terça-feira, dezembro 15, 2009

Viagens: por exemplo, fim de ano

Nós portugueses, só sabemos viajar de duas maneiras: indo à aventura como imigrantes para os bairros da lata de todo o mundo (menos à aventura do que atrás da família ou dos conhecidos da mesma terra) ou periplando o mundo em hotéis de luxo, com guias turísticos e tradutores-intérpretes, dos quais nos tornamos dependentes até ao ridículo.

Uma vez na Grécia, vendo que eu viajava sozinha, alguns patrícios tentaram impingir-me uma criatura que também viajava sozinha (alegadamente tínhamos isso em comum) e que não falava nenhuma das línguas do mundo, para além do português básico e bacoco que era o seu idioma.

Isto aconteceu-me algumas vezes: se eu viajo sozinha, obviamente se conclui (à portuguesa) que gostaria de viajar acompanhada. E mesmo acompanhada por uma série de atrasados mentais e, como falo algumas línguas e me desenrasco bem, nada mais natural do que tomar conta deles.
Não gosto de ser indelicada. E muito menos de fazer fretes.

Como é óbvio, nós não sabemos mesmo viajar, tal como não sabemos conviver, nem estar sozinhos.
E por isso, na maior parte das agências de viagens, de que se exclui a espanhola Halcon, não existe a hipótese de alguém viajar sozinho. Ou então existe, pagando o dobro.

Esquecem ou não sabem que, hoje em dia, será perfeitamente natural, como era há décadas para os aristocratas, duas ou três ou mais pessoas viajarem acompanhadas, dormindo em quartos separados, claro.

A mim não me apetece esta promiscuidade de partilhar o quarto com ninguém. Mesmo. Quando tinha 18 ou 20 anos vivi num lar de estudantes e adorei. Mas já não tenho essa idade nem esse gosto intemperado pela boémia. Já não considero, obviamente, que basta viver algo de diferente para se viver de modo aventuroso. Diferente de quê?

Solução: marcar uma viagem pela net ou então, na Halcon. Como em Espanha há muita gente e muitos tipos de pessoas, a agência considera todas estas hipóteses.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Notícia má e boa

Tenho a dar duas notícias, uma má e a outra boa, ou melhor, tenho a dar uma notícia, simultaneamente boa e má.

A livraria Bucholz, uma livraria mítica de Lisboa, fechou porque foi à falência. Essa é a parte má, mas já conhecida.
A notícia boa é esta: quem comprou a livraria resolveu fazer saldos da existência da Bucholz, que era uma das melhores, senão mesmo a melhor livraria de Lisboa, antes da Fnac e da concorrência desleal...

Enfim: grande parte das obras estão a 1 Euro, o máximo que vi creio que foi 15 euros para livros de arte ilustrados. Como a procura tem sido muita, a promoção termina a 18 de Dezembro de 2009.

Fui lá hoje ao fim da tarde e comprei: um livro do Papa de Roma (o actual) sobre os doutores da Igreja nos primórdios do Cristianismo, um livro sobre vidas de santos (sei que pode parecer chato, mas eu interesso-me por coisas destas), dois volumes dum livro do Padre António Vieira chamado a "História do Futuro", mais um romance da Charlotte Bronte, em original no inglês e um romance, no original em francês de Gerard de Nerval... Tudo isto custou-me 16 Euros, no total.

Tive também uma surpresa: o meu romance "Imaginália" estava lá à venda, também por um Euro, mas eu creio que recebi por ele dois euros de direitos de autor... ou nem pagaram...
Se algum(a) de vocês gostaria de adquirir esse meu livro por um Euro, está do lado esquerdo de quem entra, na parte de baixo.

Ainda não me habituei a ver os meus livros nas livrarias: fico com a impressão de que posso pegar neles e trazê-los, porque são meus...
Não são? Pois.

domingo, dezembro 13, 2009

A Mudança






No mesmo tipo de sítio onde encontrei o vídeo do post anterior, no Facebook, encontrei também estas duas fotos incríveis, destinadas a provar que todos, mas todos, se podem entender.

1º Vídeo


Eu não sabia postar vídeos, mas a Georgina ensinou-me. Obrigada Georgina. Afinal era tão simples...
Isto era só uma experiência, mas deixei ficar: mostra como pode ser fácil resolver um problema impossível.
Encontrei-o no Facebook, no site: Clicar no site ou no vídeo.

sábado, dezembro 12, 2009

Corrupção Mínima Garantida

Vários elementos do PS, incluindo o impoluto Mário Soares, têm afirmado aos quatro ventos e aos cinco oceanos que ninguém se deixa corromper só pela módica quantia de dez mil Euros. Creio que se referem aos elementos do PS, os quais já adquiriram tanto dinheiro que esta quantia lhes parece agora muito pequena... ou talvez se refiram a todos os portugueses, de todos os quadrantes...

Devemos exigir ao PS que defina um tecto mínimo, a partir do qual qualquer um se deixa corromper, passando assim à categoria de suspeito de corrupção.

Poderemos chamar a este dispositivo de "Corrupção Mínima Garantida" (CMG). Deverá haver dois valores diferentes: um para o público em geral e outro, ligeiramente superior, para aqueles que já estão no poder há algum tempo...


sexta-feira, dezembro 11, 2009

Voltemos à realidade: Afinal havia outra!

Afinal, enganei-me. Não se passou um mês inteiro sem que o primeiro-ministro voltasse a ser suspeito.
Agora é o caso do Magalhães, que sempre foi muito estranho... afinal havia um motivo para o Magalhães: "Afinal havia outra! E eu sem nada saber, sorria..."
Para além disso, anda a destruir sistematica e divertidamente: a justiça, o ensino etc... e que mais? quem quiser que se queixe.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Náufraga

Fecho os olhos e...
Vejo.
Estou a nadar no Oceano. É noite, mas felizmente é uma noite quente de Verão.
Sou uma náufraga. O navio em que navegava perdeu-se. Eu também. Não sei onde estou.

Vejo ao longe uma pequena luz. Tenho a impressão de que a terra deve ser para ali.
Nado com mais energia. Respiro com força. Quero viver. Sobreviver.

A luz ao longe torna-se maior.
E se for um farol? Se for um farol, talvez em volta haja escolhos. Ondas poderosas quebrando-se nos rochedos com grande fragor, atirando para as pedras agudas tudo o que flutue. Como eu.
Os faróis são para os navios, não para os náufragos que vão para a terra a nado... talvez...

Talvez ao lado do farol haja uma praia onde a rebentação das ondas seja doce e tranquila.
Vou em direcção ao farol, mas voltarei um pouco à direita. Ou à esquerda? Tenho de decidir rapidamente. À direita. Já decidi. Seja o que Deus quiser. Talvez eu tenha ainda uma missão a cumprir. Talvez não seja o fim.

Vou conseguir. Acho que sim. Não estou ainda demasiado cansada. Paro um pouco. Volto-me de costas. Descanso. Respiro pela boca. Ofegante. Mantenho o rumo. Vou conseguir.

Abro os olhos e vejo: estou na piscina do ginásio das Amoreiras. A chuva cai torrencialmente sobre o elegante tecto de vidro, escorre pelas paredes, inteiramente feitas de vidro. É Inverno, mas a água morna, suave e doce acaricia-me a pele. Não é por acaso que é um ginásio muito caro...

Lá fora brilham as luzes das montras do Natal. Não se vêem, claro, mas vão mudando de cor na torrente da chuva que tudo anula, transformando o presente imediato noutro tempo qualquer.

Bem, eu acredito na reencarnação. Se calhar isto aconteceu-me noutra vida. Talvez esta tenha sido uma das muitas vezes que morri no mar, nadando, neste caso, em direcção ao infinito oceano atrás da luz dum navio, julgando que me dirigia para terra.

N.B.: Este texto deveria pertencer ao blogue Escrevedoiros, mas poucos o lêem, embora os que o fazem gostem. Já agora, sugiro uma visitinha

terça-feira, dezembro 08, 2009

2012

Constato agora que já há muita coisa sobre 2012: um filme, vários livros, inúmeros sites e posts na net.
Uns anunciam o fim do mundo para essa data, outros o início da Nova Era, já prevista por tantas profecias: A Era do Aquário, o Quinto Império, a Era de Paz que durará mil anos (segundo a Bíblia e que os portugueses interpretaram como o Quinto Império Português), etc...
Estou morta por chegar lá para ver. Bem, acho que "estou morta" não é o termo adequado neste caso. Esta língua portuguesa...
Um dia, falando levianamente, enfim, descontraidamente com uma desconhecida que depois julguei saber ser enfermeira, eu disse-lhe:
- Há dois sítios onde não me apanham nem morta: o hospital e o cemitério (estava a exagerar, claro, a fazer "blague").
Responde-me a sujeita, num modo que quase me deixou deprimida:
- Esses são os dois sítios onde você nunca poderá afirmar que não irá morta!
LOL! Humor negro!
Detesto humor negro! Odeio humor negro!

segunda-feira, dezembro 07, 2009

2012

Enfim, coloquei aqui um post chamado Hopenhagen, querendo dizer Esperança em Copenhague e outro com informações que me foram enviadas dizendo o contrário. Não sei...
Também informei da ideia de que o Obama vai revelar a exitência de extraterrestres. Francamente, a não existência de extraterrestres parece-me improvável, a não ser que tomemos a Bíblia como referência... interpretando-a literalmente, mas...
Disse-me uma amiga, por email, assim:
"É evidente que depois da farsa do Aquecimento Global, o Grande Chefe Obama ,irá sacar da cartola o Perigo dos ET, para nos impôr um governo Mundial.
São tão previsíveis!"

Serão previsíveis?
Será a ideia de ter um governo mundial?

Já agora também acrescento outra ideia e não pensem que faço isto porque bebi uns copos mais ou porque acredito em coisas do outro mundo. Este blogue é a prova do contrário.

Existem várias profecias relativas a 2012. Profecias apocalípticas. Isto quer dizer que prevêm o fim do mundo. Mas o fim do mundo é, obviamente, o princípio de outro mundo.
Então, as profecias Maias prevêm o fim do mundo em 2012 e portanto, isso quer dizer que nessa data vai começar um mundo novo. É claro que são profecias New Age. Mas este é o nosso tempo, não é? Chegamos ao século XXI e portanto, a uma nova Era (NEW AGE).
Lembram-se daquelas pessoas que morreram em Dezembro, incluindo 31 de Dezembro de 1999? Algumas às 11 h e 59 minutos de 31 de Dezembro de 1999? Não entraram na Nova Era.
Se fossem pessoas que eu amasse, ter-me-ia perguntado porquê e a resposta de que foi apenas por acaso não me teria dito nada.
Então vejam também isto.



Climate Gate

Já aqui referi o assunto mais do que esquisito, no post anterior. Então o aquecimento global não é provocado pelo homem?
Encontrei isto no Jornal I, depois de ter sido alertada para o facto de que este assunto tem sido abafado...

Alguns emails sugerem que dados relativos a temperaturas podem ter sido manipulados para esconder tendências de arrefecimento ou outros dados pouco consistentes com a teoria aceite do aquecimento global.

sábado, dezembro 05, 2009

Capela Nossa Senhora da Rocha


Como pediram, já descobri o nome a localização da capela.

Chama-se capela de Nossa Senhora da Rocha, fica perto de Armação de Pêra. A praia à esquerda, olhando para o mar chama-se praia de Nossa Senhora da Rocha, a da direita, julgo ser Praia Nova, Porches.
Parece ser desconhecida a sua origem e mesmo pouco consensual, dizendo uns que é visigótica e outros do Sec. XVI. Mas que faz lembrar a do Eurico o Presbítero, faz.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Openhagen

A palavra "Openhagen" associa o nome da cidade "Copenhagen", traduzido Copenhage, à palavra inglês Hope, que quer dizer esperança: Hopenhagen. talvez se possa traduzir por Esperança em Copenhague, ou mesmo por: pouca ou nenhuma esperança em Copenhague.

Convenhamos: a esperança não é muita, mas a ideia é muita.
Ver aqui:
Este site tem uma petição online, apelando para uma participação mais activa.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

E o resto é mar

Sem ter qualquer garantia de veracidade, informaram-me que esta capela é visigótica e anterior à invasão dos árabes da Península Ibérica. Fica no Algarve, na zona de Armação de Pêra.
Seria aqui que "Eurico o Presbítero" pontificava antes da Invasão? Se tivesse existido...

domingo, novembro 29, 2009

Terra Imunda: Caminhos






A semana passada estive no Algarve, numa zona rural de paisagem protegida.
Havia muitos caminhos por toda a parte, coisa que já não se vê muito no Norte.
Gosto dos caminhos, que mantêm por algum tempo a memória dos pés, dos percursos e de quem os fez.
E estas ervas cinzentas também me agradaram, pelo inusitado da cor.

quinta-feira, novembro 26, 2009

STOCKMARKET

Não sei o que é isto, mas parece bom. Achei-o no Facebook.


STOCKMARKET

Será a 14ª edição e desta vez contará com mais marcas expostas. Em Lisboa, o palco deste mercado de compras a preços acessíveis será no Pavilhão Rio, do Centro de Congressos de Lisboa, de 27 a 29 de Novembro. No Porto, será o Pavilhão 6, da Exponor, o local escolhido para este evento a decorrer de 6 a 9 de Dezembro.


terça-feira, novembro 24, 2009

FIL ARTE LISBOA 2009




Também muito interessante esta instalação. O artista José Luís Serzo, de nacionalidade espanhola, julgo eu, inventa histórias que depois narra em várias pinturas, objectos e instalações.
Esta é do homem que se transforma como se vê e que voa sem asas. Narrada pelos ratitos que estão debaixo do estrado.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Fil ARTE LISBOA 2009







Esta opinião pública também não está má...
Ficamos com a impressão de que a opinião pública depende de factores como: a digestão, os problemas laborais, a monotonia da vida, a curiosidade insatisfeita, enfim, as cruzes que cada um carrega e todos carregamos.
Autor: Andrew Benyei

FIL ARTE LISBOA 2009


Está muito interessante a FIL este ano. Comprei uma pintura, que depois mostro.

Este objecto artístico tem um título muito sugestivo, como se vê na outra foto que tirei, para não estar a escrever: "Sozinho com capuccino |café| e livro. É mais uma sátira à nossa incomunicabilidade e está muito interessante, não acham?
Autor: Andrew Benyei

O Sul da Europa

A nova Ministra da Educação queixa-se de que, no Sul da Europa se considera que os estudantes devem repetir o ano para aprender mais. Mas isso, na sua opinião, não deve ser assim, porque no Norte da Europa não é assim.
Claro! Como nós não vivemos no Sul da Europa, nada mais natural do que imitarmos o Norte da Europa. Aqueles que só comem queijo e pão escuro, trabalham como negros e se suicidam como Alentejanos. A nossa mentalidade é completamente diferente, a nossa é contra o trabalho e pelo lazer, a deles é pelo trabalho. e eles têm alternativas para a reprovação, que nós não temos.
Portanto, vamos imitar os nórdicos (que não têm nada para fazer senão trabalhar à semana e embebedarem-se ao fim-de-semana) deixando a criançada fazer (ou melhor, não fazer) tudo o que não lhe apetece, passemo-la todos os anos sem saber coisa alguma em direcção à universidade e esperemos um Futuro Melhor e mais civilizado, claro.
Porque nós aqui e em quase todo o Sul da Europa temos a tentação do sol, da vida ao ar livre, do calor e da praia. São demasiadas tentações para quem quer estudar, se não for obrigado a fazê-lo. Se não houver algo que assuste: notas más, reprovar, repetir...
E nós, os adultos, iríamos todos trabalhar e trabalharíamos muito se não fôssemos obrigados a fazê-lo? Pois é assim que se dá cabo da instrução neste país. Já nem falo de educação...

quarta-feira, novembro 18, 2009

Corrupção portuguesa noticiada em Espanha

Foi noticiado nos jornais espanhóis que os casos de corrupção com envolvimento político se sucedem em Portugal e que já vamos no eneésimo.
Pode ser que ver os espanhóis a criticarem-nos faça morrer de vergonha os portugueses que votaram nesta cambada. É caso para perguntar:
Quem será que ainda votou neles e porquê? Há gente ingénua, mas não deve ser assim tanta!

O Mário Soares deve achar que está acima de qualquer suspeita, pois vem sempre a terreiro para defender esta gente e com cada argumento!
Numa época em que muitos portugueses vivem na penúria, o argumento é que dez mil euros é pouco dinheiro. Quando foi do caso Melancia também a quantia lhe parecia pequena.

A minha mãe costumava dizer que os ricos são ricos porque dão muito valor a cada centavo, ao ponto de darem aos pobres menos do que os outros, só as moedas mais pequeninas. Dez mil euros é pouco? E muitos dez mil euros, também são poucos?

terça-feira, novembro 17, 2009

Violência doméstica e casamento homossexual

Os nossos honoráveis ministros e restantes admiráveis e admirados políticos andam tão preocupados com o funeral dos homossexuais (ditado popular: "casou-se, matou-se") que deixam de lado outras questões legais bem mais importantes e urgentes. Já aqui disse o que vou expor, mas repito.
Todos os anos morrem em Portugal (e no mundo) muitas mulheres que são vítimas de violência doméstica. Para não esquecer as que morrem aparentemente por outras causas, mas que também são vítimas de violência doméstica não denunciada e portanto impune. Restrinjamo-nos aos casos em que há condenação.

Quem herda os bens da vítima? Sabem? É o assassino.
Ainda há pouco tempo saiu na Visão uma horrível reportagem, em que o marido fez à mulher um seguro milionário e a seguir mandou matá-la. Mesmo assim, a família dela não aceitou o divórcio.
Esta questão da herança no caso do marido que mata a mulher, do filho que mata o pai, etc., foi debatida há uns meses em Espanha e em Itália, mas aqui estamos todos muito preocupados com assuntos mais polémicos, que façam esquecer as faces ocultas dos nossos honoráveis representantes políticos

segunda-feira, novembro 16, 2009

Vara pau nos lombos

Do que esta gente precisa é dum Vara pau nos lombos.

Um varapau ou mesmo o cilício fazem melhor à alma desta gente do que o nosso dinheiro lhes faz aos bolsos.
E também nos fazia bem a nós zurzir esta cambada. Não há dinheiro para nada, porque é todo para eles.


A despropósito: aproveito este post para lembrar que começa na próxima quinta-feira a Fil de Arte Contemporânea de Lisboa 2009


sábado, novembro 14, 2009

Água na lua

O Google comemora, com imagem apropriada, a descoberta de água na lua.
Não é que interesse muito ao nosso país, ávido de descobertas bem mais prosaicas e que nunca se fazem...

Viva a água da lua! A água é sempre boa em toda a parte. E se já lá há água, não tardará muito a haver vinho...

sexta-feira, novembro 13, 2009

Alçar a Alçada II

E depois do entusiasmo despertado pelo contraste entre a anterior ministra da educação e a nova, surgem as perguntas:

Se quer ser tão diferente da anterior ministra, irá o Sócrates concordar? Andará demasiado distraído com a face oculta? Será melhor limpar a cara? Servem os professores para tudo?
Uma coisa é certa: depois de tanta luta , os professores ainda tinham à sua espera uma SURPRISE!!!!!
É que quem tinha poderes para os avaliar não hesitou, nesta fase final, em avaliá-los à Lagardaire, pensando que tudo é para durar e que não haverá "tudo se paga neste mundo". Avaliar iguais é impossível, a não ser que o ser humano não fosse a besta que é.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Alçar a Alçada

Acabo de ver a entrevista com a nova ministra da educação, Isabel Alçada.
Ao contrário do que esperava, a primeira impressão é francamente favorável.
Situo-me, não tanto ao nível das intenções e das promessas, mas sobretudo ao nível semiótico: aquilo que perpassa através da comunicação, às vezes até involuntariamente.
A outra ministra, uma inconcebível megera que despertava o que há de mais irracional em toda a gente, tinha sempre como sujeito de todas as frases que proferia a palavra "checolas". Exemplo: "é preciso que as checolas tracem os seus objectivos..."
Quando ouvi os sindicatos usarem também checolas como sujeito das frases, escrevi um email para o SPGL, aconselhando-os a escolherem um sujeito "humano" para as suas frases - isto de sujeito humano é da linguística, digamos da gramática. Quem souber falar e escrever saberá usar sujeitos humanos ou não-humanos conforme a sua intenção. Ou então fala sem saber o que diz. Fiquei seriamente preocupada ao ouvir os sindicatos fazerem eco das palavras e da sintaxe da sujeita. E foram os representantes dos professores, e não os sindicatos, que tomaram todas as iniciativas.

Esta Isabel Alçada colocou sempre, nesta entrevista, como sujeito das frases, os sujeitos professores (no plural) e alunos (no plural); alunos apareceu mais como complemento directo e professores como sujeito. O outro sujeito que usou frequentemente foi: o entusiasmo (dos professores).

Sim. É entusiasmo que falta. No ensino e em toda a parte. E nem a anterior ministra, nem os recentes e decepcionantes acontecimentos da avaliação feita "à Lagardaire" por qualquer idiota, nada disto conseguiu em certos casos coarctar o entusiasmo dos professores, que sabem muito bem o seguinte: à sua volta há mesquinhez e ignorância, mas são os alunos que os irão avaliar no futuro. O que os alunos irão contar durante o resto das suas vidas a respeito dos professores que tiveram, não tem nada a ver com questões institucionais. Muito menos com o poder.

Sob suspeita

Vocês acham normal termos um primeiro-ministro que está constantemente sob suspeita? Disto e daquilo e depois mais isto e depois mais aquilo...
Como já nos habituámos...
Não se augura nada de bom deste exemplo para o país.

sexta-feira, novembro 06, 2009

As Rainhas de Copas: Avaliação dos professores

Os professores são avaliados de forma severa, divertida ou saudosa, mas definitiva, na memória dos seus antigos alunos, muito mais do que em qualquer outro fórum. E acontece que o tempo faz esta avaliação dar voltas de muito graus, pois são às vezes os professores mais malucos e irritantes que se recordam melhor e com mais benevolência.
Há muitos que são esquecidos para sempre, quase no mesmo ano em que estiveram no activo. Quase durante o ano, ao ponto de nunca nenhum aluno saber o seu nome. Há aqueles que influenciam o futuro dos jovens, que querem ser como eles. A diferença entre uns e outros é tão abissal que não cabe numa escala normal de avaliação, pois é uma diferença de grau e não de quantidade. Só por isso já era evidente que uma avaliação de professores seria um ponto muito sensível, até porque os preferidos dos alunos nem sempre (quase nunca) são os preferidos do poder que os avalia. Até por uma simples questão de ciúmes e inveja. Quem não gostaria de ter a preferência de todos os alunos, sabendo que isso lhe é impossível e que é fácil para outros?

E agora os professores andam a ser avaliados/torturados há mais de um ano.
Como tudo mudou nas escolas, incluindo a relação de poder, as simpáticas presidentes de outrora, eleitas pelos colegas, estão agora transformadas em Rainhas de Copas, impulsivas e caprichosas, dispostas a dar as piores notas aos colegas que lhes fazem sombra e / ou lhes não elogiam os loiros cabelos, os sapatos novos e sobretudo os pés. Usam para isso um modelo de avaliação que permite todas as arbitrariedades e na maior parte dos casos são exactamente as mesmas antigas afáveis presidentes, que assim se vêem radicalmente mudadas pela atracção (aparentemente irresistível) do poder.

quinta-feira, novembro 05, 2009

A Modéstia

Almeida Garrett disse, se não me engano nos detalhes, pois cito de cor, que a modéstia é a pior de todas as virtudes.
Não sendo um homem modesto, viu bem e antecipadamente o que quer dizer esta "virtude".
Século volvido, o caso parece mais óbvio, por exemplo quando foi levantada a questão das avaliações de todo o mundo:

Claro!

A modéstia é muito natural e na nossa pequena sociedade portuguesa "fica bem".
Fica muito melhor e é bastante mais fácil a quem não tem qualidades invulgares...
Claro, como vivemos numa sociedade bué igualitária, a modéstia fica igualmente bem a quem tem grandes qualidades e grandes capacidades, e a imodéstia fica igualmente mal aos dois grupos.

É por isso que Portugal não sai da mediocridade pardacenta. Porque o respeitinho e a modéstia são muito bonitos... são mesmo giríssimos.

Uma gabarolice infundada até pode ter graça, mas os que são mais cultos, mais experientes, mais sábios, esses deveriam ter sido mais modestos. Claro. Evitando assim sobrepor-se àqueles que, por motivos vários e todos decentíssimos, não "tiveram tempo" para ler, escrever, etc... e se tivessem tido tempo, não teriam sabido fazê-lo. Porque são modestos.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Tempos presentes, ou seja, tempos futuros

Não sei se vocês já se aperceberam disto, talvez não... também é para isso que servem os blogues.

A Internet, na sua primeira juventude ou mesmo infância, creio ter mais de 10 anos e menos de 15, menos ainda aqui em Portugal, mesmo assim já passou por várias fases.
E esta última é a melhor, claro, a última é sempre melhor que a anterior. Vejamos:

Lembro-me das absurdas objecções que se faziam à Internet quando ela surgiu. Como sempre que surgiu alguma coisa e este final de Século XX foi pródigo em surgirem coisas inteiramente novas, a primeira reacção é a da rejeição.

A fase em que acabamos de entrar é esta:
As pessoas passam da comunicação "solitária" via Internet, que alegadamente as afastaria dos outros, para uma fase de encontro com as pessoas que se conheceram via net.

Na passada Sexta-feira fui, como sabem, a um jantar de Bloggers, ou seja, com pessoas que eu conhecia virtualmente e outras que não conhecia de todo, sendo todos bloggers como eu.
Na Segunda-feira seguinte, fui a um almoço num navio, com pessoas que conhecia virtualmente, mas que já tinha visto noutro navio e outras que não conhecia e fiquei a conhecer.

Neste último caso, está previsto juntarem-se todas estas pessoas para fazerem juntas um cruzeiro. Digamos que, pessoas que têm algo, bastante ou muito em comum, juntam-se por esse motivo.
Esta é apenas uma das fases incipientes da net. Imaginem o resto!
Aparentemente e se bem entendi, passámos muito rapidamente do isolamento ensimesmado para o encontro puro e simples.

VIVÍSSIMA

A propósito dos posts que aqui coloquei, com a palavra "vivíssimas", uma amiga contou-me o seguinte:
Uma mulher que ela conhece confessou ao seu mestre espiritual:


- Mestre! Tenho tanto medo da morte!
- Medo de quê? - respondeu o mestre - morta já tu estás há muito tempo!

(Ver mais clicando na tag vivíssimas)

segunda-feira, novembro 02, 2009

Navio Zénith





Fui almoçar a bordo do navio Zénith fundeado na Doca do Conde de Óbidos, também chamada Cais da Rocha: Cais da Rocha do Conde de Óbidos, com o grupo Infocruzeiros.. Este navio é gémeo, ou seja, é quase igual àquele em que naveguei em Agosto, o Pacific Dream.
OOOOHHHH! Que saudades do mar! E de navegar! Aqui estão algumas fotos.

sábado, outubro 31, 2009

Vara de porcos

Não tenho acompanhado a notícias, mas parece que há para aí uma vara de porcos, segundo li no blogue recém-amigo.
Ou a portuguesada apanhou com uma vara nas costas, está varada...
Ou então é pior: a população ainda não foi suficientemente varada nem varejada nem emporcalhada nem avacalhada e ainda se sente pouco esclarecida.
E feliz!
Os dinheiros dos impostos, esses, vão para a vara de porcos, como sempre foram. E parte significativa da população não ganha o suficiente para comer da maneira que nós consideramos indispensável. E muitos estão no desemprego, mas isso não importa.

Vocês, não sei... quanto a mim, vou virar muçulmana fundamentalista, por horror que tenho aos porcos.

Também há quem fale no polvo socialista, mas os portugueses adoram polvo, logo a seguir ao bacalhau e ao porco.

Vocês, não sei... quanto a mim, gostaria de virar vegetariana fundamentalista. Ou americana. Ou até mesmo... como se chamam os habitantes do Burkina Faso? Burkinafasense? Ou do Turquemenistão? Turquemenistanesa? Ou do Tuvalu? Tuvaluesa? Ou do Kiribati? Kiribaptista? Kirisbatesa? Kiribatinha...

VI Farra Blogosférica

Realizou-se ontem a VI Farra Blogosférica, aqui anunciada.
Adorei conhecer pessoalmente alguns dos bloggers dos blogues que costumo ver e outros que começarei a ler agora.
Tudo pessoas muito críticas e por isso mesmo muito alegres, divertidas, com o vício de pensar, inquietas e fascinantes. Que estão muito vivas.
Isto surgiu-me após uma semana de trabalho em que me morderam nas canelas, coisa de que ninguém gosta, apesar de também me ter divertido um bocado, pois a minha é uma daquelas profissões em que se interage com muita gente: enquanto uns ainda empunham o punhal da traição, os outros dão beijinhos para sarar a ferida.
Estas "farras" reconciliam-nos com a vida e com os outros.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Tresantontem



A minha avó costumava usar a palavra Tresantontem, ou tresantonte, que também se diz tresanteontem.

É uma palavra que já não usamos, mas que faz falta.
Outro dia, num post, eu queria referir um facto como sendo muito recente, mas, não podendo dizer tresantonte, tive de dizer "a semana passada", o que é algo muito diferente.

Será que perdemos a percepção de que o que aconteceu antes de anteontem é ainda
muito recente?
Gosto também da expressão algarvia: isso já foi para aí há uns três quinze dias.

Três quinze dias também não são muitos dias. Não é muito tempo... mas creio que querem dizer três semanas.

segunda-feira, outubro 26, 2009

VIVÍSSIMA

Quase contrastante com o post anterior, quero salientar um episódio giríssimo que ocorreu recentemente e foi notícia de jornais.
Dizia eu há dias neste blogue que, às vezes, olhando para as pessoas, me pergunto se elas estão vivas ou vivíssimas, mas ocorre-me muitas vezes que mais parecem mortas.
Resumo:
A mãe daquele candidato a Presidente dos Estados Unidos que concorreu contra Obama teve um pequeno acidente a semana passada no Chiado, em Lisboa, foi hospitalizada no S. José, mas já está bem.
Esta senhora tem 97 anos (o filho de 72 foi considerado algo idoso para presidente), recentemente foi multada por excesso de velocidade e, como gosta de viajar, corre o mundo com a sua irmã gémea.
Pormenor: como todos os verdadeiros viajantes (palavra que pode opôr-se a turistas, dado que os viajantes andam ao sabor das marés apreciando o que existe no mundo, ao passo que os outros andam atrás dos guias turísticos, a ver palácios em países miseráveis e dormindo nos melhores hotéis, sem sentirem o frio nem o calor nem coisa nenhuma...), a dita senhora ficou hospedada num hotel relativamente barato, de duas estrelas, o Hotel Borges no Chiado, um pequeníssimo hotel carregado de história, sobretudo história literária.
Era onde eu ficava quando vivia no Algarve e pernoitava em Lisboa, a caminho ou a descaminho do Norte e vice-versa, regressando a caminho ou a descaminho de Portimão...

E ao encontro desta bela cidade, que me chamou para si e que agora me chama sua.

sábado, outubro 24, 2009

O nosso antepassado morto

Como os portugueses só gostam de escritores mortos e só os adoram depois de mortos, José Saramago resolveu dar uma de escritor morto.
Nem de outro modo se entende que tenha ressuscitado uma polémica completamente anacrónica. Não me parece que fosse apenas uma questão de marqueting, acho mesmo que é uma questão de personalidade...
A civilização ocidental, depois de ter colocado em causa a existência de Deus e a verdade das religiões durante quase dois séculos, entra agora definitivamente numa fase mística que é o resultado dessa pesquisa e simultaneamente do desejo humano da transcendência. Não se trata de uma atitude ingénua: muitos abandonaram a religião de origem e procuraram outras, de que se destaca o budismo, não o budismo "institucional", digamos assim, mas a essência dessa religião que não cede nada ao materialismo, à economia, etc. Muitos, como eu, desejariam acreditar no budismo, o que seria muito fácil se isso não fosse uma questão de fé, irremediavelmente perdida pelo materialismo e pragmatismo demasiado persistentes da religião católica. Dos quais não me parece que este Papa seja cúmplice.
Vejamos:
A certa altura, a religião católica quase que foi a votos: as pessoas não gostam disto, então mudamos aqui e mantemos o resto. Fez o que fazem as empresas: fingiu ser complacente para ser vendável, algo que este Papa tenta mudar. Resultado: muitos crentes "fanáticos" mudaram-se para religiões ainda mais rígidas, como a das testemunhas de Jeová, enquanto outros crentes se mudavam para o budismo, muitíssimo mais exigente, tornado-se, por exemplo, vegetarianos ou fazendo improváveis votos de castidade, sem que a sangria dos ateus irresolutos se tenha estancado.
Tudo isto resulta, naturalmente, do questionamento da religião católica, que desde há séculos se faz nas consciências, nas famílias, na sociedade. Mantiveram-se na religião os materialistas, outros que valorizam mais a tradição do que a a convicção e também os ateus, designando por esta palavra aqueles que não têm fé, mas também não lhes parece que isso seja grave. E alguns cristãos convictos, claro, que são, talvez, a minoria e que são muito "gozados" pelos outros.
A questão da Bíblia só é ainda questionável para os milhões de ignorantes que infelizmente existem, para os quais Saramago se vocaciona agora, numa patética tentativa de protagonismo. São muitos milhões no mundo inteiro, mais do que em Portugal, de que o escritor já entendeu a pequenez, passando-se para Espanha. Não imaginemos que Saramago se dirige ao punhado de crentes católicos portugueses, que não lhe interessa nada, obviamente.
Tive a percepção desse completo abismo, há uns anos atrás, ao tentar explicar a uma amiga que o Deus do Antigo Testamento é praticamente o oposto do referido na mensagem de Cristo, sendo um violento e vingativo, enquanto o outro é pacífico e fraterno. Polémica esta, que aconteceu há dois mil anos e que Saramago ressuscita como se se dirigisse a um público de analfabetos. A minha amiga, ateia católica pouco esclarecida e muito ignorante, cabou por argumentar que a Bíblia que lhe mostrei não era católica. Como de facto não era, ficou muito aliviada e esqueceu o assunto.
Deixo aqui, neste fórum, um desafio a Saramago: sendo hoje a questão religiosa e mística fundamental, o que acontece também ao nível da geopolítica, sugiro-lhe que ponha em causa a religião e as práticas religiosas muçulmanas, pois essa é a questão realmente actual, ao contrário da questão cristã, fartamente debatida pelos filósofos e escritores do Sec. XIX. E que se dedique à defesa dos direitos da mulher nessa religião e nos países que a praticam.
Para isso é que é preciso ter coragem! Não para criticar uma religião já questionadíssima pelos próprios crentes. E se corresse algum risco, não seria o de morrer jovem.

A casa maravilhosa


Era uma casa maravilhosa. Por fora, parecia que ia cair, de tão velha.
Antes de nós lá chegarmos, tínhamos de atravessar um lodaçal muito grande e ficávamos com os sapatos cheios de terra e de lama. Quando entrávamos na nossa casa, tínhamos que calçar pantufas porque a vizinha de baixo já era muito velha e não aguentava o barulho dos nossos passos. Lá dentro, nós tínhamos uma inclina também africana como nós, mas é claro que a gente não podíamos nunca entrar no quarto da inclina. Mas depois, quando já estávamos lá dentro, todos de pantufas, a casa era o lugar mais maravilhoso do mundo. Éramos todos pretos, lá dentro. Mesmo a inclina. E estava quentinho...

Até que um dia... a inclina chegou a casa e atirou-se para cima da mesa da cozinha, a chorar. Tinha perdido o emprego.
- Estou farta disto. Não aguento - dizia, na sua voz rouca - vou voltar para África! estou farta.
Então, a minha mãe disse:
- Se tu vais voltar para África, então nós temos de nos mudar para uma casa mais barata e mais pequena, porque, sem a tua renda, não podemos pagar esta renda.
E então assim foi. Mudámo-nos para um pequeno apartamento. Era mais moderno, não tinha lama, não tinha a vizinha velha a reclamar por causa do barulho. Mas havia um problema.
É que a inclina tinha pago uma calção quando foi morar com a gente. E quando nós nos mudámos para a casa nova, tivemos de a levar, para ela se gozar da calção que já estava paga, claro.
Como ela tinha pago uma calção por um quarto onde estava sozinha, então nós tivemos que dormir todos apinhados na sala, para ela se poder gozar da calção no único quarto da casa.
- Agora adivinhe, setôra!!
- O quê?
- Adivinhe!!!
- Não sei!
- A inclina gostou tanto da casa nova, que lhe passou a raiva. Arranjou um emprego novo e ficou na mesma a viver connosco.
- Eu sempre me dei bem com vocês. Já estou habituada... E, portanto, fico aqui.
- Não é engraçado, setôra?
- Bem, engraçado...eu... pois, é muito engraçado!

sexta-feira, outubro 23, 2009

Dia Mundial do Macarrão

Comemoremos o Dia Mundial do Macarrão. Domingo 25 de Outubro.
Adoro macarrão e acho este assunto muito mais importante, porque mais saboroso, do que a mudança do governo.


quinta-feira, outubro 22, 2009

Contos de fadas (Fadistas?)

A anterior ministra da educação parecia a bruxa má de uma banda desenhada de mau gosto.
Esta agora é dotada para a ficção para crianças.
O que diria o filósofo Sócrates, ou mesmo o Freud sobre estas duas criaturas?
Sobre esta preferência óbvia pelas mulheres ficcionais, ficcionistas e ficcionadas, por parte deste 1º ministro?
Que gosta de contos de fadas? Que vê a política como um conto de fadas? Fadista?

quarta-feira, outubro 21, 2009

CRUZES!!!!!!!!!





Bonitinhos estes aqui, na comemoração dos 60 anos da China Comunista. Vocês não acham? Tão limpinhos!
O Saramago deve gostar destes ateus .Tão certinhos, devem ter bons costumes. No entender do Saramago, claro, visto que é comunista... E o comunismo é uma religião laica... LOL
Vocês não acham horrível, tanto sincronismo, tanta uniformização?

CRUZES!!!!!!!!!!!!!

Fotos: (AP Photo/Xinhua, Xie Huanchi)
e Feng Li Getty Images

segunda-feira, outubro 19, 2009

Escolham o título


Esta fotografia agradou-me pela variedade das cores e dos tons, mas também porque me faz lembrar, pela presença da Sé, as imagens dos livros e dos cadernos do tempo de Salazar: eu sou desse tempo, juro!
Eram livros feios, cadernos feios que se chamavam "Sebentas" (a palavra quer dizer "imundas"), era tudo feio. E eu era criança. E depois, demasiado jovem.
Não há dúvida: a terra era mais imunda nesse tempo. O mar, não o conheci então. Devia ser mais bravo, em relação aos navios mais frágeis, ainda mais limpo, mas mais cheio de tubarões.
(Tenho um pormenor: nunca coloco os óculos para fotografar e sem eles não vejo a imagem no LCD. É à sorte.)

Omphalon

Vocês sabiam que há uma aldeia chamada Maranhão, no concelho de Avis, Alentejo, Portugal????

Talvez seja daí, então, que vem o Maranhão do Brasil, pois o oposto é pouco provável.

O Padre António Vieira considerava que o Maranhão do Brasil iria ser o centro do Quinto Império, ou seja, o centro do mundo, quando Portugal fosse o país dominante.
Depois de ter sabido isto, fiquei com curiosidade de lá ir. Parece que é um lugar diferente de todos os outros...

Quantos centros do mundo haverá?

Omphalon, na Grécia é um umbigo de barro enterrado em Delphos, sob o templo de Apolo.
Omphalon significa umbigo e indica que Delphos é o centro do mundo.

domingo, outubro 18, 2009

Chave de Ouro


Aluno acusa ministra de "tirar credibilidade à democracia CLICAR AQUI
A ministra da educação já tinha percebido que não pode ir às escolas quando lá estão alunos, mas não resistiu a fechar com chave de ouro. Uma chave que agrada a todos: gregos e troianos.


sábado, outubro 17, 2009

Lisboa e Tejo e tudo




Fotografias tiradas a bordo do navio Príncipe Perfeito.
Achei graça ao enquadramento da cidade entre as gruas do cargueiro. Não ficou muito bem, mas a ideia não é má.
Respondendo à pergunta em comentário da Maria, é mesmo muito pequeno. Julgo ser um três mastros e há pessoas que têm barcos assim. Aliás, pode ser visto quase todos os dias no Cais da Rocha, se quiserem ver é só ir lá. Vai começar a fazer passeios para Escolas.
Mas afinal este não é o homónimo de antigamente, um paquete transatlântico.

terça-feira, outubro 13, 2009

Novidades deste Blogue

Acrescentei algumas coisas a este blogue:
- Vídeos do Vangelis (música New Age) a substituir por outro mais tarde
- Um jogo em que tentamos acertar na localização geográfica que nos pedem e se acertarmos damos água a pessoas que têm sede, como o FreeRice que já estava aqui, que dá arroz.
- Um link para o site Thehungersite, que já existiu aqui, mas que me esqueci de recolocar.
Neste site, basta clicar para dar arroz aos mais pobres do mundo e ao lado, para dar livros a crianças pobres, etc. São os sponsors que financiam. Se clicarmos todos os dias já é muito bom e não custa nada.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Para matar gente é preciso gostar de mulheres?

O "nosso" presidente Barack Obama (O quê? Cavaco quê? Ah, pois, enganei-me, queria dizer...)...
O "nosso" presidente Barack Obama decidiu permitir que os homossexuais possam integrar as forças armadas dos EUA sem terem que mentir, como faziam até agora.
Vejamos:
Entre um militar que tem em casa a mulher e os filhos e um militar que tem ao lado o "companheiro", o "mais que tudo" a lutar com ele, qual é o mais motivado? Qual poderá ser o melhor? Claro que se coloca a questão da "rebaldaria" nos quartéis, mas essa questão parece não existir nunca por motivo nenhum nas Forças Armadas.
A não ser que consideremos que, para matar gente é necessário gostar de mulheres? Ou gostar de homens, no caso das militares mulheres. Mas isso é absurdo, não é? Para matar gente, se calhar é preciso nem gostar muito de gente... digo eu...
Estes militares têm ainda a vantagem de não violarem mulheres, ao contrário do que é vulgar fazerem os outros.

E recordemos os maiores guerreiros do mundo, como Alexandre o grande e os seus companheiros, todos eles homossexuais ou talvez bissexuais, no máximo, porque hetero não eram de certeza.

Outra grande diferença: Barack Obama não vai perguntar aos americanos se eles querem isto... se calhar a maioria é homofóbica e nunca concordaria com tal coisa...
Sócrates quer pôr os portugueses e discutir uns com os outros por assuntos destes, para que não pensemos muito nos casos Freeport e outros que tais...
VER AQUI:

domingo, outubro 11, 2009

Votei na Ofélia. Evidentemente!



Precisamos de políticos em condições, daqueles que não confessam nada, mesmo que sejam torturados até à morte e não daqueles que só fazem um contrato se lhes derem uma grande percentagem dos lucros.
Naqueles que acreditam em grandes ideais e nos fazem sonhar e não naqueles que mudam de partido para terem um cargo em que podem surripiar mais um tanto (muito ou pouco, são todos iguais).


E por isso eu votei na Ofélia. Como o último partido que me despertou confiança foi o Bloco de Esquerda, risquei o nome, escrevi Ofélia e votei. Era o boletim amarelo, nem vi para que serve. Nos outros dois escrevi um A de anarquista com a roda em volta e saí muito feliz da secção de voto, sentindo-me rejuvenescida, pois costumava fazer coisas destas na minha primeira juventude. Estou agora na segunda ou terceira juventude. Haverá uma quarta e uma quinta, espero.





PS. (salvo seja): O Ofélia foi a única namorada de Fernando Pessoa e é a gatinha da casa Fernando Pessoa da fotografia.

sábado, outubro 10, 2009

Por favor, vote mal

Por favor, vote mal. Para que estes políticos de meia-tigela percebam que queremos um Obama.
Também temos direito a um desses. Pode ser que haja algum candidato a Presidente da Junta dalguma
aldeola portuguesa que seja um futuro Obama Português.
Vote mal. Faça um desenho nos boletins de voto ou escreva qualquer coisa assim:
Biba o Cabaco!

sexta-feira, outubro 09, 2009

O Iluminado



Fiquei muito surpreendida com a escolha de Barack Obama para Nobel da Paz, mas, de facto, este indivíduo parece ser um ser iluminado, que traz algo de novo.
Nos filmes americanos, vê-se às vezes a expressão dum orgulho desmesurado perante figuras de antigos presidentes. É evidente que este virá a ser um deles. É um dos poucos casos em que o premiado valoriza o prémio, embora quase todos os prémios pretendam valorizar-se a eles mesmos através do premiado.
Eis um artigo muito interessante sobre o assunto (no Público).


P.S.: (Salvo seja, PS): como vejo pouca televisão, a primeira vez que ouvi falar do Obama pensei que era o Osama (Bin Laden). Juro!
(Estas falhas evidentes na escrita são culpa do Mac!). Ver vídeos deste blogue.

terça-feira, outubro 06, 2009

Filhas(os)

Filhas (os)(incluindo o (aquele)):
Vocês nem imaginam no que eu me meti! Comprei um MAC, não um qualquer, mas este. Como vêem: enorme...
E agora, que é que eu faço?
É tudo bué incompatível com tudo... vou perder os próximos séculos aqui.
Mas não me vou esquecer de vocês! Acho eu...

sábado, outubro 03, 2009

Grande atracção madeirense


Como vos contei, quando passei na Madeira era o dia do Funchal e estava tudo fechado. Parece que havia um desfile, mas ninguém o conseguiu ver. Mas havia esta atracção madeirense!Posted by Picasa

quinta-feira, outubro 01, 2009

Vivíssimas!

Falei recentemente com uma antiga amiga que esteve muitíssimo doente com um cancro e à qual tinham morrido os pais, já com muita idade.


De repente ela começou a falar das tias: umas tias antiquíssimas, hiper-católicas e que faziam mais "parte dos problemas do que das soluções", embora se oferecessem para resolver tudo.


- As tuas tias ainda são vivas? - perguntei eu, espantada.


- Vivíssimas. - Disse ela a rir. E repetiu muitas vezes:


- Estão vivíssimas! Vivíssimas!


Desde então, ponho-me às vezes a observar as pessoas, para ver se estão vivas ou se estão vivíssimas, mas quase todas me parecem mortas.