Vi este filme, de Jirí Menzel e gostei.
Acho boas quase todas as alternativas ao cinema americano, mas este realizador é daqueles que fizeram história.
O filme conta as peripécias de um homem que trabalhou sobretudo como criado de mesa em restaurantes chiques da Checoslováquia. Abrange a 2ª Gerra Mundial, com a ocupação do país pelos alemães, mais tarde a libertação e posterior instalação do regime comunista.
A personagem principal é um anti-herói algo cómico, mas o filme tem uma ironia subtil que faz sorrir, não provoca aquelas gargalhadas sonoras de quem não está a pensar.
É de facto um país que foi dum extremo ao outro, antes de ser desmantelado e transformado em dois. É bem apanhada a ideia de mostrar essa sociedade sob a perspectiva do luxo, que deixa de existir no regime comunista e que assume facetas diferentes durante a ocupação nazi. Também mostra o "ridículo" das ideologias e de quem as segue de forma rígida.
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
terça-feira, julho 29, 2008
domingo, julho 27, 2008
Gostar de gente... O que quer dizer isso?
Li hoje no DN que um pedófilo alemão vivia em Vila Nova de Cerveira tão feliz que era considerado benemérito. Porquê? Sobretudo porque gostava muito de crianças e até tinha adoptado algumas, de pais pobres que lhe ficaram eternamente agradecidos.
Constato que toda a gente morre de medo de ser considerada ingénua e parva. Eu, que muitas vezes fui considerada ingénua e parva, já que não morro de medo de ser considerada assim, acho que quase toda a gente é demasiado ingénua e incrivelmente parva. Senão, reparem.
Eu não gosto de crianças. Não gosto de jovens. Não gosto de adultos. Não gosto de homens nem de mulheres.
Gosto de algumas pessoas, de alguns jovens, de algumas crianças, de alguns homens, de algumas mulheres. Já agora, gosto de alguns animais. Talvez goste da espécie humana e da espécie animal em termos genéricos, mas isso é muito vago. Não gosto mesmo nada de certos seres.
Quem fingir que gosta de todos está a ser hipócrita, não acham?
E qual é o seu objectivo? Sem dúvida tomar os outros por lorpas e idiotas. Com razão, não acham? É usar a massa cinzenta.
Já agora, tenho quase a certeza de que vi muitas vezes esse tipo alemão. Onde, não sei dizer, mas provavelmente em algum local de Lisboa. A cara não me é estranha...
sábado, julho 26, 2008
A fruta do milagre
Vi isto no Expresso e depois na net.
A fruta do milagre é um fruto que torna doce o limão, se o comermos um pouco antes.
Cada vez se descobem mais coisas, sobretudo das que já tinham sido descobertas, neste caso por uma tribo, que não dispensa este fruto.
Ver aqui
A fruta do milagre é um fruto que torna doce o limão, se o comermos um pouco antes.
Cada vez se descobem mais coisas, sobretudo das que já tinham sido descobertas, neste caso por uma tribo, que não dispensa este fruto.
Ver aqui
segunda-feira, julho 21, 2008
"Diz-me como a chuva"
Fui à estreia da peça de teatro "Diz-me como a chuva".
Com diversos textos de Tennessee Wiliams, tem encenação de Marta Lapa e é interpretada por Isabel Medina Cucha Carvalheiro.
Assumindo quase sempre o ser humano como ferido na relação com os outros, como um pássaro de asa quebrada que só deseja fugir e esconder-se, são muito belos esses textos. Não existe a crueldade nem o mal, nas personagens, apenas uma desadaptação e incapacidade para o relacionamento, sobressaindo o homem como ser solitário, um ser que talvez nem necessite dos outros, mas que também não consegue passar sem eles.
De salientar o óptimo trabalho mimético das actrizes, que, sem mudarem de caracterização, fazem o papel de homem, de mulher e de criança, fazendo-nos despertar um sorriso neste último papel, mas sem os tiques que às vezes se notam noutros actores que imitam crianças. E sem qualquer vulgaridade na passagem de um papel a outro. Muitos actores poderiam aprender alguma coisa ao ver esta peça.
Particularmente interessantes os textos seleccionados da peça "Um Eléctrico Chamado Desejo", de "Diz-me como a chuva" e desse texto com crianças à beira da linha de um caminho-de-ferro, simbolicamente à beira de todas as passagens e de todos os perigos, "à beira-mágoa", já também marcadas pelo receio e pela rejeição.
Obrigada Isabel. E já agora, obrigada Cucha Carvalheiro.
(Em cena no Teatro da Comuna até ao dia 9 de Agosto.)
Com diversos textos de Tennessee Wiliams, tem encenação de Marta Lapa e é interpretada por Isabel Medina Cucha Carvalheiro.
Assumindo quase sempre o ser humano como ferido na relação com os outros, como um pássaro de asa quebrada que só deseja fugir e esconder-se, são muito belos esses textos. Não existe a crueldade nem o mal, nas personagens, apenas uma desadaptação e incapacidade para o relacionamento, sobressaindo o homem como ser solitário, um ser que talvez nem necessite dos outros, mas que também não consegue passar sem eles.
De salientar o óptimo trabalho mimético das actrizes, que, sem mudarem de caracterização, fazem o papel de homem, de mulher e de criança, fazendo-nos despertar um sorriso neste último papel, mas sem os tiques que às vezes se notam noutros actores que imitam crianças. E sem qualquer vulgaridade na passagem de um papel a outro. Muitos actores poderiam aprender alguma coisa ao ver esta peça.
Particularmente interessantes os textos seleccionados da peça "Um Eléctrico Chamado Desejo", de "Diz-me como a chuva" e desse texto com crianças à beira da linha de um caminho-de-ferro, simbolicamente à beira de todas as passagens e de todos os perigos, "à beira-mágoa", já também marcadas pelo receio e pela rejeição.
Obrigada Isabel. E já agora, obrigada Cucha Carvalheiro.
(Em cena no Teatro da Comuna até ao dia 9 de Agosto.)
sábado, julho 19, 2008
Feira Biológica do Príncipe Real
Voltei à feira de produtos naturais do Príncipe Real, em Lisboa. Hoje, sábado, 18 de Julho.
Já aqui falei dela, mas para dizer mal. Agora já vi outras coisas que não tinha visto: nessa época pouco entendia de comida, menos de culinária e cheguei lá à hora do fecho, quando já quase não havia nada. Podemos sempre mudar de opinião, ou, como se diz agora, podemos evoluir dentro da mesma posição. Por exemplo, evoluir da posição de pé para a posição de pernas para o ar e vice-versa.
Hoje voltei lá, pelas dez e meia da manhã.
Vi cousas que nunca tinha visto. Algumas conhecia de nome, outras nem de ouvir falar ou ler. Algumas só conhecia dos livros antigos em que figuravam como remédios, outras de livros de culinária estrangeiros, sobretudo italianos, outras de lado nenhum, mesmo.
Vi ruibarbo, o tal dos livros antigos, vi flores de courgettes, machos e fêmeas. As flores machos comem-se fritas ou recheadas de compota. As fêmeas também, se bem entendi.
Receei experimentar: como tenho muita imaginação, estou a ver-me: oferecem-me um ramo de rosas e eu imagino-as e vejo-as fritas ou recheadas de compota... não me sinto preparada para comer flores e havia lá muitas de comer.
Só não comprei chá de urtigas, que parece fazer bem a muita coisa, por o achar caro. É mais barato colher as urtigas e pô-las a secar. Como aqui não há urtigas, lanço um apelo a quem o entender para me arranjar um molho de urtigas. Há uns meses andei à procura, mas confundi-as com outra erva parecida... Aquelas estavam cortadas aos bocadinhos...
Como é um bocado intelectual ir àquela feira, as pessoas comportam-se com tanta delicadeza como se estivessem numa exposição de obras de arte e outras coisas preciosas: pedem-me delicadamente desculpa por estarem à minha frente a tapar as couves.
Claro,as couves biológicas, ou, como dizem os americanos, as couves orgânicas, devem ser contempladas antes de, ou em vez de, serem compradas. As outras couves não são biológicas nem orgânicas?
Vim de lá com: um molho de rúcula, uma caixa de rebentos de alfafa, um molho de manjericão que cheira muito bem e se pode usar também como decoração - pu-lo numa jarra... e morangos. Nunca como morangos por sentir que me fazem mal. Como crescem rente ao chão e acachapados na planta, creio que devem ficar muito encharcados de pesticidas - não têm por onde fugir...
Já os provei, são melhores do que os outros, parecem os morangos silvestres que eu apanhava pelos campos em pequena, mas esses eram minúsculos. Espero que não tenham pesticidas.
Já que é intelectual ir à feira biológica, de caminho passei pela livraria Byblos, para comprar os jornais e para ver o meu livro.
E pensar que o livro é meu mas não é meu: afinal, não o posso trazer para casa...
Já aqui falei dela, mas para dizer mal. Agora já vi outras coisas que não tinha visto: nessa época pouco entendia de comida, menos de culinária e cheguei lá à hora do fecho, quando já quase não havia nada. Podemos sempre mudar de opinião, ou, como se diz agora, podemos evoluir dentro da mesma posição. Por exemplo, evoluir da posição de pé para a posição de pernas para o ar e vice-versa.
Hoje voltei lá, pelas dez e meia da manhã.
Vi cousas que nunca tinha visto. Algumas conhecia de nome, outras nem de ouvir falar ou ler. Algumas só conhecia dos livros antigos em que figuravam como remédios, outras de livros de culinária estrangeiros, sobretudo italianos, outras de lado nenhum, mesmo.
Vi ruibarbo, o tal dos livros antigos, vi flores de courgettes, machos e fêmeas. As flores machos comem-se fritas ou recheadas de compota. As fêmeas também, se bem entendi.
Receei experimentar: como tenho muita imaginação, estou a ver-me: oferecem-me um ramo de rosas e eu imagino-as e vejo-as fritas ou recheadas de compota... não me sinto preparada para comer flores e havia lá muitas de comer.
Só não comprei chá de urtigas, que parece fazer bem a muita coisa, por o achar caro. É mais barato colher as urtigas e pô-las a secar. Como aqui não há urtigas, lanço um apelo a quem o entender para me arranjar um molho de urtigas. Há uns meses andei à procura, mas confundi-as com outra erva parecida... Aquelas estavam cortadas aos bocadinhos...
Como é um bocado intelectual ir àquela feira, as pessoas comportam-se com tanta delicadeza como se estivessem numa exposição de obras de arte e outras coisas preciosas: pedem-me delicadamente desculpa por estarem à minha frente a tapar as couves.
Claro,as couves biológicas, ou, como dizem os americanos, as couves orgânicas, devem ser contempladas antes de, ou em vez de, serem compradas. As outras couves não são biológicas nem orgânicas?
Vim de lá com: um molho de rúcula, uma caixa de rebentos de alfafa, um molho de manjericão que cheira muito bem e se pode usar também como decoração - pu-lo numa jarra... e morangos. Nunca como morangos por sentir que me fazem mal. Como crescem rente ao chão e acachapados na planta, creio que devem ficar muito encharcados de pesticidas - não têm por onde fugir...
Já os provei, são melhores do que os outros, parecem os morangos silvestres que eu apanhava pelos campos em pequena, mas esses eram minúsculos. Espero que não tenham pesticidas.
Já que é intelectual ir à feira biológica, de caminho passei pela livraria Byblos, para comprar os jornais e para ver o meu livro.
E pensar que o livro é meu mas não é meu: afinal, não o posso trazer para casa...
sexta-feira, julho 18, 2008
De como os erros podem ser giros
Em resposta ao que pedi no post anterior, a Inteb enviou-me isto.
"Factura de um santeiro olhanense
"Nota: esta é uma factura de um santeiro de Olhão, chamado Joaquim Manuel Alfarrobinha, apresentada em 1853 por um conserto nas capelas do Bom Jesus de Braga, hoje arquivada na Confraria do Bom Jesus do Monte, naquela cidade."
"Por corrigir os Dez Mandamentos, embelezar o Sumo Sacerdote e mudar-lhe as fitas 170 réis
Um galo novo para S. Pedro e pintar-lhe a crista . 80 réis
Dourar e pôr penas novas na asa do Anjo da Guarda 120 réis
Lavar o criado do Sumo Sacerdote e pintar-lhe as suíças 160 réis
Tirar as nódoas ao filho de Tobias 95 réis
Uns brincos novos para a filha do Abraão .95 réis
Avivar as chamas ao Inferno, pôr um rabo novo ao diabo e fazer vários consertos aos condenados.185 réis
Fazer um menino ao colo da Senhora 210 réis
Renovar o Céu, arranjar as estrelas e lavar a Lua 130 réis
Retocar o Purgatório e pôr-lhe almas novas 355 réis
Compor o fato e a cabeleira de Herodes 35 réis
Meter uma pedra na funda de David, engrossar a cabeleira de Tobias e alargar as pernas de Saul.95 réis
Adornar a Arca de Noé, compor a burrica do filho pródigo e limpar a orelha esquerda de S. Tinoco.152 réis
Pregar uma estrela que caiu ao pé do coro 23 réis
Umas botas novas para S. Miguel e limpar-lhe a espada.255 réis
Limpar as unhas e pôr os cornos ao Diabo.185 réis
Total = 2.496 réis"
quinta-feira, julho 17, 2008
Língua Portuguesa e Petróleo
Falando de língua portuguesa, não sei se vocês leram uma notícia impressionante. Como raramente vejo o telejornal e nunca até ao fim, não sei se foi falada aí.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, que tem neste momento 8 países incluindo Timor, está a ter muitos pedidos de adesão. Adivinhem de quais países...
Argentina, Guiné Equatorial (foi colónia portuguesa, mas foi trocada com a Espanha por uma terra a sul do Brasil e parece que quer resolver agora esse problema), Ucrânia, Roménia, etc. Para não falar da Galiza e de Macau.
Uma das razões desta súbita paixão pela Língua Portuguesa é que 4 dos oito países que compóem a comunidade têm petróleo. Outra é um assunto actualmente em debate: o valor económico da língua portuguesa. Espero que a outra seja mesmo o amor à portuguesa língua.
como fomos nós, portugueses, que a inventámos e que a espalhámos pelo mundo, espero que sobre alguma coisa para aqui, apesar de não termos petróleo.
Afinal, o petróleo desaparece e a língua fica.
Um dia, com paciência, hei-de mostrar-vos que Camões em Os Lusíadas e mesmo Marco Polo no Livro de Marco Polo já falavam no petróleo, visto que ele existia em certas zonas à superfície da terra.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, que tem neste momento 8 países incluindo Timor, está a ter muitos pedidos de adesão. Adivinhem de quais países...
Argentina, Guiné Equatorial (foi colónia portuguesa, mas foi trocada com a Espanha por uma terra a sul do Brasil e parece que quer resolver agora esse problema), Ucrânia, Roménia, etc. Para não falar da Galiza e de Macau.
Uma das razões desta súbita paixão pela Língua Portuguesa é que 4 dos oito países que compóem a comunidade têm petróleo. Outra é um assunto actualmente em debate: o valor económico da língua portuguesa. Espero que a outra seja mesmo o amor à portuguesa língua.
como fomos nós, portugueses, que a inventámos e que a espalhámos pelo mundo, espero que sobre alguma coisa para aqui, apesar de não termos petróleo.
Afinal, o petróleo desaparece e a língua fica.
Um dia, com paciência, hei-de mostrar-vos que Camões em Os Lusíadas e mesmo Marco Polo no Livro de Marco Polo já falavam no petróleo, visto que ele existia em certas zonas à superfície da terra.
quarta-feira, julho 16, 2008
Continuando...
Em relação à última mensagem aqui postada, juro que nunca me teria passado pela cabeça que uma frigideira pudesse ser considerada um instrumento musical e muito menos que um jumento pudesse ser considerado uma ave canora (no caso, um pássaro de canto).
No entanto, uma minha amiga não demasiado inteligente, talvez tentasse convencer-me de que se pode fazer barulho com uma frigideira e que o jumento também emite um ruído, pelo que, apesar de não ser ave, pode ser considerado ave canora.
Por aqui se vêem várias coisas: que a língua portuguesa não está em vias de ser assassinada, já que sobreviveu em beleza a este tipo de atentado, muito mais frequente no passado que no presente. Que a falta de lógica, como eu sempre disse, não é uma questão de língua, embora se note muito facilmente através da língua. É mesmo uma questão de inteligência. Nem todos nasceram poetas.
Este texto fez-me lembrar um outro muito engraçado sobre a pintura duma igreja, em que as figuras nunca são referidas como imagens mas como realidades, por exemplo: "pintar os cornos ao Diabo e à vaca do presépio". Se alguém tiver ou encontrar esse texto, agradeço que mo envie CLICAR AQUI.
Encontrei também um muito engraçado como prefácio do autor a um livro de culinária publicado na 1ª década do século XX. Como tivemos uma reforma ortográfica em 1911, os textos desta época têm os erros ortográficos anteriores à reforma mais os da reforma. Vou procurar, mas não sei se encontro.
O diferente de hoje em dia é que os erros tinham muita graça, lidos hoje, e que eram publicados em jornais, algo impensável hoje.
Já agora, vejam os anúncios do google neste post.
No entanto, uma minha amiga não demasiado inteligente, talvez tentasse convencer-me de que se pode fazer barulho com uma frigideira e que o jumento também emite um ruído, pelo que, apesar de não ser ave, pode ser considerado ave canora.
Por aqui se vêem várias coisas: que a língua portuguesa não está em vias de ser assassinada, já que sobreviveu em beleza a este tipo de atentado, muito mais frequente no passado que no presente. Que a falta de lógica, como eu sempre disse, não é uma questão de língua, embora se note muito facilmente através da língua. É mesmo uma questão de inteligência. Nem todos nasceram poetas.
Este texto fez-me lembrar um outro muito engraçado sobre a pintura duma igreja, em que as figuras nunca são referidas como imagens mas como realidades, por exemplo: "pintar os cornos ao Diabo e à vaca do presépio". Se alguém tiver ou encontrar esse texto, agradeço que mo envie CLICAR AQUI.
Encontrei também um muito engraçado como prefácio do autor a um livro de culinária publicado na 1ª década do século XX. Como tivemos uma reforma ortográfica em 1911, os textos desta época têm os erros ortográficos anteriores à reforma mais os da reforma. Vou procurar, mas não sei se encontro.
O diferente de hoje em dia é que os erros tinham muita graça, lidos hoje, e que eram publicados em jornais, algo impensável hoje.
Já agora, vejam os anúncios do google neste post.
terça-feira, julho 15, 2008
Que engraçado. LOL
Não resisto a reproduzir aqui um texto autêntico escrito por volta do ano de 1910 que encontrei no blogue Ad Libitum. É um anúncio a um cirurgião e faz-tudo.
Ainda dizem que os jovens agora não sabem escrever. De notar que um dos problemas da escrita é a falta de lógica dos relacionamentos e enumerações. Chama-se actualmente a isto (falta de) coesão textual, coesão lexical, interfrásica, etc. Mas este também dava aulas de escrita...
Eu, Manuel Ferreira, surgião, rigedor, comerciante e agente de enterros. Respeitosamente informa as senhoras e cavalheiros que tira dentes sem esperar um minuto, apelica cataplasmas e salapismos a baixo preço, e vixas a 20 réis cada, garantidas. Vende pelumas, cordas, corta calos, joanetos, (br)aços partidos, tusquia burros uma vez por mez, e trata das unhas ao ano. Amolla facas e tizoiras, apitos a 10 réis, castiçais, fregideiras e outros instrumentos musicais a preços reduzidos. Ensina gramática e discursos de maneiras finas, acim como cathecysmo e oretographia, canto e danças, jogos de suciedade e bordados. Perfumes de todas as qualidades. Como os tempos vão maus, pesso licença para dizer que comessei também a vender galinhas, lans, porcos e outra criação. Camisolas, lenços, ratueiras, enchadas, pás, pregos, tejolos, carnes, chourissos e outras ferramentas (d)e jardim e lavoira, cirragos, pitrol, augardente e outros materiais inflamáveis. Hortaliças, frutas, músicas, lavatórios, pedras de amolar, sementes e loiças e manteiga de vaca e de porco.Tenho um grande çurtimento de tapetes, cerveja, velas e phosphoros, e outras conservas como tintas, sabão, vinagre, compro e vendo trapos e ferros velhos, chumbo e latão. Ovos frescos meus, paçaros de canto como moxos, jumentos, piruns, grilos e deposito de vinhos da minha lavra. Tualhas, cobertores e todas as qualidades de roupas. Ensino jiographia, aritmetica, jimnástica e outras chinezisses."
"(O texto deste prospecto histórico, mandado imprimir e distribuir por volta de 1910 pelo regedor da freguesia da Sertã, Manuel Ferreira, foi também publicado num número de 1960 da Revista da Polícia Portuguesa)."
segunda-feira, julho 14, 2008
Jardim. Ah ah ah!
- Qual é a sua terra?
- Bulgária.
- Gosta de estar aqui?
- Gosta muito. Portugal gosta muito. Vou ficar aqui para sempre!
- Gosta deste calor?
- Gosta muito deste calor. Muito, muito. Que bom.
- Na Bulgária está mais frio...
- Eu vive aqui há sete anos. Não sabe falar porque não tem tempo para falar.
Fui à Bulgária. Ui que frio! Nunca mais cá venho.
- E quando veio para cá, foi fácil arranjar emprego?
- Não. Difícil. Difícil. Muito difícil... eu não sabia falar.
- Como foi?
- Eu vim só com uma mochilinha com roupa e com uma desta (aponta para os chinelos).
Só vim ver se gosta da terra.
- E depois?
- Pessoas boas ajudam imigrantes. Em Santa Apolónia dão comida e roupa. Tem comida e roupa, não precisa mais nada. Eu fiquei.
- Comida, roupa e cama...
- Cama não Ah ah!
- Cama não?
- Cama não. Ah ah ah!
- Então onde dormia?
- Jardim. Ah ah ah ah!
- Você dormia no jardim? Uma mulher sozinha a dormir no jardim? Aqui em Lisboa?!
- Sim. Senhora boa parou carro, abriu o porta e fez sinal para eu entrar, assim.
- Você entrou?
- Não. Eu aponta para eu e diz: Cheira mal. Chuja.
- E a senhora boa?
- Senhora boa abriu porta e diz: entra. E eu pensa: onde me quer levar esta mulher?
- E aonde foram?
- A casa dela. Deu-me banho. Lavou-me os dentes. Fez gesto - trabalhar. Eu apontei boca: não sabe falar. Senhora fez gesto assim (passar a ferro). Eu diz: sim.
- Ficou a viver em casa dela?
- Eu disse: não quero viver na tua casa. Senhora boa apresentou-me mulher da Bulgária. E ela disse: ficas aqui. Não tens dinheiro, não pagas. Trabalhas, passas a ferro, ganhas dinheiro. Pagas.
- Há aqui pouca gente da Bulgária.
- Cinquenta mil. Agora há menos.
- Foram-se embora.
- Agora Portugal tudo caro. Eu não. Trabalha muito. Hoje lavei restaurante. Amanhã Domingo trabalha. Ganha bem. Vive bem. Fica em Portugal para sempre. Minha terra.
sábado, julho 12, 2008
Um sotaquezinho...
- Boa tarde. Quero ir para a rua Augusta.
- Você de que terra é?
- Desta.
- Diga lá a verdade!
- Estou a dizer a verdade.
- Você fala bem português, mas tem um sotaquezinho...
- Não tenho sotaque nenhum, sou portuguesa.
- Eu quando a vi, vi logo que não era de cá e agora vejo que tem um sotaquezinho!
- ...
- Pronto, não quer dizer, não diga, mas eu bem vejo que você não é de cá.
Este curioso diálogo, com variantes, passou-se comigo em Lisboa por várias vezes, em táxis, etc... Quando isto me acontece a mim, o que acontecerá àqueles que têm um sotaquezinho?
- Você de que terra é?
- Desta.
- Diga lá a verdade!
- Estou a dizer a verdade.
- Você fala bem português, mas tem um sotaquezinho...
- Não tenho sotaque nenhum, sou portuguesa.
- Eu quando a vi, vi logo que não era de cá e agora vejo que tem um sotaquezinho!
- ...
- Pronto, não quer dizer, não diga, mas eu bem vejo que você não é de cá.
Este curioso diálogo, com variantes, passou-se comigo em Lisboa por várias vezes, em táxis, etc... Quando isto me acontece a mim, o que acontecerá àqueles que têm um sotaquezinho?
quinta-feira, julho 10, 2008
Não concordam?
"Esta gente da política de hoje vai ser julgada muito severamente pela irresponsabilidade que tem."
Medina Carreira, entrevista dada à SIC, 9/7/2008
Medina Carreira, entrevista dada à SIC, 9/7/2008
terça-feira, julho 08, 2008
Oh, a educação em Portugal!
Até ao ano passado, os estudantes portugueses eram um verdadeiro desastre a Matemática, mas eram óptimos a Português.
Isto sempre foi um enigma.
O enigma mais recente é este:
Este ano, de repente e sem transição, os estudantes portugueses são um verdadeiro desastre a Português e umas barras a Matemática!
Espantem-se as hostes!
Isto sempre foi um enigma.
O enigma mais recente é este:
Este ano, de repente e sem transição, os estudantes portugueses são um verdadeiro desastre a Português e umas barras a Matemática!
Espantem-se as hostes!
domingo, julho 06, 2008
O rei vai nú
A líder da oposição desde há poucos dias, Manuela Ferreira Leite, acaba de afirmar isso mesmo:
- O rei vai nú.
Afirmou que Portugal não tem dinheiro para fazer as obras públicas que o 1º Ministro deseja fazer, nem para todas nem para nenhuma. E que toda a gente sabe disso, o que toda a gente sabe que é verdade.
Disse mais: que Portugal só vai começar a pagar daqui por seis anos, que não entende porquê, que vamos pagar muito por esta demora em começar a pagar, que vamos ficar com uma dívida de 100 por cento do PIB (vocês já imaginaram isto?)
Quando diz que não sabe porquê daqui por seis anos, é claro que sabe. Todos sabemos.
O primeiro-ministro tem ambições muito maiores. Quer seguir as pisadas de Guterres e Durão Barroso, quer ultrapassar Guterres e Durão Barroso. Quando tiver feito tantas obras públicas dá o fora e vai viver para outro país, com um cargo importante.
Como os grandes políticos dos países ricos não querem esses cargos porque ganham mais a trabalhar noutras coisas, há lugar para ele. E há portugueses patriotas a afirmarem, ou pelo menos a pensarem assim: qual é a graça de ser o 1º ministro ou mesmo o presidente de nove milhõezitos de pessoas, gente que cabe toda numa cidade não muito grande?
Perguntas óbvias: 1ª porque é que ninguém ainda tinha afirmado que O rei vai nú? 2ª porque é que só agora Cavaco se lembrou de se irritar com o governo por causa das obras públicas? Não sabia???!!!
Sabia e tinha medo de dizer que O rei vai nú?
(N.B.: Se clicar em 0 comentários, neste post, aparecem comentários. Ainda não percebi porquê.)
- O rei vai nú.
Afirmou que Portugal não tem dinheiro para fazer as obras públicas que o 1º Ministro deseja fazer, nem para todas nem para nenhuma. E que toda a gente sabe disso, o que toda a gente sabe que é verdade.
Disse mais: que Portugal só vai começar a pagar daqui por seis anos, que não entende porquê, que vamos pagar muito por esta demora em começar a pagar, que vamos ficar com uma dívida de 100 por cento do PIB (vocês já imaginaram isto?)
Quando diz que não sabe porquê daqui por seis anos, é claro que sabe. Todos sabemos.
O primeiro-ministro tem ambições muito maiores. Quer seguir as pisadas de Guterres e Durão Barroso, quer ultrapassar Guterres e Durão Barroso. Quando tiver feito tantas obras públicas dá o fora e vai viver para outro país, com um cargo importante.
Como os grandes políticos dos países ricos não querem esses cargos porque ganham mais a trabalhar noutras coisas, há lugar para ele. E há portugueses patriotas a afirmarem, ou pelo menos a pensarem assim: qual é a graça de ser o 1º ministro ou mesmo o presidente de nove milhõezitos de pessoas, gente que cabe toda numa cidade não muito grande?
Perguntas óbvias: 1ª porque é que ninguém ainda tinha afirmado que O rei vai nú? 2ª porque é que só agora Cavaco se lembrou de se irritar com o governo por causa das obras públicas? Não sabia???!!!
Sabia e tinha medo de dizer que O rei vai nú?
(N.B.: Se clicar em 0 comentários, neste post, aparecem comentários. Ainda não percebi porquê.)
sábado, julho 05, 2008
Hi5
Há dois anos abri uma conta no Hi5 e esqueci o assunto. Abri-a com o nome Nádia (só) e com o email destes blogues, mas não fiz mais nada.
A única informação que tinha era: você não tem amigos, o que me dava vontade de rir.
Agora que tenho mais tempo e como muitas pessoas me têm solicitado para ser amiga delas no Hi5, reabri a conta. Já lá tinha algumas solicitações de amigos, uma delas feita ontem por um rapazinho que não conheço. Ainda não sei como se faz neste caso: aceita-se ou não? Ele deve conhecer-me do blogue???
Enfim, talvez eu tenha esquecido o convite de algumas pessoas, o que, além de ser antipático, pode ser reparado. Sintam-se à vontade para renovar o convite ou para o fazerem agora pela 1ª vez, enviando-o para o email deste blogue. E já agora, digam quem são...
A única informação que tinha era: você não tem amigos, o que me dava vontade de rir.
Agora que tenho mais tempo e como muitas pessoas me têm solicitado para ser amiga delas no Hi5, reabri a conta. Já lá tinha algumas solicitações de amigos, uma delas feita ontem por um rapazinho que não conheço. Ainda não sei como se faz neste caso: aceita-se ou não? Ele deve conhecer-me do blogue???
Enfim, talvez eu tenha esquecido o convite de algumas pessoas, o que, além de ser antipático, pode ser reparado. Sintam-se à vontade para renovar o convite ou para o fazerem agora pela 1ª vez, enviando-o para o email deste blogue. E já agora, digam quem são...
terça-feira, julho 01, 2008
Emília
Esta é a Emília no céu de França, onde vive, ou melhor, vive na terra, claro. Na terra imunda chamada França. O acompanhante, julgo ser o instrutor de vôo.
A Emília faz comentários aqui com vários pseudónimos, mas acaba de se apresentar no Escrevedoiros com o seu próprio, por esta data: em comentário de 30 de Junho.
Deliciosa Preguiça
Acabo de experimentar umas novas máquinas de fazer ginástica chamadas Power Plate.
parece simples, a pessoa coloca-se em cima de uma delas numa determinada posição, ou parte em cima e parte no chão, e ela faz o resto: vibra.
O treino dura 20 minutos no máximo.
Saí de lá tão escangalhada, cansada, transpirada, como da 1º aula de ginástica que fiz.
É o último grito, recomendado para perder gordura, adquirir cálcio, acelerar o metabolismo, eliminar o stress, etc. Parece que não está provada cientificamente, mas quem se interessa por esse pormenor? Eu, por mim, já comprei um pacote de 10 sessões, para um mês e tal.
Deliciosa preguiça é aquela que é o fruto de um cansaço legítimo. Estou tão cansada como se tivesse andado horas e horas a lavar escadas.
Agora já percebo porque é que os desportistas não fazem rigorosamente nada: ficam demasiado estafados com o treino. ( Eu já devo ter escrito isto aqui umas 20 vezes, não digam a ninguém, mas nunca entendi como é possível pessoas que fazem tanto esforço e sacrifício não fazerem, na maior parte dos casos, rigorosamente mais nada.)
parece simples, a pessoa coloca-se em cima de uma delas numa determinada posição, ou parte em cima e parte no chão, e ela faz o resto: vibra.
O treino dura 20 minutos no máximo.
Saí de lá tão escangalhada, cansada, transpirada, como da 1º aula de ginástica que fiz.
É o último grito, recomendado para perder gordura, adquirir cálcio, acelerar o metabolismo, eliminar o stress, etc. Parece que não está provada cientificamente, mas quem se interessa por esse pormenor? Eu, por mim, já comprei um pacote de 10 sessões, para um mês e tal.
Deliciosa preguiça é aquela que é o fruto de um cansaço legítimo. Estou tão cansada como se tivesse andado horas e horas a lavar escadas.
Agora já percebo porque é que os desportistas não fazem rigorosamente nada: ficam demasiado estafados com o treino. ( Eu já devo ter escrito isto aqui umas 20 vezes, não digam a ninguém, mas nunca entendi como é possível pessoas que fazem tanto esforço e sacrifício não fazerem, na maior parte dos casos, rigorosamente mais nada.)
domingo, junho 29, 2008
Copiar e plagiar
Os problemas do ensino em Portugal são muitos e de espécies diferentes.
Por exemplo, há uma grande tolerância, na nossa mentalidade quanto ao acto de copiar. Há até muitos professores que não vêem mal nisso...
É uma das pequenas corrupções em que a sociedade portuguesa é pródiga e que contribui, como todas as outras, para o nosso atraso persistente e endémico.
Agora foi notícia que algumas universidades portuguesas compraram um programa para detectar plágios da Internet (praticados por estudantes e professores). Isso já era possível fazer, apenas dava algum trabalho.
Em entrevistas que vi na televisão, quase todos os estudantes diziam, não no tom de confissão mas sim no tom de gabarolice, que todos ou quase todos os trabalhos quer faziam eram plagiados. Houve um a afirmar que nunca seria capaz de fazer um trabalho sozinho, primeiro porque não o sabia fazer e além disso porque nem teria paciência para tal.
É isto um estudante universitário, que em breve andará por aí a fazer o que não sabe nem nunca saberá. Esperemos que, como muitos, não consiga arranjar um emprego à altura das habilitações...
Embora não aparecesse nessas entrevistas, há uma élite de estudantes que nunca faria tal coisa e que será sempre a élite de tudo. Esperemos que esses não venham a ser marginalizados por serem bons, ao contrário do que acontece com muita gente neste país.
Pormenor curioso: a única estudante que disse que nunca copiou nem plagiou foi uma brasileira. Disse que fazer isso numa Universidade em que paga para estudar, seria o mesmo que ir a uma loja fazer compras, pagar a mercadoria e deixá-la lá.
É uma boa imagem, não acham? De facto, deixam o conhecimento na Universidade, depois de o terem comprado.
Por exemplo, há uma grande tolerância, na nossa mentalidade quanto ao acto de copiar. Há até muitos professores que não vêem mal nisso...
É uma das pequenas corrupções em que a sociedade portuguesa é pródiga e que contribui, como todas as outras, para o nosso atraso persistente e endémico.
Agora foi notícia que algumas universidades portuguesas compraram um programa para detectar plágios da Internet (praticados por estudantes e professores). Isso já era possível fazer, apenas dava algum trabalho.
Em entrevistas que vi na televisão, quase todos os estudantes diziam, não no tom de confissão mas sim no tom de gabarolice, que todos ou quase todos os trabalhos quer faziam eram plagiados. Houve um a afirmar que nunca seria capaz de fazer um trabalho sozinho, primeiro porque não o sabia fazer e além disso porque nem teria paciência para tal.
É isto um estudante universitário, que em breve andará por aí a fazer o que não sabe nem nunca saberá. Esperemos que, como muitos, não consiga arranjar um emprego à altura das habilitações...
Embora não aparecesse nessas entrevistas, há uma élite de estudantes que nunca faria tal coisa e que será sempre a élite de tudo. Esperemos que esses não venham a ser marginalizados por serem bons, ao contrário do que acontece com muita gente neste país.
Pormenor curioso: a única estudante que disse que nunca copiou nem plagiou foi uma brasileira. Disse que fazer isso numa Universidade em que paga para estudar, seria o mesmo que ir a uma loja fazer compras, pagar a mercadoria e deixá-la lá.
É uma boa imagem, não acham? De facto, deixam o conhecimento na Universidade, depois de o terem comprado.
sábado, junho 28, 2008
Exames Nacionais
A ministra da educação tem sido tão contestada que era necessário os alunos terem bons resultados nos exames, sendo-lhe atribuido todo o mérito (a ela, minitra).
De facto, foi-lhe atribuído todo o mérito:
Os exames foram tão fácveis que até os alunos os acham ridículos... para não falar da opinião pública e publicada, claro.
Mas há pior. Parece que a dita senhora terá dito estas palavras na SIC (Sic):
"Gostava de lhe dizer que há uns quantos pessimistas de serviço neste país, muito pessimistas. O que acontece é que o país tem que estar sempre mal e os alunos ser sempre maus. Quando os resultados são, por si, maus e houveram fragilidades nos conhecimentos e nas competências, aí está a prova de que o país está mal"MLR, (sic) in entrevista à SIC.
Houveram? A ministra de Ecducação a falar assim e dizem que os jovens não sabem português?!
De facto, foi-lhe atribuído todo o mérito:
Os exames foram tão fácveis que até os alunos os acham ridículos... para não falar da opinião pública e publicada, claro.
Mas há pior. Parece que a dita senhora terá dito estas palavras na SIC (Sic):
"Gostava de lhe dizer que há uns quantos pessimistas de serviço neste país, muito pessimistas. O que acontece é que o país tem que estar sempre mal e os alunos ser sempre maus. Quando os resultados são, por si, maus e houveram fragilidades nos conhecimentos e nas competências, aí está a prova de que o país está mal"MLR, (sic) in entrevista à SIC.
Houveram? A ministra de Ecducação a falar assim e dizem que os jovens não sabem português?!
sexta-feira, junho 27, 2008
Juízes agredidos
Há uns meses atrás foi notícia que os professores portugueses andam a ser brutalmente agredidos pelos alunos. Ninguém no governo se importou com isso, como se fosse uma coisa simples e natural.
Agora é notícia que os juízes portugueses andam a ser brutalmente agredidos pelos réus. O ministro da justiça responde que em alguns países é muito pior.
Realmente, no Ruanda deve ser muito pior...
Agora é notícia que os juízes portugueses andam a ser brutalmente agredidos pelos réus. O ministro da justiça responde que em alguns países é muito pior.
Realmente, no Ruanda deve ser muito pior...
quarta-feira, junho 25, 2008
segunda-feira, junho 23, 2008
Som inaudível para adultos
Apareceu aqui acima o anúncio a um toque secreto.
Sabem o que é?
É um som que os teenagers ouvem e os mais velhos não.
Parece que já foi utilizado nas lojas de luxo para espantar a malta:
-Ó mãe,que barulho horrível!
-O quê, filho,não ouço nada!
- Horrível! Insuportável!
- O quê, filho?A menina ouve alguma coisa? Não? Vês?! Podias ter inventado uma desculpa melhor para ires comer um gelado ali fora...
Agora é ao contrário.O anúncio aqui acima oferece toques para telemóvel. Para tocarem nas aulas e em todo o lado, claro!
Espero que um dia inventem músicas inaudíveis, que eles podem ouvir tão alto como ouvem agora e sem incomodarem ninguém.
Ah, o Silêncio!
Sabem o que é?
É um som que os teenagers ouvem e os mais velhos não.
Parece que já foi utilizado nas lojas de luxo para espantar a malta:
-Ó mãe,que barulho horrível!
-O quê, filho,não ouço nada!
- Horrível! Insuportável!
- O quê, filho?A menina ouve alguma coisa? Não? Vês?! Podias ter inventado uma desculpa melhor para ires comer um gelado ali fora...
Agora é ao contrário.O anúncio aqui acima oferece toques para telemóvel. Para tocarem nas aulas e em todo o lado, claro!
Espero que um dia inventem músicas inaudíveis, que eles podem ouvir tão alto como ouvem agora e sem incomodarem ninguém.
Ah, o Silêncio!
domingo, junho 22, 2008
Ignorância: o princípio e a continuação
Tenho constatado que os jovens ignorantes e pouco inteligentes são geralmente mais felizes que os outros: não têm a noção do perigo, da responsabiliodade nem de nada. Só não são muito felizes quando têm inveja, o que é relativamente raro.
Tenho constatado que as pessoas de meia idade ignorantes e pouco inteligentes são geralmente muito tristes: não conseguem entender uma relação de causa a efeito, parece-lhes que tudo no mundo e na vida é aleatório e fruto do acaso.
Dizem, por exemplo, que antigamente estava calor no Verão e frio no Inverno e que agora é ao contrário porque o tempo mudou: o raciocínio necessário para entender este arrazoado é bem mais complexo do que aquele que elas fazem: é preciso entender que estas pessoas são as vítimas privilegiadas da televisão: da informação transmitida oralmente, rapidamente, em síntese e sem detalhes. São vítimas do alarmismo de certo tipo de programas, pois vêm muita televisão e não lêem jornais nem livros.
Nada lhes parece obedecer a regras gerais ou ser explicado cientificamente, pois elas não entendem coisa alguma... sendoassim,tudo é imprevisível.
Uma dessas pessoas,que conheço bem, tem uma frase que resume tudo:"Eu já nem me espanto se vir uma vaca a voar. Conhecem maior desorientação?
Tenho constatado que as pessoas de meia idade ignorantes e pouco inteligentes são geralmente muito tristes: não conseguem entender uma relação de causa a efeito, parece-lhes que tudo no mundo e na vida é aleatório e fruto do acaso.
Dizem, por exemplo, que antigamente estava calor no Verão e frio no Inverno e que agora é ao contrário porque o tempo mudou: o raciocínio necessário para entender este arrazoado é bem mais complexo do que aquele que elas fazem: é preciso entender que estas pessoas são as vítimas privilegiadas da televisão: da informação transmitida oralmente, rapidamente, em síntese e sem detalhes. São vítimas do alarmismo de certo tipo de programas, pois vêm muita televisão e não lêem jornais nem livros.
Nada lhes parece obedecer a regras gerais ou ser explicado cientificamente, pois elas não entendem coisa alguma... sendoassim,tudo é imprevisível.
Uma dessas pessoas,que conheço bem, tem uma frase que resume tudo:"Eu já nem me espanto se vir uma vaca a voar. Conhecem maior desorientação?
quinta-feira, junho 19, 2008
Novo 'ferry-boat' liga Portimão ao Funchal
Atualização deste post, feita em 29 Janeiro de 2012:
Como se vê AQUI (clicar por cima), o ferry deixou de existir por esta data.
Atualização em Setembro 3013
Mantenho, abaixo, o post existente anteriormente, feito em 19 / 6/ 2008 e que teve muitos visitantes.
Novo 'ferry-boat' liga Portimão ao Funchal
Ver também aqui, no sítio do armador
Aqui está uma notícia maravilhosa para quem gosta de navegar e não menos importante para quem não se interessa por isso.
Será agora possível viajar de ferry, ou numa poltrona ou num camarote com cama, até às Canárias ou até à Ilha da Madeira ou aos dois sítios, por um preço muito acessível.
Temos um mar imenso mas não o temos usado...
P.S.: A Maria mandou-me mais este link
http://farinha-ferry.blogspot.com/2008/06/barco-vapor.html
Como se vê AQUI (clicar por cima), o ferry deixou de existir por esta data.
Atualização em Setembro 3013
Burocracia impediu regresso do Armas
Mantenho, abaixo, o post existente anteriormente, feito em 19 / 6/ 2008 e que teve muitos visitantes.
Novo 'ferry-boat' liga Portimão ao Funchal
Ver também aqui, no sítio do armador
Aqui está uma notícia maravilhosa para quem gosta de navegar e não menos importante para quem não se interessa por isso.
Será agora possível viajar de ferry, ou numa poltrona ou num camarote com cama, até às Canárias ou até à Ilha da Madeira ou aos dois sítios, por um preço muito acessível.
Temos um mar imenso mas não o temos usado...
P.S.: A Maria mandou-me mais este link
http://farinha-ferry.blogspot.com/2008/06/barco-vapor.html
segunda-feira, junho 16, 2008
Santo António de Lisboa (Continuação e Fim)
Mais pormenores da procissão do Santo António de Lisboa, ao passar na zona da Graça-Castelo. É curiosa aquela imagem à janela, onde normalmente se colocam colchas para enfeitar, aqui e em todo o país. Não parece ser uma colcha, mas é uma imagem "naive" e as suas possuidoras estavam visivelmente orgulhosas dela, embora isso não se veja nesta foto. Gostava que elas a vissem aqui...
domingo, junho 15, 2008
Santo António de Lisboa (Continuação)
sábado, junho 14, 2008
Santo António de Lisboa (Continuação)
sexta-feira, junho 13, 2008
Santo António de Lisboa
Interior da capela de Santo António de Lisboa.
Existe a tradição / superstição de esfregar objectos e flores no quadro que representa o santo.
Antigamente toda a gente podia fazer isso, esfregavam-se peças de roupa, sacos de plástico com coisas dentro...
Agora tem de se pedir a uma daquelas pessoas e são sobretudo flores e papéis: documentos, fotografias, etc.
(A continuar)
quarta-feira, junho 11, 2008
CENSURA NO FUTEBOL
Como não me interesso muito por futebol e como gosto de ver canais estrangeiros, foi para isso que pedi a TV Cabo, ou melhor, a Smart TV, apeteceu-me ver um relato do Potugal-Qualquer coisa na RAI UNO.
Qual não é o meu espanto ao ver que me cortam a RAI UNO sempre que há futebol do Euro (em Italiano "Calcio" (lê-se Caltchió).
Experimentem ver outros canais e verão que não conseguem. Somos obrigados a ver a TVI.
CENSURA!!!!!!!!!
Enfim, estamos na cauda de todos os bichos de cauda, mas continuamos nos cornos de todos os bichos do futebol.
Pelo menos nisso, somos parecidos com o Brasil, nosso filho, nosso irmão, nosso companheiro de infortúnio.
Qual não é o meu espanto ao ver que me cortam a RAI UNO sempre que há futebol do Euro (em Italiano "Calcio" (lê-se Caltchió).
Experimentem ver outros canais e verão que não conseguem. Somos obrigados a ver a TVI.
CENSURA!!!!!!!!!
Enfim, estamos na cauda de todos os bichos de cauda, mas continuamos nos cornos de todos os bichos do futebol.
Pelo menos nisso, somos parecidos com o Brasil, nosso filho, nosso irmão, nosso companheiro de infortúnio.
domingo, junho 08, 2008
Para a minha irmã
quarta-feira, junho 04, 2008
Free Rice
Falaram-me deste site que é muito giro.
Adivinhamos, ou sabemos, o significado em inglês de uma palavra inglesa. Por cada palavra certa ganhamos 20 grãos de arroz, que o site dá à ONU para quem precisar.
100 grãos já dão para uma refeição, sobretudo se for em vez de nada. E aprende-se inglês, o que dá jeito.
http://www.freerice.com/
P.S.: Free Rice quer dizer arroz grátis (ou livre, pois a palavra free quer dizer grátis ou livre)
Adivinhamos, ou sabemos, o significado em inglês de uma palavra inglesa. Por cada palavra certa ganhamos 20 grãos de arroz, que o site dá à ONU para quem precisar.
100 grãos já dão para uma refeição, sobretudo se for em vez de nada. E aprende-se inglês, o que dá jeito.
http://www.freerice.com/
P.S.: Free Rice quer dizer arroz grátis (ou livre, pois a palavra free quer dizer grátis ou livre)
segunda-feira, junho 02, 2008
Lisboa: cidade da tolerância
Este é um dos monumentos de Lisboa para recordar a intolerância passada e promover a tolerância futura.
sexta-feira, maio 30, 2008
Astromérias
quarta-feira, maio 28, 2008
Ajudar a mudar o mundo
Só vou desistir desta ideia quando a Birmânia for um país livre e quando Aung San Suu Kyi (uma mulher que foi democraticamente eleita e que ganhou o prémio Nobel da Paz) estiver em liberdade.
O que se tem passado neste país, antes e depois do ciclone que o devastou, é uma vergonha para a humanidade, vergonha maior se não nós fizermos mesmo nada.
Vários artistas ingleses e norte-americanos, a começar pelo comediante Will Ferrel, estão agora a dar a cara por esta luta, por exemplo em vídeos que estão no seguinte endereço (em inglês sem tradução):
Também se pode dar dinheiro. Talvez não para as vítimas do ciclone, dado que os militares no poder estão a ficar com esse dinheiro para eles, mas para se continuar com esta luta ao nível planetário.
É caso para dizer: ou vai ou racha!
A Despropósito
Toda a gente diz, mas exactamente toda a gente diz, que nunca votará neste governo, neste partido.
Alguns acrescentam o pormenor de que votaram nele, mas que estão muitíssimo arrependidos e /ou: nunca mais votam na vida em partido nenhum, ou nunca mais votam na vida neste partido.
Logo a seguir, todos acrescentam:
Mas eles vão ganhar outra vez, talvez com a maioria absoluta!
Então, o que quer dizer isto? Vão ganhar sem ninguém votar neles?!
Confesso que estas ideias, ainda que óbvias, não me ocorreram a mim.
Foi-me exposta esta ideia e de facto, não posso deixar de concordar, no todo e em parte.
Alguns acrescentam o pormenor de que votaram nele, mas que estão muitíssimo arrependidos e /ou: nunca mais votam na vida em partido nenhum, ou nunca mais votam na vida neste partido.
Logo a seguir, todos acrescentam:
Mas eles vão ganhar outra vez, talvez com a maioria absoluta!
Então, o que quer dizer isto? Vão ganhar sem ninguém votar neles?!
Confesso que estas ideias, ainda que óbvias, não me ocorreram a mim.
Foi-me exposta esta ideia e de facto, não posso deixar de concordar, no todo e em parte.
segunda-feira, maio 26, 2008
Nem façarei
São proverbiais as gaffes de Cavaco Silva, nomeadamente no que diz respeito à língua e literatura portuguesas e esta é mais uma:
"Não o fiz, não faço, nem façarei."
Em caso de dúvida ver aqui
Ver também gaffe com Lusíadas, neste blogue, AQUI
Hoje, em novembro de 2013, encontrei este vídeo. Tem esta e outras frases, como uma que inclui a palavra cidadões.
"Não o fiz, não faço, nem façarei."
Em caso de dúvida ver aqui
Ver também gaffe com Lusíadas, neste blogue, AQUI
Hoje, em novembro de 2013, encontrei este vídeo. Tem esta e outras frases, como uma que inclui a palavra cidadões.
Compromissos sem compromisso
Um defeito terrrível da sociedade portuguesa, que se tem acentuado muito nos últimos anos é a tendência crescente para as pessoas se comprometerem sem terem nenhuma intenção de cumprir. É uma espécie de anarquia sem anarquismo, pelo contrário, numa sociedade muito ordeira.
É claro que existe sempre a desculpa das doenças, mas como explicar que os médicos sejam os primeiros a queixarem-se disto? Não vão ao médico porque estão doentes?O governo está a pensar obrigar as pessoas a pagarem parte da consulta quando faltam, e, por uma vez, acho muito bem. Acho até que deveriam pagar a totalidade....
É claro que existe sempre a desculpa das doenças, mas como explicar que os médicos sejam os primeiros a queixarem-se disto? Não vão ao médico porque estão doentes?O governo está a pensar obrigar as pessoas a pagarem parte da consulta quando faltam, e, por uma vez, acho muito bem. Acho até que deveriam pagar a totalidade....
domingo, maio 25, 2008
Mestre Osho
Como vos contei há cinco dias, de repente descobri o Mestre Osho, ou mais exactamente, o seu retiro espiritual da Índia. Disse-me posteriormente a mesma amiga o que pensava que eu já soubesse: que Mestre Osho já tinha morido e que talvez o tal sítio de retiro não fosse tão bom como foi. Não duvido: há sempre os supostos "herdeiros", que estão longe da ideia inicial e que procuram um certo proveito.
Mas, de repente, ao percorrer indolentemente os saldos de uma livraria, que vejo? Livros de Osho.
Comprei um, relativamente pequeno, chamado "A Alegria".
Que diz coisas extraordinárias e óbvias, como sempre neste tipo de reflexão.
Todos nós fomos muito felizes na infância, incluindo os que se queixam de terem vivido miseravelmente nessa época. Porque nessa época éramos capazes de êxtase e de uma alegria simples e sem motivo.
Diz ele que ainda somos capazes de tudo isso, se quisermos. Que o êxtase é muito mais importante do que a felicidade, porque consiste em viver o momento. Que os animais e as árvores são felizes. Só nós é que não o somos naturalmente.
O que mais me agrada no seu pensamento é isto: os pássaros e os outros seres não precisam de governos nem de governantes. E nós também não.
Que nas eleições escolhemos livremente entre dois dos nossos inimigos: no nosso caso, entre o nosso inimigo do PS e o nosso inimigo do PSD, sabendo que nenhum deles nos vai resolver problema nenhum, antes pelo contrário.
Isto é verdade, vocês não acham?
Mas, de repente, ao percorrer indolentemente os saldos de uma livraria, que vejo? Livros de Osho.
Comprei um, relativamente pequeno, chamado "A Alegria".
Que diz coisas extraordinárias e óbvias, como sempre neste tipo de reflexão.
Todos nós fomos muito felizes na infância, incluindo os que se queixam de terem vivido miseravelmente nessa época. Porque nessa época éramos capazes de êxtase e de uma alegria simples e sem motivo.
Diz ele que ainda somos capazes de tudo isso, se quisermos. Que o êxtase é muito mais importante do que a felicidade, porque consiste em viver o momento. Que os animais e as árvores são felizes. Só nós é que não o somos naturalmente.
O que mais me agrada no seu pensamento é isto: os pássaros e os outros seres não precisam de governos nem de governantes. E nós também não.
Que nas eleições escolhemos livremente entre dois dos nossos inimigos: no nosso caso, entre o nosso inimigo do PS e o nosso inimigo do PSD, sabendo que nenhum deles nos vai resolver problema nenhum, antes pelo contrário.
Isto é verdade, vocês não acham?
sábado, maio 24, 2008
Ver ou não ver
Curiosamente fui ontem ver um filme do género de "O Segredo", mas anterior, e ouvir falar sobre ele.
No último post, pergunto quantas coisas não deixaremos de ver por termos medo de ver - parecia que o filme respondia a esta pergunta.
É difícil fixar os pormenores, mas dizia que nós vemos 400 coisas e o cérebro só consegue processar 200 e não vemos aquilo que não estamos habituados a ver. Dava um exemplo: dizia que, quando Colombo chegou às costas americanas, os índios não conseguiam ver as caravelas porque não estavam preparados para as ver. Então, o xaman começou por notar que havia algo diferente na água, começou depois a ver as caravelas e convenceu os outros a verem-nas, o que aconteceu porque os outros acreditavam nele.
É claro que os fundamentos para estas afirmações são todos muito pouco claros, mas, como dizem os italianos:
Se não é verdade está bem apanhado (encontrado) ou
"Si non è vero è bene trovato" gosto desta frase, por não se preocupar nada com a verdade, mas sim com uma boa história, o que é quase sempre incompatível com a verdade.
Outro ditado popular italiano giro "O hóspede ao fim de três dias cheira mal" ("puzza") não vem a propósito, mas é interessante.
No último post, pergunto quantas coisas não deixaremos de ver por termos medo de ver - parecia que o filme respondia a esta pergunta.
É difícil fixar os pormenores, mas dizia que nós vemos 400 coisas e o cérebro só consegue processar 200 e não vemos aquilo que não estamos habituados a ver. Dava um exemplo: dizia que, quando Colombo chegou às costas americanas, os índios não conseguiam ver as caravelas porque não estavam preparados para as ver. Então, o xaman começou por notar que havia algo diferente na água, começou depois a ver as caravelas e convenceu os outros a verem-nas, o que aconteceu porque os outros acreditavam nele.
É claro que os fundamentos para estas afirmações são todos muito pouco claros, mas, como dizem os italianos:
Se não é verdade está bem apanhado (encontrado) ou
"Si non è vero è bene trovato" gosto desta frase, por não se preocupar nada com a verdade, mas sim com uma boa história, o que é quase sempre incompatível com a verdade.
Outro ditado popular italiano giro "O hóspede ao fim de três dias cheira mal" ("puzza") não vem a propósito, mas é interessante.
sexta-feira, maio 23, 2008
Medo de ver II
Há um ou doi anos escrevi aqui o texto Medo de Ver - I . esqueci-me de continuar, mas vai agora. Um dia andei a vaguear por perto do palácio de Belém (residência oficial do presidente da República Português). Qual não é o meu espanto ao notar que a bandeira hasteada no palácio não era vermelha e verde, mas sim toda verde!
Abanei a cabeça com força, esfreguei os olhos, mas lá estava: tudo verde, com excepção da esfera armilar, que era igual à outra. estava uma pessoa sentada num banco de jardim a olhar para lá e eu chamei-lhe a atenção para isso. Resposta imediata: - Não, essa bandeira é igual às outras, aliás tem de ser porque é o palácio de... Insisti, pedi-lhe que olhasse melhor. Por fim lá concordou que a bandeira era diferente (mas era só nesse dia, porque estava ali nodosos dias e nos outros dias era igual).
Eu convivia muito nessa altura com pessoas que passavam por lá todos os dias e que tinham o hábito de olhar sempre para a bandeira, pelo seguinte: se a bandeira estiver hasteada isso significa que o Presidente está presente, se estiver ausente, também o Pesidente está ausente. São pessoas rotineiras, que todos os dias, ao passar, diziam, com voz monocórdica:- Hoje o presidente está! - hoje o presidente não está. Várias pessoas. Quando lhes falei no assunto, disseram logo: - Não, a bandeira é igual às outras, aliás tem de ser porque é o palácio de...
Pela lógica ear igual às outras, portanto, ninguém tinha reparado que era diferente. Mais tarde, durante uma campanha presidencial, deram a explicação para isso, que era só assim: a bandeira da Presidência é diferente das outras. Ponto.
Por essa altura, as pessoas fizeram excursões para verem como a bandeira da Presidência era diferente das outras. Porque, embora a falta de lógica continuasse a ser a mesma, a declaração legitimou a visão e todos puderam ver. Quantas coisas como esta não serão vistas?
O que vemos ou não vemos porque está de acordo ou em desacordo com a nossa lógica particular?
Abanei a cabeça com força, esfreguei os olhos, mas lá estava: tudo verde, com excepção da esfera armilar, que era igual à outra. estava uma pessoa sentada num banco de jardim a olhar para lá e eu chamei-lhe a atenção para isso. Resposta imediata: - Não, essa bandeira é igual às outras, aliás tem de ser porque é o palácio de... Insisti, pedi-lhe que olhasse melhor. Por fim lá concordou que a bandeira era diferente (mas era só nesse dia, porque estava ali nodosos dias e nos outros dias era igual).
Eu convivia muito nessa altura com pessoas que passavam por lá todos os dias e que tinham o hábito de olhar sempre para a bandeira, pelo seguinte: se a bandeira estiver hasteada isso significa que o Presidente está presente, se estiver ausente, também o Pesidente está ausente. São pessoas rotineiras, que todos os dias, ao passar, diziam, com voz monocórdica:- Hoje o presidente está! - hoje o presidente não está. Várias pessoas. Quando lhes falei no assunto, disseram logo: - Não, a bandeira é igual às outras, aliás tem de ser porque é o palácio de...
Pela lógica ear igual às outras, portanto, ninguém tinha reparado que era diferente. Mais tarde, durante uma campanha presidencial, deram a explicação para isso, que era só assim: a bandeira da Presidência é diferente das outras. Ponto.
Por essa altura, as pessoas fizeram excursões para verem como a bandeira da Presidência era diferente das outras. Porque, embora a falta de lógica continuasse a ser a mesma, a declaração legitimou a visão e todos puderam ver. Quantas coisas como esta não serão vistas?
O que vemos ou não vemos porque está de acordo ou em desacordo com a nossa lógica particular?
Ver Aqui a Parte I em 18 de Setembro de 2006
quinta-feira, maio 22, 2008
Corrida da Mulher 5km edp
Recebi este mail:
Corrida da Mulher 5km edp 25 de Maio 11h Lisboa
Em Casablanca participaram 10.000 mulheres; Em Madrid 14.000. Em Lisboa, a 25 de Maio, vamos bater o recorde: 15.000 participantes na maior corrida contra o cancro da mama. Participe!
Inscrições nas Agências BANIF.
Mais informações em http://www.corridadamulher.com/
O ano passado participei e coloquei aqui fotografias em Junho
http://terraimunda.blogspot.com/2007_06_01_archive.html
Corrida da Mulher 5km edp 25 de Maio 11h Lisboa
Em Casablanca participaram 10.000 mulheres; Em Madrid 14.000. Em Lisboa, a 25 de Maio, vamos bater o recorde: 15.000 participantes na maior corrida contra o cancro da mama. Participe!
Inscrições nas Agências BANIF.
Mais informações em http://www.corridadamulher.com/
O ano passado participei e coloquei aqui fotografias em Junho
http://terraimunda.blogspot.com/2007_06_01_archive.html
O vinho faz bem
Deixei cair um copo de vinho Casal Garcia branco, fresco, em cima do telemóvel. A minha primeira preocupação foi metê-lo debaixo da torneira para lhe tirar o cheiro, o que talvez nem tenha sido uma boa ideia.
Resultado: está com um toque esquisitíssimo, a que faltam algumas notas, mas muito alto e ouve-se muiro melhor o que eu digo e o que me dizem. Parece que está toda a gente a falar muito alto, quando antes falavam baixo demais.
Enfim, o telemóvel está com todos os sintomas de desinibição... e de desafinação, mas melhorou.
Resultado: está com um toque esquisitíssimo, a que faltam algumas notas, mas muito alto e ouve-se muiro melhor o que eu digo e o que me dizem. Parece que está toda a gente a falar muito alto, quando antes falavam baixo demais.
Enfim, o telemóvel está com todos os sintomas de desinibição... e de desafinação, mas melhorou.
quarta-feira, maio 21, 2008
Mestre Osho (Meste Zen)
Primeiro vi na net. Nessa noite nem dormi.
Depois perguntei a uma amiga portuguesa de "etnia" enfim, de características físicas (como se diz isto?) de origem indiana:
- Conheces Bombaim?
- Conheço. Estive lá no mês passado.
- É giro?
- Não.
- Não é giro?
- Não.
- Não é mesmo nada giro?
- Não! Não!!! Ouviste?!
- Mas a mim não me interessa Bombaim - Disse eu, o que soou estranho, até aos meus ouvidos.
- Não?
- Não.
- Então o que te interessa?
- Bem, quero dizer, interessa-me, talvez me interesse, um lugar perto de Bombaim, perto não, mas não muito longe de Bombaim...
- Qual?
- Um retiro espiritual, quero dizer, um resort turístico, ou melhor, quero dizer, bem... - Fiquei tão baralhada, como havia eu de me explicar, de me sair desta?
- Referes-te a Puna?
- Ah, conheces? Já ouviste falar, é que há lá, quero dizer, ou melhor, um guru, não , não é guru, acho que é um mestre, não, não é um mestre, quero dizer...
- Ah, o Mestre Osho!
- Já ouviste falar do mestre Osho??!!
Enfim, imaginem vocês o resto da conversa...
É um retiro espiritual na Índia, com um grande mestre, chamado Osho. Mas é um resort de luxo. Bem, muitos ocidentais vão à Índia e ao Tibete à procura de muita coisa, mas muitos não aguentam muito bem as condições de... higiene, conforto, etc...
Para quem só se quer divertir, tem um "tarô online" de acordo com a filosofia Zen e com o Mestre.
Bem, acho que tenho saudades de Puna e do Mestre Osho...
terça-feira, maio 20, 2008
Formigas
Como eu sou meia budista, enfim, não praticante...
Mas também não pratico outras coisas, desde antes de ter ouvido falar do Budismo: não gosto de matar bicho nenhum.
A senhora que faz as limpezas na minha casa tem um método muito bom, e creio que pouco conhecido, para correr com as formigas sem as matar.
É assim: deita-se vinagre no sítio onde elas andam. Só um bocadinho. Se cai em cima de alguma ela parece que morre logo, embora elas não se afoguem em água: às vezes fazem carreirinhos debaixo de água como se nada fosse. Não me perguntem porquê, só sei que já vi. Mas não creio que morram com o vinagre, pois não ficam vestígios nenhuns. Talvez fiquem só imóveis durante algum tempo.
Mesmo que o vinagre não caia em cima de nenhuma, elas vão-se todas embora. Não sei para onde. Sei que voltam quando houver alguma coisa doce por aí... mas é fazer o mesmo.
A propósito disto, lembrei-me de um ditado popular que também quer dizer que o vinagre repele:
"Não é com vinagre que se apanham moscas"
Isto quer dizer que se queremos que gostem de nós, devemos tratar as pessoas com doçuras. Também quer dizer que o vinagre repele os insectos...
Vem muita gente a este blogue à procura de provérbios.
Mas também não pratico outras coisas, desde antes de ter ouvido falar do Budismo: não gosto de matar bicho nenhum.
A senhora que faz as limpezas na minha casa tem um método muito bom, e creio que pouco conhecido, para correr com as formigas sem as matar.
É assim: deita-se vinagre no sítio onde elas andam. Só um bocadinho. Se cai em cima de alguma ela parece que morre logo, embora elas não se afoguem em água: às vezes fazem carreirinhos debaixo de água como se nada fosse. Não me perguntem porquê, só sei que já vi. Mas não creio que morram com o vinagre, pois não ficam vestígios nenhuns. Talvez fiquem só imóveis durante algum tempo.
Mesmo que o vinagre não caia em cima de nenhuma, elas vão-se todas embora. Não sei para onde. Sei que voltam quando houver alguma coisa doce por aí... mas é fazer o mesmo.
A propósito disto, lembrei-me de um ditado popular que também quer dizer que o vinagre repele:
"Não é com vinagre que se apanham moscas"
Isto quer dizer que se queremos que gostem de nós, devemos tratar as pessoas com doçuras. Também quer dizer que o vinagre repele os insectos...
Vem muita gente a este blogue à procura de provérbios.
segunda-feira, maio 19, 2008
Imaginália
Parece que só em Junho é que o livro estará nas livrarias.
O lançamento foi, afinal, um pré-lançamento... eu não disse isso porque não sabia.
O lançamento foi, afinal, um pré-lançamento... eu não disse isso porque não sabia.
sexta-feira, maio 16, 2008
Racismo nos textos oficiais do Ensino Básico
É sabido que Portugal tem poucos dramaturgos e que esses poucos nem são grande coisa... Também é verdade que não tem feito nada para melhorar a situação... esta e outras do género. Vem isto a propósito de que é difícil encontrar peças de teatro portuguesas para cumprir os programas escolares e dar uma por ano. Este é outro problema do qual não se fala, como não se fala de coisa nenhuma, nesta terra.
Parece-me muito grave a seguinte situação: A peça que se dá no oitavo ano é "Falar Verdade a Mentir", de Almeida Garrett, muito pequena e que também não vale grande coisa, ao contrário de outras obras do autor. Na Cena III está escrita esta frase: "Uma senhora brasileira – marquesa, que é o menos que lá há; a marquesa de Paraguaçu. Engenhos de açúcar a moer, trezentos e seis; pretos... entre pretos, mulatos, cabras e cabritos, é uma conta que mete medo; sem falar em cajus, bananas, farinha-de-pau, papagaios e periquitos, que isso anda a rodo pela casa ".
Como é que uma declaração tão racista pode constar do programa oficial do ensino básico, com leitura integral? Estará o Ministério da Educação esquecido de que temos muitas pessoas dos Palops e muitos portugueses negros a tentarem integrar-se? Às vezes com grande dificuldade? Como??????????????
Parece-me muito grave a seguinte situação: A peça que se dá no oitavo ano é "Falar Verdade a Mentir", de Almeida Garrett, muito pequena e que também não vale grande coisa, ao contrário de outras obras do autor. Na Cena III está escrita esta frase: "Uma senhora brasileira – marquesa, que é o menos que lá há; a marquesa de Paraguaçu. Engenhos de açúcar a moer, trezentos e seis; pretos... entre pretos, mulatos, cabras e cabritos, é uma conta que mete medo; sem falar em cajus, bananas, farinha-de-pau, papagaios e periquitos, que isso anda a rodo pela casa ".
Como é que uma declaração tão racista pode constar do programa oficial do ensino básico, com leitura integral? Estará o Ministério da Educação esquecido de que temos muitas pessoas dos Palops e muitos portugueses negros a tentarem integrar-se? Às vezes com grande dificuldade? Como??????????????
quinta-feira, maio 15, 2008
Estará na hora de mudar o hino e a bandeira?
Não posso deixar de fazer esta pergunta: pelos pontapés nos dois, aqui claramente evidenciados, não estará na hora de mudar o hino e a bandeira nacionais?
É que eu confesso que nunca me senti muito motivada por aquela parte do hino: "Contra os canhões marchar! Marchar!"
Até porque, com os mísseis e as bombas atómicas, fica algo obsoleto marchar contra canhões, já nem há canhões...
Ou, mais exactamente, citando a mocinha: "Pelapatrialotar contre aos canhois marcar marcar!"
Por mim, tudo bem...
Mas se, como me garantiram, aquela classificação foi dada por um professor... é verdade que a mocinha não escreve bem, mas também é verdade que não é a única a cortar um bocado à bandeira de Portugal, se calhar só a conhece assim, ao contrário e esfarrapada...
E depois, quem é que quer "marcar marcar contre aos canhois"? Ou até mesmo "Pelapatrialotar", agora que devemos lutar pela Europa e não pela Pátria? Convenhamos que a mocinha sabe a música, caso contrário não teria fixado esta lengalenga, que manifestamente não entende. Mas alguém entende?
quarta-feira, maio 14, 2008
Não esquecer Burma Birmânia Mianmar
Recebo emails da campanha inglesa a favor da Birmânia. Você também pode receber, tem aqui o contacto.
A mais recente informação é a seguinte:
A 17 de Maio de 2008 gente em todo o mundo unir-se-á num Dia Global de Acção exigindo uma resposta urgente ao desastre humanitário da Birmânia. Para pedir aos governantes do mundo que actuem agora e salvem milhares de vidas. - Tradução minha.
Será que em Portugal se vai fazer isto?
Foi previsto um outro ciclone para o mesmo sítio, mas, com sorte, a previsão pode estar errada.
Digo com sorte, porque os militares não vão fazer nada para minimizar os riscos.
Que gente!
Abaixo o poder!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A mais recente informação é a seguinte:
A 17 de Maio de 2008 gente em todo o mundo unir-se-á num Dia Global de Acção exigindo uma resposta urgente ao desastre humanitário da Birmânia. Para pedir aos governantes do mundo que actuem agora e salvem milhares de vidas. - Tradução minha.
Será que em Portugal se vai fazer isto?
Foi previsto um outro ciclone para o mesmo sítio, mas, com sorte, a previsão pode estar errada.
Digo com sorte, porque os militares não vão fazer nada para minimizar os riscos.
Que gente!
Abaixo o poder!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Constitucionalistas dizem que José Sócrates violou Lei do Tabaco
"Constitucionalistas dizem que José Sócrates violou Lei do Tabaco." *
Estranho, não é?
Não é preciso ser constitucionalista para perceber que é fácil fazer leis para os outros cumprirem.
E que é mais fácil viajar num voo especial fretado do que num regular.
Eu nem acho mal que não se possa fumar.
O que é chato é ter um governante que faz o que lhe apetece e nem cumpre as leis que inventa.
Terá a intenção de ficar no poder para sempre?
*(Notícia do jornal O Público")
Ver aqui
Estranho, não é?
Não é preciso ser constitucionalista para perceber que é fácil fazer leis para os outros cumprirem.
E que é mais fácil viajar num voo especial fretado do que num regular.
Eu nem acho mal que não se possa fumar.
O que é chato é ter um governante que faz o que lhe apetece e nem cumpre as leis que inventa.
Terá a intenção de ficar no poder para sempre?
*(Notícia do jornal O Público")
Ver aqui
Birmânia - Burma - Myanmar
Ainda a respeito da Birmânia, os generais recusam o auxílio das Nações Unidas, enquanto o povo atingido pelo ciclone morre de fome, de doenças e de ferimentos.
A China é a única a apoiá-los no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O que podemos nós fazer?
Escrever às autoridades chinesas pressionando-as com milhões de emails para que mudem de atitude.
Até porque a China aceitou ajuda internacional agora, a propósito do terramoto no seu território.
É só escrever o nome e o email neste sítio e enviar.
http://www.burmacampaign.org.uk/china_cycloneaction.html
É uma campanha feita por ingleses a favor da Birmânia - Burma em inglês.
A China é a única a apoiá-los no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O que podemos nós fazer?
Escrever às autoridades chinesas pressionando-as com milhões de emails para que mudem de atitude.
Até porque a China aceitou ajuda internacional agora, a propósito do terramoto no seu território.
É só escrever o nome e o email neste sítio e enviar.
http://www.burmacampaign.org.uk/china_cycloneaction.html
É uma campanha feita por ingleses a favor da Birmânia - Burma em inglês.
domingo, maio 11, 2008
Birmânia, outra vez
Já aqui tinha falado dos problemas políticos do Myanmar ou Birmânia, em que houve há uns meses uma revolta de monges (terá provavelmente influenciado a do tibete). A mulher que ganhou as últimas eleições, Aung San Suu Kyi, está em prisão domiciliária.
Agora houve um ciclone com milhares de mortos e desalojados e a junta militar tem impedido o auxílio humanitário da Onu, bem como tem impedido os jornalistas de darem cobertura ao acontecimento.
Podemos ajudar de várias maneiras a lutar pela democracia no país, a pedir aos governos que contribuam ou a dar dinheiro. Mas está tudo escrito em inglês.
http://www.burmacampaign.org.uk/index.php
"Por favor, use a sua liberdade para promover a nossa" ("Please use your liberty to promote ours") Aung San Suu Kyi
Agora houve um ciclone com milhares de mortos e desalojados e a junta militar tem impedido o auxílio humanitário da Onu, bem como tem impedido os jornalistas de darem cobertura ao acontecimento.
Podemos ajudar de várias maneiras a lutar pela democracia no país, a pedir aos governos que contribuam ou a dar dinheiro. Mas está tudo escrito em inglês.
http://www.burmacampaign.org.uk/index.php
"Por favor, use a sua liberdade para promover a nossa" ("Please use your liberty to promote ours") Aung San Suu Kyi
quarta-feira, maio 07, 2008
Agradeço ao blogue Incomunidade (ver favoritos ou clicar aqui)
E ao meu amigo A. M. a divulgação que está a fazer do meu livro.
E ao meu amigo A. M. a divulgação que está a fazer do meu livro.
terça-feira, maio 06, 2008
Convite aos visitantes deste blogue
Anúncios do Google
É muito giro em termos gráficos e informáticos o anúncio que aqui aparece de Toshiba para Mulheres. Apareceu a propósito da corrida para mulheres, do post anterior. Experimentem clicar naquele computador aberto com muitas coisas dentro e aparece três beija-flor que seguem o nosso rato. E há mais...
segunda-feira, maio 05, 2008
Corrida Sempre Mulher 2008
Fui à Corrida Sempre Mulher 2008. Não é tão fácil como parecia, pois corre-se ou caminha-se na areia, o que é difícil. Para lá chegar anda-se talvez um três kilómetros e outros tantos de regresso. Foi muito fácil quando era na Expo.
Felizmente para mim e infelizmente para a maioria das pessoas, começou a chuviscar. Pude desfrutar um almoço num restaurante quase vazio, com vista para o mar, sem corpos estendidos nem toalhas nem nada, como gosto. A comida não prestava para nada, mas não se pode ter tudo.
Ainda este mês ou talvez em Junho haverá a Corrida A Mulher e a Vida, muito melhor do que esta, aqui em Lisboa. O dinheiro também reverte para o cancro da mama. Embora alguns homens sofram desta doença, são tão poucos, que estas corridas se destinam às mulheres.
Esta teve discursos antes de começar, o que foi uma seca.
Felizmente para mim e infelizmente para a maioria das pessoas, começou a chuviscar. Pude desfrutar um almoço num restaurante quase vazio, com vista para o mar, sem corpos estendidos nem toalhas nem nada, como gosto. A comida não prestava para nada, mas não se pode ter tudo.
Ainda este mês ou talvez em Junho haverá a Corrida A Mulher e a Vida, muito melhor do que esta, aqui em Lisboa. O dinheiro também reverte para o cancro da mama. Embora alguns homens sofram desta doença, são tão poucos, que estas corridas se destinam às mulheres.
Esta teve discursos antes de começar, o que foi uma seca.
sábado, maio 03, 2008
Good News
Boas notícias. Hilariantes.
Amanhã, 4 de Maio, a partir das 14 na Expo, ao pé de um balão que está no ar, vai haver uma sessão de riso, do Yoga do riso.
A ideia é que rir faz bem à saúde, à mente, ao espírito e o objectivo é a paz universal. Se nos rirmos todos juntos pelo mesmo motivo ou pelo mesmo sem-motivo, estamos em paz.
Foram criados clubes do riso. Dizem também que rir 10 minutos sem parar equivale a andar 2 horas na passadeira. Ainda não experimentei, mas já dei umas boas gargalhadas numa palestra que ouvi. Sem motivo.
VER AQUI http://www.clubedoriso.com/
OU AQUI http://www.embaixadadoriso.com/
Amanhã é o dia mundial do riso, só por acaso é o dia da mulher. Este ano tudo coincide: 1 de Maio e dia da Espiga, dia da mãe e de várias coisas, etc.
por mim, vou correr para Carcavelos, na corrida Sempre Mulher. è muito curta, mas é uma boa maneira de começar com as corridas. Daqui até ao Inverno, há muitas.
Amanhã, 4 de Maio, a partir das 14 na Expo, ao pé de um balão que está no ar, vai haver uma sessão de riso, do Yoga do riso.
A ideia é que rir faz bem à saúde, à mente, ao espírito e o objectivo é a paz universal. Se nos rirmos todos juntos pelo mesmo motivo ou pelo mesmo sem-motivo, estamos em paz.
Foram criados clubes do riso. Dizem também que rir 10 minutos sem parar equivale a andar 2 horas na passadeira. Ainda não experimentei, mas já dei umas boas gargalhadas numa palestra que ouvi. Sem motivo.
VER AQUI http://www.clubedoriso.com/
OU AQUI http://www.embaixadadoriso.com/
Amanhã é o dia mundial do riso, só por acaso é o dia da mulher. Este ano tudo coincide: 1 de Maio e dia da Espiga, dia da mãe e de várias coisas, etc.
por mim, vou correr para Carcavelos, na corrida Sempre Mulher. è muito curta, mas é uma boa maneira de começar com as corridas. Daqui até ao Inverno, há muitas.
Porto de Lisboa
Até me custa a acreditar nisto.
Leio num artigo de Miguel Sousa Tavares, no Expresso, que o Governo vai transformar a parte nobre e bela do Porto de Lisboa num estendal de contentores, para benefício da empresa que tem o exclusivo do armazenamento e transporte dos mesmos.
Será possível?
Retiraram deste lado do rio o porto de pesca, para grande tristeza dos pescadores, para ficarem só com barcos de luxo e de recreio. Agora vão substituir os barcos de luxo por contentores.
Este governo socialista só se preocupa com as empresas privadas...
E com obras que envolvam muito dinheiro. Para servir a quem? Quem é que está a ganhar com isto. Adivinhem.
Então nós não temos pouco dinheiro?
Leio num artigo de Miguel Sousa Tavares, no Expresso, que o Governo vai transformar a parte nobre e bela do Porto de Lisboa num estendal de contentores, para benefício da empresa que tem o exclusivo do armazenamento e transporte dos mesmos.
Será possível?
Retiraram deste lado do rio o porto de pesca, para grande tristeza dos pescadores, para ficarem só com barcos de luxo e de recreio. Agora vão substituir os barcos de luxo por contentores.
Este governo socialista só se preocupa com as empresas privadas...
E com obras que envolvam muito dinheiro. Para servir a quem? Quem é que está a ganhar com isto. Adivinhem.
Então nós não temos pouco dinheiro?
quinta-feira, maio 01, 2008
Corrida Sempre Mulher 2008
Já me inscrevi para a corrida "Sempre Mulher 2008" a realizar este ano em Carcavelos, no próximo domingo. É mesmo uma corrida para mulheres, se considerarmos que os homens são mais vocacionados para o desporto: demasiado fácil.
Mas o dinheiro, só se paga 10 euros e tem-se direito a umas coisitas, reverte a favor da luta contra o cancro da mama.
Ver aqui
Há também, destinada (neste caso só) às mulheres a "Corrida A Mulher e a Vida", em breve.
Mas o dinheiro, só se paga 10 euros e tem-se direito a umas coisitas, reverte a favor da luta contra o cancro da mama.
Ver aqui
Há também, destinada (neste caso só) às mulheres a "Corrida A Mulher e a Vida", em breve.
1 de Maio e Dia da Espiga
Fotos: Espiga velha, Espiga nova, dependuradas na cozinha e voltadas para baixo.
Coincidiu este ano o dia da Espiga ser também o 1 de Maio. É a primeira quinta-feira de Maio, dia da Ascensão.
Dizem os economistas que o ano a vir não será de abundância.
O que já se nota nos augúrios: a espiga é o símbolo da abundância a haver no ano em curso, mas este ano havia pouca gente a vender e menos a comprar. Queixavam-se uns de que não é fácil colher: malmequeres, folhas de oliveira, papoilas e o mais necessário. Queixavam-se os outros de que um Euro e Meio é demasiado caro, mesmo para um símbolo da abundância. Quanto será um euro e meio em Dólares? Para aí uns dois? Dois dólares por uma espiga? Símbolo das superstições europeias relacionadas com a fertilidade da terra???
Para mais informação, clicar abaixo nas tags em côr: Dia da espiga ou 1 de Maio, ou Cultura Popular.
Os outros posts sobre o assunto aparecem depois deste.
MAIO
Maio, maduro Maio.
Se calhar, este é o mês mais importante do ano. Pelo menos em tradições da cultura popular, parece-me único.
Como já tenho este blog há dois anos e meio, dou comigo a perguntar o que irei escrever no próximo Maio. Mas assunto não me há-de faltar.
Li o que escrevi nos últimos Maios e muito tenho a dizer...
1 de Maio - antes de ser o dia do trabalhador, era já um dia importante, dos mais importantes do ano.
Nesse dia, na minha terra, Douro Litoral, também já chamado Entre-Douro-E-Minho, depende das regionalizações, fazia-se o seguinte:
Enfeitava-se com Maias (flores amarelas, creio que das giestas)(parecidas com as do tojo aqui publicadas), o telhado das casas. Também se enfeitavam as portas de entrada na casa. A ideia era de que o Diabo andava à solta nesse dia (Dia de São Bertolameu (Bartolomeu, apóstolo de Cristo)). Se a minha memória não é muito exacta , e não deve ser mesmo, podem corrigir-me nos comentários...
Enfim, o Diabo andava à solta e não entrava nas casas que tivessem casas nas portas e janelas e, melhor ainda, no telhado.
Isto não é nenhuma tese sobre cultura popular, mas é claro que presta informação importante para que elas se façam. Por exemplo: ocorre-me que, na Bíblia, no Êxodo dos judeus, eles pintaram as portadas com o sangue do cordeiro, para ficarem imunes, não me lembro a quê, talvez emende esta parte mais tarde.
Outra tradição e esta nunca ninguém ouviu falar, a não ser algumas pessoas dessa área, é amarrar um fio vermelho no dedo anelar. adivinhem para quê...
Para não ser "crestado pelo sol" que aí vem.
Confesso que me amarraram esse fio e que ainda hoje me vejo grega para ser "crestada pelo sol".
É claro que só o povão era "crestado pelo sol"... Supõe-se então que seja uma questão de sorte ficar muito branquinho.
Estas são as tradições que conheço, do Douro Litoral.
Muito mais tarde conheci aqui O dia da Espiga, que documento em muito pormenor no ano passado
CLICAR AQUI
E recentemente nós descobrimos a tradição algarvia dos Maios
AQUI
E também aqui
Só mais um pormenor do meu conhecimento: em França, as raparigas iam para os campos colher flores de "muguet" para fazer raminhos. creio que as ofereciam aos trabalhadores (talvez não seja verdade este pormenos)...
Como a Maria Carqueija, comentadora deste blogue, vive lá, aguardemos os seus doutos esclarecimentos...
Ah, já me esquecia! E é o tempo das cerejas!
Se calhar, este é o mês mais importante do ano. Pelo menos em tradições da cultura popular, parece-me único.
Como já tenho este blog há dois anos e meio, dou comigo a perguntar o que irei escrever no próximo Maio. Mas assunto não me há-de faltar.
Li o que escrevi nos últimos Maios e muito tenho a dizer...
1 de Maio - antes de ser o dia do trabalhador, era já um dia importante, dos mais importantes do ano.
Nesse dia, na minha terra, Douro Litoral, também já chamado Entre-Douro-E-Minho, depende das regionalizações, fazia-se o seguinte:
Enfeitava-se com Maias (flores amarelas, creio que das giestas)(parecidas com as do tojo aqui publicadas), o telhado das casas. Também se enfeitavam as portas de entrada na casa. A ideia era de que o Diabo andava à solta nesse dia (Dia de São Bertolameu (Bartolomeu, apóstolo de Cristo)). Se a minha memória não é muito exacta , e não deve ser mesmo, podem corrigir-me nos comentários...
Enfim, o Diabo andava à solta e não entrava nas casas que tivessem casas nas portas e janelas e, melhor ainda, no telhado.
Isto não é nenhuma tese sobre cultura popular, mas é claro que presta informação importante para que elas se façam. Por exemplo: ocorre-me que, na Bíblia, no Êxodo dos judeus, eles pintaram as portadas com o sangue do cordeiro, para ficarem imunes, não me lembro a quê, talvez emende esta parte mais tarde.
Outra tradição e esta nunca ninguém ouviu falar, a não ser algumas pessoas dessa área, é amarrar um fio vermelho no dedo anelar. adivinhem para quê...
Para não ser "crestado pelo sol" que aí vem.
Confesso que me amarraram esse fio e que ainda hoje me vejo grega para ser "crestada pelo sol".
É claro que só o povão era "crestado pelo sol"... Supõe-se então que seja uma questão de sorte ficar muito branquinho.
Estas são as tradições que conheço, do Douro Litoral.
Muito mais tarde conheci aqui O dia da Espiga, que documento em muito pormenor no ano passado
CLICAR AQUI
E recentemente nós descobrimos a tradição algarvia dos Maios
AQUI
E também aqui
Só mais um pormenor do meu conhecimento: em França, as raparigas iam para os campos colher flores de "muguet" para fazer raminhos. creio que as ofereciam aos trabalhadores (talvez não seja verdade este pormenos)...
Como a Maria Carqueija, comentadora deste blogue, vive lá, aguardemos os seus doutos esclarecimentos...
Ah, já me esquecia! E é o tempo das cerejas!
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