terça-feira, novembro 15, 2016

Esta lua foi um flop


Foto: maio de 2012 (Nadinha)


Esta última lua brilhante foi um flop. 


Os cientistas podem achar e dizer à comunicação social não sei o quê, mas os místicos orientais é que conhecem a lua.


Ver neste blogue a festa da lua. um dos Festivais da Lua.

http://terraimunda.blogspot.pt/search?q=lua

domingo, novembro 13, 2016

A prisão de Óscar Wilde

Na prisão em que esteve preso Óscar Wilde, paga-se agora para entrar, até pagam os que já lá estiveram encarcerados, até 2013. 

Tendo sido detido no auge da sua carreira de dramaturgo, Óscar Wilde considera que os dois momentos cruciais da sua aprendizagem foram entrada para Oxford e a sua entrada para a prisão. 

Mas em Portugal, há já muito tempo que não é necessário encarcerar os escritores. Base ignorá-los.

Ver aqui o vídeo

quarta-feira, novembro 09, 2016

Esquerda, extrema direita...


A esquerda europeia trucidaria o Papa de Roma se ele dissesse que as mulheres devem ir para a praia completamente tapadas, trucida -o por muito menos do que isto. A mesma esquerda considera que as muçulmanas podem usar burquini na praia porque têm esse direito. O direito de serem obrigadas a Usá-lo. Ou seja, a mesma esquerda que se opõem, é bem, à htradição europeia, defende o fanatismo nas outras culturas e permite que muçulmanos tenham várias mulheres e carradas de filhos na Europa, etc. porque é multiculturalismo. Depois queixa-se dos Lepen e do Trump.

terça-feira, novembro 08, 2016

Direito de voto das mulheres? Estados Unidos da América



Comovente. Estas pessoas americanas manifestam-se junto do túmulo da sufragista que lutou pelos votos das mulheres, Susan B. Anthony , depois de terem votado numa mulher para Presidente dos Estados Unidos da América. Num direto.


Hegel diria que têm razão . E por isso vão vencer!!!


VER AQUI 

Neste momento, está a dar em direto.
Com todos os defeitos que a América (Estados Unidos) tem, a verdade é que sempre deu grandes lições de democracia.

Ao contrário de Portugal, tão miserável nesse aspeto.



God bless America and God bless Susan! - dizem elas

domingo, novembro 06, 2016

Que saudades do tempo em que os pategos não se interessavam por arte!!!




Em maio, um estudante decidiu dependurar-se na estátua de Dom Sebastião, na estação do Rossio. para tirar uma selfie. O resultado é que se vê na segunda foto!
Em novembro, alguém decide tirar uma selfie com o Arcanjo São Miguel e o resultado é que se vê na primeira foto.
Que saudades do tempo em que os pategos não se interessavam por arte!!!
Não fica pedra sobre pedra com esta "democratização" da cultura. Mais um sinal dos tempos.
Seriam eleitores do Trump, se vivessem nos Estados Unidos.

(Curiosamente, o penultimo post deste blog é sobre a ausência de Dom Sebastião, que notei ontem.)

Dia do Riso, 6 de novembro



Aqueles que pedem licença para rir ou aqueles que que julgam que rir muito dá azar (há-os) aproveitem o pretexto. Hoje é o dia do Riso.


Também há quem não se ria abertamente porque faz rugas. 
Ou por razões morais, como no livro o Nome da Rosa. 
E há aqueles que têm medo.

Não tenham medo. O nosso riso é que mete medo! 
Por isso alguns tentam controlá-lo. Por exemplo os chefes no local de trabalho.

sexta-feira, novembro 04, 2016

Sinal dos Tempos





Sinal dos Tempos: já se fazem informações em chinês, no Centro Comercial Amoreiras, o mais emblemático da cidade de Lisboa.
Mas só em junho haverá voos diretos Lisboa Pequim, muitos.
Espero ir.

Vitória! Vitória!

Tenho uma colega chamada Vitória. Na primeira grande, estrondosa Manif de professores, estávamos todos juntos num grupo, quando ela apareceu, atrasadíssima.

Como nós já a tínhamos visto mas ela não nos via, começamos todos a gritar: Vitória! Vitória!


Habituados que estávamos a repetir palavras de ordem e pensando que esta era mais uma, começa toda a Manif a gritar: Vitória! Vitória! Vitória!

domingo, outubro 30, 2016

D. Sebastião do Rossio



Naquele nichinho entre as arcadas, belíssima entrada da Estação de comboios do Rossio, havia um D. Sebastião em que ninguém reparava. 

Um rapaz escaqueirou-o em nadinhas pequenos, com o objetivo de o imortalizar para sempre numa selfie. 
Agora, todos desejamos o regresso de mais este D. Sebastião.


sexta-feira, outubro 28, 2016

Perdoar e esquecer, ou recordar e lutar?

"Tudo compreender é tudo perdoar" - Tolstoy
Quando eu era muito jovem, compreendia tudo e perdoava tudo. Julgo, ainda hoje, que fazia bem, nessa época.
Mas, se compreender tudo é perdoar tudo, como adultos, de certa forma responsáveis pelo mundo em que vivemos, então não devemos compreender tudo.
As gerações futuras irão pedir-nos contas da nossa complacência e da nossa ingenuidade.

Esta é a atitude deste Blogue. Alguns já o têm acusado de ofender os nacionalistas, os patriotas, ao propor uma versão diferente do mitos nacionais.
Não se pretende ofender ninguém.

Os nossos jovens emigram agora em massa para locais em que as versões da história do mundo e da história da Europa (e de Portugal) não se compadecem com as histórias da carochinha que ouviram à lareira em casa, ou mesmo nas aulas de história (isto dependente do professor, pois é diferente se for de direita ou de esquerda). 
Se existem motivos para nos orgulharmos da nossa história, esses motivos raramente são aqueles que o senso comum diz.

Não me sentirei cobarde, como me sentiria se não tivesse tentado discutir, questionar, contestar, agora que sou adulta

Cito S. Paulo, que me parece muito bom, nestes tempos de criancice:

"Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas infantis.
1 Coríntios 13:11"

Nadinha

quarta-feira, outubro 26, 2016

Entrar no curso de Medicina da Faculdade de Medicina


Já era tempo de se falar deste assunto. O Presidente Marcelo consegue levantar as questões essenciais do país, pois o essencial são as pessoas. Será que esta menina também vai ter uma medalha? :)


Jovem com média de 17,8 que ficou fora do curso de Medicina escreve carta aberta a Marcelo

Uma minha ex-aluna na mesma situação e que entrou para outro curso na Faculdade de Medicina de Lisboa, contou-me que foi  única do seu ano que não tentou suicidar-se. Não que os outros tenham conseguido… 
Uma outra, na mesma situação, enviou-me por email um texto muito poético, mas, a certa altura, o texto dizia que ela queria e não conseguia tirar o X-ato da mesa de cabeceira. 
Foi uma guerra. Telefonei-lhe logo, não atendeu, etc… 

Tanto trabalho! Estes alunos são realmente a elite do país, falhar não é algo que lhes pareça natural ou normal.
Enquanto tantos outros se gabam imenso de notas baixinhas que obtiveram copiar.


No Japão a situação é bastante pior, sobretudo em relação aos rapazes: ao não conseguirem aquilo por que tanto lutaram, não necessariamente o curso de medicina, mas vários, alguns rapazes metem-se na cama e nunca mais se levantam, ficando totalmente dependentes de quem os alimente na cama. Alguns morrem quando os pais morrem. 
São tantos que até têm um nome em japonês: hikikomori,

Por que tantos jovens japoneses têm medo de sair do quarto?

terça-feira, outubro 25, 2016

Professores e alunos

A minha amiga Marina disse-me ontem algo que me impressionou e que já repeti a todo o mundo: A profissão de professor / a é uma das poucas (eu diria que é a única) em que, quando estamos a trabalhar, há sempre vários, às vezes muitos, a boicotarem o nosso trabalho. 
E dá um exemplo: imaginem uma secretária que está a escrever no computador. Um mexe nas teclas, outro tira o cabo do rato, outro faz-lhe cócegas, outro faz-lhe tombar a cadeira em que está sentada. E apesar de tudo isto ela lá vai fazendo o seu trabalho. Não tão bem como o faria se o pudesse fazer em paz.
Sim, esta é a miserável condição do professor na atualidade, pior do que há 5 ou 10 ou 20 anos. Só foi pior no PREC.
Aliás, esta é uma consequência do PREC: ao pôr em causa a autoridade de forma bacoca, retirou autoridade àqueles que não podem deixar de a ter.
E assim vamos, pois ninguém se atreveu, até agora, a alterar isto.
Aliás, quem é que neste país se preocupa com a educação? 
Até os professores e os seus representantes aguentam calados, de modo masoquista e envergonhado, este contínuo boicote... e nem falemos dos pais.

Comparamo-nos com a Finlândia? Comparemo-nos com o que nós pensaríamos sobre o assunto, se nos déssemos ao trabalho de pensar.
Estou convencida que a maravilhosa educação da Finlândia é mais um mito urbano. É fácil que pareça maravilhoso aquilo que é falso.

sexta-feira, outubro 21, 2016

Blog Terra Imunda "Vintage"

Blog Terra Imunda "Vintage"

Ver este diálogo


http://terraimunda.blogspot.pt/2007/08/senhora-se-calhar.html

segunda-feira, outubro 17, 2016

Orçamento de Esquerda?

Parece que está toda a gente, enfim, muita gente, chateada por este orçamento ser de esquerda. Quem o diz de esquerda é o Ministro das Finanças, que, se fosse hipócrita, teria negado a pés juntos tal declaração.
Eu votei Geringonça, ou seja, votei num governo de esquerda, constituído com o apoio da maioria dos votos do povo português.
Pelo que se vê, a Geringonça está ser o melhor governo que tivemos até hoje.
A prova é que os humoristas Coelho Fedorento e Albuquerque Fedorenta só conseguem acusá-lo de "aumentar as desigualdades sociais" (LOL LOL LOL) e de não cumprir integralmente, ao milímetro, todas as promessas que fez (ao contrário do Coelho Fedorento)
(LOL LOL LOL).

sábado, outubro 15, 2016

Esta rapariga é muito cómica naquilo que escreve, vai ser a próxima "Gata Fedorenta"




"MariaLuís Albuquerque: Orçamento assenta em aumento de impostos e reforça injustiça social"

Uma estranha e “nova” forma de submissão à portuguesa: os espertos conformam-se.


Os portugueses estão sempre a inventar novas formas de submissão e de conformismo. 
Longe vão os tempos em que muitos dos “nossos” eram torturados  ou mortos, espoliados e, claro, ostracizados. 
Mas esses também eram uma minoria, que no seu tempo foi desprezada, para ser elevada ao estatuto de herói depois da revolução de abril e de outras revoluçãoes, pois em Portugal o poder só se perde por revoluções. 
Por exemplo, a revolução da Geringonça.

Passar de mártir a herói morto não é para qualquer um. Mesmo que não morra, o herói perde os cabelos, envelhece mais do que o cidadão comum, perde dedos, dentes, etc., tudo antes de chegar a herói.

Vem isto a propósito: há poucos anos, um ou dois apenas, todos os funcionários públicos afirmavam, em tom agressivo para ser convincente, que os funcionários públicos nunca mais receberiam subsídio de Natal ou de férias, que cada vez iriam ganhar menos, pagar mais impostos, por ser esta a evolução natural do governo PAF: passos coelho paulo portas. Seria esta evolução se este PAF continuasse no poder, o que esteve quase para acontecer. 
Porquê?
Claro que ninguém iria votar Bloco de Esquerda, ou PCP, nem mesmo PS, pois a país precisava desesperadamente de um tipo parecido com o Salazar, que o espezinhasse e que desse dinheiro aos mais ricos, tirando pobres e remediados. 
No segundo ano da Geringonça, ainda tudo está bem, as pessoas ganham mais, recuperaram a alegria, sem as ameaças de catástrofes dos dois urubus, passos e portas.

Conheci pessoas que se reformaram antecipadamente, pessoas que pareciam ser viciadas em trabalho, mas que optaram pela aposentação antecipada perdendo muitíssimo dinheiro por mês, com o argumento de que, como a reforma tem por base o vencimento, como cada vez ganhamos menos, logo, se trabalharmos mais tempo vamos ganhar menos. 

Essas pessoas eram e são consideradas muito espertas, sabidas, etc. . Pois!
É o que convém, chamar espertos e sabidos aos submissos e conformistas.

E esta atitude alastra-se a todas as relações de poder. Contestar, criticar, provocar?  Não. Os espertos conformam-se. 

sexta-feira, outubro 14, 2016

A viagem


Em determinados momentos, vemos as pessoas como boas ou más, aliadas ou inimigas.
Mas a vida é uma viagem. As pessoas são embarcações, boas ou más, das quais desembarcaremos algum dia. 

Trump e ou os piropos do BE

À beira das lágrimas, Michele Obama protesta contra a atitude de Trump contra as mulheres. 
As suas palavras, em Portugal, seriam consideradas as de uma perigosa feminista, como quando acusa os piropo de graves ofensas. 
Em Portugal toda a gente se riu quando quiseram proibir os piropo. 
Cada vez me sinto mais revoltada nesta terra, que nem é água nem é vinho, nem é nevoeiro, nem "nuvem, sonho ou nada", para usar palavras de Pessoa e de Camões.

O título deste blog, que já esteve para ser mudado, está agora muito atual, quer se referi a esta pequeníssima terra, quer se refira ao planeta e ao mundo.

Segue o vídeo, infelizmente não traduzido para português.



https://www.facebook.com/quartznews/videos/1306435332723499/

quarta-feira, outubro 12, 2016

Já podemos ficar por debaixo da Ponte. Vai ser chic







Vai ser o novo Museu Berardo. Ainda em construção / restauração, mas já chama muito a atenção. 
 Fica por baixo da ponte 25 de abril, ver fotos, e chama-se Por baixo da Ponte, ou melhor, Under the Bridge. Conheceis:) ?

Rua da Junqueira, mesmo por baixo da ponte.

Nem seria mau se um museu sediado em Lisboa tivesse um nome português, por exemplo:
Por Debaixo da Ponte

sábado, outubro 08, 2016

Há ou não há público para a cultura, em Portugal?




Existe um novo fenómeno na sociedade lisboeta: a afluência em massa a eventos culturais gratuitos, como a inauguração do novo museu, visitas ao Palácio de São Bento, ou a adesão, também em massa, a campanhas como a do "crowdfunding" para comprar o quadro do Sequeira, promovido pelo Museu Nacional de Arte Antiga, para só dar dois exemplos. 

Alguns veem com consternação ou com ironia esta gente, que consideram movida pelas televisões, quando se veem  às moscas tantos outros produtos e equipamentos culturais...

Mas também é caso para perguntar por que razão nem uma décima dessas pessoas está disposta a gastar tempo e dinheiro, ou só tempo, ou só dinheiro naquilo a que chamamos cultura. 
Comeu muito gato por lebre?
Os eventos e os produtos culturais são caros? 
São feitos para uma elite que não existe? 
São um subproduto de outros subprodutos, como os livros portugueses comerciais e light, ou parte do teatro?  
Creio que cada uma destas respostas é verdadeira, caso a caso.

Muitas pessoas que frequentavam os teatros e outros eventos, agora ficam em casa e não sentem a falta das grandes e inúmeras secas que apanharam.
Por baixo, por cima ou ao lado, floresce uma sociedade que lá vai fazendo evoluir o país.

Caso para perguntar: 
Há ou não há público para a cultura, em Portugal?
Público é o que não parece faltar.


Guterres e Sócrates: a bela e o monstro 

quinta-feira, outubro 06, 2016

Portuguesinhismo, também conhecido por Chicoespertismo ou mesmo, mais dramaticamente, por Chico Lamúrias


Na reunião de condóminos, vários deixaram de pagar a quota, depois de um desses ter perguntado, indignado:
-Quê? Há pessoas que não pagam? E o que é que lhes acontece? 
- Nada, claro!
- Nada?!
- Nada, claro, a legislação prevê que o condominio coloque essas pessoas em tribunal, mas isso fica tão caro ao condomínio... Mesmo que perdessem e pagassem, não dava para o condominio pagar às custas do processo...
- Pronto, conclui o portuguesinho. Então ninguém paga e eu é que vou pagar?! 
(Manguito disfarçado). 
Consternação geral, com pena do Chico Lamúrias. 


Sebastianismos... Ou portuguesinhismos


Não sei se já vos contei isto. Tive uma amiga, não muito inteligente, mas identificando-se muito com o povinho português, do qual sentia orgulho, ódio e vergonha, dependendo do caso que estivesse na ribalta. 
Tinha um desses cursos médios que davam equivalência ao bacharelato e o bacharelato dava equivalência à licenciatura, mais ou menos, digamos assim...  sem se poderem comparar nem vagamente com um curso superior a sério de há uns 30 ou 40 ano.
Tinha um ótimo emprego, conseguido por cunhas da igreja, a qual não não frequentava. 
Um dia contou-me que estava encarregada de fechar as portas do palácio em que trabalhava, com umas amigas de trabalho. Contou que um senhor coronel tinha tido o costume de fechar as janelas e, desde que tinha morrido, ela e as amigas continuavam a ouvir bater as portadas das janelas do andar de cima.
- Porquê? - perguntei.
- É o senhor coronel. Claro.
Expliquei-lhe o óbvio: com o trabalho não se brinca e ela não podia fechar o palácio sem ver o que se passava no andar de cima:
- É o senhor coronel! 
Um domingo em que estávamos juntas, a minha amiga recebeu um telefonema aflito: o senhor coronel (um vivo) tinha ficado trancado dentro do palácio, sexta e sábado e era preciso ir abrir-lhe a porta. 
- Mas ele não chamou por vocês, quando viu que e ficava trancado lá dentro? - Perguntei.
- Chamou. - Foi a resposta.
- Então e vocês não ouviram? - Pergunto, estupefacta.

Resposta envergonhada: ouvimos....

sábado, setembro 24, 2016

Portal da Queixa

Conhecem isto? Mas algumas pessoas acham que fazer queixa é pidesco, é mais simpático aguentar...



Portal da Queixa - Clicar aqui



Amor de mãe? De pai? Distração? Preguiça?

Uma minha amiga contou-me isto:

"Trabalhei como professora em duas escolas em que o nível sócio-económico dos alunos é elevadíssimo. 
Um dia, uma aluna do oitavo ano escreveu-me numa redação que tinha sempre perante os olhos aquele momento em que viu o irmaozinho, dizia o nome, morto na piscina da casa, por culpa dela e da irmã, que se distraíram a ver a telenovela. 
Meses depois, conta-me noutra redação que ela e a irmã escaparam por pouco de morrer num incêndio numa estância de esqui. Aqui, a culpa não era delas: o hotel tinha dois prédios, elas estavam num, os pais no outro. Foram salvas por um camareiro, ficaram muito felizes quando se juntaram todos. Por acaso, estas meninas chegaram a adultas."


"Uma outra minha aluna contou-me que os pais se adoram um ao outro e que a veem como uma intrusa à sua intimidade. Detestam-na, embora não façam nada de concreto para o demonstrar: demonstram-no todos os dias, várias vezes por dia."

terça-feira, setembro 13, 2016

A Grande Vidente Passos Coelho

As videntes esotéricas, tão depressa visualizam catástrofes, como logo a seguir preveem maravilhas. Se só previssem catástrofes não teriam fregueses, pois a adivinhação do futuro obedece à lei da oferta e da procura.

Existem teorias segundo as quais os otimistas acertam mais do que os pessimistas, isto baseado no aspeto económico. Até porque o mundo evolui.
É claro que os políticos só podem ser otimistas, caso contrário mais lhes vale estarem quietos.

A exceção a tudo isto é Passos Coelho. Político que não acredita no futuro, vidente que só prevê catástrofes, português que só vê tudo negro à sua frente, esteja ou não no governo, ainda assim parece ter fregueses....





sábado, setembro 03, 2016

Feira do livro da Presidência da República




Esta feira do livro do Presidente serviu para demonstrar o que já se sabia: as principais editoras portuguesas publicam muitos livros de autores portugueses, mas é quase tudo lixo. Lixo caríssimo, com desconto a maior parte dos livros custava 14,99 Euros e que ninguém compra pois saía quase toda a gente sem livros.
Como quase só publicam livros comerciais, mainstream, ficam muito atrás dos congéneres estrangeiros. E os que são diferentes não os publicam.
Mas os jornais vão dizer maravilhas.

A ideia de fazer está feira é boa e é agradável que o palácio de Belém se torne mais acessível e mais visitável.

Vergonha, malícia e inocência: ainda sobre o burquini, burka e quejandos



Quando, em 1500, Pêro Vaz Caminha chegou ao Brasil, escreveu uma carta a D. Manuel, em que se mostra surpreendido com as pessoas que encontrou.
Embora andem nuas, não mostram vergonha nem têm malícia. O que o leva a concluir que são inocentes e que será fácil ensina-lhes a doutrina de Cristo.
Cinco ou seis séculos depois ( creio que 1500 ainda era século XV, sendo século XVI em 1501, voltamos a esta questão da malícia e da vergonha. 
Brincando com o caso dos burquini, alguns não conseguem disfarçar que o consideram mais decente do que o biquini, mostrando crianças ao pé de adultas nesta indumentária.
Mas é aí que reside a diferença. 
Conseguimos andar de biquini, ou nuas, sem vergonha nem malícia, sem corrermos o risco de um homem nos violar por não ser capaz de se controlar e isto, apesar de a nossa sociedade dar grande importância ao sexo e ao sex- appeal.

Por outro lado, a exibição desses espantalhos em burquini nas cidades e praias europeias é uma afirmação de uma política que nos é adversa e mesmo inimiga. 
Uma política em que não se separa o religioso do profano, a privacidade da promiscuidade, em que a polícia religiosa entra na casa das pessoas para ver o que estão a comer e a beber, ou se estão a comer quando deviam estar em jejum, etc.
Não se trata de liberdade religiosa, trata-se de aceitar a política dos inimigos da modernidade, do laicismo  das mulheres e dos inimigos do cosmopolitismo.

Mas sobretudo, são inimigos das mulheres.

Todos nos sentimos desadaptados deste mundo

Quando somos novos, estamos convencidos de que os "velhos" se consideram velhos e que estão habituados a ser velhos.
Na verdade, todos nós sentimos, em todas as idades, como rapaces ou raparigas ainda não adaptados a este mundo. E ainda um pouco extravagantes.
Porque os que se adaptaram a ser velhos morreram logo. E isto acontece a partir dos 19 anos. 

sábado, agosto 27, 2016

Espiunca e os passadiços

Se formos a Espiunca uma vê por ano, nos últimos três anos encontramos três Espiuncas diferentes e irreconhecíveis.
Uma antiga em que só havia um rebanho de cabras, meuá meia dúzia de casas e uma trsquinha.
Uma que parecia um estaleiro, no ano passado, totalmente destruída no seu isolamento idílico.
Uma com um parque de estacionamento num campo  ainda com vinha, com casas compradas e restauradas por gente das cidades para férias e fins de semana, com barezinhod moderno, a deste ano. 
Tudo por causa dos passadiços do Paiva, claro.
Agora paga-se dois Euros para caminhar nos passadiços, ou um se comprado pela Internet, o ano passado era grátis.
O ano passado era possível fazer todo o percurso, este ano só a metade menos interessante, da Espiunca ao Vau e regresso a pé, pois não se pode ir ao Vau de automóvel.
Este ano também, viam-se pessoas a resmungar porque não queriam ir, ou sem resmungar mas com cara de quem fã um grande frete. 
De resto, é tudo maravilhoso.

Vemos na foto um barzinho ao pé do parque de estacionamento / campo com vinha de casta americano branco, totalmente proibida, mas com uvas muito boas para comer. E para fazer vinho americano. Fica também a poucos metros da praia fluvial.
Aqui toda a gente fala com toda a gente é é possível fazer um picnic nestas mesas, levando a comida e comprando as bebidas, como este verde branco de Castelo de Paiva, Quinta do Valtruto.








quarta-feira, agosto 24, 2016

Portugal nas Olimpíadas 2016



Nas Olimpíadas deste ano só ganhamos uma medalhita castanha, e foi com uma mulher a bater noutra.

 Conclusão: as mulheres portuguesas são as terceiras melhores do mundo a bater no mulherio.

domingo, agosto 21, 2016

O erro do Ocidente é tolerar mentalidades que não toleram a nossa.

II
Quem defende o uso do burquini na Europa também defende que as mulheres possam fazer nudismo no Irão e na Arabia Saudita, ou a sua tolerância tem dois pesos e duas medidas? 

Saberá que há feministas muçulmanas que protestam contra todos estes trajes ridículos, niqab, burka, burkini? Que as mulheres são obrigadas a usá-los, sob pena de serem agredidas na rua? Que nós temos de nos vestir como elas, se formos a esses países? 

Saberá que uma mulher de unhas pintadas pode ser impedida de rezar por "não poder lavar as mãos" e corre o risco de lhe cortarem os dedos?

"O burquini não é uma vestimenta como outra qualquer (...) faz parte de uma estratégia, que se não vier a ser desencorajada por medidas preventivas acabará por alcançar o seu objectivo final: interditar o espaço público às mulheres! " - afirma uma jurista muçulmana. Di também que já poucas mulheres em Marrocos se atrevem a ir a praia de fato de banho, com medo de ser agredida por fanáticos que são obcecados pelo sexo. 

Ver Aqui: http://www.huffingtonpost.fr/fatiha-daoudi/non-monsieur-plenel-le-burkini-nest-pas-un-vetement-comme-les-autres_b_11603446.html

O erro do Ocidente é tolerar mentalidades que não toleram a nossa.

Ver também aqui : http://www.elmundo.es/sociedad/2016/08/26/57bf31f222601dab718b45bc.html

terça-feira, agosto 16, 2016

Portugal mudou para melhor, neste século

Quando vim viver para esta casa, já no século XXI, houve uma noite em que um grupo de arruaceiros virou ao contrário todos os caixotes do lixo da rua e partiu os vidros da nossa porta de entrada. Telefonei para a polícia, contra o conselho duma vizinha velhinha, de que não valia a pena. Eu acho sempre que vale a pena. Quanto mais não seja, para observar. E para poder criticar outra vez, já com mais informação.
Quando acabo de explicar o caso, o senhor polícia pergunta:
- É quem me garante que não foi você que partiu os vidros? 
- Eu?! Então se eu tivesse partido os vidros ia telefonar para a polícia? 
- Claro, telefonava para acusar outra pessoa.
- Mas eu não estou a acusar ninguém, nem vi quem foi...
- Está a ver? Mais me ajuda.
- Então o senhor não vai ao menos tomar nota da queixa?
- Não tomo nota, porque nos telefonam para aqui muitas senhoras a dizer coisas dessas, por isso nós achamos que são elas que partem as coisas e depois...
- Ah, o problema é serem as senhoras a protestar? 

Pela mesma altura, fui abordada na rua por um policia enorme, que disse ter sido meu aluno e estar muito contente por guardar a minha casa. Mas gostava mais de trabalhar numa outra esquadra onde esteve e onde prendiam muitos pretos. Gostava muito de pretos, até aprendeu crioulo, eles falavam entre si em crioulo pensando que ninguém os entendia, enfim, ele gostava imenso de bater nos pretos. Perguntei aos meus botões que educação teria eu dado àquela criatura. Essa não foi.

Fui recentemente à polícia, pedir que me vigiem a casa enquanto estou por fora, como tenho feito nos últimos anos. Fui atendida por uma raparigona simpaticíssima, delicada. Estava a atender amorosamente uma velhinha que chorava e gritava: - "Roubaram-me tudo!". Passou-a a outro polícia mais velho, mas também simpático e só então me atendeu.
Mostrou-me os papeis, pois não conseguia encontrar o impresso, ajudei-a procurar, nem me pediu o documento de identificação.

 Portugal mudou assim tanto para melhor neste princípio de século? Será que temos a noção disso?

sexta-feira, agosto 12, 2016

Presidente e Geingonça quase como devem ser um Presidente e umaGeringonça


Pela primeira vez temos um presidente quase como deve ser e um governo de esquerda quase de esquerda e quase como deve ser. 
É por isso que as críticas que lhes fazem dão vontade de rir.
Por exemplo: ter chamado mais cedo a ajuda internacional. Por exemplo, antes de o rapaz da Madeira ter decidido acabar com a Madeira.
Por exemplo: este governo tem mais funcionários. Em termos de quantidade a diferença não é muita, mas em termos de percentagem é enorme.
Por exemplo: o Presidente não deveria ter ido a França no avião da força aérea, que nesse caso iria fazer voos de treino, sem qualquer outra utilidade pratica. 
Por exemplo: o Presidente por um lado é uma ministra por outro, nunca deveriam ter ido a festas porque representam os portugueses e não há dia nenhum em que não morram portugueses. Todos os dias são dias de luto e não de festa.

Etc.

Toda esta conversa significa que está gente está desesperada. E que se guia por uma moralidade católica hipocrita, pré Francisco. Para essa, já demos.

Exploração dos incêndios pela comunicação social versus turismo


Esta maneira portuguesinha de fazer um choradinho sempre que ha um problema, exagerando-o para lá do razoável, colide, neste momento, com interesses económicos do país.
Nunca mais teremos turistas, se os telejornais não falarem de outra coisa senão nos incêndios. Grande ajuda!
Nunca tivemos e se calhar nunca voltaremos a ter tantos turistas, já que têm vindo para cá a fugir de lugares considerados inseguros, mas isso acaba depressa se as televisões continuarem a dizer que o país está em chamas, para gáudio dos masoquistas e demais "fadistas", que adoram ver os telejornais unitemáticos.

Não existem notícias no resto do mundo?

Moralidades

Ao Marcelo e a Geringonça são exigidas varias coisas novas: ministros, secretários de estado, presidentes, não devem ir a festas porque representam Portugal e todos os dias há alguns portugueses que morrem. Não devem deslocar-se a lado nenhum, a não ser que vão a pé, porque viajar é uma coisa muito divertida e que custas dinheiro aos portugueses, até porque muitos portugueses não viajam.

 Isto é a moralidade da direita católica, ou seja, PF - pré-Francisco.

quinta-feira, agosto 04, 2016

Fontana della Barcaccia - Roma




Esta Fontana della Barcaccia, obra menos conhecida mas não menos bela de Bellini e que tanta alegria e refrigério dá aos passantes, foi recentemente destruída por uns ingleses engraçadinhos, que a fizeram em bocados pequenos. Reconstruída como se pôde, parece ter ficado mais baixa.

sábado, julho 30, 2016

Ter pena dos bombistas suicidas



Estes terroristas suicidas e parvos fazem-me pena. Numa notícia lida hoje, foram presos dois.
 São logo dois irmãos que acabariam por ser mortos.
 Em nome de quê?
 Não sabemos, nem eles sabem, mas boa coisa não será. E religião também não.

E se espalhássemos aos quatro ventos que temos pena deles?

quinta-feira, julho 21, 2016

Verdadeiro líder?


Falando uma vez com uns deputados que frequentavam o mesmo bar que eu, eles disseram-me que apoiavam o Santana Lopes, já não me lembro para quê é estavam muito entusiasmados. Diziam que ele conseguia concitar vontades, fazer acreditar no futuro, levar o Povo a dar o seu melhor. Não aconteceu, nem de perto nem de longe, mas parece-me que está a acontecer agora, com todas estas medalhas e todas estas vitórias. 

terça-feira, julho 19, 2016

A Jagunça

Escrevi Bagunça e o corretor ortográfico do Facebook emendou, várias vezes, para Jagunça, termo que aceita muito bem.
Ai também existem jagunças? (Se existem, creio que conheço meia dúzia.

domingo, julho 17, 2016

A alegre casinha é dos Xutos e Pontapés? Quem diria?!

Um tipo dos Xutos e Pontapés  disse sentir-se muito feliz por a seleção dos campeões ter cantado a sua cantiga "alegre casinha".

Esta cantiga já existia quando ele nasceu, era famosíssima até pelo seu ar naif, só lhe acrescentaram um bate latas que não a favoreceu nada e que quase lhe tirou esse tom ingénuo e saudosista. Deram-lhe xutos e pontapés, mas ela resistiu, mesmo assim.

E ninguém protesta...

A cantiga há-de perdurar quando ninguém souber que existiu esta criatura. 

Mas nem tudo é mau, neste cantinho da Europa onde os romanos demoram chegar



Vejam: 

Portugal à beira de ficar rico

Portugal é já o quinto produtor mundial de lítio, e a procura desta matéria-primapara baterias de carros eléctricos vai quadruplicar


Esperemos que os terços rezados pelo Presidente da República Marcelo não resultem só para medalhas desportivas. 

Se Portugal ficar rico, então sim, vamos todos Fátima. A pé, em pé, a cantar, a dançar, etc.

Afinal, talvez o nosso problema fosse sermos incréus.

A Turquia, o Erdogan, a Merkel, A União Europeia e o elétrico da democracia



Quem é que ganha com este golpe de Estado na Turquia? O fascista e apoiante de terroristas e líder da Turquia, Erdogan.
Ele próprio resumiu esse bónus que recebeu, dizendo que foi um "presente de Deus".

Na verdade, só pode ser um presente que o Erdogan deu a ele mesmo.
A criatura define assim a democracia: é um elétrico que nós abandonamos quando chegamos à paragem.


Ele não podia abandonar o elétrico, mas agora já pode: mandou prender os militares que o criticavam, os juízes que não faziam o que queria e ainda quer reinstituir a pena de morte.

Enfim, quer destruir tudo o que fez o grande herói da Turquia, o Ataturk, que a modernizou e ocidentalizou, como queriam as elites.

Este, ao contrário das elites, procura o apoio do povão ignorante e fanático, que é a maioria. Povão que se põe à frente dos tanques, a pedido de Erdogan, deixando-se matar pelo próprio Erdogan. Que quer ser o grande herói da Turquia, o segundo Ataturk, pois o nome significa: pai dos turcos.

Quem quiser entender um pouco mais do que é a Turquia, ler o livro do prémio Nobel, autor turco que nunca saiu de Istambul, a não ser por poucos dias. Comprei-o lá em inglês, mas existe em tradução portuguesa.

IstambulMemórias de uma Cidadede Orhan Pamuk

Que vai fazer a Europa da Merkel e do Hollande? Apoiar este ditador, como sempre o apoiou. Eles também querem sair na próxima paragem do elétrico da democracia, mas não podem e põem os seus interesses à frente dos da Europa.

Quando a Turquia for um regime fundamentalista islâmico dispostos invadir a Europa, a Europa pede socorro aos Estados Unidos.

E se os Estados Unidos conseguirem coser um remendo na situação, todos nós vamos criticar os Estados Unidos, sentados no sofá.

Como até aqui sempre aconteceu, desde a Segunda Guerra Mundial. Mas os sofás não duram para sempre.


terça-feira, julho 12, 2016

Durão, a Mamona das repúblicas

A mocinha que anda a ganhar prémios aos saltos deveria chamar-se Patrícia Barroso.
Barroso é um daqueles nomes de rua ou de avenida que funcionam como uma autoestrada para quem se chama assim poder chegar depressa onde quer. Nem precisam de ir aos saltos.
O Durão Barroso, pelo contrário, deveria chamar-se Durão Mamona. 
Porque gosta de mamar nas tetas das repúblicas. Da grega, da portuguesa, da irlandesa, etc. e da portuguesa, que foi a sua primeira. 
É isso que vai fazer para a Goldman Sachs, como tem feito sempre. 

segunda-feira, julho 11, 2016

11 de Julho, um dos dias de Portugal



Este é um dia muito maravilhoso.
Já não aguentávamos as  troikas, as austeridades, os coelhos, as merkeis, os cavacos. 
Já não aguentávamos tanta banalidade, tanta realidade, tanta traição.
Precisamos desta imensíssima catarse.
 Podemos ser bons. Muito bons. Muito ótimos. E felizes.
Já fizemos coisas mais difíceis. Muito mais impossíveis.
Já atravessamos coletivamente o vale das sombras e da morte.
Já passamos coletivamente por incontáveis vergonhas e humilhações.
Por enormes vitórias.
Afinal, já temos 800 anos. É uma história futura para construir.
Precisamos de inspiração. E de alegria.

quinta-feira, julho 07, 2016

Solução para Portugal? Voar, claro




No intervalo fartei-me de ver o jogo porque atiravam ao chão o Ronaldo sempre eu ele estava perto da bola. E Os árbitros não veem...
Fui para o jardim fotografar os fãs e depois jogar matraquilhos com os meus alunos pequenos.
Fiquei a saber que, não podendo avançar nem recuar, o Ronaldo voou. Inspiração para todos nós, para o nosso país que voa agora numa geringonça acima da Europa.
Se a Europa se põe à frente e atrás...

Solução para Portugal: Voar, claro, como o Ronaldo.

segunda-feira, julho 04, 2016







Como a minha mãe gostava muito da rainha Santa Isabel e como a sua festa é hoje, aqui no bairro, fui ver a benção do pão e das rosas. Cerimónia curta mas muito comovente e no fim deram-me esta rosa e esta saquinha com um pão. E comprei o livro de banda desenhada. Os cânticos eram lindos, pareciam ser africanos e os padres (ou 0 padre, não sei porque agora há muitos vestidos de branco) também abençoaram quem faz anos hoje, incluindo o padre que falou e as mulheres de nome Isabel.  O padre disse que este milagre das rosas era "truque de família", já que a tia-avó, Santa Isabel da Hungria, também o fez. Os padres andam saídos da casca. Ainda bem.

Na cerimónia só não gostei das vénias, que me pareceram demasiado veniais, do padre ou dos vestidos de branco (vestidos de padre?) ao presidente da câmara e ao presidente da junta. Mas são pecados veniais, pois foram eles que pagaram (Eles? Nós?). 


A igreja está em restauro e deve ficar ótima. O altar mor tem uma nova estrutura (garantiram-me que não existia antes) que faz lembrar a Torre de Santa Bárbara, mas não deve ser. Vê-se ali ao fundo. A pessoa com quem falei julgava que era uma estrutura transitória de madeira. Inauguração pública Terça-feira, 19 de Julho às 17:30 - 20:00.


Ver aqui, no Facebook


As outras fotos são da festinha propriamente dita, que tem melhorado, pois não é bem um tradição. É uma das muitas "tradições novas" de Lisboa.


Uma das fotos mostra como assam um porco inteiro e oferecem sandes de porco assado gratuitas a quem quiser. É a parte pagã da festa, ou talvez a medieval. Mas, depois desta cerimónia tão bonita e dum dia tão bonito, não só por este motivo, mas por outros inconfessáveis, decidi fazer um dia vegetariano. Esta é minha maneira de ser religiosa. Ah, que pena, lembrei-me agora que, a meio da manhã, comi um rissol... não me peçam perfeições, por favor. :) 


A rainha morreu em 4 de julho, faz hoje 677 anos. Muitos.

domingo, julho 03, 2016

Lisboa: o fora e o dentro nas noites de verão



Algo que eu detestava em Lisboa, cidade que amo e odeio às vezes, é que, no verão, nas noites, não dá para estar fora de casa, ao contrário do campo, em que não há dentro nem fora. Mas a cada ano surgem maneiras novas de estar na rua, como devia ser antigamente. Esplanadas nos jardins a dar o Euro, cinema ao ar livre, festas e festivais populares, etc. estamos, em muitos aspetos, a recuperar o que o antigamente tinha de bom.