quarta-feira, março 06, 2013

Polémica transatlântica: Comissão Europeia Versus Krugman

Não é preciso ser "Prémio Nobel da Economia", como o é Paul Krugman, para nos espantarmos com estas perguntas sem resposta. Pelo contrário. Senão, leiam isto:

“O que surpreende são homens que não sabem nem teoria nem a história de anteriores crises e que estão plenamente convencidos do que fazer na actual; e que a sua confiança nas suas receitas não tenha sido abalada pelo facto de se terem enganado sobre tudo até agora. E, claro, o que é ainda mais surpreendente é o facto de esses homens ainda estarem ao comando”. 
Paul Krugman

Mas a comissão Europeia reagiu mal e abriu polémica. Uma vez sem exemplo, por ter chamado Barata a Ohli Rehn. No post  “Baratas e comissários” do seu blogue. A polémica está para durar. Será que "da discussão nasce a luz"?

segunda-feira, março 04, 2013

Navegadores Portugueses Descobriram Austrália


Mapa Do Século XVI 



Há já muito que os australianos tentam demonstrar que foram os portugueses a descobrir a Austrália. Os portugueses nunca reivindicaram isso, descobriram tanta coisa...

Mas os australianos acusam os holandeses (alegados descobridores, através do navegador Willem Janszoon  - até o nome é parvo), de terem tranformado a enorme Ilha, quase pequeno continente, com uma biodiversidade especial e única, numa imensa colónia penal, para os muitos criminosos. E isto durante muito tempo. Durante séculos, a história australiana foi miserável.

É claro que esta narrativa não é nada invejável como mito das origens de país nenhum. Que chato!

Basta ler um livro interessante, sobre esse tema das colónias penais, ou um filme que retrata uma espécie de escravatura infantil, já no Sec. XX. Se alguém souber o título do filme, agradece-se que diga.

O LIVRO É: O Livro dos Peixes de Gould (CLICAR)

"Cristovão de Mendonça foi o lider de uma expedição de quatro barcos em 1522 que chegou a Botany Bay na Austrália." 

Em breve haverá romances sobre esta desconhecida aventura. Quanto mais desconhecida, mais romanceável.

Quem será esta criatura, Cristóvão de Mendonça? Que navegações terá feito?


domingo, março 03, 2013

JORNAL PÚBLICO: A GRANDE MERETRIZ: sem ofensa para as outras meretrizes


Vou ao ponto de concordar, quando o público de hoje afirma que houve muito menos pessoas na manif do que as declaradas pelo movimento Que se Lixe a Troika. Mesmo ao apresentarem os dados de que dispunham, bastava fazer contas de cabeça para entender que a soma nunca daria um milhão e meio.

Mas é um exagero o mesmo jornal, do mesmo dia, afirmar que a Manifestação teve pouco eco na Imprensa estrangeira, quando tudo indica o contrário.

Houve uma época em que o Público aceitava links para os blogues como comentário às notícias, mas, assim que as críticas subiram de tom, começou a só aceitar comentários a faits divers e depois também acabou com isso.

Fala-se muito desta parcialidade do Público, também no noticiar ou ignorar eventos culturais, mas isto é demasiado óbvio.

Houve uma longa época em que o Diário de Notícias era considerado a maior meretriz (a começar por um p) do país, por estar sempre do lado do poder. Agora foi destronado.


sábado, março 02, 2013

Que se Lixe a Troika - 2 de Março - Lisboa







Algumas pessoas capricharam nos cartazes. Pequenos e simples, mas muito imaginativos. 

Pequenos e simples, porque a Manif não foi convocada por partidos ou sindicatos.
E porque muito deles foram feitos por artistas, muito rapidamente, mas com gosto. Como se vê na última foto.
Havia muitos espanhóis na Manif. Tinham vindo de propósito.
Nunca se viram tantos espanhóis manifestando-se e fotografando tudo, em Lisboa.
E, claro, cantando a Grândola

Que se Lixe a Troika - 2 de Março - Lisboa



A novidade foi aquele aparelhinho telecomandado, que capta imagens,. Creio que é um drone.
E aquelas três amigas, divertidísimas, com os cartazes que lhes deram. Falaram em direto para dois canais, foram fotografadas por mil pessoas, incluindo pessoas espanholas... porque, numa manif triste, estavam alegres.

No Marquês de Pombal havia artistas a fazer estes cartazes para quem quisesse.

E  Lisboa ao fundo: Terreiro do Paço: restauração da estátua de D. José e do Arco da Rua Augusta.

Que se lixe a Troika - Lisboa - 2 de Março




E Lisboa ao fundo, sempre bela.
A 4ª cidade mais bela do mundo: Veneza, Paris, Praga, Lisboa.


GOSTO DESTA SENSAÇÃO: NÃO VALE APENA COMPRAR O JORNAL DO DIA DE HOJE. A MANIF A QUE VOU, SERÁ ACAPA DE TODOS OS JORNAIS DE AMANHÃ. PARTICIPEMOS NO ACONTECIMENTO, AGORA.

sexta-feira, março 01, 2013

PARECE QUE A MANIF DE AMANHÃ VAI SER HISTÓRICA. DEPOIS PONHO AQUI AS FOTOS

ADEUS BENTO XVI. FELICIDADES!





Bento XVI deixa-nos, num ato de humildade e de modéstia que ainda nenhum Papa tinha tido. 
O seu secretário, considerado pela revista Vanity Fair um homem tão belo como o Clooney do anúcio do Nespresso, (a Nadinha não é suspeita de ficar azul só porque um homem é muito bonito, comparado com outros homens, geralmente todos bastante feios :)) é visto nestas imagens completamente rendido (diríamos mesmo, em português vulgar, "derretido") por alguém que claramente admira.


E este mesmo homem bonito, inveja de tantas mulheres, entrou ontem para a clausura, juntamente com o ex-Papa.



Razões que a razão desconhece, ou melhor, motivos que os parolos e as parolas deste tempo nunca poderão compreender, nem que vivam mil anos. Têm a ver com o espírito. 



Têm a ver com a admiração, que é o oposto ou o contraponto da inveja. E quanto ao futuro desta pessoa, muito terá ainda de viver. Não é jovem, tem 56 anos.  Parece jovem. É jovem, só tem 56 anos.



(Qualquer leitor deste blogue saberá que sempre gostei deste Papa, Bento XVI, sendo esta uma das idiossincrasias do blogue Terra Imunda. 


(A Nadinha poderá ser acusada de várias coisas, mas não de falta de personalidade, seja o que for que quer dizer a palavra personalidade). 



:)



Os parolos e as parolas deste tempo julgam que um vestuário muito caro, ou até mesmo só o dinheiro, os livra da falta de nível, de inteligência, de cultura, de personalidade e de tudo.



quinta-feira, fevereiro 28, 2013

"Existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana."

Para corroborar o post anterior:
"Existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana." - Albert Eintein.


Também aqui neste país encontramos esta estupidez infinita, pela segunda vez (pelo menos, o outro foi o caso da Pêpa da Mala, referido neste blogue) em pouco tempo, da parte da gente da moda.



Todos suspeitamos que quem se interessa muito pela moda é fútil e parvo. Depois reconsideramos. E depois de reconsiderarmos, ficamos com a certeza.



Vejamos: uma jovem, Ana Sofia Alves, doente de cancro, conseguiu, através de uma empresa humanitária "Make a Wish", assistir À entrega dos Óscares, sendo entrevistada para televisões Americanas.

Uma blogger de moda decidiu criticá-la por estar mal vestida, na opinião dela. É claro que alguns da área da moda são capazes de fazer tudo para dar nas vistas por estarem bem vestidos. É o caso do tristemente célebre rapaz (não sei o nome) que matou o tipo do jet-set (não me lembro do nome) em Nova Iorque. Já ninguém se lembra do nome dos dois, embora eu até tenha falado algumas vezes com o mais velho. Um parvo qualquer.






Não é o caso de uma menina que esteve muito doente e que cumpriu o seu sonho. Jovem e elegante, tudo lhe fica bem. E tinha muito bom aspeto em Hollywood. Mesmo sem Chánéis e outras pascacices. Conjeturar que essas coisas são necessárias, seja para o que for, é mais uma atitude  provinciana do que uma versão cosmopolita.




Ou seja: as mulheres conquistam direitos, incluindo o de não condescenderem com o gosto imposto pelos outros e estes palermas regridem ao longo da história. 

Somos obrigadas a vestir como os outros acham que está bem e a gastar nisso o couro cabeludo e o cabelo.

Os parolos e as parolas deste tempo julgam que um vestuário muito caro, ou até mesmo só o dinheiro, os livra da falta de nível, de inteligência, de cultura, de personalidade e de tudo.

" E tem marés de fel, como um sinistro mar"

"A dor humana busca novos horizontes
 E tem marés de fel, como um sinistro mar"
(Cesário Verde)


"Existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana."

Albert Einstein


terça-feira, fevereiro 26, 2013

OLÁ! Você já comeu cavalo?

OLÁ! Você já comeu carne de cavalo?

Ou mesmo de égua, ou de póney?

Não confundir com: boi, vaca, vitela, novilho...

Você juraria que nunca iria comer o cavalo, a égua, o pónei, tão giro?

VER AQUI

domingo, fevereiro 24, 2013

Protestar, sim, mas "com termos", sem "passar das marcas"

Dia Dois de Março, vai haver mais uma manif contra o Governo, uma daquelas que prometem arrasar.

O Governo começa a receá-la, ao saber que a CGTP aderiu. E que é espontânea e que usa a Internet.

Desde que este governo está no poder, ou melhor, desde que esta cambada, incluindo o anterior governo, está no poder, vem sendo hábito dizer que as manifestações "passaram das marcas". 

Quais marcas?

O melhor será perguntar a Marcelo Rebelo de Sousa, porta-voz do regime, e Big Brother da angústia de domingo à noite, quais são as marcas.

Até agora, a sociedade portuguesa só mudou quando as manifestações populares "passaram das marcas": revolução de 1383-1385, revolução de 1640, revolução liberal seguida de guerra civil, revolução republicana.

Ia dizer revolução dos cravos, revolução do 25 de Abril, mas, como essa não "passou das marcas", ficou tudo quase na mesma e já estamos a voltar atrás.

Série "Os Tudors"

Passa atualmente no Tv5 Series uma série intitulada Os Tudors, que se calhar já é repetida, pois dá aos domingos de manhã.

Conta a história de Henrique Oitavo e suas mulheres. Henrique Oitavo, o rei que obrigou os ingleses a separarem-se da igreja de Roma para poder abandonar umas esposas e casar com outras, matando as anteriores. Inventou uma espécie de religião adequada aos seus propósitos, sacrificando os que lhe eram contrários, incluindo o escritor, humanista e político Thomas More, considerado santo e mártir pela Igreja Católica, porque foi executado na Torre de Londres, tal como algumas das novas esposas do rei..

E o povo inglês converteu-se.

Apetece perguntar: o que argumentam os ingleses aos filhos, quando estes lhes perguntam por que razão não cortaram a cabeça a esse rei, nem a nenhum rei depois desse, ao contrário do que fizeram os países republicanos.

Aparentemente, os ingleses continuam a considerar que existe uma família inglesa superior a todas as outras famílias inglesas (se calhar até têm razão) e, aparentemente, estão dispostos a converter-se a qualquer outra coisa, para fazer a vontade a essa família.


E ASSIM VAMOS ALEGREMENTE, A CAMINHO DO NAUFRÁGIO DA EUROPA

sábado, fevereiro 23, 2013

Sócrates, O Vampiro: E em Portugal, qual é o preço do sangue?



Esta criatura, José Sócrates Pinto, já foi primeiro ministro de Portugal, tendo deixado o país de rastos.

Agora, depois de ter sugado o sangue dos portugueses e de ter sugado o país até ao tutano, esta criatura anda a vender sangue e "seus derivados"( nada mais apropriado). 

Trabalha para uma empresa suíça, à qual o mesmo referido José Sócrates Pinto (enquanto 1º Ministro de Portugal) deu o monopólio da venda de sangue e "seus derivados em Portugal, a qual empresa foi acusada, no Brasil, de liderar a "Máfia dos Vampiros". 

Esta "Máfia dos Vampiros" vendia o sangue e "seus derivados" a um preço muito elevado, aos brasileiros, que protestaram contra isto e abriram um inquérito. A um preço muito elevado, por ter eliminado a concorrência. Vendia sangue a um povo que ainda não saiu da mais profunda miséria, apesar da recente evolução.



E EM PORTUGAL, QUAL É O PREÇO DO SANGUE? 

TALVEZ SEJA UM PARTIDO? UM PS? UM PSD? WATHEVER?

PODEM CONSULTAR ESTAS DUAS NOTÍCIAS DE HOJE, 23 DE FEVEREIRO DE 2013, UM DIA QUE TAMBÉM FAZ PARTE DA MUDANÇA QUE QUEREMOS VER.


ou no EXPRESSO


ESTE HOMEM É O NOSSO ORGULHO

Ou, para quem não é bom entendedor, 

ESTA CRIATURA É UMA DAS NOSSAS VERGONHAS!

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Fadistas e fadistas. "Esse mundo de fadistas, de faias"

Alguns fadistas, no pior sentido da palavra, (não quer dizer que não cantem bem), andam por aí, no Facebook, a defender este inenarrável governo.

Não admira. Também é este inenarrável governo que os sustenta. Que promove o faduncho do coitadinho. E os outros inenarráveis governos que temos tido.

E o fado, na pior aceção da palavra, é isso mesmo:

"Oh, como eu sou infeliz por ter nascido póóóoóbre!!! Tchum, tchum, tchum tchum!"
"E a minha mãããããe era uma meretriz e o meu pááái era um coveiro e também era arruaceiro e também era um pantomineiro de fáááca na liiiga!" Tchum, tchum, tchum tchum!"

Tudo isto vem a propósito da Grândola: ainda há quem se aflija com uma canção da revolução anterior?
Então, esperem pelas próximas. Fadistas que acham mal cantar a Grândola aos políticos e esses e outros até acham mal as manifestações contra o Relvas... 

As verdadeiras fadistas, as pessoas que nos podem representar enquanto povo, essas não estão com o sistema, essas não têm medo da Grândola e até a cantam.

Que me desculpem os fadistas homens. Deve haver, mas ainda não conheço nenhum homem fadista que não seja "fadista" - o que, no tempo de Eça de Queirós e, para citar as suas palavras , "Esse mundo de fadistas, de faias"


Pois, o fado pode também ser protagonista do humor involuntário, vulgo ridículo.


Vejamos, as próprias palavras de Eça de Queirós, em Os Maias:

"Falou-se logo do crime da Mouraria, drama fadista que impressionava Lisboa, uma rapariga com o ventre rasgado à navalha por uma companheira, vindo morrer na rua em camisa, dois faias esfaqueando-se, toda uma viela em sangue - uma sarrabulhada como disse o Cohen, sorrindo e provando o Bucelas.


Dâmaso teve a satisfação de poder dar detalhes; conhecera a rapariga, a que dera as facadas, quando ela era amante do visconde da Ermidinha... Se era bonita? Muito bonita. Umas mãos de duquesa... E como aquilo cantava o fado! O pior era que mesmo no tempo do visconde, quando ela era chic, já se empiteirava... E o visconde, honra lhe seja, nunca lhe perdera a amizade; respeitava-a, mesmo depois de casado ía vê-la, e tinha-lhe prometido que se ela quisesse deixar o fado lhe punha uma confeitaria para os lados da Sé. Mas ela não queria. Gostava daquilo, do Bairro Alto, dos cafés de lepes, dos chulos...

Esse mundo de fadistas, de faias (*), parecia a Carlos merecer um estudo, um romance... Isto levou logo a falar-se do Assomoir, de Zola e do realismo: - e o Alencar imediatamente, limpando os bigodes dos pingos de sopa, suplicou que se não discutisse, à hora asseada do jantar, essa literatura latrinaria. Ali todos eram homens de asseio, de sala, hein? Então, que se não mencionasse o excremento!"



(*) - [Antigo, Depreciativo]  Indivíduo considerado de baixa condição, desordeiro ou brigão, que frequentava tabernas, tinha modos e falar especiais, e costumava, nos seus folgares, cantar e tocar o fado. = FADISTA 

(in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)


quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Como o bispo de Lisboa e outros foram mortos e lançados da torre da Sé a fundo.


Fernão Lopes, Crónica de D. João I 

 "Como o bispo de Lisboa e outros foram mortos e lançados da torre da Sé a fundo."

"E elles, quando viram que não repicaram na Sé, e que o bispo d'aquella guisa estava na torre e as portas da egreja fortemente cerradas, que as não podiam tão azinha quebrar, houveram escadas e entraram por uma fresta, e foram mui á pressa abertas, e entraram entonce quantos quizeram, sen- do muito poucos, em respeito dos que estavam fora. E a commum voz de todos era que fossem acima ver quem estava na torre, e porque não repicara, como nas outras egrejas •, e se fosse o bispo que o deitassem a fundo. " 
............................................
"A sanha trigava os corações, e com mencoria co- meçaram de bradar, olhando todos pêra cima, di- zendo: Que tardada é essa que vós lá fazeis, que não deitaes esse trédor a fundo ? Já vos tornastes castellãos com elle ? De mais se vos peitou que o não deitásseis, e sois já todos de um accordo ?» Então começaram todos de jurar que se o não deitassem iam acima, que todos viessem a fundo com. elle. "


Ou, mais recentemente:

Rede de Cuidadores confirma denúncias contra bispo

Isto está tudo igual à revolução de 1383- 1385

MIGUEL RELVAS COM EQUIVALÊNCIA A VÍTIMA DO TARRAFAL


MIGUEL RELVAS JÁ TEM NOVA EQUIVALÊNCIA: A VÍTIMA DO TARRAFAL.
NA PRÓXIMA MANIFESTAÇÃO DO 25 DE ABRIL JÁ VAI DESFILAR COM OS SEUS PARES, AS VÍTIMAS DO TARRAFAL SEM EQUIVALÊNCIA.

ESTA EQUIVALÊNCIA FOI-LHE GARANTIDA POR TER PASSADO CERCA DE 15 MINUTOS NUMA UNIVERSIDADE E POR TER SIDO IMPEDIDO DE FALAR.

Fernão Lopes: Lisboa, Revolução: (1383-1385)



Pois, era chato, mas não seria a primeira vez que o povo assaltava os paços de Lisboa. Não com cantigas, mas com lenha e carqueija.

"Alguns deles bradavam por lenha e que viesse lume para porem fogo aos Paços e queimar o traidor e a aleivosa. Outros se afincavam pedindo escadas para subir acima e verem que era doMestre, e em tudo isto era o arruído tamanho que se não entendiam uns com os outros nem determinavam coisa nenhuma. E não somente era isto à porta dos Paços mas ainda ao redor deles, por onde homens e mulheres pudessem estar. Uns vinham com feixes de lenha, outros traziam carqueja para acender o fogo, e cuidavam queimar assim o muro dos Paços, dizendo muitos doestos contra a Rainha"
Fernão Lopes, in Crónica de D. João I

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Grândola viral: "una furtiva lagrima"



"Grândola Vila Morena" está a tornar-se viral na Internet e sobretudo no Facebook, pelo menos em Portugal e Espanha.

Depois de a polícia ter corrido à cacetada o povo que se manifestava frente à Assembleia da República em Lisboa, usando truques que fizeram muitos terem pena dos tadinhos dos polícias, o povo recolheu-se, em parte por causa do Inverno. Pensou. Foi para o Facebook...

Hibernou e passou de formiga a cigarra. Agora canta, o que não é proibido.

É que não apetece muito "morrer pelas nossas ideais". Sobretudo porque não se trata de ideias e sim de pessoas. Corruptas. De governos corruptos.

E se uma furtiva lágrima assomar aos olhos desatentos, enquanto se ouve esta orquestra espanhola tocar e o povo espanhol cantar (sabendo toda a letra) a Grândola, isso é apenas um efeito secundário.

No problem. Segue-se a Revolução Mundial.

domingo, fevereiro 17, 2013

Papabili: "A sul do Equador não há pecado"


(Bento XVI dizendo Missa no terreiro do Paço, em Lisboa)

Também é interessante o legado deste Papa, Bento XVI, ao propor, em vida, a  eleição de um novo Papa. E por ser contra a tradição. Pelo menos nesse aspeto, e já é muito...

Fala-se agora de um papa negro. A ideia é tão relevante, que já foi escrito, há décadas, um romance, ou vários, sobre esse tema. Mas a realidade nem sempre é tão interessante como parece. Um Obama negro, um papa negro.


Esta situação faz lembra uma outra, relativa à independência de Timor: Ali Alatas, o representante da Indonésia para a questão de Timor, revelou um completo desrespeito e mesmo um absoluto desconhecimento dos direitos humanos e demais questões democráticas. Mesmo assim, era um dos candidatos a Secretário Geral das Nações Unidas. 

Caso para perguntar: de onde vêm estes candidatos?

Esta criatura já estará eliminada à partida, pois nenhum cardeal europeu votará numa abécula, só porque é negra (ou até pelo contrário). A criatura consegue pôr em contraste dois aspetos da igualdade, ou falta de igualdade: cor e orientação sexual. Nem falemos da igualdade de género.

Se este é o melhor candidato da Igreja Africana e quer matar gente, nem daqui por mil anos poderá haver um papa desse continente.

A alternativa está no polo oposto: um brasileiro, defensor da Teologia da Libertação, muito moderno em tudo, Dom Cláudio (Hummes). Ou um brasileiro, menos moderno, mas mesmo assim moderníssimo, Odilo Scherer. Como dizem os nossos irmãos: "A sul do Equador não há pecado". Era bom. 

Outra hipótese e outra versão: 

O teólogo suíço Hans Kung afirma que a Igreja está doente, porque vive no Século XI. E propõe o brasileiro já aqui referido, Odilo Scherer.

Nem era mau que um Papa falasse português como língua materna, mas se fosse só essa a vantagem... então, mais valia um romano, um italiano, como foram quase todos. Ao menos, gostam de comer de de beber e de... e também apreciam a arte. 

Não são muitas a s religiões que promoveram a liberdade artística e a arte.  
Nenhuma o fez tão bem, ao longo dos séculos, como a Religião Católica.


sábado, fevereiro 16, 2013

Vinhos... por exemplo... Poeira






Salazar dizia que "beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses". É uma das poucas frases acertadas que disse esse atraso de vida. 

Nesse tempo era um vinho carrascão, pois não havia investimento na qualidade, na agricultura nem na enologia, a não ser da parte dos ingleses.

Muitos anos passados, o vinho é um dos setores económicos que mais rendem ao país, em parte devido ao esforço de algumas pessoas.

As notícias são sempre ótimas.

E também é giro ser contrário ao atual puritanismo. Que é contra o álcool. Nem Cristo, nem a conservadora igreja católica eram tão puritanos. Não sabe beber? Não beba, mas não culpe os bons vinhos de o seduzirem para além do possível. ("Quem não tem dinheiro não tem vícios" (ditado popular, etc.))

E é uma questão de bom gosto.

Por exemplo, o Vinho Poeira, inventado por Jorge Nobre Moreira, na foto, tem-se revelado uma agradável e requintada surpresa.

Como se pode ver pelos muitos elogios que tem recebido. 




quinta-feira, fevereiro 14, 2013

O Estado da nação: as faturas: ainda só são dez da manhã e já perdi 5 faturas


Logo pela madrugada, levanto-me da cama, saio para as ruas de Lisboa, vou ao café comer um pastel de nata e tomar um cafezinho.

- A fatura, por favor!- Aqui a tem. Não se esqueça de a guardar durante quatro anos. - Claro que não. Nunca esqueceria uma coisa dessas.Vou trabalhar. A certa altura tenho sono e dirijo-me a uma máquina de café de moedas, chamada Alice. Tiro um café.
- Alice, dá-me uma fatura, OK? Alice!!! Alice!!! Olha que eu posso ser multada! - Dou um pontapé na Alice, que fica igual a ela mesma, imóvel. A Alice não dá faturas. Falha técnica, que deve ser reparada.

A meio da manhã, aproveito uma aberta e saio um nadinha, para tirar fotocópias. 

- Por favor, a fatura!- Ok. Como tirou várias fotocópias diferentes, quer várias faturas?- Sim, por favor. Três faturas. Claro.Aproveito a saída do trabalho para ir comprar o jornal. Folheio também um livro, oferta de uma revista e um DVD, oferta de outra revista e trago tudo.- Por favor, passe-me três faturas, está bem?- Com certeza. É para já. Guarde-as durante três anos, senão eu pago uma multa, está bem?- Não são quatro anos? - Ah, pois é. Quatro anos.A caminho do trabalho, revisto os bolsos e a carteira: deveria ter sete faturas, mas onde é que as meti? Só encontro duas, uma do café da manhã e outra do DVD. Se calhar deixei as outras cinco no quiosque dos jornais. Volto atrás.- Não viu aqui 5 faturas? - Eu tenho aqui uma caixa cheia delas, veja lá se algumas são suas!Olho, folheio: faturas do talho, da peixaria, do sapateiro, do amola tesouras e navalhas, do lupanar Bataclã, do tarólogo, do carpinteiro, do reparador de aparelhos elétricos, das aulas de ginástica, da Igreja Dos Últimos Tempos...- Não, obrigada, estas não são minhas!Cenas dos próximos capítulos: ainda só são dez da manhã e já perdi cinco faturas....Esta ficção baseia-se nesta notícia dos jornais de hoje


(A mim parece-me boa ideia exigir faturas, pois todos deveriam pagar impostos, ao contrário do que acontece em Portugal. Mas para que servem os registos informáticos? Para andarmos carregados de papéis e para abatermos inutilmente milhares de árvores? Por outro lado, se não for obrigatório pedir fatura é considerado antipático pedi-la. E colaborar com a fraude. E pagar mais impostos, a favor daqueles que não pagam um cêntimo. Esta coisa está a ser bem feita?)

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

São Pedro anda um nadinha baralhado




No dia em que o Papa tomou uma atitude unanimemente admirada, uma vez sem exemplo, pelo desapego ao poder e pelo desafio Às tradições, São Pedro lança um raio no Vaticano, como a dizer que acha mal.

No Carnaval, os dia pareciam de quarta feira de cinzas, com tudo mundo meio acamado com gripes, na quarta feira de cinzas põe-se um tempo tão esplendoroso que parece verão.

Ai tio Pedrão!!! Será o Alzheimer?

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Joseph Ratzinger: O que é ser moderno?





Fotos (originais) da missa do Papa Bento XVI em Lisboa

Como sabem os fiéis deste blogue, sempre gostei deste Papa, que nasceu no mesmo dia e mês que eu, 16 de Abril. Não ignorei que foi eleito em 19 de Abril, nem que o nosso aniversário, no ano seguinte, foi no dia de Páscoa. No sua primeira Páscoa como Papa. 

Talvez haja indícios que são presságios. Acasos? 

Agora fico satisfeita. Os que o acusavam de adorar o poder, ficaram perplexos. Só esses. 
É um homem culto, que gosta de ler e de escrever, o seu sonho era acabar tranquilamente os seus dias a fazer isso. Sonho que talvez já nem possa realizar, pois vai entrar numa ordem meditativa.

Os seus livros tornaram-se best sellers, tenho alguns, vou adquirir os outros. Livros de teologia católica best sellers? Sim. A religião católica e todos os batizados católicos, crentes, ateus, agnósticos, ateus católicos, agnóstico-católicos, todos precisam de refletir sobre a sua condição. 
E Ratzinger consegue satisfazê-los, pois compreende muitos bem os tempos modernos. E não estranha a adesão ao budismo, hinduísmo e islamismo de muito antigos católicos. Porque compreende.

E tem a primeira atitude de abandono do cargo de Papa, gesto único em quase 2000 anos.

- O que é ser moderno? Pode alguém de 85 anos ser mais moderno do que um jovem de 18?
- Seguramente que sim.

domingo, fevereiro 10, 2013

Alguém tem medo da Serpente?





(Foto da Nadinha, pelos seus 30 anos e completamente magérrima, como foi até há pouco tempo, em Marrakech)

Começa hoje o Ano da Serpente de Água.

É exatamente do que precisamos! De uma opinião pública mais reivindicativa. Abençoada Serpente!!!

Homenagem ao ano da Serpente de Água


sábado, fevereiro 09, 2013

Tomates portugueses e outras "viandas"

"Em 1537, António da Silveira escreveu assim ao turco Suleimão Paxá, em resposta a uma proposta de rendição da fortaleza de Diu, onde um exército de 25.000 homens defrontava 600 Portugueses (note-se que Suleimão Páxá era um eunuco):

"Muito honrado capitão Paxá, bem vi as palavras da tua carta. Se em Rodes tivessem estado os cavaleiros que aqui estão neste curral podes crer que não a terias tomado. Fica a saber que aqui estão Portugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António da Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos teus canhões e que todos os Portugueses aqui têm tomates e não temem quem os não tenha". "

"Diu permaneceu em mãos Portuguesas até 1961..."


Oh, Tanto orgulho pátrio!!! 
Para onde foi tanto legume português?

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Menino Prodígio: o Franklinzinho

Após ter sido expulso do infantário aos 4 anos por ter engravidado todas as contínuas, o atual secretário de estado Franklin Alves começou a trabalhar aos 16 anos como importante consultor da não menos importante empresa americana Ernst And Young, a qual empresa, só viria a ser fundada 19 anos mais tarde. Segundo consta do curriculum oficial deste maravilhoso eusebiozinho. (Também trabalhou no conceituado banco BPN).

Se lhe acrescentarmos uma "almazinha de bacharel", fica completo o prodígio.

É de génios como este que o país necessita. Será talvez o novo D. Sebastião?

Se dúvidas houver, não há como consultar aqui

Um dia a casa [veio] abaixo

"Nos e-mails, os analistas afirmam que darão a avaliação máxima a "qualquer produto financeiro, mesmo que tenha sido estruturado por vacas", enquanto dizem esperar estar "ricos e reformados" quando "todo este castelo de cartas desmoronar".".


É possível imaginar um filme oscarizado sobre o tema, daqui por uns anos: começa numa prisão de alta segurança, um velho de barbas brancas a recordar, nostálgico, sentado na tarimba, passa para o mesmo enquanto jovem, com outros jovens aos saltos e a cantar “a casa vem abaixo”etc. 

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Pobres políticos europeus! Tão medíocres!

Nós por cá ainda andamos com licenciaturas falsificadas ou obtidas a presuntos, pois os nossos ministros e primeiros ministros acham que devem ser dótores e não sabem como obter o diploma por vias legais.

Na Alemanha, a coisa já vai mais longe. Os ministros não querem ser só dótores, mas sim doutorados e, portanto, cometem plágio. Pelo menos, a culpa é só deles e não implicam uma estrutura universitária corrupta. Só uma estrutura universitária muito pouco atenta...

É o caso da atual ministra alemã da Educação, que perdeu o doutoramento por ter plagiado a tese, figura grada do Merkelianismo (será asim que se diz?). Antes dela, o ministro da defesa de Merkel, chamado precisamente Guttemberg, também perdeu o doutoramento e o cargo político, pelo mesmo motivo. Dessa vez, a Ministra da Educação foi das pessoas que mais acusaram o pobre do Guttemberg...

LOL! Pobres políticos europeus

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Cabras com telemóvel


A "necessidade aguça o engenho", como dizia o Tio Luís (de Camões).
E aqui está um exemplo ilustrativo, em que o pastor, não sabendo das cabras, colocou um telemóvel no pescoço da líder e seguiu-a pelo Google, como se fosse um GPS.

Este pastor moderno é protagonista DESTA NOTÍCIA

(Ainda há pouco tempo se criticavam as pessoas que tinham telemóvel, considerando-as novas ricas, convencidas, ridículas... agora as cabras também têm. Tudo muda).


segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Então e nós? Vamos desculpar? E pagar?

EUA vão apresentar queixa contra agência S&ampoor

Isto era algo que não se compreendia! Como é que as agências de rating, que são responsáveis pela crise mundial, por terem falhado rotundamente a avaliação, rating, do subprime, têm ainda o direito de pôr e dispor dos países, avaliando-os, cortando-lhes o crédito, etc...

Agora os EUA vão apresentar queixa. E nós, muito mais prejudicados, o que vamos fazer?



Vejo agora: "Os EUA reclamam, pelo menos, cinco mil milhões de dólares por perdas de investidores devido a produtos "deliberadamente inflacionados", em particular em termos de hipotecas".

Só cinco mil milhões???

Tudo Muda.


PAUL KRUGMAN


NÃO EXISTE EXATAMENTE UM NOBEL DA ECONOMIA, MAS SIM UM PRÉMIO QUE É CONSIDERADO COMO TAL E PAUL KRUGMAN GANHOU-O.
VER O QUE DIZ SOBRE AUSTERIDADE.

No Austerity Has Helped Any Economy


Passos Coelho, Seguro, Cavaco e Cavaca em órbita

O Presidente do Irão (Clicar) deseja ir para o Espaço e entrar em órbita, sendo o primeiro iraniano austronauta nos ares, com todos os riscos que implica esta situação nova.

E se mandássemos para lá também o Passos Coelho, o Seguro e o Cavaco?

Ficava-lhes bem, pareciam até os antigos navegadores portugueses... e via-se a gente livre desta cambada!


sábado, fevereiro 02, 2013

Camões e a Merkel (continuação)




Também Camões, n' Os Lusíadas, nos diz e diz ao pateta do Rei D. Sebastião, qual é a situação de Portugal hoje:

"A pátria, [...] está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza".

Gosto da cobiça? Verdade ou Mentira?
Rudeza? Será?
Austeridade?
Apagada e vil tristeza?

"Vil", porque é indigno continuarmos  a PERMITIR, 500 anos depois, que os cobiçosos corruptos, rudes e broncos nos continuem a saltar para as costas e a arrebanhar tudo para si! 

Sim, "vil tristeza"! Porque já tivemos tempo para seguir os conselhos de Camões. E os nossos!


sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Camões e a Merkel

Camões diz claramente, no final de Os Lusíadas, que os alemães não devem mandar nos portugueses. E aconselha-nos a evitar que esta situação, em que estamos, possa acontecer.

Cada vez me espanto mais com o Tio Luís, que previu quase tudo...

Vejam, diz ele:
Nem alemães, incluindo a Merkel, nem os Galos, incluindo o Sarkozy e o Hollande, nem o Prodi, nem o Draghi, nem os ingreses, nenhum deveria mandar nos portugueses.




"Fazei, Senhor, que nunca os admirados


Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,


possam dizer que são para mandados,


mais que para mandar, os Portugueses.


Tradução para português: Fazei, Senhor, (Rei D. Sebastião), com que nunca os admirados Alemães, Franceses, Italianos e Ingleses possam dizer que os portugueses foram feitos para serem mandados, mais do que para mandarem.

Ou seja, nós deveríamos mandar no mundo, em vez de andarmos a ser mandados pela Troika.

Mais humor involuntário: vulgo: ridículo

Mais um caso de humor involuntário: subir os preços resolve o problema dos desesperados. 

Sabendo nós que a principal razão do desespero é a falta de dinheiro! E a excessiva abundância de dinheiro nos outros, devido à corrupção!

Burros! Chaboucos! Tamancos!


DGS quer restrições à venda de álcool para ajudar a prevenir suicídios.

(Lendo o texto, a principal medida é subir o preço das bebidas.)

É necessário ter um QI maravilhoso para tirar conclusões destas! Estes tempos que vivemos proliferam na estupidez, pelo que nunca houve tanto assunto para este blogue.

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Chavões New Age, atribuídos a Fernando Pessoa (Apócrifos de Pessoa)

Circulam na net muitas frases apresentadas como poemas de Fernando Pessoa. Nem são de Fernando Pessoa e, muitas vezes, nem são poemas.

Pior, esses textos não parecem ser de Fernando Pessoa, pois não têm nada a ver com a sua personalidade, nem com o seu modo de escrever.

São quase sempre textos New Age, às vezes verdadeiros chavões.

Este blogger conta um caso curioso que lhe aconteceu: um dia em que estava irritado, magoado, escreveu estas frases:

"Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo." 

Algum tempo depois, estas frases começam a aparecer na net como sendo de Pessoa. Um pouco mais tarde, aparecem coladas no fim de poema "Dez Leis para Ser Feliz", de Augusto Cury e, adivinhem... atribuídas a quem? a Fernando Pessoa. O caso é narrado pelo próprio blogger, AQUI

Outro caso, narrado no blogue Conexão Udi, é este (entre outros do mesmo género):

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." 

(Autor: Fernando Teixeira de Andrade - 1946-2008)

E muitos outros.

English as she is spoke

English as she is spoke.

É o título de um livro escrito por portugueses que não sabiam inglês, para ensinar inglês a quem não soubesse inglês e (mal) falasse português.


Ficou de tal modo mal feito, que é o exemplo acabado do chamado HUMOR INVOLUNTÁRIO, ou seja, é ridículo, ou cómicio, sem intenção. Este conceito nem existe em língua portuguesa.



Nós somos cómicos ou ridículos, na maior ingenuidade...




Publicado em 1955 pelo autor pedro carolino, merece este comentário, de Mark Twain:

 “Nobody can add to the absurdity of this book, nobody can imitate it successfully, nobody can hope to produce its fellow; it is perfect.” 

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Mais humor involuntário





Ai sim? Um tipo que se recusou aceitar politicamente a lei do "Enriquecimento ilícito", impedindo muitas criaturas do PS de irem parar à cadeia.

Há-de ir longe. Bué!

Enquanto os portugueses não estiverem todos a dormir que nem pedras!

Creio mesmo que não estão.

Com tanto problema e com tanta notícia perturbadora e aflitiva, quem consegue dormir?


A SOLUÇÃO

Tenho uma ideia ótima* para poupar dinheiro ao país: vender o palácio de Belém, o de São Bento e o da Assembleia da República, para fazer restaurantes chineses. Despachar os nossos políticos todos para a Grécia, para resolverem os problemas dos tadinhos dos gregos.

* Ótima = óptima. Tão boa como o daqueles do FMI. Por exemplo, o tipo que foi expulso do FMI, mas que tinha ideias maravilhosas para Portugal. ESTES QUE SE... eles que se lixem, ou pior

terça-feira, janeiro 29, 2013

Peste Grisalha e Malas Chanel: Humoristas?

Uma criatura, dessas da política, deputado do PSD, referiu a "Peste Grisalha" como a peste que grassa em Portugal.

É notícia nos jornais que vai haver baixas de impostos para os reformados da União Europreia que queiram vir viver para cá. Ou seja, vamos importar mais "peste grisalha".

VER AQUI: IRS mais baixo. Governo quer atrair reformados estrangeiros

São casos muito engraçados de humor involuntário.



Receita da Nadinha para combater a peste grisalha: que o Estade subsidie os produtos para pintar sos cabelos ou as idas à Queirós do Vale para esse fim!!! Não acham??? E as malas Chanel, claro.

QUE LATA!!! Quem poderá votar nesta escumalha?



OIÇAM O QUE DISSE ESTA CRIATURA, PEDRO PASSOS COELHO, ANTES DE SER PRIMEIRO MINISTRO.

NEGOU A NECESSIDADE DE TUDO O QUE VEIO A FAZER. E ACRESCENTA MESMO:

"NÃO DIZEMOS HOJE UMA COISA E AMANHÃ OUTRA".


segunda-feira, janeiro 28, 2013

Aldeia Comunitária





Este vídeo mostra o que aconteceu na aldeia comunitária de Linhares.
Uma boa ideia, que poderia ser posta em comum, também noutros lugares do país.

Ideias criativas geradas pela crise.


domingo, janeiro 27, 2013

Livros inspirados nas uvas e no vinho

Acabo de ler Ervamoira, um romance histórico abarcando várias gerações do fabrico do vinho do Porto e descrevendo a própria cidade do Porto em diferentes épocas.
Escrito com espantosa sensibilidade e com um surpreendente conhecimento da história cultural, económica e demográfica da região, aliados a uma inventiva que lhe permite narrar inúmeras estórias interessantes e originais, a obra de Suzanne Chantal consegue também mostrar o essencial da vida e do mundo, como se vistos através uma embriaguês, que apaga os contornos, sem ocultar a beleza do mundo, ignorando a monotonia dos dias e referindo vagamente, embora sem as esquecer, as partes menos belas da natureza humana.




Um outro livro que reli agora, foi O Catalão de Noah Gordon, também romance histórico, cuja ação principal decorre numa região vinícola espanhola, catalã, uma pequena quinta onde se cultiva uma vinha de fraca qualidade, que só serve para fazer vinagre. 



O protagonista vai viver para França, por razões políticas e / ou económicas, sem que exista grande diferença entre as duas razões, onde aprende como fazer vinho a sério, regressando à quintinha de vinagre, que já nem lhe pertencia... e mais não conto.





Nas duas obras, e talvez em muitas outras, o vinho serve de inspiração, tanto para a atitude dionisíaca perante a vida, como para o seu oposto, o trabalho duro, o dever...

É  a seiva, arrancada à pedra e à terra *, que circula pelos copos e pelos corpos, enchendo-os de prazer, moderado ou excessivo, a seiva pela qual o homem se supera a si mesmo, fazendo algo que a natureza não lhe ofereceu, e talvez mesmo Deus não lhe tenha oferecido.

Algo que se fabrica, de forma alquímica, com sangue, suor e lágrimas e riso e alegria e festa. E morte. E constante recomeço. Que são o resumo mesmo da vida. 


* O bom vinho só se dá em terrenos pedregosos e inóspitos. Ver a propósito uma improvável vinha que fotografei nas Canárias, em Lanzarote, em terreno vulcânico e seco. AQUI.