domingo, janeiro 31, 2021

O Covid e a mangedoura: Na cauda da Europa e na cauda do mundo, outra vez... Ou, pelo contrário...

Ainda não sabemos muita coisa sobre esta catástrofe que nos une e que nos separa, mas sabemos que tudo está a proceder-se da maneira normal no nosso país: alguns comem da mangedoura, outros não.

Todos comem: uns pouco, mas comidas que engordam muito, tendo nós chegado ao ponto em que os nossos pobres são gordos, ao contrário do modelo intemporal e internacional dos pobres muito magros porque comem pouco... embora esses mesmos só comam hidratos de carbono... batatas, arroz, pão...

Sabemos apenas isto: a vacina, que é acessível a muito poucos, tornou-se acessível à gente que se meteu na política exatamente para isso: para ter acesso a bens inacessíveis à "escumalha".

E todos os jornais trazem notícias dessas, o responsável que, qual rei, mandou vacinar os funcionários do café que frequenta, a assistência social que, por saber que os pobres que a ela recorrem, não podem pagar a um advogado para se queixarem e que não têm outro modo para se queixar, manda vacinar-se a si e a todos os que a rodeiam... 

Em Setúbal isso aconteceu, segundo as notícias da comunicação social, fora as vezes em que aconteceu e nada sabemos... alegadamente, pois muita gente sabe...

Este compadrio...

Na cauda da Europa e do mundo... Ou, pelo contrário...

Não gosto nada desta minha opinião, sou um nadinha poética, mas até os poetas se debatem, dentro de si, entre a realidade e o ideal...

Do milagre à catástrofe

Não há dúvida que vivemos em tempos de quase catástrofe, mas vale a pena pensar e trocar ideias sobre isto. Como é que se passou do “milagre português” ao desastre de sermos os piores do mundo em alguns aspetos (não todos)?

No princípio, muitas pessoas tinham medo, agora têm menos medo, ou têm outra vez muito medo, mas o medo nunca pode ser a medida de todas as coisas.

Será que temos culpa (sem dolo), ou será que tudo isto nos ultrapassa? Nunca ninguém percebeu por que razão o pior sítio do mundo em termos de Covid foi a parte mais rica de Itália. Mas não há dúvida de que as opiniões diferentes das veiculadas pela comunicação social ( que tm funcionado em uníssono) têm sido ignoradas. E isto é uma parte da catástrofe: a falta de liberdade de expressão, que pode levar a extremos de reivindicação.

Nas últimas aulas presenciais que dei, sabendo que os jovens andaram em festas com muita gente na passagem de ano, estando com alguns desses numa cave em que as janelas, lá muito em cima, pouco abrem, disse-lhes que deveríamos todos ter mais cuidado do que nunca, explicando que ter cuidado não é o mesmo que ter medo. Ainda hoje não tenho medo, mas abdiquei da Páscoa e do Natal, que sempre passei no Norte, exceto os últimos.

Ocorre-me que não é a primeira vez que isto acontece, o passarmos do milagre ao desastre: a certa altura, fomos o milagre económico português, éramos o bom aluno da CEE e pouco depois estávamos à beira da bancarrota. Neste último caso, a culpa só pode ter sido nossa... 

Agora pode ser ou não ser, quase parece ser o destino e o fado, por isso devemos trocar opiniões, se eu não vos convencer, convencem-me vocês a mim, sem que pareça derrota a mudança de opinião, que é apenas conciliação e paz.

Será que Portugal continua a ser simbolizado por Gonçalo Mendes Ramires, personagem central do livro de Eça de Queirós a Cidade e as Serras? Passo a citar:

“Como acertadamente observa a personagem João Gouveia, no final do romance, Gonçalo Ramires, o Fidalgo da Torre, com "a generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios", "a esperança constante nalgum milagre", "a desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe", "aquela antiguidade de raça", "aquele arranque para a África", simboliza o Portugal contemporâneo de Eça, dilacerado entre o passado glorioso e a miséria presente.”

Será que isto nos carateriza? Isto: “a generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios", "a esperança constante nalgum milagre", "a desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe"?

P.S: Este post não tem nenhuma atitude político-partidária, pois essa, sim, é a nossa cegueira específica. Desde o 25 de abril que pouca gente pensa fora desta caixa.

domingo, janeiro 17, 2021

Os perigos da Educação Sexual


Os perigos da Educação Sexual

Contaram-me este episódio ocorrido há uns anos, em Braga, a nossa cidade mais religiosa e mais católica.

Uma família abastada recebeu na sua ca Daniel Sousa as máscaras ci Daniel Sousa no Japão não há Natal nem Ano Novo, mas o covid aumentou lá tanto como aqui, ou mais. rúrgicas foram feitas para serem usadas durante uma cirurgia, com todo o cuidad Daniel Sousa no Japão não há Natal nem Ano Novo, mas o covid aumentou lá tanto como aqui, ou mais. o. Não poderíamos tocar-lhes porque isso anularia o seu efeito. Estamos sempre a mexer-lhes. sa uma rapariga pouco instruída e algo ingénua, que ia casar com um rapaz educado e estudado, talvez por causa do dinheiro que a menina trazia. A missão da dita família era ensinar-lhe boas maneiras e dar-lhe umas luzes de educação sexual, tarefa particularmente difícil, pois ainda hoje é um bico-de-obra.

Depois de terem explicado à rapariga os rudimentos da questão sexual conjugal, deram-lhe para ler um livro católico sobre o assunto, daqueles que usavam mais metáforas evangélicas do que propriamente informação objetiva.

Em vésperas do casamento Daniel Sousa as máscaras ci Daniel Sousa no Japão não há Natal nem Ano Novo, mas o covid aumentou lá tanto como aqui, ou mais. rúrgicas foram feitas para serem usadas durante uma cirurgia, com todo o cuidad Daniel Sousa no Japão não há Natal nem Ano Novo, mas o covid aumentou lá tanto como aqui, ou mais. o. Não poderíamos tocar-lhes porque isso anularia o seu efeito. Estamos sempre a mexer-lhes. , as senhoras perguntaram à nubente:

Então, percebeste tudo? 

Percebi.

Tens alguma dúvida, houve alguma coisa que não percebeste?

Só não percebi uma coisa...

Então diz lá o que não percebeste.

Só não percebi o que é o seixo!

Podemos entender, claro, que a noiva não precisava de perceber nada antes do casamento, mas, para as boas famílias, talvez existisse um problema: talvez o rapaz deixasse em casa a esposa e procurasse mulheres que soubessem o que é o seixo.


segunda-feira, dezembro 21, 2020

Aquarius, Aquarius... harmony and understanding...



Neste dia em que se verifica um alinhamento especial de Júpiter com Saturno coincidindo com o solstício de inverno, logo as seguir a um eclipse total do Sol, dizem alguns que começa a era do Aquário.


Fazem-se celebrações em todo o mundo.
Somos convidados a meditar na paz e no amor universal, sonhando para todos o que desejamos para nós.
Que todos os seres tenham alegria, liberdade, paz, amor e abundância!


P.S.: Imagem da comunicação social

segunda-feira, novembro 23, 2020

O Covid e a mangedoura

 As medidas do nosso e outros governos para combater o Covid não estão a resultar, de forma alguma. E ainda está quase calor! 

As atitudes alternativas são ridicularizadas pela nossa comunicação social, o mesmo se passando noutros países da Europa. 

Isto quer dizer o quê? Vamos continuar a destruir a economia e a aumentar o número de mortos, Covid e não Covid, mas não vamos mudar de estratégia porque somos maravilhosos e detemos a razão?

E porque quem propõe alternativas é porque acredita que a terra é plana e que nos querem meter um chip na cabeça?

Ou porque há muitos comunicadores a comer da mangedoura das farmacêuticas?

sexta-feira, novembro 13, 2020

Será que temos um "Governo pela Verdade"?

Fui almoçar com uma amiga a uma "tasca" de petiscos, antes de nos trancarmos no confinamento deste fim de semana.

A minha amiga é professora. Hoje mesmo, toda uma sua turma foi mandada para casa, uns porque têm Covid, os outros porque fazem parte da bolha.

A minha amiga também faz parte da bolha, mas, como está à beira da reforma e faz parte dos grupos de risco... Enfim, resumindo, vai continuar a dar aulas às outras turmas e a conviver com os outros professores, claro.


Como foi ela que me convidou e como só me contou isto durante o almoço, eu deveria tê-la tratado como uma leprosa que me quer matar, pegando-se a peçonha. A lepra. O Covid. 

Mas neste aspeto, o governo "pensa" o mesmo que Os Médicos pela Verdade, os Jornalistas pela Verdade e quejandos, esses grupos que são tão criticados urbi et orbi, pelo sistema e postos de rastos pela comunicação social. 


E eu concordo com eles, quero dizer, eu concordo com o governo e ...  E...  Bem,  foi um ótimo almoço.


quinta-feira, novembro 12, 2020

Ouro Preto, Romance Histórico

 



Ando a ler um livro que descobri numa biblioteca, intitulado Ouro Preto, de Sergio Luís de Carvalho. É um romance histórico que se baseia na vida de um aventureiro português que, vivendo no Brasil, se inspirou no livro de António Vieira Clavis Prophetarum, para desenvolver a ideia lá contida de que Portugal iria liderar o Quinto Império sobre todo o mundo, um império espiritual com sede no Maranhão.

Este homem, que de facto existiu, chama-se Pedro Heneken e, no início do livro, está em Lisboa, preso nos calabouços da Inquisição, por incitamento à heresia. Por aquilo que diz, parece mais louco do que herético, mas será a loucura sagrada. Dos profetas? Os seus escritos foram todos apreendidos.

O livro está regularmente bem escrito, nada de especial, é mais interessante o que podemos imaginar do que as descrições que lemos, mas é também interessante obter informação sobre o tema e de forma leve.


Como se passa no reinado de D. João V, este livro dialoga, em termos de leitura, com o Memorial do Convento.

sexta-feira, novembro 06, 2020

Você está doente? Então desapareça daqui! E depressa, ouviu??!!

 Às vezes, muito raramente, vou almoçar com amigos à cantina dos Funcionários dei Estado, com comida barata e às vezes boa, a que nós chamamos a "cantina dos pobres" e que fica muito perto do meu local de trabalho. Medem-nos  temperatura à entrada e, se estivermos com febre, não nos deixam entrar.

- Obrigada! Quanta bondade!!!!

- Você tem febre? Não lhe dou de comer! Vá-se embora! Vá comer a casa do diabo mais velho! Vá-se tratar!

Uma vez disseram-me: 

- Tem 35,6!

- Tão pouco? Devo estar doente!!!

Todos se riram, pois a vontade de rir é o que nos vale!!!

Antigamente, quero dizer, há talvez uns 10 meses, seria ao contrário, não? Está doente? Sente-se aqui. Vou buscar-lhe um copinho de água com açúcar... pode não fazer bem, mas não deve fazer mal...


Escolas e Covid

 Isto está acontecer em muitas escolas do país. Alguns alunos de uma turma têm Covid e vai a turma toda para casa de quarentena.

Os professores, que para entrarem na sala tiveram de se roçar pelos alunos, que corrigiram testes para cima dos quais os alunos com Covid respiraram, espirraram e tossiram, esses ficam e dão aulas às outras turmas.
É claro que a ideia é não fechar as escolas e eu espero que não fechem, mas então, para que me queriam obrigar a usar o Stayaway Covid e até punham a polícia a revistar-me a carteira e o telemóvel?
Para me dizerem se tive contacto com doentes Covid?
AHAHAHAHAHA !!!!

segunda-feira, outubro 19, 2020

Outra vez Tancos

 



O rapaz que roubou as armas de Tancos resolveu devolver mais algumas. 

Quando precisar delas, vem buscá-las outra vez.


Imagem da Internet

sexta-feira, outubro 16, 2020

Sété Ué não sei quê... 500 aéreos de multa...Humor involuntário?



O MEU TELEFONE É ASSIM. Será que tenho de andar sempre com ele, para o caso de a polícia mo pedir, para ver se eu tenho o coiso...? Aquilo que é Seté Ué Não sei quê.
E os fios? Também tenho de levar os fios quando for ao Mini-Preço?

Eu não quero pagar 500 aéreos de multa, porque eu só ganho 360 aéreos da reforma, mais o meu homem que não ganha nenhum porque é patrão e agora já não tem fregueses na tasca porque a tasca tem que fechar às 8 da noite e os fregueses só vinham depois do comer.
Não se pode vender álcool, não se pode vender álcool, 
dizem eles, depois das 8 da noite, mas a gente nunca vendemos álcool, a gente só vendemos vinho, cerveja e aguardente. 
- Ai você quer álcool?- diz o meu - Então vá à farmácia! Nós aqui só temos vinho!

quinta-feira, outubro 15, 2020

Muito belo poema de Louise Gluck: "O lírio prateado"

 


Foto da Internet Papoilas Brancas

"O lírio prateado"
As noites ficaram frias de novo, como as noites
de começo de primavera, e quietas de novo.
Será que a conversa te incomoda? Estamos
sozinhos agora; não temos razão para silêncio.
Vês, sobre o jardim — a lua cheia nasce.
Não verei a próxima lua cheia.
Na primavera, quando a lua nascia, significava
que o tempo era infinito. Anêmonas
abriam e fechavam, as sementes
em cachos caíam dos bordos em pálidas lufadas.
Branco sobre branco, a lua nascia sobre o vidoeiro.
E no arco em que a árvore se divide,
folhas dos primeiros narcisos, ao luar
prata-verde-claras.
Juntos, chegamos
perto demais do fim para agora
temermos o fim.
Nessas noites, não estou nem mesmo certa
de que sei o que significa o fim.
E tu, que estiveste com um homem —
depois dos primeiros gritos,
não faz a alegria, como o medo,
barulho algum?"

Louise Gluck in Revista Bula

segunda-feira, outubro 12, 2020

Louise Gluck - Paisagem 3




Jean François Millet "Les Glaneuses" ou "as Respigadoras"


Louise Gluck, escritora que ganhou o Prémio Nobel 2020, escrevendo sobre a atualidade e inspirada na mitologia grega.

"Paisagem/3
Nos fins do outono uma rapariga deitou fogo
a um trigal. O outono
fora muito seco; o campo
ardeu como palha.
Depois não sobrou nada.
Se o atravessávamos, não víamos nada.
Nada havia para colher, para cheirar.
Os cavalos não compreendem –
Onde está o campo, parecem dizer.
Como tu ou eu a perguntar
onde está a nossa casa.
Ninguém sabe responder-lhes.
Não sobra nada;
resta-nos esperar, a bem do lavrador,
que o seguro pague.
É como perder um ano de vida.
Em que perderias um ano da tua vida?
Mais tarde regressas ao velho lugar –
só restam cinzas: negrume e vazio.
Pensas: como pude viver aqui?
Mas na altura era diferente,
mesmo no último verão. A terra agia
como se nada de mal pudesse acontecer-lhe.
Um único fósforo foi quanto bastou.
Mas no momento certo – teve de ser no momento certo.
O campo crestado, seco –
a morte já a postos
por assim dizer."
*Terceira parte do poema “Landscape”, de Averno (2006), traduzido por Rui Pires Cabral. Os versos foram publicados no n.º 12 da revista Telhados de Vidro, da editora Averno, em maio de 2009

domingo, outubro 11, 2020

Louise Gluck

 


Circe de Wright Barker, 1889

Louise Gluck: lúcida, clássica e moderna, vendo o nosso tempo sob inspiração da mitologia grega.

O Poder de Circe
Nunca transformei ninguém em porco.
Algumas pessoas são porcos; faço-os
parecerem-se a porcos.
Estou farta do vosso mundo
que permite que o exterior disfarce o interior.
Os teus homens não eram maus;
uma vida indisciplinada
fez-lhes isso. Como porcos,
sob o meu cuidado
E das minhas ajudantes,
tornaram-se mais dóceis.
Depois reverti o encanto,
mostrando-te a minha boa vontade
e o meu poder. Eu vi
que poderíamos ser aqui felizes,
como o são os homens e as mulheres
de exigências simples. Ao mesmo tempo,
previ a tua partida,
os teus homens, com a minha ajuda, sujeitando
o mar ruidoso e sobressaltado. Pensas
que algumas lágrimas me perturbam? Meu amigo,
toda a feiticeira tem
um coração pragmático; ninguém
vê o essencial que não possa
enfrentar os limites. Se apenas te quisesse ter
podia ter-te aprisionado.
*Poema publicado originalmente na coletânea Meadowlands (1996), com o título “Circe’s Power”. Editado em Portugal na antologia Rosa do Mundo. 2001 Poemas Para o Futuro (2001), da Assírio & Alvim, numa tradução de José Alberto Oliveira. A antologia encontra-se atualmente esgotada

sexta-feira, outubro 09, 2020

Marcelo propõe um Carnaval em dezembro, em vez do Natal em família





Vamos fazer um Carnaval em família em vez do Natal. Um Carnaval mascarado, em que fingimos não perceber o que significa aquela tragédia nacional do tribunal de contas. Aquela mascarada de quem ganha o quê com as vacinas, com os testes de Covide, com os dinheiros da UE. Mais testes! Mais testes! Mais grana da UE! Mais vacinas obrigatórias! Mas nem todos são parvos ou hipocondríacos! 

VER AQUI:


Foto da Internet

sábado, outubro 03, 2020

Medidas anti-covid: "esquerda, direita e volver"

 Há muitas pessoas de esquerda que julgam não poder pôr em causa as medidas anti-covid e todo este fundamentalismo, todas estas restrições de direitos, por ser a extrema direita que o faz. Vejam o que diz a esse respeito um filósofo italiano de esquerda, aqui citado:

“ O grau de confusão que atingiu os espíritos que se deveriam ter mantido mais lúcidos, levou ao paradoxo de vermos organizações de esquerda, que deveriam reivindicar direitos e denunciar violações das constituições, aceitar sem reservas a limitação de liberdades essenciais decidida por decreto ministerial, sem qualquer legalidade – coisa que jamais o fascismo sonhou poder impor -, e dirigentes de direita – Trump e Bolsonaro – serem os que mais se opuseram às medidas de confinamento; demonstrando-se, assim, que a diferença entre direita e esquerda se esvaziou de qualquer conteúdo político real; a verdade é a verdade, seja dita à direita ou à esquerda”.

Giorgio Agamben


Ver o texto completo aqui:


Médicos pela Verdade



segunda-feira, setembro 28, 2020

As posses das ratazanas: questões filosóficas e legais


 (Foto da Comunicação Social)

Esta ratazana gigante foi condecorada com esta medalha de ouro britânica por ter detetado 67 artefactos, entre minas anti-pessoal e outros explosivos. Detecta-as pelo faro e faz gestos a chamar o homem, o treinador, ela e as suas colegas. Lol. Como são muito leves, o seu peso não faz detonar o explosivo. 

A ideia é muito engraçada, mas levanta uma questão, ou várias, não só filosóficas, mas também legais.

Se as ratazanas podem possuir objetos de valor, como uma medalha de ouro com valor material e simbólico, então, como preservar estes valores?

- Podem as ratazanas queixar-se de que foram roubadas?

- Podem as ratazanas queixar-se de que foram vítimas de excesso de confiança, se alguém ficar indevidamente com a medalha para si?

- Podem as ratazanas deixar estes objetos como herança? A quem?

Já existiu, na história, um julgamento civil contra ratos, em França, os quais ganharam o caso, graças ao extraordinário advogado que os defendia.

Mas ratazanas queixosas, ou herdeiros de ratazanas queixosos, creio que isso não está previsto... nem mesmo nos direitos dos animais...

VER AQUI


Em Autun, diversos roedores foram intimados a comparecer ao tribunal e até tiveram um advogado

segunda-feira, setembro 21, 2020

Medidas contra o Covid, ou o beijo de Judas

As crianças e os jovens estão a ser acusadas de matarem os avós porque lhes deram um beijo: o beijo de Judas... estamos a formar bem a próxima geração! O terror instaurado, não pelo vírus, mas pela comunicação social, a que os políticos têm de obedecer em primeiro lugar, pois as consequências de não o fazer são incertas e ambíguas, já chegou ao ponto de aconselhar o abandono dos mais velhos, avós, para não falar em bisavós. Os avós são mencionados independentemente da idade que têm, pois, se forem professores, podem trabalhar e dar aulas, sem terem idade para constituir grupo de risco. Como professores, podem dar aulas a 28 aluno numa sala de cave, todos encostados uns aos outros, quase sem janelas, como avós, não podem estar na mesma sala em que está a netarrada, pois podem morrer e ser mortos pelos netos. Estes netos irão carregar pelo resto da vida a culpa de terem provocado a morte de alguém, alguém, neste caso, que os amava. 
Quem ganha com isto, no mundo? Será apenas estupidez?
 Aconselho a leitura do site do Facebook Médicos pela Verdade, que tentam ir contra a corrente e explicar científicamente os factos que ocorrem.

Médicos pela Verdade (clicar no link).


quinta-feira, agosto 13, 2020

Furnas, o Gabinete das Maravilhas






Continuando no “gabinete de maravilhas” que é esta terra, Furnas, encontramos fontes de água.

De uma delas sai água ferver, supus a mão, escaldou, não deu para provar, por falta de vasilha,

Pondo  mão na outra, era fria, mas parecia vulgar.

A terceira tinha água azeda. e corre dália um rio amarelo, creio que são águas ferrosas.

As pessoas da terra aproveitaram logo tudo isto. Vendem espigas de milho, cozido nas caldeiras, que têm água a ferver. Alguns restaurantes fazem um prato, a que chamam cozido das Furnas, em que a panela é enterrada e aquecida pela terra quente. 

Um e outro acepipe não prestam para nada em termos de sabor, mas ambos têm graça.

Há uns sítios par tomar banho em água quente, como a Poça da Dona Beija, mas estavam desativados devido ao Covid.

É tudo muito colorido.


Enfim, esta terra pode ser considerada o que so antigos chamavam Gabinete das Maravilhas ou Cabinet de Curiosités, ou ainda Gabinete de Curiosidades. 

Eram coleções de coisas fantásticas, que mais tarde vieram a dar origem aos Museus,

quarta-feira, agosto 12, 2020

Furnas, Açores

                   





Esta terra, chamada Furnas, na ilha de são Miguel, nos Açores, é verdadeiramente espantosa!

Ao aproximarmo-nos, notamos nuvens de fumo a saírem de muitos sítios ao mesmo tempo, Imaginams, claro, várias fogueiras, ou então casas à moda antiga, com lareiras e chaminés. Ao aproximarmo-nos, vemos que o fumo sai da terra.


Logo ao lado, vemos buracos no chaço de onde sai água a ferver, ou mesmo algo que parece enxofre, muito amarelo. Há um intenso cheira  enxofre.


Dizem-nos, então, os cartazes que estão expostos, que o sítio que vemos era  cratera de um vulcão já extinto. Mas não muito extinto.



Continua

segunda-feira, agosto 03, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: viajar de Portugal para os Açores ou de como Kafka tinha carradas de razão

Venho outra vez ao computador grande para imprimir em papel (!) o registo 9886 do "seu inquérito preenchido com sucesso"! A pedido dos "Azores", que me estão sempre a escrever.
Por via das dúvidas, enviei o inquérito duas vezes e ainda fiz print screen, portanto, também tenho o processo kafkiano 9883.
E pedem papéis impressos, numa altura em que já nem há papéis. E os papéis podem ter Covide!!!
Para ir à Índia, que é muito longe daqui, só tive de levar uns papelitos dobrados numa bolsinha, para ir aos Açores, que eu pensei que fossem em Portugal, tenho de levar um processo pouco mais pequeno do que o processo do José Sócrates, que o Ivo Rosa está atentar digerir há meses.
E ainda tive de comprar um tinteiro novo para a impressora.
E preencher o inquérito online, fora os 2 inquéritos que vou levar em papel e que ainda não preenchi? Em que hotel fica? Em que freguesia fica esse hotel? Há umas 10 freguesias em Angra do Não Sei Quê e eles é que sabem em que freguesia fica... sei lá!
Tenho a sensação de me ir meter numa terriola. Atrasada.Será?
Ah, o teste Covide deu algo como "não foi detetado", mas existem mais duas hipóteses: foi detetado, foi inconclusivo. Neste último caso, fica-se de quarentena até dar conclusivo, talvez para o inverno.
Poucas vezes na vida me senti tão idiota como quando percebi que, para ajudar a economia portuguesa, em vez de ir para Itália, para onde fui nos últimos 5 anos, ou para o Algarve, para casa de uma amiga onde não gastara aum cêntimo, decidi ir para esta terra. Onde ainda não tinha ido, por várias razões não menos válidas. Quase inconfessáveis.

domingo, agosto 02, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: a ditadura do Big Brother e assim se comem os tolos


Vamos acabar por morrer todos de fome, metidos dentro de casa sem ir trabalhar, felicíssimos por morrermos de perfeita saúde.
Mas não fazemos falta nenhuma, seremos substituídos por robôs que não comem comida nem usam dinheiro. E que trabalham melhor do que nós, porque não cometem erros, nem adoecem, nem se baldam, não têm preguiça nem exigências.
Sim, continuemos assim... Distraídos e entretidos com programas inenarráveis na televisão. Hoje, fim do Big Brother, vai ficar tudo grudado no écran e não, não é ironia, embora, no livro 1884, onde foi inventado o Big Brother, ficasse toda a gente grudada ao écran a ser enganada pelo... Big Brother! Leiam o livro. de George Orwell.
E quem tiver opiniões diferentes, ou melhor, quem tiver opiniões, irá para a fogueira, como nos tempos antigos...
Dizem-me que hoje, na praia, viram passar aviões com faixas anunciando o último dia do Big Brother.

sábado, agosto 01, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: os pobres também serão proibidos de ter animais domésticos

Qualquer dia, por haver tanta exigência no tratamento dos animais de estimação, um pobre vai preso, ou é trucidado pelo povo, por ter um cão ou um gato.
Por não o alimentar melhor do que se alimenta a si, por não lhe dar proteção médica e medicamentosa, tal como na as dá a ele mesmo...
- Onde é que estão as vacinas?
- As do gato, ou as minhas? Não tenho.
- E a alimentação adequada?
- Só comemos pão sem nada e sopa do Pingo Doce fria.
- Quer matar o cão? !!!
Mas eles comem o mesmo que nós comemos, eu e o meu filho. Sopa fria porque não temos dinheiro para pagar o gás... há sempre uma senhora que nos paga um balde de sopa com batata...
- Que horror!!! Vamos fazer queixa de si por maus tratos a animais!!!!

sábado, julho 25, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: opiniões para quê?




Porém, em Inglaterra... a máscara pode ser útil, afinal!

Em Portugal, pelo contrário, não se discute nem se questiona nada: nem a obrigatoriedade do uso da máscara, nem os direitos e liberdades e garantias individuais, nem coisa alguma...

Uns cumprem as regras de form acéfala, outros baldam-se de forma não menos acéfala. Opiniões para quê???? Afinal, temos uma imensa massa acrítica... acéfala...

Banksy colocou uma série de imagens de ratos com máscara, alegadamente por ser a favor do seu uso, mas um a favor muitíssimo irónico.

Vemos pessoas a serem advertidas por anónimos porque se esqueceram da máscara, vemos uma notícia em que uma senhora, suspeita de estar infectada com Covid, recusa fazer mais testes e vai para casa, mas é imediatamente perseguida pela polícia. Nada disto gera polémica neste país à beira-mar plantado, tal como não gera polémica que os fundos comunitários tenham enriquecido e vão enriquecer meia dúzia de nababos.

O fundospara ressarcir vítimas de incêndios vão para pessoas que nunca foram vítimas de nada e que, bem ao contrário, são videirinhas. E simpáticas. E pouco críticas.

(Fotos retiradas da Internet.
1. Tim Shieff, campeão mundial de freerunner
2. A segunda retirada da Internert, também em Londres.)

quarta-feira, julho 22, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: PETS, "tutores" e etc.


Qualquer dia, por haver tanta exigência no tratamento dos animais de estimação, um pobre vai preso, ou é trucidado pelo povo, por ter um cão ou um gato.
Por não o alimentar melhor do que se alimenta a si, por não lhe dar proteção médica e medicamentosa, tal como na as dá a ele mesmo...
- Onde é que estão as vacinas?
- As do gato, ou as minhas? Não tenho.
- E a alimentação adequada?
- Só comemos pão sem nada e sopa do Pingo Doce fria.
- Quer matar o cão? !!!
Curiosamente, o pet gosta tanto deste dono, como gostaria se ele fosse dono de um palácio.
Com a diferença de que os donos dos palácios não gostam muito de cães e gatos vadios... e que teria morrido de fome se estivesse à espera de donos milionários.
Aliás, "tutores".

segunda-feira, julho 13, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: quantos ratos, quantas formigas?




Quando vim viver para Lisboa, há muito tempo, porque passava por aqui a caminho do Algarve e ficava sempre deslumbrada com tanta beleza, chocou-me particularmente aquilo que nada tinha a ver com a beleza pura, estética: uma certa mesquinhez inquisitorial, ou digamos pidesca, um provincianismo que nunca me teria passado pela cabeça, ao ponto de haver cafés, como existe ainda hoje o célebre Galeto, que eram considerados lugares de engate, como se estivéssemos numa vilória, com lugares marcados para gente impura e para gente decente. Lugares de imoralidade... de ignomínia...

Chocou-me o não ver uma diferença imensa entre uma capital europeia e uma terriola do “interior”, que eu conhecia bem.

Impressionou-me também, pelo lado do ridículo, um fator curioso: era nesse tempo Presidente da Câmara de Lisboa aquele marido da mulher do já então falecido Sá Carneiro. Creio que o Presidente se chamava Abecassis, como a mulher.

Espalhados por todo o lado, havia cartazes enormes com uma mensagem que era algo deste género: A Câmara de Lisboa já conseguiu exterminar milhões de ratos. Diziam mesmo um número aproximado, vamos supor, 5 milhões, 100 milhões…

Tinha uma imagem com muitos ratos, representados como figuras antipáticas. 
Ponho-me a pensar: e se fosse hoje? Se fosse hoje pré-covid, ou seja, ontem, e se fosse hoje, ou mesmo após a pandemia, (pois haverá um pós-pandemia)?

Bem, se fosse hoje, haveria os que tinham muita pena dos ratinhos mártires, haveria o PAN, sigla que nada parece ter a a ver com PANdemia, a não ser o próprio PAN que é uma espécie de epidemia… haveria os artistas a protestar contra tal feiura de cartaz, que terá custado muito dinheiro à dita autarquia… haveria os vegetarianos a reclamar, os budistas e os hindus, enfim, não seria possível.

Como não é politicamente correto falar destas coisas, existem atualmente em Lisboa muitas pragas: de ratos, de baratas, de formigas…. milhões de milhões de bichos que, alegadamente, de acordo com essa teorias, se forem mortos, irão talvez encarnar em bichos ainda piores… para nos atazanarem ainda mais. Então, mais vale não falar muito no assunto.
Afinal, ainda nos falta o mosquito do dengue, que talvez emigre para cá em breve.

Lidemos com os ratos, as formigas, as baratas de esgoto e as baratas alemãs, como se vivêssemos num terriola do terceiro mundo (Ah, não se diz terceiro mundo), enfim, como é que se diz????

Alguém sabe?

(Imagem: rato sem máscara, Bansky, Street Art)

domingo, julho 12, 2020

Diário da quarentena e do desconfinamento: o Reino de Portugal e dos Algarves


Quando vivi em Portimão, um dia fui ao melhor restaurante de lá do sítio, com uns amigos, festejar o aniversário de uma amiga. Era grande, com muitas mesas, mas quando chegamos estava quase vazio. Que bom! 
Depois de o restaurante encher completamente, fomos os últimos a ser servidos, porque éramos os únicos portugueses. Fomos também os últimos a sair, com o restaurante quase vazio. Nunca mais lá fomos, claro, nem a comida nos soube bem naquele dia.
Agora que os ingleses não podem vir para Portugal, pode ser que, no Algarve, aprendam a cativar os portugueses, sejam eles turistas ou residentes.



Pode ser que o 
Reino de Portugal e dos Algarves se torne agora mais português.


sexta-feira, julho 10, 2020

Diário do confinamento e do desconfinamento: Será que nos podemos passar dos carretos por causa do Covid?

Hoje numa frutaria de nepaleses, as frutarias em Lisboa são quase todas de indianos e de nepaleses, depois de terem pertencido a chineses, uma senhora portuguesa com ar de tia (de Cascais) perguntou-me por que razão uma cartela que dizia abacate estava no sítio das ameixas. Fiz-lhe ver que a cartela estava no sítio dos abacates e que havia outra no sítio das ameixas, que dizia: Ameixas.

Logo a seguir, ao balcão, estava mesma senhora atirar uma manga de mão para mão, como fazem os malabaristas. Ri-me, não apenas porque a senhora ainda não tinha pago e portanto estava a correr o risco de atirar para o chão a fruta sem a pagar, mas sobretudo porque descobri hoje que há uma palavra inglesa para dizer isso, sem tradução para português: joggling, ou to joggle. Nós temos os substantivos: malabarismo e "jogos malabares". Gosto destas diferenças entre as línguas, que têm, necessariamente, uma história.
Respondi, portanto, a rir, que a senhora poderia sempre encontrar emprego no circo, se não conseguisse noutra parte.
Qual não foi o meu espanto, ao ouvir a senhora diz que não quer levar aquela manga, porque está pisada. A nepalesa que, como os seus conterrâneos, costuma ter uma calma oriental, esotérica, começou a protestar, dizendo que tinha sido senhora a pisar a fruta. A senhora encolheu-se, mas não respondeu nem voltou atrás. Por mim, julguei ter ouvido mal, por causa da máscara.

Concluo, talvez, isto: dizem que o Covid 19 também ataca o cérebro e então, talvez tenhamos de nos habituar a situações insólitas, disparatadas e absurdas, como esta, que até parece uma anedota de loiras ou de "tias de Cascais" ...