professora que fazia a revisão do exame de português e que todos os anos dizia aos alunos o que ia sair. O riso inoportuno, já que estava a ler o Expresso num sítio público, ocorreu quando se informava que o professores que conhecem as provas estão sujeitos ao dever de sigilo.  Ai sim?

Não se trata de um problema de hoje, mas sim de uma década.

É o culminar de um exame que sempre foi desastroso, como muitas vezes, aliás, todos os anos, demonstrei neste blogue. Umas vezes com comentários meus, outras vezes partilhando artigos críticos. 
É o último exame deste género e sinto-me muito satisfeita por isto se ter descoberto, pois mais tarde seria tarde. E já é tarde, parafraseando a Sophia.

No entanto, este é apenas um pormenor do que está errado, embora aponte, como em outros casos agora vindos a lume, como o do paiol de Tancos e outros, para um questionamento geral das chefias do Estado. 

Como se chega chefe? No Estado?

A direção do IAVE manteve-se de pedra e cal através de muito governos, é caso para perguntar porquê. 
Com um diretor tão confiante, tão ingénuo, que confiou naquela criatura para ser uma das 10 que têm acesso ao enunciado final do exame. (Desse número não fazem parte as pessoas que elaboraram as perguntas do exame, as quais só sabem da sua pergunta). aquela senhora era mesmo de confiança...

Neste verão tudo se descobre. Somos nós, portugueses, que temos de descobrir também por que razão as chefias que temos são, ou corruptas, o que não parece ser o caso, ou ingénuas. 

Ou parvas.

Até porque "a professora em causa já tinha sido suspeita, em anos anteriores, de violar o acordo de confidencialidade a que estão obrigados todos os que participam no processo ligado aos exames nacionais, "

Ver aqui: http://www.tsf.pt/sociedade/educacao/interior/identificada-alegada-autora-da-fuga-no-exame-do-12o-ano-8622797.html

(Para ver os outros posts deste blogue sobre o assunto, clicar no fim do post, onde diz Etiquetas e na tag: Exames do 12º Ano).


sexta-feira, julho 07, 2017

Turistas: o novo volfrâmio





No tempo do volfrâmio os pobrezinhos enriquecidos pelo volfrâmio iam aos restaurantes do Porto e pediam cabrito assado, com pão de ló em vez de pão e acompanhado de vinho "fino" (vinho do Porto), em vez de vinho de mesa. 

Mas o volfrâmio de agora são os turistas, que levam com este "prato típico".

O problema da administração pública é um problema de caráter

O que funciona mal no país, o que nem sequer funciona no país, não é só produto da corrupção.

As coisas não funcionam porque quem está à frente de tudo são os que não deviam estar à frente de nada.

São os videirinhos, os louvaminhas, ou os que não fazem ondas.

A pior coisa que se inventou neste país, inventada pelo José Sócrates, foi a avaliação dos funcionários. O que até aí se fazia de maneira informal, passou a ser feito de forma burocrática. Foi um achado.

Escolhem-se as pessoas simpáticas, ou os amigos, elimina-se a concorrência, etc. O José Sócrates, mais conhecido pelo 44, sabia muito bem o que fazia. Mas só fez o que lhe deixaram fazer.

Precisamos de gente ativa, dinâmica, mas sobretudo de gente que acumule essas qualidades com a coragem.

O SIRESP só não funciona em situações de emergência

Afinal, o SIRESP sempre funcionou muito bem. Só funciona muito mal, desde o tempo do passos coelho, quando se verifica alguma situação de emergência.

O SIRESP só serve para socorrer em situações de emergência.

Percebem? Não?!

quinta-feira, julho 06, 2017

Desde que o Francisco se tornou Papa, comecei a pensar que talvez não devesse ter criticado tanto a Igreja, sobretudo pelos comentários dos meus amigos católicos.
Essas críticas também são feitas nas aulas de Português, pois há várias obras de leitura obrigatória que criticam o catolicismo, ou a hierarquia católica, o que quase vai dar ao mesmo: Os Maias, Felizmente há luar!, Memorial do Convento e mesmo os Sermões do Padre António Vieira. Creio que alguns professores passam por cima disso, assim como passam por cima de tudo.
Mas leem-se agora tristes notícias do Vaticano, que são uma pena... orgias gays, pedofilia... é claro que todos têm pecados, mas tantos? De gente que é tão repressiva em relação ao corpo e à sexualidade?
Esta gente não tem medo do inferno? Sim, porque a Igreja Católica, ao contrário de outras, ainda acredita no inferno.
Esta gente não acredita em nada e aproveita o dinheiro, o poder e o palácios para fazer o que lhe apetece.

P.S.: as Testemunhas de Jeová, por exemplo, não acreditam no Inferno, argumentando: Deus pode querer o nosso mal?
Então o que acontece aos muito maus? Não regressam na ressurreição final, ou seja, morrem mesmo.

Francisco e os outros

Desde que o Francisco se tornou Papa, comecei a pensar que talvez não devesse ter criticado tanto a Igreja, sobretudo pelos comentários dos meus amigos católicos. Mas leem-se agora tristes notícias do Vaticano, algumas das quais são uma reação interna contra Francisco e outras são uma pena... orgias, gays, pedofilia...
Esta gente não tem medo do inferno? Sim, porque a igreja católica, ao contrário de outras, ainda acredita no inferno.

Esta gente não acredita em nada e aproveita o dinheiro, o poder e os palácios para fazer o que lhe apetece.

terça-feira, julho 04, 2017

No paiol de Lavadoiros



- Está lá? É o senhor ministro da defesa? Como está? Eu era para lhe pedir se vinha aqui ao quartel de Lavadoiros mudar umas lâmpadas que se fundiram. Pois, eu até já pedi ao meu neto para as trocar, mas esta canalhada de agora não faz nada… Pois, pois, mas isso é na 24 de julho.


- Olhe, e já agora, se não se importava trazia também umas duas ou três máquinas de filmar, daquelas de pôr por cima das portas, está ver? Era para pôr por cima das portas do paiol, o meu neto diz que são baratas na Internet.


- Ai são muito caras? Então o sr. ministro, ou os seu netos, ou assim, podiam ir para a feira da ladra, aí em Lisboa, vender uns bonés de general e umas espaditas e as medalhas do Marcelo… já deve dar… Ai ninguém quer as medalhas porque toda a gente já tem duas ou três? Mas nós aqui também temos uns detonadores que se vendem muito bem… ai não se podem vender?


- Então deixe lá sr. ministro, aqui em Lavadoiros é tudo boa gente, ninguém rouba nada a ninguém.

- Os rapazes das rondas noturnas até se queixam de que não têm nada para fazer e vão mas é para a cama.

- Pois, eu sei, eu bem lhes tenho dito que devem ir na mesma fazer a ronda, mas eles reclamam que lá fora não apanham bem o wi-fi do telemóvel. Pois.

- Está bem, está bem, pronto, sr. ministro. Não se fala mais nisso...

- Bom fim de semana, sr. ministro. Deixe lá, traga só as lâmpadas. E uns fios, que é para quando os fusíveis se vão abaixo.

Depor espadas?


Queridos oficiais militares de Tancos:
Não venham todos de espada em riste para Lisboa. 
Não deixem o Tancos vazio, que andam por aí uns ladrões.
Daqueles maus.

segunda-feira, julho 03, 2017

Tancos ou a submissão - Parte II



Diz a imprensa espanhola que houve conivência de pessoas de Tancos, no roubo das munições.


Presumo eu, mas talvez esteja errada, que as criaturas que abriram a porta aos ladrões e lhes disseram onde estavam as coisas que queriam e que impediram que houvesse rondas durante 20 horas, terão entrado para tropa antes de este ministro ter tomado posse. 


Digo eu... e assim não vejo motivo para se demitir o ministro. Vejo mais motivo para que osculados queiram demitir o ministro...

Ou terão sido os recrutas a abrir as portas?

Protestos de tantos, deposição das espadas



Agora vão roubar as espadas aos tipos de Tancos.
Vão depô-las não sei aonde, mas o melhor seria pedirem às esposas que as escondam debaixo da cama.

Será que não têm o sentido do ridículo? quais espadas? Para que lhes servem?