domingo, março 11, 2012

O Capitão Alatriste



A Rendição de Breda, Diego Velásquez

O Sol de Breda, romance histórico / romance juvenil de aventuras, escrito por Peres Reverte, é um dos vários livros deste autor que narra as aventuras e "desaventuras" do Capitão Alatriste, sob o ponto de vista do seu admirador e amigo Iñigo Balboa, que foi seu "mochileiro", digamos que foi seu pajem, quando era criança e jovem... O romance situa-se temporalmente na época da conquista da Flandres, situação histórica que é retratada nesta pintura.

E quem é este Capitão Alatriste? Numa primeira impressão, parece ser uma criatura ficcionada, totalmente inventada, mas não é. Trata-se de uma personagem simultaneamente real e mítica, um militar heróico, que foi referido por escritores espanhóis como Calderón de La Barca e até foi representado nesta tela de Velásquez.
Embora todos lhe chamassem capitão, foi quase sempre soldado raso, pois, assim que era promovido por atos de bravura, logo o despromoviam por indisciplina, ou por entrar em duelos com pessoas de classe superior...
Inigo Balboa, que veio a ser um nobre respeitado, escreve as suas memórias, em que narra as muitas aventuras que viveu com Diego de Alatriste, por terra e por mar, durante o reinado de Filipe IV rei de Espanha (o malfadado Filipe III, rei de Portugal). 
Neste livro são ficcionadas ambas as personagens reais,  sendo narrador o jovem, e são enfatizadas a coragem, a bravura, a indisciplina, a tendência amoral do exército espanhol, de que fazia parte o exército português, claro. 
Neste período da nossa história que desejaríamos esquecer, talvez gostemos de recordar como foi estranho, grandioso, realmente incrível.. É de recordar que Espanha detinha, nessa época, todas as colónias portuguesas.

Se, por um lado, é uma exortação da grandeza passada de Espanha, do Século de Ouro ou Siglo de Oro, não deixa de ser também uma denúncia das suas grandes misérias. Sem esquecer o orgulho espanhol. O exército português fazia, então, parte do espanhol, tal como o italiano, daí ser italiano o herói desta "rendição", Ambrósio de Spínola.

Neste livro, Diego de Alatriste e Inigo Balboa participam na conquista da cidade de Brede, na Flandres, cuja rendição é retratada na pintura de Velasquez "A Rendição de Breda", sendo figura principal o genovês Ambrosio de Spinola, à direita, na imagem. Como pormenor curioso, descobriu-se recentemente que a figura / retrato do Capitão Alatriste estava nesta tela, como o afirma Iñigo nas suas memórias, mas foi apagada (o que se vê radiografando a pintura e comparando-a com o seu manuscrito). Também foram apagadas as referências a Alatriste de uma peça de Calderón de la Barca, provavelmente, num caso e noutro, por ordem real.


Estranho, no mínimo. Apagado oficialmente das memórias oficiais, o Capitão Alatriste chega até nós, moderno e popular!
Escrevi isto porque me pediram, para ajudar a promover a leitura junto de jovens, sobretudo de romances históricos, ou algo assim.


E para quando um romance português com personagens contemporâneas de Gil Vicente, de Camões, de Vasco da Gama, escrito com orgulho, ironia que permita a distanciação do passado e sem sentimentos de inferioridade, nem demasiados complexos de culpa?


sábado, março 10, 2012

Sobre Agustina

Renascença V+Ver todos os videos
O mundo de Agustina

Rádio Renasceça




Agustina Bessa-Luís já não escreve. Está lúcida, mas não escreve. Neste vídeo, os familiares próximos falam dela como se fosse uma pessoa muito invulgar e estranha. E é.

sexta-feira, março 09, 2012

Porquê o silêncio dos políticos? MEDO???!!!

Após as declarações de Cavaco Silva contra Sócrates, no prefácio de um livro, os políticos de relevo recusam-se a comentar, ou comentam que o Presidente da República não deveria comentar.



Estas criaturas também têm medo de falar? Todos? Quanto ao Freeport, tudo bem, no problem... uma palavra contra o Sócrates é uma ousadia... 
Chantagem? Conluio? Cobardia? 
Medo, sem dúvida, mas medo de quê?
Não entendo. Não deveríamos entender tudo e mais alguma coisa, como se o entendimento fosse a capacidade das pessoas inteligentes e espertas contra a das parvas. Um entendimento silencioso e secreto, silenciando-se as conclusões.

Ainda só vamos nas acusações de deslealdade, quanto todo o mundo já foi nas de corrupção.


Eu gostaria de concluir que quem nos governa não é uma corja. Deve haver alguns que são gente de bem.
Mas as pessoas espertas que conheço, inteligentes e sábias, sorriem, encolhem os ombro se chama-me ingénua.

Sinto-me tão Orgulhosa de ser Ingénua!!!
Censura contra o Presidente da República, ou medo do Sócas?


Não sou, nem nunca fui, fã do Cavaco Silva, mas ainda sou menos fã dos cobardes que querem silenciar o próprio Presidente da República. 
Mas já sei. Amanhã vão acusá-lo de não usar sapatos de verniz, ou gravatas de seda, ou qualquer futilidade verdadeira. Vão deitar areia para os olhos, como fazem sempre.


Oh, somos todos tão pouco ingénuos e tão muito cúmplices!!!

quinta-feira, março 08, 2012

Dia Internacional da Mulher: mito e contra-mito



(Foto original da Nadinha, na torre de Belém)


Feliz dia da Mulher para todas as mulheres e para todos os homens que gostam de mulheres: há muitos modos de gostar.. e muitos modos de não gostar. E de fingir que se gosta e de fingir que não se gosta...

Um pouco de História: a realidade

Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

 Ou então, o mito


Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.


Ou a reposição da (Talvez), verdade


A lenda do Dia Internacional da Mulher como tendo surgido na sequência de uma greve, realizada em 8 de Março de 1857, por trabalhadoras de uma fábrica de fiação ou por costureiras de calçado - e que tem sido veiculada por muitos órgãos de informação - não tem qualquer rigor histórico, embora seja uma história de sacrifício e morte que cai bem como mito.




Mito com base na realidade comunista e contra-mito falso, baseado na realidade norte-americana. Não faz bué de sentido?

terça-feira, março 06, 2012

A miséria: esse país recôndito





VER AQUI

Uma minha amiga que é professora de Português do Ensino Secundário, estando a lecionar a peça Felizmente há luar!, apesar dos pesares de não ser grande obra, expõe, naturalmente, aos alunos, a temática tratada, relacionada com  a ditadura salazarista. Conta-me o seguinte:

Ao falar hoje aos meus alunos sobre as deficitárias condições das pessoas na ditadura salazarista, homens trabalhando de sol a sol com 7 filhos, passando fome, eu mesma tive a noção da irrealidade. Terá sido mesmo assim? - quase me perguntei, quando me perguntaram se estava a gozar. Ou a exagerar.
Os meus alunos são de direita, muito religiosos, muito cristãos.
Custa-lhes a  crer e quando crêem ficam tristes.
Eu também. Sobretudo quando me lembro de que, em muito países do mundo, ainda hoje é igual, ou talvez até muito pior.

E também arrepia pensar que, se calhar, os pobres do hemisfério norte estão, de certa forma, protegidos.  Os pobres do sul sempre foram mais pobres. Talvez por serem mais escuros... 

segunda-feira, março 05, 2012

Vocês verão, no próximo verão


Já fui hoje à Baixa Lisboeta, comprar arroz basmati indiano no supermercado indiano, (muito bom porque o arroz vem do oriente e lá não é branqueado) e morri de calor. 

Embora estejamos no início de Março, está verão (quero dizer, verão estação, não verão de vereis) - ai este acordo... tantas palavras homónimas. Poupa-se, ao menos, o trabalho de escrever os cs e de clicar no shift para as maiúsculas... mas o problema é mesmo a língua. Por que não dizemos vós vereis, em vez de verão? THINK!

Uma língua cheia de tiques e de truques. Sobretudo tiques sociais.
Vou referir alguns.

1. Porquê vocês em vez de vós, já disse.
2. Não devemos repetir o sujeito na frase, ela, ela, ao contrário dos ingleses e franceses, por exemplo, que obrigam a  fazer isso. Eu sei, eu sei... é que nós em português temos uma forma verbal diferente para cada pessoa... não precisamos de repetir. 
3. Os ingleses e franceses também dizem vós em vez de vocês, claro, esta coisa do você vocês... e dizer vocês até é pouco respeitoso, devemos dizer "os senhores", mas vós ainda é menos respeitoso... ou talvez seja mais...

Mas também há casos em que não podemos dizer ele ou ela, porque é falta de respeito, ex: Camões, ele... (não, never)
Ou um estudante dizer a outro, a respeito da professora, ouvindo ela a conversa, se ainda não estiver surda, "derivado" ao ruído no trabalho: 
- Ela disse...
- Rua! Você está a faltar-me ao respeito!
- Eu, Setôra? Que é que eu fiz?
- Trataste a setôra por ela. 
- Cala-te, Ricardo!
- Ó Setôra, o Ricardo está-lhe a mostrar o dedo do meio!!!
- Eu?!!! Ó Setora, eu não lhe mostrei o dedo do meio!!!
- Claro, Ricardo. Eu não vi, nem acredito! O Ricardo nunca faria uma coisa dessas.

Tratar a setôra por ela ou mostrar-lhe o dedo do meio, é quase igual. Mas muitos não sabem isso, o que complica as coisas ainda mais, e tão complicadas são elas já...

Uma língua marcada por ditaduras, por subserviências, pela superioridade de umas criaturas sobre as outras, indiscutível e indesmentível... honras falsas, ouro falso...

Tenho aprendido muito com a minha nova empregada de limpeza, caboverdiana. 

É ótima, inteligente, trabalhadora, tem um cancro, nunca falta ao trabalho, nunca se queixa, eu trato-a por senhora, ela trata-me por tu. Em posts anteriores, referentes à minha última viagem a Cabo Verde, já contei que os autóctones me tratavam por tu...

Esta portuguesa língua!!!

SUS!


Bem, este texto podia ficar melhor, mais irónico, mais trabalhado, mas nos blogues sou imediatista. já está! Beijinhos. Aqui vai o meu contributo (anarquista?! Quem disse anarquista?! Eu?!) para o entendimento do acordo ortográfico e outros desacordos do mesmo género.

domingo, março 04, 2012

Uma cidade na China onde só se copia arte




É realmente algo de completamente novo: Uma cidade na China onde só se copia arte.
A novidade está na concentração de todos os copistas na mesma cidade. Chama-se Dafen.
Enfim, vivemos na era da cópia, de que os chineses são mestres. É quase uma metáfora do nosso tempo.

Portugal visto de fora



"Se hoje, três homens, os da troika, têm mais força que o Parlamento português, é porque uma maioria de cidadãos portugueses assim o permitiu. Nesses países do Sul europeu, de raiz católica, onde as pessoas parecem ter medo do poder. Onde o poder está associado à ideia do divino, do bem, do inquestionável. É assim que pensa Luis Sepúlveda."


OU 


"Patagónia, feita de gente não resignada, de gente que nunca se declara vencida, de gente que nunca se sente derrotada. Diferente das gentes da Europa que, habituadas a uma riqueza súbita e pouco questionada, caem agora, estupefactas, e resignadas." 


VER AQUI


Aqui está um texto bom para refletirmos.

sábado, março 03, 2012

Olá Fernanda Teixeira, nova seguidora deste blogue. Benvinda à blogosfera e a esta pequena (mas boa) comunidade de afetos.

quinta-feira, março 01, 2012

Deus é sempre uma pergunta?


Deus é sempre uma pergunta (Clicar por cima) 



Esta é uma das não muitas pessoas que admiro, por me parecer que não apresenta grande diferença nem nenhuma incoerência entre as ideias que lhe são caras e as atitudes que professa. 
Teóloga, estudante / e ou / especialista de temas literários e artísticos, activista dos direitos da mulher, etc...

Acaba de publicar um livro sobre religião, o seu primeiro sobre o assunto. Referido no último post deste blogue.




É bom e raro admirarmos uma pessoa que conhecemos bem, com é o caso.

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Até custa a crer: as freiras católicas Irmãs oblatas pedem bordel com sexo seguro

Até custa a crer: as freiras católicas Irmãs Oblatas pedem um bordel para Lisboa com sexo seguro. 
É notícia de hoje. E por outro lado, não custa mesmo nada a crer, porque as freiras católicas Irmãs Oblatas são cristãs, e Cristo preocupou-se com os pecadores. E com as doenças e com os doentes. Incluindo as doenças dos pecadores.. Cristo foi muito incómodo no seu tempo. Por isso o crucificaram. E continua a ser incómodo hoje, por isso o enchem de máscaras. Das máscaras convencionais.

António Costa rejeita surgimento de bordel, mas estuda “safe house”


Talvez venha a propósito falar do papel das mulheres na Igreja Católica, ou mesmo das feministas católicas. Como é o caso do movimento Graal.

E já agora, da minha querida amiga e antiga professora de Mestrado, Isabel Allegro de Magalhães, membro significativo do Graal, que acaba de publicar o seu primeiro livro sobre religião. Inclui convite para o lançamento do livro no Porto. 






 











E que também é notícia de hoje no Jornal Público, ainda não disponível na net.

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Lixo de Luxo



S&P baixa rating da Grécia para incumprimento selectivo.


Vejam se entendem: Parece que há várias espécies de lixo. Lixo de 1ª, lixo de 2ª, lixo de 3ª, etc. 
Por exemplo:

A Grécia já era lixo, baixou para lixo, tornou a baixar para lixo e agora, de acordo com a notícia em epígrafe, ainda pode subir para lixo.

Portugal já está no lixo, mas ainda pode baixar para mais lixo ou subir para menos lixo. Ou seja, é ainda Lixo de Luxo.

Entretanto, pagamos milhões a estas agências de rating: Moody's, S&P (Standard and Poors), etc. para que elas possam avaliar-nos desta disfemística maneira.

Difícil de entender? Nem tanto. Use as celulazinhas cinzentas. 

domingo, fevereiro 26, 2012

Corrida na Ponte: não percam


Há já uns anos que não vou à Corrida na Ponte 25 de Abril, designada por meia-maratona de Lisboa e por mini-maratona.
Andei uns tempos com uma dor num calcanhar, que passou usando sapatos da MBP, mas agora tenho um motivo diferente: vou viajar, com partida nesses dia.

Os meus blogues vão ganhar com isso. Não digo aonde vou, para causar suspense ao meu único (única?) fã :)  Imperdoavelmente, não tenho aqui fotos dessa maravilhosa terra, que conheço bem. Mas já não vou lá desde que tenho os blogues.

Vocês depois vêem. 

Entretanto, recomendo vivamente esta corrida, que é a mais fantástica maneira de começar a primavera: sentindo-a dentro do corpo.


Hei-de ir depois a uma das corridas de mulheres (e para mullheres, cá entre nós). Há uma boa e outra para mulheres que nunca correram na vida. Depois digo.

sábado, fevereiro 25, 2012

Até Quando?


E que " os portugueses não passariam tantos sacrifícios se algumas situações tivessem sido investigadas."
Todos sabemos disto, pessoas com responsabilidade afirmam-no na comunicação social, o que é que falta para acabar com este saque à nossa miséria?
Desespero? Já há, ou ainda não?
"Desgraça ou ânsia"?

Como diz Fernando Pessoa

"Dá-nos o sopro, aragem, ou desgraça ou ânsia
Como que a chama da vida se renova
E outra vez conquistemos a Distância
Do Mar ou outra - mas que seja nossa""

«A Troika e os 40 ladrões»


Um jornalista espanhol, Santiago Camacho, vai lançar hoje em Portugal o seu livro A Troika e os 40 ladrões»: por detrás da crise, uma análise lúcida e duríssima da situação económica e financeira mundial.
É espanhol e considera que Portugal está a ser particularmente molestado pelo que chama um "assalto à mão armada".
Não é o único a pensar e a escrever assim, como já demos conta aqui, neste blogue.


O livro responde as estas perguntas, que faz:
"Quem governa o mundo? Qual é o poder real dos políticos? Até que ponto a nossa vida é condicionada por organizações internacionais e corporações privadas? Qual o papel dos paraísos fiscais que dão abrigo ao dinheiro do crime ou da corrupção? Por que se permite a existência destes territórios sem lei? O que está realmente a acontecer na economia mundial, como chegámos a esta situação e quem está a ganhar com a crise?"


VER TAMBÉM NESTE BLOGUE outro livro semelhante

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Quaresma: abstinência ou vegetarianismo?

Nunca fiz abstinência na Quaresma, por duas razões: não me identifico com o catolicismo e acho ridículo comer lagosta em vez de frango como modo de ser místico... nada contra a lagosta, nada contra o frango... 

Há muitos anos, alguém que me ia avaliar (já naquele tempo) queria obrigar-me, num almoço de trabalho, a comer camarão em vez de meio bife com batatas fritas. Como eu era muito magra e muito teimosa, lá foi o meio bife. A nota baixou um nadinha, mas, como eu era também algo contestatária, subiu outra vez um nadinha... ficou um nadinha abaixo das católicas ferrenhas - isto aconteceu na cidade do Porto, uma das razões, a menor de todas, que me levaram a mudar para aqui.

Sou religiosa sem ter religião, mas, mesmo que não fosse religiosa, com ou sem religião, consideraria importantes os jejuns e as restrições de comida impostos pelas religiões. Por razões espirituais e físicas. Hão-de reparar que todas as religiões têm também uma ginástica e não é pequena para alguns o ajoelhar e levantar e sentar e ajoelhar da católica. Sobretudo se o padre for daqueles que diz a missa em 100 rotações... em 10 minutos, como conheço bem um.

Este ano, decidi cumprir as restrições da Quaresma, nos dias assinalados e outros, ora fazendo jejum, ora consumindo alimentação vegetariana. 

A ideia é cumprir, pelo menos às vezes, o preceito budista de Ahimsa: não violência. Ghandi aplicou este conceito da maneira que conhecemos, os vegetarianos ampliam-no para a ideia de não matar animais.

E tem um lado egoísta: faz bem à saúde. O colesterol não existe na matéria vegetal. Mas isso é o menos. Jejuar às vezes, abster-se de carne às vezes, fazer exercício físico sempre, tudo isto faz bem à saúde. E à alma.




quarta-feira, fevereiro 22, 2012

De como utilizar as garrafas de água do Parlamento



Em tempo de crise, o que conta é a criatividade, ou, como dizia Camões, "engenho e arte"


(Foto tirada do Facebook)

Merecemos os políticos que temos?

A resposta a esta pergunta só pode ser:

- Sim! Claro!

E, no entanto, sentimos que não os merecemos.
Numa altura e que a fome aumenta, ou, pelo menos, a carência de alimentos, em que todos ganham menos, em que muitos perdem a casa que julgavam possuir, os deputados discutem que fica mais caro beber água da torneira do que serem-lhes fornecidas garrafinhas de água e copinhos de plástico para a beber...

O primeiro ministro, que concluiu a licenciatura aos 37 anos, ainda assim, melhor do que o anterior, que tinha um diploma falso, queixa-se de que não ganha bem e chama-nos piegas.
O Presidente da República queixa-se do mesmo, mas acha que nós não somos piegas. O Portas não se queixa de coisa nenhuma e só diz que nós não somos piegas... porque quer ser o próximo primeiro ministro e um futuro presidente da república. 

E se emigrássemos todos?

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Será que li bem?



Motivo desta carestia? Este:
"O cálculo incluiu os custos de pessoal “para o enchimento, limpeza, colocação e arrumo dos vasilhames” e chegou à cifra de 2730 euros [por mês] – cerca de dez vezes o valor para a água mineral. O Conselho de Administração também considerou o custo dos jarros em si, avaliados em 4680 euros – o equivalente a 18 meses de água mineral." (Sic.)
Acham que li bem?
Alguns deputados não fazem coisa nenhuma, nem falam, para que precisam da água? Então e os professores, que tanto falam, por que não lhes dão água? E já agora, canetas, lápis, papel, tinteiros, etc... 

Anarquia Carnavalesca

Houve ou não houve feriado de Carnaval?
Resposta:


- Nim!


Estabeleceu-se uma espécie de desobediência civil, com contornos caricatos.
Os trabalhadores da CP fizeram greve contra o governo e, portanto, fizeram o jogo do governo, ao impedirem as pessoas de se deslocarem da forma mais simples para as terras portuguesas do Carnaval. De facto, como diz o Público: 


"O sindicato dos maquinistas agendou para esta terça-feira uma greve total. Estão definidos serviços mínimos, mas os comboios especiais de Carnaval com destino a Ovar e Estarreja não se realizam."


Por sua vez, os autocarros do Porto e de Lisboa procederam como se fosse feriado, longe de fazerem greve, claro e os do metro fizeram greve.
E todo o mundo foi curtir o Carnaval. 
Muito mais eficaz do que e fosse uma luta organizada, pois nem foi bem uma luta: foi uma anarquia. 
Bakunine teria aplaudido.


VER TAMBÉM AQUI

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

DEZ ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO ATRAVÉS DA MÍDIA

Noam Chomsky, aquele da gramática generativa e de tanta coisa mais, elaborou agora  a lista DEZ ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO ATRAVÉS DA MÍDIA.
Todas elas se aplicam ao momento que estamos a atravessar agora, com crise e tudo.

Retirado do ótimo blogue brasileiro Excerptos ou Fragmentos, aqui vai, em resumo.

1 – A Estratégia da Distração.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças que são decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, economia, psicologia, neurobiologia ou cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas Silenciosas para Guerras Tranquilas’).

2 – Criar problemas e depois oferecer soluções.

Este método também se denomina “Problema-Reação-Solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que seja este quem exija medidas que se deseja fazer com que aceitem. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja quem demande leis de segurança e políticas de cerceamento da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer com que aceitem como males necessários o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3 – A Estratégia da Gradualidade.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, com conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira as condições sócio-econômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego massivo, salários que já não asseguram rendas decentes, tantas mudanças que provocariam uma revolução se fossem aplicadas de uma vez só.

4 – A Estratégia de Diferir.

Outra maneira de fazer com que se aceite uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para se acostumar com a idéia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

5 – Dirigir-se ao público como a criaturas de pouca idade.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criatura de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se pretende enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

6 – Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto-curcuito na análise racional, e, finalmente, no sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos.

7 – Manter o público na ignorância e na mediocridade.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância planejada entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser alcançada para as classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

8 – Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.

Promover a crença do público de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.

9 – Reforçar a auto-culpabilidade.

Fazer crer ao indivíduo que somente ele é culpado por sua própria desgraça devido à insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, em vez de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se menospreza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição da ação do indivíduo. E sem ação não há revolução!

10 – Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.

No decurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles que possuem e utilizam as elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” desfrutou de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que este conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre si mesmos. 
 

Noam Chomsky. filósofo, ativista, autor e analista político estadunidense. É professor emérito de Linguística no MIT e uma das figuras mais destacadas desta ciência no século XX. Reconhecido na comunidade científica e acadêmica por seus importantes trabalhos em teoria lingüística e ciência cognitiva.

domingo, fevereiro 19, 2012

Quando até o Carnaval nos querem tirar...


Ó Balancê balancê / Quero dançar com você...


  Encantadoramente Kitch e obsoleto, diretamente do Carnaval Brasileiro para o Carnaval Português, aqui vai a Carmen Miranda, nascida no Marco de Canaveses, meia portuguesa, só meia brasileira e portanto, simbolizando o elo de ligação entre as duas culturas.


Maria do Carmo Miranda da Cunha GO IH (Marco de Canaveses9 de fevereiro de 1909— Los Angeles5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi umacantora e atriz luso-brasileira.[nota 1] Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Pero que las hay, las hay



Novo cardeal português defende que função “essencial” da mulher é educar os filhos


Então, e se a mulher for mal educada e mesmo malcriada?
Não vou afirmar que há muitas mães assim, 
"Pero que las hay, las hay". 
Vamos ter um cardeal romano português muito cândido. Por onde tem andado este gatinho? ...
Até chegar a cardeal cardinalício papabile... e representante dos portugueses junto do Papa de Roma?


VER MAIS PORMENORES AQUI

(Também chamado, em Espanha, "ARCEBISPO DO CALDITO", como se vê no último link). Ou é um santo, ou temos melhor.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Afinal, as boas notícias são... notícias

O Irão acaba de proibir a pena de morte por apedrejamento, reservada, normalmente, Às mulheres consideradas adúlteras.
Este blogue tem uma petição contra isso


AQUI


Também foi abolida a condenação à morte para menores!!! Também no Irão.
A boa notícia é que as coisas vão mudando aos poucos, mesmo no Irão e é bom saber que contribuímos para isso, através do ativismo online. E outros ativismos.


VER NOTÍCIA AQUI

Ensino...




Porque é que os nossos alunos  se portam tão mal nas aulas?
Coitadinhos! 
Porque têm calor, a seguir têm frio, distraem-se, não se vê bem o que está escrito no quadro... Porque é próprio da idade, porque o computador da sala de aula funciona, mas está sem Internet... porque é tudo tão chato...

Porque é tudo tão fácil e tão óbvio...  pena que não aprendam essas coisas tão fáceis, salvo uns iluminados que são vítimas dos outros...

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

O Estado (Triste) das Nações Tristes (a continuar)





Vemos primeiro o rosto de um rapaz, orgulhoso, altivo, marcial. Aproximando mais o nosso próprio rosto, vemos mais: o rapaz chora, sem perder a expressão máscula e a juvenil máscara de que um homem não chora... 
São imagens como esta que dizem tudo, só por si. É um militar grego, no decurso da rebelião, quase revolução que grassou em Atenas.

A nossa rebelião vai ser a rebelião do Carnaval, em que haverá uma desobediência civil, com  a ajuda de dias de férias e de atestados médicos e do habitual laxismo. Do mal o menos... (?)

Vemos notícias insultuosas nos jornais, contra a Grécia, Portugal, a Europa.

Vemos pessoas a chorar nos supermercados, por não poderem comprar o que queriam.
Vemos pessoas a perderem as casas que haviam comprado com tanto sacrifício. Imaginamos como viverão essas pessoas, em casa dos pais, em casa dos irmãos, pequenos espaços atravancados, que conflitos latentes não irão despoletar?
Vemos os pais a ficarem sem casa porque eram fiadores dos filhos e não podem pagar a diferença entre o empréstimo do banco e o que a casa rendeu, num leilão ao desbarato.
Vemos que a manifestação, em Lisboa, considerada a maior dos últimos 30 anos, foi desvalorizada pelos media, como se fosse uma pequena demonstração de um grupelho. 


Vemos a Alemanha, cada vez mais arrogante, quase ameaçando invadir outra vez a Grécia, fazendo chantagem com os empréstimos, quando, na verdade, a Alemanha ainda deve à Grécia muito mais do que lhe quer emprestar, pelo modo como ocupou este país. Custa a crer? Vejam o link abaixo. ***

Vemos a Grécia, também sem razão, a viver acima das suas possibilidades, devassada por políticos corruptos e por negociantes corruptos.

Vemos Portugal, também sem razão, a viver acima das suas possibilidades, devassado por políticos corruptos e por negociantes corruptos.

*** VER AQUI


E AQUI

domingo, fevereiro 12, 2012

A bondade no rosto



Esta mulher polaca, Irena Sendler, morreu tranquilamente numa cama aos 98 anos, depois de ter salvo 2500 crianças judias, evitando que fossem colocadas em campos de concentração nazi. 
Isto confirma a minha opinião: a bondade não pode existir sem a coragem. Basta ver o seu rosto simpático, carinhoso e bondoso, onde não encontramos traço da dureza que se associa à coragem.

No norte de Portugal, que tem uma linguagem muito variada, em risco de se perder, é utilizada a palavra fraco, ou fraca, para designar uma pessoa que não é boa.

Como se a fraqueza fosse impeditiva da bondade.

VER AQUI

Precisamos destes exemplos, agora que estamos outra vez a voltar atrás, em termos europeus.

“phosphoro” e “exhausto”

Ainda a propósito do acordo ortográfico, aqui fica a opinião de um entendido na matéria.



“Acordo Ortográfico: para além de Portugal *
1. Começo por três afirmações preliminares.
Primeiro: uma declaração de desinteresses. Não tenho interesses económicos, dependências políticas ou outras, quando me dedico a analisar a questão do Acordo Ortográfico; (…)
Segundo: uma declaração de interesse. Debato o Acordo Ortográfico porque me interessa a Língua Portuguesa e preocupa-me o seu destino, também à escala internacional.
Terceiro: uma declaração de índole ético-cultural, dividida em três frentes. Uma, que é a do respeito que igualmente me merecem todos os países onde o Português é língua oficial; outra, que é da honestidade intelectual que preside às minhas reflexões sobre este tema; uma outra ainda, que a da afirmação, relativamente a este tema, de convicções fortes, mais do que de certezas dogmáticas ou aspirações a ser dono da verdade.
(…)
A consagração de um acordo ortográfico entre os países de língua oficial portuguesa é, neste contexto, uma decisão estratégica de capital importância.
(…)
Chegado a este ponto, lembrarei algumas coisas simples, mas nem sempre presentes nesta discussão.
Primeira coisa simples: um acordo é, por natureza, um acto positivo, envolvendo um sentido de entendimento que importa enaltecer e não menosprezar.
Segundo: um acordo não é uma dogmática unificação de procedimentos, é um encontro de vontades, fundado no reconhecimento da dignidade das partes, sem preconceitos, complexos ou reservas mentais.
Terceiro: um acordo, por ser um entendimento, implica disposição para o diálogo e para abertura, não o fechamento em comportamentos autistas.
Quarto: um acordo implica também o pragmatismo que leva a que se concorde no que é possível concordar, sem prejuízo de diferenças que não põem em causa o essencial da concordância.
Por fim: se um acordo incide na ortografia, então reconheça-se que ele visa aquele domínio linguístico que é mais convencional e susceptível de reajustamentos rapidamente incorporados pelo uso e sobretudo pelas crianças, que são os falantes do futuro. Não tenham receio os educadores: o que está em causa neste acordo ortográfico é aproximar a grafia da articulação fonológica (aproximar, não identificar) ou, noutros termos, o modo como escrevemos do modo como falamos.
Já o perguntei e repito-o agora: há alguma ofensa cultural, se passo a escrever “elétrico” em vez de “eléctrico”? Houve desrespeito pelo idioma de Alexandre Herculano, pelos legisladores do Liberalismo ou pelos cidadãos letrados seus contemporâneos, quando passámos a escrever-se “fósforo” ou “exausto”, em vez de “phosphoro” ou “exhausto”? (…)”
(continua)

* Excertos da Comunicação lida na Audição Parlamentar sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, promovida pela Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da Republica, em Lisboa, no dia 7 de Abril de 2008.
Carlos Reis (Angra do Heroísmo, 28 /09/1950)
Ensaísta, colaborador de jornais e revistas, professor universitário, especialista em literatura portuguesa.

sábado, fevereiro 11, 2012

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Asma está do lado do poder. Mas qual poder?: O poder asmático?

Convenhamos: a criatura até é simpática e bonitinha, mas, com um nome destes, Asma... nenhum falante da língua portuguesa a comprava... e os outros são burros.LOL

Asma, mulher do primeiro-ministro sírio, apoia a ditadura. E apoia o marido. Parece que a rapariga até tem uma educação ocidental e tudo, mas deve gostar do poder, ou assim...



VER AQUI

N. B. : Nunca coloco nestes meus blogues fotos de gente assim, mesmo que seja gente bonitinha e que esteja nas ondas. Creio mesmo que não tenho aqui nenhuma foto de Sócrates, por todos esses motivos.


Este pequeno texto tem várias repetições, mas são todas enfáticas.