segunda-feira, janeiro 15, 2018

Não se pode morar [murar] nos olhos de um gato ?


Quando começamos a ler este livro, ficamos perplexos e divertidos, pois a narradora é uma santa de pau situada num navio em que viajam escravos negros, passageiros de primeira classe, cavalos, etc. A santa tem uma perspectiva irónica a respeito de toda a gente, obrigada que está a ouvir tudo o que lhe dizem e pedem. 
Após e durante um naufrágio, as relações dos sobreviventes mudam, radicalmente. Por exemplo, uma "senhora" pede à escrava preta e ama que lhe dê o seu filho para o salvar, morrendo a preta, mas esta não lho dá, desaparecendo os dois por entre as ondas. 
Os sobreviventes também mudam de estatuto, pois os que sabem fazer superam os que não sabem fazer, sendo, porém, superados pelos que sabem gerir.
É difícil de ler, a princípio, pelas muitas paráfrases de literatura antiga.
Muito bem escrito, bem apanhado, o final desilude pelo negativismo e pela falta de esperança, talvez na humanidade. 
Se fossemos um rei medieval, iríamos exigir que todos sobrevivessem ao naufrágio, em vez de dois morrerem perto da liberdade, depois de muito terem contribuído para ela.
É um livro sobre a solidão existencial, a indiferença e a maldade. 
Uma maldade que passa despercebida ao próprio sujeito, que se julga bom, pois decorre do poder. essa é a parte mais interessante da obra.
É também um livro sobre a culpa, sobre atitudes irremediáveis que não se podem desfazer.

O título não se entende muito bem, já que há vários cães importantes na intriga, anteriores ao estatuto de pets, mas não há nenhum gato individual. Não se pode morar nos olhos de um gato, ou não se pode murar nos olhos de um gato *?

A obra tem muitas intertextualidades, incluindo a "Alegoria da Caverna", de Platão. Mas isto teria panos para muitas mangas. Até mesmo para um mamãozeiro. :)
E o título tem muito que se lhe diga, demasiado ocupado e demasiado preocupado com a gramática. 

* Murar: Espreitar (os ratospara caçá-los).


Me Too na Renascença: Judite e Holofernes, de Artemisia Gentileschi





 Artemisia Gentileschi (1593 – 1656) pintora italiana da Renascença, foi violada por um outro pintor, seu mestre.
Tendo a obrigação de casar com ela, o violador não o fez. A opinião da mulher não contava, claro.
Artemisia, ao representar a cena de Judite e Holofernes, retrata-se  si mesma como Judite e ao mestre como Holofernes... realmente parece que está a matar um porco, daí a relação com o movimento Me Too.
A sua obra representa cenas bíblicas, cheias de sensualidade e erotismo, como era próprio da época.
Como a sua Susana no Banho, aqui:



A própria pintora era muito bela, pelo que se reproduz nas suas obras, ora em autoretratos, ora como personagem. Ver aqui



sábado, janeiro 13, 2018

Me Too já no século XVII





Para acrescentar ao movimento Me Too, a obter apoio mundial, VER AQUI, nada como uma obra do Século XVII, uma pintura da artista italiana Elisabetta Sirani.

Representa a Timoclea de Tebas, atirando ao poço o soldado grego que a violou. Foi perdoada e posta em liberdade
 por Alexandre Magno, o qual admirou a sua valentia.


#MeToo

sábado, janeiro 06, 2018

A Coluna de Fogo




Esta é a terceira sequência dos calhamaços que começaram com Os Pilares da Terra. É melhor ler nas férias, porque são todos muitíssimo absorventes, mas este tem o interesse de retratar as lutas entre católicos e protestantes em França e na Inglaterra dos Tudors.

O primeiro, Os Pilares da Terra, centra-se na construção das grandes catedrais góticas, com muita informação sobre os aspetos arquitectónicos, para além de focar diferentes aspetos da época, como a produção e tintura de tecidos.

Em todos estes livros, a ação decorre numa cidade inglesa inventada, Kinsgsbridge. As personagens centrais são inventadas, as personagens reais interagem com elas, dando-nos um panorama da Europa dessa época.  Dessas 3 épocas.

terça-feira, janeiro 02, 2018

O Paciente Português ( não confundir com o Paciente Inglês)


Todos nós, portugueses, sabemos que, se temos uma consulta médica marcada para as duas da tarde, a dita consulta só se realiza as seis ou sete da tarde. É claro que não nos passa pela cabeça perguntar a razão de tão inusitada demora, porque sabemos que não há nenhuma : é tradição dos médicos atrasaram-se.
No outro extremo da "classe social", passamos por situação idêntica: perguntamos a um empreiteiro quanto tempo poderá levar a fazer uma obra na nossa casa. Dois dias no máximo passam logo para duas semanas no mínimo, depois de feito o contrato (verbal! Ui!). 
Não passa pela nossa pobre cabeça perguntar a razão de tal demora: é tradição dos empreiteiros, ou trolhas ou canalizadores. Tal como não atenderem o telemóvel quando tentamos resolver o "nosso" problema, ou aumentarem para o dobro a quantia do orçamento, se não houve tempo para fazer tudo por escrito, ou mesmo se houve tempo. 
Conclusão provisória: é tradição comerem-nos as papas na cabeça e é tradição nós deixarmos. De portugueses para portugueses. A bem da naçom! 
Entretanto, contam-me que enfermeiros espanhóis a trabalhar aqui, ou outros a actuarem em Espanha com doentes portugueses, dizem que os doentes portugueses são muito obedientes e submissos: se os mandam tomar banho, vão logo, sem lhes passar pela cabeça dizerem que não lhes apetece, ou que não vão tomar banho nenhum porque estão doentes. Ou algo assim.
Enfim, somos mesmo pacientes. 

segunda-feira, janeiro 01, 2018

Acabar e começar o ano

Como é possível que os programas de televisão sejam cada vez mais foleiros?

Não haverá limites para a estupidez?

segunda-feira, dezembro 25, 2017

Terra queimada



árvores queimadas por todo lado lado, emprestando uma inusitada beleza aos montes, que antes pecavam pela monotonia do constante verde.
Como há uma predominância de eucaliptos, talvez na Páscoa já esteja de novo quase tudo reverdecido.
Fotos tiradas no Monte de São Domingos, Castelo de Paiva.









domingo, dezembro 17, 2017

Passarinho da Moda: Poupa, poupa? Poupai, poupai!!!



Este pássaro, poupa, deveria estar na moda por causa da poupa do Trump. Mas é tão discreto...

Também deveria estar na moda por causa da austeridade: Poupa, poupa!!! Poupai!
Poupaide!

sábado, dezembro 02, 2017

Feira da Ladra de Lisboa





Sabe, eu hoje vendi muita coisinha na Feira da Ladra e agora já me vou embora, ainda levo estes sacos todos e o carrinho... Vou apanhar o 12, depois o 36 e depois ainda apanho a carreira para Santa Iria de Azóia. Vendi muitos sininhos de Natal, 6 a 50 cêntimos. Vendi-os todos.
Quanto é que se paga para montar a venda na Feira? Sei lá! Eu nunca paguei nada! A minha mãe é que pagava, mas naquele tempo era mais barato e vendia-se mais...
A que está ao pé de mim, se não vende, estraga tudo e deita fora tudo. Leve para casa, digo eu, eu é que sei, diz ela, não levo, que dá muito trabalho carregar isto tudo. Dê a um pobre, digo eu, isto é para vender, não é para dar, diz ela. A roupa que não vende, corta-a aos bocados com uma tesoura.
Copos de casamento, copos bons, canecas, hoje não vendeu nada, pegou num martelo e partiu tudo em bocados pequenos. Eu até tive medo que me acertasse com um vidro aqui. Ou aqui! Mas ela parte tudo. E corta a roupa com uma tesoura. Não dá nada a ninguém. Diz que é pra vender, não é para dar.

Foto: reclame da Caixa Multibanco, à venda. 

terça-feira, novembro 28, 2017

O Gigante Enterrado, ou de como o amor vive ou morre pela memória



Este livro, O Gigante Enterrado, de Kazua Ishiguro, último Nobel da literatura, é um agradável surpresa.
Tendo já lido um livro deste autor, constata-se que escreve em estilos diferentes.

Neste caso, a obra está arquitetada de maneira invulgar, toda num diálogo quase poético entre dois velhos que se amam, vivendo numa terra que perdeu a memória, por efeito de uma personagem mítica, o Gigante Enterrado, que é necessário matar para que todos recuperem a  memória.

Os dois velhos que muito se amam sonham recordar os momentos muito se felizes que passaram juntos, mas, sem memória, pouco se distinguem de dois desconhecidos que tivessem começado a amar-se agora.

Mas talvez a memória lhes pudesse trazer a recordação de conflitos insuperáveis, para não falar de lhes dizer o que aconteceu ao filho de ambos, que procuram, tencionando passar o resto dos seus dias com ele, mas realmente sem saberem se está vivo ou morto, já que não se lembram...

Um livro sobre a memória, sobre a culpa, sobre como o amor vive ou morre de memórias...

Mas sobretudo um livro diferente do mainstream. Enfim, não muito...

domingo, novembro 26, 2017

Manifestação Pelo fim da violência contra as mulheres. Lisboa 2017







Lisboa 2017
Manifestação contra a violência doméstica. Violência contra as mulheres.
Atrás seguiam polícias fardados, participando na manifestação. 

quinta-feira, novembro 23, 2017

Chuva!!! Chuva!!! Chuva!!!


Chove! Grande novidade aqui em Lisboa, hoje, pois não tem chovido. E que agradável que é esta humidade na pele! Como quando se vagueia pelo alto-mar.

No início da minha "carreira" de professora, mudei do Porto para Portimão, porque me apeteceu espairecer e porque tinha de mudar. Podia ter ficado no Norte, mas...

Um dia, estava eu a dar aulas numa turma muito bem comportada, no Liceu António Aleixo, quando, de repente os alunos se levantaram todos ao mesmo tempo, a gritar e a olhar pela janela.

Foi um dos momento da vida em que senti maior perplexidade, pois, olhando pela janela, eu não vi nada, mas eles pareciam ver algo de muito extraordinário!

Sim, ida do Porto, ver chuva, para mim, era o mesmo que não ver nada.

Para os meus alunos algarvios, era algo que não acontecia há meses ou anos.

Não me lembro se consegui aguentá-los dentro da sala até ao fim da aula, pois talvez a aula estivesse no fim. Sei que foram todos lá para fora, apanhar a chuva no pêlo. Felizes!

Viva a Chuva!!!

Autora: Nadinha

segunda-feira, novembro 20, 2017

Vale tudo e mesmo tirar olhos, para termos muitos olhos novos. E grana, claro...



E neste novo e interessante hotel do Porto, Torel Avantgarde, até podemos pisar a bandeira nacional, ou mesmo, não podemos evitar de fazer tal coisa.

Coisa pouca para muitos, jubilosa para uns quantos, atitude de lesa-pátria para outros… nunca muitos...

Boa estratégia de marketing.

Perguntamo-nos por que razão ouvimos falar tanto deste hotel?

Vale tudo, incluindo tirar olhos.
Para fazer transplantes e para termos muitos olhos novos, ou seja, por uma boa razão.


O hotel parece ser interessante, embora eu não me identifique com alguns dos pintores, teria pesadelos nesses quartos... e teria pesadelos com os truques que o marketing utiliza para "tirar olhos".


domingo, novembro 19, 2017

Tudo isto existe / Tudo isto é triste / Tudo isto é fado!

Acaba de ser publicado um livro que ensina a "domesticar" as empregadas domésticas.
Com Trump e seguidores, nada espanta já!
O livro intitula-se Domesticália.

VER AQUI:


Enfim:

Tudo isto existe / Tudo isto é triste / Tudo isto é fado!

Professores considerados hiper atletas até à sua aposentação



A idade da reforma dos trabalhadores da função pública subiu de 60 para 66 anos num governo de Sócrates. Não se tratou de aumentar dois ou três nos, tratou-se de aumentar 6 anos e muitos meses a todas as carreiras da função pública.

Quem o fez, está hoje a ser julgado por vários crimes. Mas as atitudes políticas que tomou parecem ser julgadas como se o seu autor estivesse acima de qualquer dúvida legal!

Vejamos o caso do professores.

Professores do ensino secundário que hoje têm 62 anos aguardam ainda 4 anos e 8 meses pela reforma, embora os seus colegas da mesma idade do ensino primário já estejam reformados há vários anos. Porque não estudaram tanto tempo, porque a várias legislações se confundiram, etc.

Mas vejamos outro aspeto da questão: se a maioria dos atuais professores se vai reformar entre os 66 e os 70 anos, é importante verificar o que será exigido a estas pessoas mais velhas (ainda hoje há professores que se reforma aos 70, seja por amor à camisola, seja porque iriam ter uma reforma de miséria se se aposentassem antes disso).

Não esquecer que a legislação discrimina os professores em termos de doença, tema para outros assuntos.

O que se exige a um professor que hoje tenha 66 anos é que fique 3, 4 ou 5 horas sem poder ir à casa de banho, pois isto é perfeitamente consensual e nem gera discussão: no exame de Geometria Descritiva, por exemplo, deverá ficar 4 hora as a vigiar o exame, mais meia hora antes e meia hora depois. Ou quando tem dois testes seguidos de 90 minutos, 180 mais 10 ou 20 ou mesmo 30 minutos, dos intervalos.

Exige-se a um professor com mais de 60 anos o que dificilmente se exigiria um atleta, pois os atletas têm especiais condições para tratar do aspeto físico e os professores não têm nada disso.

Todos os dias esse professor deverá falar tão alto e esforçar tanto a garganta como uma diva de ópera. Mas durante mais tempo: 4 ou 5 horas por dia. Como os alunos cada vez são mais barulhentos, já que as turma têm cada vez mais alunos, o esforço é cada vez maior. Deverá, igualmente, falar com entusiasmo e convicção, embora, segundo muitas opiniões, não deva "mostrar os dentes aos alunos" [vulgo sorrir], porque é perigoso. 


Para além de tudo o mais, o professor deverá apresentar uma extraordinária memória, grande capacidade de atenção, que deverá demonstrar mesmo em condições de "guerra", como quando é insultado com palavrões, situação hoje muito comum. Deverá igualmente demonstra um tranquilidade, uma calma e uma paciência de Job, qualidades (ou talvez defeitos) que não se adquirem e antes se perdem com a idade.

E o que é que acontece a quem falta por ter ficado sem voz, ou sem memória, ou sem paciência? Se ficar assim por três dias, ficará três dia sem salário, se continuar assim, ganhará cerca de 40 % do salário durante o resto do mês.


Sócrates e a sua apaniguada Maria de Lurdes, a "Sinistra Ministra" poderão ser invocados como argumento de autoridade para que se possa massacrar os professores mais velhos?

Alternativa: diminuir a idade da reforma dos professores. Ou mesmo de todos os trabalhadores...




quinta-feira, novembro 16, 2017

Mistérios... de gente "importante"










Bem, vinha eu de uma consulta médica de rotina ali por Belém e vejo, frente ao Mosteiro dos Jerónimos, um aparato de cavalos e cavaleiros, carros funerários, caixas que poderiam ser caixões ou apenas caixas, turistas deliciados, como se vê na foto, por exemplo, chineses feitos fotógrafos do exotismo português.

O que é que se passa, pergunto à menina brasileira que vende limonadas, que me serve uma limonada com xarope de menta e gelo e mais não sei o quê e que diz me conhece de me ver na esplanada de Campo de Ourique onde trabalhou (será que Lisboa é uma aldeia?)

Cavalos e cavaleiros. Uns dizem que é o funeral de alguém importante. Quem morreu que seja "importante"? Julgo que ninguém.

Os caixotes mais me parecem de transportar obras de arte do que propriamente caixões... mas os caixões para cremação são uns caixotinhos muito básicos, sem enfeites, sem verniz...

Estrangeiros de várias línguas coincidem em dizer-me que houve uma missa muito importante porque tinha morrido alguém importante?
- Ai sim? Pergunto aos portugueses presentes em volta da menina das limonadas quem morreu que fosse importante.

Importantes são todos os que morreram, sempre para alguém... mas este ou estes, com honra de Jerónimos e de cavalos brancos e castanhos?

Creio que vamos ficar sem saber...

O meu Ipad novo em folha pifou de vez, vão dar-me mais um novo, está na garantia. Não pude tirar fotos boas deste evento, ou melhor, deste não acontecimento. Pois, aparentemente, não aconteceu nada.

A missa foi dita em português para os muitos estrangeiros que pululavam por ali e que só me souberam dizer que devia ser o funeral de alguém muito importante.

Restam duas hipóteses: exumação quase secreta de alguém muito importante? Transporte de obras de arte?


Será que exumaram algum cadáver para verificar o ADN? 

Talvez  D. Sebastião?

Outra hipótese: trata-se de dois ou três eventos em simultâneo, para delícia dos nossos visitantes estrangeiros...

terça-feira, novembro 07, 2017

Transformar a tristeza em indignação


Há muitos anos, aconteceu-me isto: eu estava tristíssima, creio que o motivo tinha a ver com a minha tese de mestrado sobre Natália Correia, extraordinária escritora e política que conheci bem, de quem fui amiga e que morreu durante a minha escrita da tese.


Um dia, uma outra amiga da Natália disse-me que, quando queremos obter um resposta a alguma dúvida existencial, antes de adormecer fazemos a pergunta a alguém que amamos e que já morreu. A resposta surge ao acordar.

Nesse dia, antes de adormecer coloquei a pergunta à Natália, recentemente falecida. Só para experimentar.

No dia seguinte, ao acordar, eu nem sequer me lembrava da pergunta, mas surgiram-me na ideia, com toda clareza, estas palavras: "Transformar a tristeza em indignação".

Sim, a Natália ter-me-ia dito isto, sim, era claramente a resposta à minha pergunta.

Sim, é claramente a resposta a muitas das nossas perguntas.

Quem respondeu? Provavelmente o meu subconsciente... Ou então, quem sabe???

Enfim... Foi um dos melhores conselhos que me "deram" na vida.

segunda-feira, novembro 06, 2017

O que vemos, quando olhamos?


Foto de 77

Esta foto contem toda uma filosofia: que estará o gato a ver com tanta atenção? A arquitetura do Porto? Alguma rua ou algum edifício em especial? Uma pomba ou um pardal que gostaria de caçar e comer? 
Um olhar para as construções humanas, totalmente desprovido de cultura. 
O que vemos, quando olhamos?

terça-feira, outubro 31, 2017

Anedota de Tancos. Continua... claro

Quando apareceu o material de guerra roubado dos paióis de Tancos, afinal havia um bónus, uma caixa de poderosos explosivos. Será que os assaltantes, só levarem as armas, pretendiam, na verdade fazer uma doação? É que o material roubado era sucata e o bónus é muito bom. 

Tipo: por cada descoberta de armamento efetuado, oferecemos dois baldes de plástico. Carregados de balas, explosivos e outras frioleiras
Ou até mesmo carregados de docinhos e de bolachas do “ halloween” ou lá como se chama essa coisa americana…

Portugal é tão engraçado! Talvez seja por isso que todo o mundo quer vir para cá, agora.

* Tancos:  quartel importante de Portugal, que foi assaltado de maneira extremamente cómica por indivíduos desconhecidos (suspeita-se até dos próprios militares que lá trabalhavam), os quais restituíram tudo, mas ainda concederam um extra, um bónus de armas que nunca tinham sido roubadas.

Portugal é giro. Portugal é fixe. 

Dia de todos os santos

O dia de Todos os Santos é um dia leve, um dia feliz e muito bom, o dia em que aqueles que amamos e que nos amaram voltam a aflorar as nossas vidas.
Não estão numa coisa material e sinistra como um cemitério, bem ao contrário, estão vivos e abraçáveis dentro dos nossos corações.

É o dia dos santos imperfeitos: a nossa mãe a nossa tia, a nossa avó ou vizinha, com tantos defeitos que tinham. Quantas vezes esses defeitos ou pecados são a coisa mais desculpável e a mais divertida de que nos lembramos.
Não são santos, talvez. São apenas a coisa que mais se parece com Deus.

segunda-feira, outubro 30, 2017

Votem em Nadinha


Vou fundar um novo partido, chamado PDN.
O partido da Nadinha.

 O meu partido! Votem em mim.
Projeto partidário:
Proponho fazer tudo para meu benefício pessoal, sem esquecer o benefício pessoal dos meus apoiantes, claro! Faço o que os outros fazem, mas às claras, como diria o Padre António Vieira.
Votem em Nadinha (pseudónimo) ( A imitar o pseudónimo Sócrates).




Sangue real? Qual é o tipo ? Talvez ORH negativo, por ser o mais raro?

Poderá um rei ser considerado como uma instituição democrática, sendo escolhido por pertencer a uma elite de sangue, frequentemente de sangue conspurcado?

E qual será o tipo ? Talvez o ORH negativo? Por ser o mais raro?

Pode um sangue inquinado por trocas familiares ser superior aos outros sangues?

Estou a pensar em Espanha e na Catalunha, por exemplo.

Conto popular: perder o sono?

Cá está mais um conto popular, desta vez contado pela minha amiga Alcina d'Freitas. esta quinta é uma das muitas onde dizem que viveu Santo António em pequeno.


"Em Castelo de Paiva, na Quinta da Serrada, no Inverno, à noite, reuniamos ao serão em volta da lareira. Uns cantavam, outros tocavam, outros contavam anedotas e histórias e o meu Pai em jeito de exemplo e conselho, regularmente nos contava, dizendo: cuidado meus filhos não emprestem (nem dinheiro nem bens valiosos) porque conta-se que um certo dia o Sr. Manuel (nome fictício) a altas horas da noite não conseguia dormir. A esposa preocupada, perguntou-lhe o que tinha. Ao que o Sr. Manuel respondeu: Amanhã, é o fim do prazo para pagar ao Sr. Zeferino (nome fictício) e eu, ainda, não tenho dinheiro. A esposa com carinho, diz: não te preocupes, espera aí. Dirigindo-se à casa do vizinho do outro lado da rua, bateu à porta, o Sr. Zeferino, estremunhado, perguntou: minha senhora o que a traz aqui tão tarde? A esposa "zelosa", respondeu: Vim só para lhe dizer que a dívida do meu marido, ele não a vai pagar! Atravessa de novo a rua, volta para junto do seu marido preocupado e diz-lhe: "já podes dormir, agora quem não dorme é o vizinho""

sábado, outubro 28, 2017

Violência doméstica, na opinião de Eça de Queirós, falecido em 1900




Eça de Queiroz ironiza, daquela maneira tão subtil e tão cómica, contra um juiz que condenou a limpar as ruas da sua aldeola, (Gouveia), um homem que matou, partiu e escaqueirou em bocados a sua esposa. Pena pouco pesada? Veremos.

Leiam isto: lol

"Talvez mesmo o juiz - por lhe parecer insuficiente degredo perpétuo - rompesse no excesso arbitraria de entregar aquele facínora ao suplício imenso de limpar as ruas da sua vila. Bem pode ser que aquele marido esteja cumprindo uma sentença pavorosa, e que o devamos lastimar mais que os infelizes que S.M. Alexandre II da Rússia (que Deus guarde e muitos anos conserve em prosperidade e gloria) manda trabalhar, ao estalo do chicote, nas minas de Orilieff! A imundice da província tem mistérios.
Limpar as ruas de Gouveia será talvez a pena que de futuro adoptem, em substituição da pena morte, os códigos da Europa."


A continuação está aqui:

https://iurisdictio-lexmalacitana.blogspot.pt/2010/03/violencia-de-genero-y-penas-ejemplares.html

Manifestação contra a sentença que absolveu a violência doméstica










Manif contra a sentença que absolveu a violência doméstica e contra a "justiça" que o permite. 



Este cartaz da Alexandra fazia rir, em vez de indignar, mas, diz ela, "Ridendo castigat morus"  A outra sou eu, a Nadinha. 



"Ridendo castigat morus" parece catalão, mas é latim, quer dizer que a rir se castigam os costumes, enfim, demasiado erudito para que  alguém o entenda: A imagem representa o Flintstones a arrastar uma mulher pelos cabelos, ostentando uma moca, o que não é nada erudito.



Mas a sentença do juiz Moura é da idade da Pedra.


Antigamente as manifestações eram lideradas por partidos ou sindicatos. Na melhor das hipóteses, eram organizadas pelos movimentos dos cidadãos. Integrei um desses, mas logo percebi que os movimentos seja do que for andam atrás do oportunismo partidário dos líderes. Por exemplo: este movimento de esquerda, que era contra o PS, logo se uniu ao PS. 


Estranho?

Não.


Se calhar este movimento pareceu despercebido nos telejornais, porque havia outras notícias importantes: 


1. A independência da Catalunha.
2. A greve geral.
3. Algum acontecimento importante dos reality shows, por exemplo, algo assim: o Zé espancou a Maria, em direto.




quinta-feira, outubro 26, 2017

Blogue Terra e Mundo

Este Blogue, anteriormente intitulado Terra Imunda, mudou hoje de nome, para este: Terra e Mundo.

Com este sentido:

"Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo".

Por este motivo:

Este blogue já tem muitos anos de existência, vai mudando e hoje muda de nome. Mas apenas muda uma "letra", se os dissermos em voz alta: de Terra Imunda para Terra e Mundo.

Sem perder a ideia inicial, de crítica à sociedade, à política, ao poder, este título perde a ideia da ligação ao mar, comparada com a qual a terra seria imunda, conceito também encontrado na Bíblia, enfatizando o sentido moral da última palavra.

Com este novo título, pretendemos enfatizar o provincianismo que, paradoxalmente, é cada vez mais vulgar na nossa sociedade.

Parece que, nestes anos mais recentes, não estamos evoluir e sim a tornarmo-nos mais paroquiais. É o que se vê com as Américas de Trump ou de Temer, é o que se vê neste momento em Portugal com um juiz que absolve a violência doméstica citando a Bíblia e o Alcorão.

Daí a minha afirmação:

"Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Omphalos"


O blogue poderia chamar-se apenas Omphalon, Umbigo do Mundo, se não fosse desejável a semelhança com o título anterior. 
(Como se mantém o URL, nada mudou em termos de Blogosfera nem de nada, no fundo, apenas o título).

Agradeço a persitência de alguns, poucos, leitores, que se mantêm aqui desde o ano 2000.

Ironia trágica, ou "afinal havia outra": uma Nana (de Zola) à portuguesinha

Isto tem alguma graça. 
Mais exatamente, isto sugere uma enorme ironia trágica, se pensarmos que esta criatura (José Sócrates) (talvez nome verdadeiro) definiu o nosso futuro, por exemplo, fazendo cortes de salários, aumentando em 6 anos a idade da reforma, trazendo a austeridade para o país e impondo a sinistra ministra (da educação).
Mas afinal havia outra: enquanto nós éramos todos enganados por esta criatura, a criatura era também, alegadamente, enganada por um ser alegadamente do sexo feminino, que, ao mesmo tempo que extraía dinheiro ao primeiro ministro, também extraía dinheiro a um pedreiro. Pedreiro ou trolha e primeiro ministro, ambos mostravam uma grande piedade por esta mulher.

Uma Nana (de Zola) à portuguesinha, sem a grandeza das cocottes decadentistas nem das gueixas orientais, apenas com uma vulgaridade chula e fadista.

A não perder este artigo:

A mulher que conseguiu enganar Sócrates



domingo, outubro 22, 2017

Inspiração para segunda feira

"O aborrecimento é uma doença de que o trabalho é o remédio; o prazer não passa de um paliativo.
Duque de Levis.

sábado, outubro 21, 2017

Tancos: a guerra do Solnado

O texto que chamamos "A guerra do Solnado"é, na verdade, o texto "A Guerra de 1908", um sketch do espanhol Miguel Gila, interpretado pelo ator Raul Solnado. É o caso mais conhecido de apropriação de texto dramático original, muito frequente em Portugal.  *

Este texto ( que pode ser ouvido no Youtube) fez Portugal chorar com riso, de mente voltada para a guerra colonial. 

Vem a propósito do roubo de material bélico de Tancos. Quando todos receávamos que o material de guerra fosse vendido a terroristas islâmicos para atentados terroristas por essa Europa fora, ou em Portugal, descobrimos agora que o roubaram para vender o ferro e o cobre para a sucata. LOL LOl Lol

O anticlímax dá sempre vontade de rir e este é uma anedota.

Quem roubou? os militares, claro! Só eles é que sabem onde estão estas coisas! Só eles têm as chaves...

VER AQUI : 

Além de Tancos, Santa Margarida. Peças furtadas de carro de combate encontradas na sucata

* (Razão pela qual ninguém escreve teatro em Portugal, nem nunca escreveu).



quarta-feira, outubro 11, 2017

Madona e Lisboa

Não sou fã da Madona, mas gosto que a Madona goste de nós. 

Receita: chocos guisados com cenoura e ervilhas


Almocei hoje e alambazei-me com uma receita que me deram. Pela expressão facial de quem ma deu, ao dar-ma, vi logo que era bom. Um ar que fica entre o prazer e a dor. 
Faz-se um refogado normal, depois põe se por cima um choco grande, cenouras aos cubos e ervilhas. Tapa-se e fica assim. Depois vai-se acrescentando água, mas uns 15 minutos, no total, é quanto demora a guisar.
Muito, muito bom. 

sábado, outubro 07, 2017

Redescobrir ou só descobrir A Farsa de Raul Brandão

Numa biblioteca  que agora tenho acesso, com muitos livros antigos, descubra primeira edição de A Farsa de Raul Brandão.

Nunca tinha lido este livro, que é grandioso, no modo como traduz a mesquinhez da alma humana.

A personagem principal, a Candidinha vive da caridade, não como pedinte mas como alguém de certo estatuto a quem as pessoas da sua condição pequeno burguesa dão o essencial, troco da sua humilhação.

Todo o livro é sobre o ódio e a inveja, numa personagem que só tem semelhante na criada Juliana de o Primo Basílio de Eça de Queirós.


Esmiuçar a maldade dos pobres e humilhados deve ser, no mínimo, cansativo para o autor (autores) e é, no mínimo, revoltante para quem lê.

Será talvez por isso que esta obra não é conhecida, rejeitada, talvez após o 25 de abril.

Muitíssimo bem escrita e analisando os meandros do desejo, da frustração, mas também do sonho.

Por contraste, aparece também uma personagem muito pobre e muito materna, com uma grande bondade. Uma criada de servir, a Joana.





quinta-feira, outubro 05, 2017

Exposição de arte moderna, de Sónia Falcone, dialogando com espaço antigo do Palácio da Ajuda






Com grande surpresa, encontramos uma exposição de arte moderna, da italiana  Sônia Falcone, com instalações que não só valorizam como iluminam as salas régias do palácio da Ajuda.
Na verdade, mesmo não gostando de estar num palácio real, por alergia à monarquia e mais ainda à monarquia nos seus últimos tempos, somos atraídos por imagens modernas, algumas de vídeo, que acrescentam movimento, sentido e significado aos velhos locais, já muito expurgados do seu simbolismo desadequado e arcaico.

É o caso do jardim de Inverno, em que umas belas mas obsoletas gaiolas de pássaros, feitas a pensar, não nos pássaros mas em quem os vê, são "iluminadas" por uma projeção de borboletas.
Estas borboletas são, no texto, associadas com a alma.

Mais irónica e não menos surpreendente é a instalação que a autora já fez em vários locais do mundo, com as especiarias e outros produtos em pó.
Sem qualquer legenda, que não é necessária, começamos a sentir o cheiro ainda antes de entrarmos na grande sala. Algumas pessoas começam a perguntar: não te cheira a caril? Mas esta pergunta só revela a ignorância olfativa dos europeus, que chama caril a tudo o que for estranho.
Esta instalação chama-nos a tenção para  diversidade do mundo, no seu magnífico colorido, acrescentando realidade concreta e cheiro À arte propriamente dita.
Essa diversidade colorida e bela já detinha evidenciado numa anterior instalação com bastões de vidro colorido pelas técnicas do vidro de Murano.

A não perder. Poucas vezes uma autora contemporânea nos interpela desta forma, criando-noto prazer de contemplar a arte e mostrando-nos que arte não é só o que nós imaginamos.
também pode ser, por exemplo, um diálogo. Teatral.

Exposição Campos de Vida " Fields of Life".

sexta-feira, setembro 29, 2017

India, um ocidente a ocidente?: Ministério da Felicidade Suprema






Estou a ler, agora que já tenho tempo para ler, o livro O Ministério da Felicidade Suprema, da autora indiana Arundhati Roy.
É o segundo livro que leio desta autora, o primeiro foi O deus das pequenas coisas.
De certa forma, é a segunda desilusão que tenho com os romances desta autora, eu que tanto gosto da Índia, que até já lá fui e tenciono voltar. 
Porquê desilusão? Porque para mim, como para muita gente, a Índia será o lugar da diferença, um sítio muito alternativo, ou, como diria Fernando Pessoa, "Um oriente a oriente do oriente"

Mas esta Índia, longe de ser oriental no sentido místico e misteriosa, é, bem ao contrário, um ocidente  no oriente, ou seja, é uma Índia poluída pela economia do ocidente, estragada, arruinada, para além de ter os seus próprios defeitos, que já tinha.

Já li outros livros de outros autores indianos sobre  este país, mas todos se queixam do mesmo: não é a Índia autêntica, é a Índia mais estragada pela América do que foi pelos ingleses.
É, de certa forma, uma Índia descabida e ridícula. 

A personagem principal, uma meretriz hermafrodita, construiu a sua habitação num cemitério, os cemitérios indianos são muçulmanos, pois os hindus são cremados. Com o tempo, foi alargando habitação até fazer uma casa de hóspedes e mais tarde também uma espécie de agência funerária.

Esta meretriz hermafrodita é, para a autora, o próprio símbolo da Índia.

Agradeço a Arundhati Roy esta visão do mundo, em que o oriente não passa de uma fraca excrescência do ocidente.

E nem falemos dos direitos das mulheres, ou dos direitos seja de quem for...

Este país tem também os seus próprios males, as terríveis lutas religiosas, os intocáveis, que normalmente não saem da terra, por falta de capacidade económica, mas, se emigrarem, continuam ser intocáveis para os outros indianos, enfim, mundos que existem também nas nossas cidades e que ignoramos.

Mas o que salva tudo é o amor. Sempre, em todo o lado e também nos romances da autora. Neste caso o amor maternal, pois a personagem hermafrodita, mulher por opção, mas com um estatuto especial na cultura indiana, sente que foi destinada para ser mãe.

Apesar de tudo o que foi dito acima, não podemos esquecer que estes são os autores que ganham prémios ingleses. Isto, claro, vale o que vale. 





domingo, setembro 24, 2017

Relatório sobre Tancos, inventado pelo expresso a tempo das eleições

Então o jornal Expresso agora inventa relatórios sobre Tancos que não existem, para influenciar as eleições? Isto é que é jornalismo, para um jornal tão caro?


Quem são estes idiotas, incluindo a autora destas linhas, que ainda compram jornais, quando seria mais sensato e equitativo investir em revistas do coração. 
Ou ver televisão, ou algo assim.


Ou deixar de gastar dinheiro com jornais, revistas, livros...

Que parolagem, como dizia o meu avô!!!

Referendo da Catalunha

E também já se percebeu isto: a opinião pública portuguesa está contra o referendo da Catalunha pela independência, porque os jornalistas portugueses fazem campanha contra ela.
Porquê? Fácil:
Porque os partidos que defendem o referendo são do centro esquerda.
É a mesma guerra que fizeram contra a Geringonça, o Cyriza, etc. E o Cyriza caiu mesmo.
Só venceu a Geringonça, embora com este nome depreciativo, que só lhe fica bem.


É a guerra do poder dos media de direita contra a oposição. De esquerda, claro.

Não sei se vocês sabem que, em 1640, Portugal conseguiu libertar-se dos Filipes, graças à Catalunha, que também reivindicava a independência, já nessa altura. Os Filipes tiveram de optar, ou conservavam Portugal ou conservavam a Catalunha e optaram, desviando para lá o grosso das tropas.

Vocês não sabiam disso, pois não?
E porque será que não sabiam?????
Quem preza liberdade, nunca tem dúvidas.

quinta-feira, setembro 21, 2017

"Pai Filho Espirito Santo, foge bicho pr'àquele canto!".


Uma amiga madeirense conta que, quando o cruzeiro gay chegou à Madeira, gerando grande agitação, muitas pessoas madeirenses ficaram chocadas, mas uma senhora reagiu assim, para citar mas palavras da minha amiga Valéria Mendez: 

"O mais cómico foi uma triste mulher que, ao ver as manifestações de carinho de dois dos viajantes, olhou para eles, benzeu-se três vezes e disse: "Pai Filho Espirito Santo, foge bicho pr'àquele canto!".



Curiosa oração! Será que resulta para ratos?



Aqui em Lisboa há muitos, uma praga de ratos, da qual não se fala, bem como uma praga de baratas, da qual muito menos se fala.


Era bom que os políticos agissem, ou prometessem qualquer coisa, mas não têm feito nada, que se saiba, a esse respeito. Até porque é impopular lutar contra animaizinhos.

Vou recomendar uma oração coletiva à Catarina Martins: 
"Pai Filho Espirito Santo, foge bicho pr'àquele canto!". 

E manifestação coletiva, claro.

Quanto ao Medina, se soubesse esta milagrosa oração, já teria resolvido o problema.
Há bués!