quinta-feira, maio 10, 2007

Católico(a) eu??? Deus me livre de o ser!

Você é católico(a)?


Eu já fui. Não creio que volte a ser. E Você?
Creio que esta última pergunta é a que nos faz a todos este Papa de Roma. Sem paninhos quentes.
Como sabem os ledores deste blogue, eu gosto deste Papa. Sou suspeita de quê? De apreciar a autenticidade? Eu não gostava nada do outro...
Este Papa, em vez de ir a Fátima no 13 de Maio, como ia o outro agradecer não sei o quê, foi ao Brasil. Parece-lhes coincidência? Só se forem parvos! Coincidência?!


O tio Bento anda a excomungar os políticos católicos que são a favor do aborto. Notem que ele não excomunga os não-católicos!
Um verdadeiro católico pode ser a favor do aborto? E da promiscuidade? E um muçulmano pode beber álcool? E este Papa aprecia os bons vinhos, o que é próprio da Europa.


Será que não estamos a confundir religiosos com ateus?


Creio que um ex-amigo se zangou comigo recentemente por questões deste género. Se os meus amigos não evoluem, é um favor que me fazem em se auto-excluirem dos meus contactos.


A minha dúvida é apenas esta: todos estes católicos não-praticantes, não-cristãos, não-religiosos são ateus? Ou pelo contrário ficaram à espera daquela parte que é asssim: se se converterem à hora da morte vão ... não sei para onde... para o céu. O que é isso do céu? Eu acredito na reencarnação. Ou talvez não acredite em nada.


Penso que, antes disso, devemos tomar uma atitude. Ou sim ou sopas!
Aliás, não sou eu que penso . Fui levada a pensar assim por este Papa e não tinha sido ainda levada a pensar assim por ninguém.
A minha mãe era pouco católica e muito cristã. Achava que devíamos perdoar tudo. Perdoar, reparem.
Uma coisa é perdoar tudo, outra é fazer tudo o que nos apetece. Creio que é esta a diferença.


A outra constatação óbvia é esta:
Todos os que trocam o catolicismo por outra religião cristã andam à procura de regras mais restritas. E de maior fanatismo. Os Jeovás.... por exemplo.
Os que não são crentes não têm voto na matéria. Vocês acham mal que os budistas não comam carne? É fanatismo?
É apenas uma questão de fé.


Se calhar, ao publicar isto vou perder ledores e fregueses, mas eu nunca desejei ser lida por idiotas.


Ao escrever isto procurei problematizar a questão, por me parecer que temos tendência para ver tudo a preto e branco.

segunda-feira, maio 07, 2007

Sarko e Ségo

O discurso da vitória do Sarko e o discurso da derrota da Ségo foram um modelo de retórica política, erudita, elegante e fluente, quase natural.
Por contraste, somos levados a pensar que, em Portugal, o 25 de Abril ocasionou uma ruptura a todos os níveis políticos e não só. Do mesmo modo que não temos hoje uma polícia de nível internacional credível, capaz de dialogar com o FBI, com espionagem e contra-espionagem, só temos o SIS, também não temos um discurso político com nível, nem muito credível.
A nossa retórica política é demasiado pragmática ou demasiado revolucionária, ou as duas coisas, o que é pior. Entre nós, o poítiquês só pode ser comparado com o professorês, enfim, discursos corporativos: as corporações trocaram as respectivas fardas pelas linguagens corporativas: mas a farda despe-se e a alma não.

No seu discursoo da derrota, Madame Ségo não se lamentou, apenas mostrou pena dos que foram derrotados porque votaram nela: claro, ela teve uma grande vitória e portanto, isto nem parece retórica: parece e é a verdade.
No seu discurso da vitória, o tio Sarko exprimiu um grande orgulho de ser francês: não o orgulho crispado e arrogante daqueles que não têm orgulho nenhum neles mesmos, mas o orgulho sincero de alguém que foi eleito o presidente da república de... França, claro. Vocês não teriam orgulho se estivessem no lugar dele?
Nem parece retórica: parece e é verdade:e é retórica política no seu melhor.

quarta-feira, maio 02, 2007

Quero ir para casa! Por favor!!!!!!!

-Quero ir para casa!
-Quero ir para casa! Por favor!!!!!!!
-Oh, ainda falta tanto tempo!!!!!!




Este é o grito mudo que se ouve por toda a parte nesta cidade, se escutarmos com atenção.
Nunca compreendi porquê e por isso tenho investigado este enigma: porque é que toda a gente quer ir para casa?! E depressa? Que mistério é este? Não há nesta cidade lugares melhores? Mais variados, mais interessantes, mais artísticos? Lugares onde se pode conviver com os outros? Ou pelo menos vê-los?!
Aqui vai o resultado das minhas pesquisas.


Jovem de rua: Lá o haver, há. Mas é que eu, nesses lugares, não posso estar deitado!
Nadinha: Ah! Pois.
Homem adulto de rua/ Mulher adulta de rua: O haver há, e eue até gosto de ir a outros sítios, mas é que nesses sítios eu não posso ir ao frigorífico e comer, sempre que me apetecer! De graça, percebe?
Nadinha: Ah! Pois. Está bem...




Hoje no ginásio ouvi por acaso um diálogo que me esclareceu:
-Ó tia, o meu chinelo está virado ao contrário! Não te importas de o virar para cima e de o pôr mais para aqui, ao pé do meu pé? (voz arrastada e monocórdica, como a de alguém que já nada tem a esperar da vida).
- Vira tu! Oha que tu tens cada uma! (voz igualmente arrastada e monocórdica, ambas gordinhas).
- E eu é que tenho que fazer sempre tudo?!
Nadinha: Ai que preguiça! (Fiz mal. O investigador não deve influenciar o objecto de estudo.)
E a rapariga começou a contar, lamentosa, na sua voz de cansaço existencial, a mim e à tia:


- Estava eu ontem muito sossegada a ver televisão e o meu irmão diz-me assim:
- Ó mana, põe a televisão mais baixo, se fazes favor.
- E aí eu disse:
- Pelo amor de Deus, mano! O comando está aos teus pés!
- Eu sei, mana, mas está mais perto da tua mão do que da minha. Por favor!
- E eu é que tenho que fazer tudo?! Tu estás há horas deitado no sofá, e o comando está no teu sofá!
- Mas tu também estás há horas deitada no sofá e o comando está mais perto de ti. Basta estenderes um braço! Anda lá!
- Pelo amor de Deus! Eu é que tenho que fazer tudo? Ó tia, não acha que eu tive razão?


Também me perguntou a mim, mas eu estva com a boca tão aberta de espanto, que nem consegui responder e perguntar quanto mais tempo ficaram a ouvir televisão em altos berros e a discutir.




Acho que agora já percebi porque é que todo o mundo quer ir para casa.

domingo, abril 29, 2007

Em Abril águas mil

Curiosamente, chove torrencialmente em Lisboa, neste momento.
Nos últimos dias dum mês de Abril particularmente solar, que é o mês em que eu vi a luz do dia (eu e o Papa de Roma), dá-me prazer ouvir cair as grossas gotas no meu nadinha de telhado e estender as mãos para fora da janela, retirando-as cheias de água.
É um prazer estar vivo...
Este momento recorda-me um episódio da minha infância, mil vezes mais livre do que se a tivesse vivido entre quatro paredes, quero dizer, numa cidade.


O meu pai tinha uma gabardina velha que nunca usava e que estava para lá, a um canto.
Quando chovia torrencialmente, eu convencia os meus dois primos a irmos buscá-la, a deitarmo-la por cima da nossa cabeça e a irmos lá para fora correr. Lembro-me também de que nessa época chovia muito, naquele lugar.
Quando chegavam a casa deles, molhados até à alma, os meus primos apanhavam uma surra.
Eu não.


A Infância era o Jardim das Delícias!

quarta-feira, abril 25, 2007

Esperem...

Porque será que, apesar dos pesares, o Hipócrates (enganei-me) nunca fica encavacado?
Talvou seja porque o Cavaco ainda nunca o encavacou.
Ou talvez porque o próprio Cavaco está encavacadíssimo...

Então e a Presidência da CEE?

(Esta também paga direitos de autor(que não existem na net)). É por isso que eu, nos blogues, nunca escrevo nada de jeito...

Esperem...

segunda-feira, abril 23, 2007

Que será?

Ando um pouco preocupada com um erro que tenho cometido repetida e sistematicamente nos últimos dias. Será sintoma de doença?Será sintoma de saúde?

De cada vez que quero referir-me ao grave filósofo Sócrates, engano-me e troco-lhe o nome por:
Hipócrates.

Bem, esta paga direitos de autor, se a ouvirem por aí

quinta-feira, abril 19, 2007

O homem preguiçoso: Conto popular

Era uma vez um homem que não gostava de trabalhar.
Um dia, o homem chegou à conclusão de que não valia a pena viver, se para comer e beber era necessário tanto esforço como trabalhar toda a vida, muitas horas por dia. Sendo assim, decidiu ser enterrado.
Ia o enterro a passar, com o caixão ainda aberto e o morto ainda vivo, portanto, a respirar... e toda a gente compungida, a chorar... enfim.
Nisto, passou o homem rico e perguntou:
- O que é isto?!
Lá lhe explicaram e ele disse:
- Parem o enterro! 
Pararam o enterro e o homem rico prometeu que ia sustentar o pobre do homem, sem que ele precisasse trabalhar.
Parem o enterro, que eu dou de comer ao morto durante toda a vida! o homem não precisa de ser enterrado, porque eu dou-lhe o pão!
Nisto, o defunto senta-se no caixão, deita a cabeça de fora e pergunta ao homem rico:
- E esse pão que me dá lá, vem mastigadinho já?
Surpreendido, o homem rico diz:
- Não, isso não! Dou-lhe o pão durante toda a vida, mas não o mastigo, isso não. Era o que faltava!
Enfadado, o defunto faz um gesto com a mão, volta a recostar-se no caixão e diz:
- Siga o enterro!


Se vocês também souberem contos populares desconhecidos como estes, podem contá-los aqui.
Estes são do Norte de Portugal, da região do Douro Litoral, também designada por Entre Douro e Minho. Estes posts têm muita procura, sobretudo no Brasil, enfim, estes conto desconhecidos, do meu avô, já são conhecidos através deste blog.

(Ver "A Mulher Preguiçosa" neste blogue) Clicar AQUI

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.
Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)

terça-feira, abril 17, 2007

A mulher preguiçosa Conto popular

Um pobre homem tinha uma mulher muito preguiçosa.
Um dia, o homem disse à mulher que fizesse sempre as necessidades num cesto grande, num “gigo”, e ela assim fez.
Ao fim dum mês, o homem chamou os vizinhos todos das redondezas e mostrou-lhes, numa mão, um novelinho muito pequenino de lã de ovelha, que a mulher tinha dobado. Com a outra mão, mostrou-lhes o gigo cheio de… (vocês sabem o quê) e disse-lhes:
- Trabalho de um ano, cagança de um mês. Aqui está o trabalho que a minha mulher fez.


Moral da história: as mulheres devem trabalhar. Desculpem a má palavra, mas não ficava bem se a alterasse, porque é um conto popular do Norte. Do mesmo sítio de onde veio O Ancinho, de que todos os leitores deste blogue gostaram.

Outra moral da história: nós, mesmo quando não produzimos nada material (a esmagadora maioria), produzimos mesmo assim muita....(vocês sabem o quê).
Ver também neste blogue "O Homem preguiçoso"


P.S.: Num comentário posteriormente apagado pelo autor, perguntam-me se sou eu a autora do conto. Claro que não, já disse que é um conto popular português - apenas o redigi à minha maneira.

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.

Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)

segunda-feira, abril 16, 2007

domingo, abril 15, 2007

Os Pormenores

Parece que eu confundi uma ciatação, era "o Diabo está nos pormenores" e eu escrevi: Deus está nos pormenores. Mas agora vejo que não. A frase original é mesmo "Deus está nos pormenores".
Quando olho para a natureza campestre, penso sempre que, se eu a tivesse inventado, nunca me lembraria de tantos pormenores. E depois surge-me a dúvida, ancorada num certo conhecimento da ciência. Talvez Deus só tenha inventado meia dúzia de pássaros e meia dúzia de flores, e depois eles inventaram-se a eles mesmos, nas suas infinitas variedades.
Talvez, a princípio, fossem todos cinzentos...


Reparem que os malmequeres estão todos a olhar para a estrada.

sábado, abril 14, 2007

Tudo ervas daninhas




Estes são brancos, os outros são amarelos.
Ver no meu outro blogue os comentários, meus e alheios.
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quinta-feira, abril 12, 2007

Os Senhores Doutores

Em tempos, encontrei no "Piolho" do Porto (um café muito conhecido) um tipo que eu conhecia bem.
Cumprimentámo-nos, sentámo-nos na mesme mesa e a certa altura ele disse-me que lá, no Piolho, ou seja, num café frequentado sobretudo por estudantes universitários, todos lhe chamavam Sr. Doutor. Pediu-me que o não desmentisse. O tipo só tinha a quarta classe, mas tudo bem...
O grande filósofo Sócrates, creio eu que não era Doutor nem Engenheiro, mas:
Sócrates há só um!

terça-feira, abril 10, 2007

sábado, março 31, 2007

Títulos

Tenho o costume de supôr que uma época se caracteriza pelos títulos a que deu origem.
Assim, vejo com tédio títulos como "Angústia para o Jantar" ou "Diário de Ausência" e mil outros do tempo da ditadura, como o símbolo dum tempo parado, sem acontecimentos.
E pergunto, se concordarem com o meu pressuposto, o que significam, em termos simbólicos, títulos como "Gato Fedorento" ou "Cão Solteiro".
O vazio do sentido? A comunicação que desiste de comunicar???
No lo so.

sexta-feira, março 30, 2007

Provérbios sobre o bacalhau

Devo confessar que não gosto muito de bacalhau. Mas conheço um homem que, quando criança, o comia todos os dias e agora só não come todos os dias porque trabalha num restaurante.

Recentemente fiquei extasiada com a ideia de que o prato nacional português é um peixe que não existe nas costas portuguesas e, pelo contrário, é pescado muitíssimo longe de Portugal: vocês já viram num mapa onde ficam a Terra Nova e a Suécia?
É mesmo mania de nos irmos meter onde não somos chamados e, isso sim, é muito português.

Andei à procura de provérbios e expressões idiomáticas sobre o bacalhau. Quase todos se referem ao tempo em que este alimento era muito barato e era comida de pobres, pelo que ele é quase sempre referido com desprezo, como algo de enjoativo.
Muito haverá a dizer sobre esse desprezo, mas outros que o digam..

Águas de bacalhau:
“Ficou tudo em águas de bacalhau” é como o já aqui referido “foi tudo por água abaixo”


º-, que é um dos meus preferidos.
Para quem é bacalhau basta
Já ouvi “Para quem é, águas de bacalhau bastam”. Também me explicou, a senhora chiquérrima que o dizia, que antigamente se dava às empregadas domésticas batatas cozidas (a propósito, as batatas viera do novo mundo) em água de cozer bacalhau, o que me foi confirmado por uma senhora que foi empregada doméstica.

Continuando…

No dia de S. Silvestre, não comas bacalhau que é peste.
Dia de São Silvestre, nem no alho nem na reste.
Bacalhau quer alho
Apertar-lhe o bacalhau (quer dizer cumprimentar de mão)
Magro como bacalhau sueco (quando eu era magérrima diziam-me isto, inveja!)
Enterro do Bacalhau ou Enterro do Entrudo

E brasileiros que encontrei na net:

Magro como bacalhau de porta de venda

"Bacalhau é comer de negro e negro é comer de onça". Mais uma vez o desprezo pela comida de pobre, que devia enjoar… por ser repetida e de má qualidade.




ºº - “foi tudo por água abaixo” - referente aos naufrágios em que se perdia tudo.

sábado, março 24, 2007

Salazar?????? Não me chateiem!

Filhos:

Está a ganhar o Salazar para o maior português de sempre.
Conheço um tipo que anda a vender bustos dele e que telefona de tudo quanto é cabine telefónica.
Fiquei tão zonza quando me perguntou se eu queria comprar um busto, que perguntei:
- Desculpe, quem é esse? Até parece...
Seria uma vergonha, portanto vamos nós votar noutro:
Camões (tio Luís) 760102008
Tio Fernando 760102005
site:
http://www.rtp.pt/gdesport/?article=23&visual=3

Quase me esquecia




Quase me esquecia desta fotografia, boa para as pessoas estrangeiras que não conhecem Lisboa.
Recentemente alguém traduziu isto para inglês...
Zé Lérias: obrigada pelos comentários.
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domingo, março 18, 2007

E cá está ela!

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Barba Rija



E eu a julgar que os homens desportistas eram todos de barba rija...
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Ah! Isto já é a meta????????

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Cruzes!

Em vez de acender estas lâmpadas todas, eu antes quero perder a barriga
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Roupa Velha


Ao começara a maratona as pessoas deitam fora a roupa velha que levam vestida. Cuidado para não tropeçar
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Atleta Keniana

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Quase


Um pouco mais de sol e eu era brasa
Um pouco mais de azul e eu era além

Mário de Sá Carneiro
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Maratona da Ponte


Todas as crianças gostam de correr. E nós também.

quarta-feira, março 14, 2007

O Terra Imunda errou...

No dia 8 de Março, neste Blog, cometi um erro, um lapso, não por excesso, mas por defeito.
Escrevi que morrem dois milhões e meio de meninas todos os anos na China, vítimas de aborto selectivo e de infanticídio.
Enganei-me só ao escrever o nome do país: isto é o que se passa na Índia.
Na China acontece o mesmo, claro, mas os números são outros: são cerca de 17 milhões as meninas que são mortas impunemente.
Encontrei esta última informação na blogosfera, mas eu espero que esteja errada!

Juízes Analfabrutos

Caros fregueses deste blogue oriundos de outros países, sobretudo países de expressão portuguesa e espanhola:

Se por acaso vocês ouviram dizer que Portugal é um país civilizado, não acreditem.
Recentemente, uns juízes dum tribunal da Relação consideraram um homem inocente da acusação de agressão física e maus tratos à esposa, apesar de se ter provado que isto aconteceu várias vezes.
Motivos? nem saberei explicar as pérolas de retórica que levaram a tal conclusão.
Uma me basta: foram provadas duas agressões, mas uma delas não pôde ser considerada, visto que foi feita depois de a vítima ter apresentado queixa. Como se este tipo de gente não fosse previsível!
Se não considerarmos esta última agressão, então só foi provada mais uma. Ora, caros amigos, se só foi provada uma agressão, não se pode dizer que houve agressões repetidas...
Não conheço a vítima, mas acho que todas as pessoas inteligentes se devem solidarizar com ela!
E com as vítimas que não apresentaram queixa nenhuma.

sábado, março 10, 2007

Faça-se luz!

Há bocado faltou-me a luz em casa, o que me recordou o que vou contar.
Vivi muito tempo numa rua pequena e sem saída, aqui em Lisboa. Era frequente faltar a iluminação pública da rua e, como éramos só umas dezenas de moradores, era sempre necessário telefonar para a Câmara. Eu assim fazia e duas horas depois lá estavam os senhores a resolver o problema. Mesmo que fosse domingo. Mesmo que eu telefonasse às duas da manhã.
Quando eu regressava de férias, é claro que não havia luz. É claro que estava escuro!
Mas não era por falta de opiniões: os meus vizinhos fartavam-se de protestar contra a Câmara, Contra a Junta de Freguesia, contra o Governo... só o que não lhes ocorria mesmo, era fazer um telefonema e resolver o problema.
Havemos de ir longe, a proceder assim!

quinta-feira, março 08, 2007

8 de Março Dia da Mulher

Hoje, no Ginásio, deram-me uma flor verdadeira e um chupa-chupa cor-de-rosa.
Para quem não sabe o que é um chupa-chupa, nos filmes americanos chama-se loly pop.
Até que enfim, que dão valor às mulheres!
LOL!

quarta-feira, março 07, 2007

Dia da Mulher: 8 de Março

Em vésperas de eu nascer, o meu pai, que já tinha duas filhas granditas, resolveu espalhar aos quatro ventos que queria um rapaz e que bateria na minha mãe se lhe nascesse outra menina.
Nasci eu e era uma menina.


A minha entrada neste mundo não foi gloriosa e triunfante nem invejável, mas, felizmente para nós, o meu pai viveu e morreu sem bater em ninguém, muito menos na minha mãe ou em mim. E amou-me muito.


Vejo as pessoas à minha volta sorrirem até à alma quando está para nascer ou já nasceu uma criança, seja menino ou menina, filha, sobrinha, neta, vizinha, filha da amiga...
- É natural - dirão vocês. - É o instinto maternal, paternal...


Todos os anos morrem, segundo o Jornal DN, talvez de 19 ou 20 de Março, enfim...
Repito: Todos os anos morrem dois milhões e meio de meninas na Índia, vítimas de:
- Meio milhão por aborto selectivo (Ver o que é) - Dois milhões por infanticídio, provocado pela família, ou com a sua conivência...
- É natural - dirão alguns. Algumas pessoas acham tudo natural...




A Ministra da Mulher, da Índia, resolveu criar berços onde as meninas possam ser abandonadas, como a antiga roda dos enjeitados.


Muitas pessoas no Ocidente, incluindo Portugal, tratam um cão ou um gato como se fosse um filho, sofrendo horrores quado o bicho morre. Porque não podemos nós, portugueses, adoptar uma destas meninas? Até se combatia o decréscimo de natalidade...
Mas em Portugal, o que conta é a maternidade / paternidade biológica. Mal podemos adoptar os portugueses, quanto mais as meninas do Oriente?

domingo, março 04, 2007

Boa segunda-feira

A segunda-feira é um dia bom, porque é o fim do descanso.
E não convém muito a gente descansar eternamente.

Se nós vivêssemos na China não teríamos fins-de-semana nem férias.
Assim, infelizmente, temos dois problemas: a segunda-feira, porque ainda não nos habituámos ao trabalho e a sexta-feira, porque já estamos fartos de trabalhar e já estamos adaptados ao fim-de-semana.
Sobram a terça, a quarta e a quinta.
A quinta-feira é o dia em que as pessoas embarcam nos blogues, para esquecerem a realidade laboral. Pelo menos os meus têm mais fregueses nesse dia, às horas de expediente.
enfim, somos uns mártires...


(P.S.: não pensem que leio estas coisas em qualquer parte, são mesmo visões minhas)

sexta-feira, março 02, 2007

Mini-Maratona da Ponte 25 de Abril

Filhos:

Agora que começou a Primavera, ou melhor, agora que começou a começar a Primavera,

Filhos:

Vocês já se foram inscrever para a Mini-Maratona da Ponte 25 de Abril?
Respostas de escolha múltipla à pergunta: Colocar X na resposta adequada:

Claro que já me inscrevi! ____ Colocar X. Ó sua parva, pensaste que eu não ia??????? Mau!!!!!!
Já. _______Colocar X
Ainda não, mas vou inscrever-me amanhã. _________ Colocar X
Gostava muito de ir à maratona aí em Lisboa, claro, mas é que eu vivo no Japão ______Colocar X


(É já no dia 18 de Março, inscrições no banco BANIF e na net.)
Clicar aqui

quinta-feira, março 01, 2007

Março Marçagão, manhã de Inverno, tarde de Verão.


Foi difícil pôr este provérbio a rimar, mas se não rimasse, ninguém acreditava...

terça-feira, fevereiro 27, 2007

OPHELIA



Ophelia, a noiva de Hamlet, afogada
É interessante verificar a presença de certas flores, que são referidas na peça.
John Everett MILLAIS, Ophélia, 1851 - 1852, Tate Gallery, London.
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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O que é um blogue?

Comecei por descobrir uma máquinas fotográficas chamadas Lomo e o conceito de Lomografia: fotografar o mundo.
As máquinas eram baratas e a ideia era genial: em vez de o Gogol ou o Balzac andarem a descobrir e a inventar e a escrever a comédia humana, ou o drama, ou as duas coisas, simplesmente um rapazito fotografava o jantar em casa dele e o baile na discoteca onde ia, ou mesmo o baile dos bombeiros, se os houver.
Depois, é simples... apareceram os blogs... ou talvez já existissem.
Antes disso, o bom senso e o bom gosto eram feitos pelos jornalistas ou por alguém por eles, nos jornais. Os jornais mais cultos eram os mais chatos, intragáveis, mas tinham autoridade:a prova disso era que não era qualquer um que os entendia... muito menos era qualquer um que os punha em causa de forma séria...
Agora os blogs: os jornais e os jornalistas tentam controlá-los, mas duvido que consigam...
Todos os jornais publicam a lista dos melhores blogs, mas o que é isso dos melhores blogs? Os mais chatos?
Em Portugal, os melhores escritores e os melhores artistas , ou estiveram presos, ou foram ignorados no seu tempo.
Vamos continuar a confiar nessa gente? Nos que fazem o bom senso e o bom gosto? E que se enganam por sistema, precisamente nesse aspecto?
Eu penso que não. Vamos ignorar essa gente e fazer a nossa vida e o nosso caminho.
Afinal de contas, o resultado de tanta opinião sábia e de tanto bom gosto, foi e é a Massa Acrítica!

sábado, fevereiro 24, 2007

Assaltantes pré-modernos

(Título politicamente correcto)


Uma minha amiga, em vésperas de viajar comigo, deslocou-se a uma agência bancária para tratar dos cartões de crédito.
De repente, aparece um “presumível assaltante” de pistola em punho, apontou-a à cabeça do empregado e ordenou-lhe:
- Dê-me todo o dinheiro que tem cá dentro, ou leva já um tiro nos cornos!
Assustado, o bancário explicou-lhe repetidas vezes, com a ajuda da minha amiga, que aquela agência não tinha dinheiro nenhum, pois só tratava de cartões de crédito. “Com o rabo entre as pernas”, lá se foi o homem embora.


Li agora no jornal o seguinte: uma rapariga foi condenada a prisão domiciliária, embora não tivesse residência fixa. Estranho, não é?
Bem, a menina lá conseguiu cortar a pulseira electrónica e fugir da tal prisão domiciliária. Dirigiu-se então a casa duma senhora de idade, apontou-lhe uma faca e obrigou-a a acompanhá-la a três caixas Multibanco, para levantar dinheiro com os seus cartões. Como nenhuma das três ditas caixas tinha dinheiro, a senhora conseguiu fazer notar à vizinhança o que se passava e a rapariga fugiu, “sem burro e sem albarda”.


Não auguro grande futuro para os nossos presumíveis assaltantes, se não se actualizarem rapidamente. Receio até que fiquem na cauda da Europa

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Apareceram aqui pessoas à procura de provérbios sobre o mar. Como tinha ainda poucos, resolvi actualizar o post, que tem agora muitos mais.
Ver post de 28 de janeiro 2007 ou
Clicar aqui

Um dia destes, vou fazer um post de provérbios sobre o bacalhau. Já ando a fazer pesquisa...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Ainda Gisberta

Gisberta, uma transexual, (ou será que se deve dizer um transexual) assassinada(o) o ano passado por esta altura com requintes de crueldade prolongados no tempo por umas "crianças", tornou-se um caso mediático em Portugal, sobretudo pela disparatada tolerância de que foram objecto os seus agressores.
Vale a pena reflectir sobre isto.
O Brasil está a braços com uma lei que considera inimputáveis as "crianças" até aos 18 anos. Em Portugal são-no até aos 16, mas o caso está agora em discussão, que não está a causar nenhuma polémica, o que significa que se vai manter assim. Vejamos agora o que acontece noutros países:
Nos países escandinavos, são inimputáveis os menores de 15 anos
Na Alemanha e na Itália, são inimputáveis os menores de 14 anos
Em França, são inimputáveis os menores de 13 anos
Na Holanda e na Grécia, são inimputáveis os menores de 12 anos
Em Inglaterra, são inimputáveis os menores de 10 anos.

Tenho ficado com a impressão de que nós somos considerados atrasados quando fazemos alguma coisa diferente do que se faz nestes países. Pensei que esse argumento servia para tudo...

Se houvesse um referendo sobre este assunto, não haveria grande abstenção, mas a aparente falta de interesse dos portugueses pelos referendos significa apenas a falta de interesse e sobretudo de actualidade dos asssuntos referendados.

(Os dados aqui apresentados foram publicados no Jornal Diário de Notícias de 22 /2 / 2007)

Provérbios nossos na Holanda

Encontrei um sítio holandês com expressões idiomáticas e provérbios portugueses, alguns que eu não conhecia, como este:

É mais velho que o azeite e vinagre

(Há algumas falhas do português, mas estão traduzidos)

Só conhecia: é mais velho do que a Sé de Braga.

O meu provérbio favorito é o seguinte:
Morra Marta, morra farta

E o seu?

Clicar aqui

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Fevereiro é um mês bom

Fevereiro é um mês bom porque nós só trabalhamos 28 dias, ganhamos 30 ou 31 e só gastamos 28. Durante 2 ou 3 dias não gastamos um cêntimo, porque esses dias não existem.
Não digam isto a ninguém, porque eu desconfio que o nosso Primeiro Ministro ainda não reparou nisso.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Dádivas

Impressionou-me muitíssimo, no filme O Grande Silêncio, o depoimento de um frade cego que agradecia muito a Deus a cegueira, por achar que era boa para a sua alma.
Dizia também que nós não precisamos de nos preocupar com nada, pois Deus dá-nos tudo aquilo de que precisarmos.
No dia seguinte, tomei um comprimido que me obriga a não me sentar nem deitar nem comer durante meia-hora. Como é aborrecido, fui a pé até às Amoreiras. Ao chegar, constatei que já podia tomar o pequeno-almoço e também que o café onde costumava tomá-lo tinha fechado.
Nesse preciso instante, uma rapariga dirigiu-se a mim para me dar um iogurte e uma colher de plástico. Comi-o com grande apetite, pensando nas palavras do frade, que, de qualquer modo me andavam na ideia.
Pouco depois vi um pedinte daqueles antigos, sem conhecimentos de marketing e sem falar inglês, de chapéu na mão e “Deus acrescente o que lhe sobra” na boca.
Será que a rapariga também lhe deu o iogurte e a colher? Pareceu-me que não… ele não é um potencial consumidor…

A realidade tem esta mania de nos cair em cima quando menos se espera…

sábado, fevereiro 17, 2007

Enfim, mudando de assuntos...

Fui ver o filme "O Grande Silêncio" e gostei muito. Pensei que me ia aborrecer, mas é muito bonito e mostra-nos uma perspectiva do mundo e da vida que não estamos habituados a ver. Valia a pena, mesmo que fosse aborrecido e não é.
Por outro lado, o que judtifica um filme destes é a actual tendência Big Brother. Eu sempre desejei saber como vivem os monges cartuxos e também tenho curiosidade sobre a vida nas cadeias. Duma certa forma, são as duas faces da mesma moeda: uma reclusão voluntária e feliz e o seu oposto.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Estado da Nação: A Cultura

A escritora Carolina Salgado é um dos muito poucos escritores portugueses que conseguem ganhar a vida com a sua obra.
Estamos sempre a tentar morder a cauda da Europa, mas vamos sempre por maus caminhos!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Resultados do referendo reverendíssimo

A interpretação dos resultados do referendo (reverendo) faz lembrar a interpretação que a Teresa Guilherme fazia dos telefonemas para o Big Brothers (peço desculpa aos meus ledores (e já amigos) estrangeiros, mas volto às questões domésticas.)
Ela dizia que tal ou tal figura tinha sido expulsa pelos "portugueses", como se não estivesse careca de saber que a maioria esmagadora da populaça não era perdida nem achada em tal coisa... e muitos acreditavam, claro...

A meu ver, o que aconteceu foi o seguinte: mais de metade da população não votou. Poder-se-ia afirmar, como antigamente se afirmava, que quem não votou não tem opinião, não sabe, não reponde, coitadinhos dos ignorantes. Mas isso era na era A.B. (antes de existirem blogs): eu fartei-me de dar aqui opiniões para explicar a razão por que me abstinha e sei que convenci alguns.

A menos de metade da população que decidiu votar dividiu-se: pouco mais de metade dessa metade votou sim, pouco menos de metade dessa metade votou não. O sim deve ter tido cerca de 25 % dos eleitores.

Como, então, explicar a alegada grande vitória do sim? Se nem houve quorum para que o sim seja vinculativo? E reparem que eu sempre disse que nunca votaria não.

Os que fingem que a abstenção não existe consideram que foi uma grande vitória dos partidos
que defenderam o voto no sim, sobretudo do PS e do governo.
Os que pensam que ganhou a abstenção e que isso tem significado (como eu, que me abstive), afirmam que foi uma grande derrota dos políticos (visto que todos se empenharam activamente), dos partidos, da política em geral e sobretudo do PS e do governo, que se esforçaram bué.

Posso fazer uma gracinha? Aí vai: Esta parte não é a sério:
Foi uma grande vitória do Cavaco Silva, que não apelou ao voto e, teoricamente, se absteve. Como eu. E como milhões de portugueses com opinião. Haverá quem não a tenha em semelhante assunto?

sábado, fevereiro 10, 2007

ESta é a minha Primavera em Fevereiro


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Violência Doméstica I

Convivi, há uns anos, com uma senhora de idade da região da Serra da Estrela, que vinha sempre passar os Invernos a Lisboa, por serem mais suaves. O marido, inválido, esse ficava lá.
Este pormenor intrigou-me: não eram gente de ter empregados, os filhos viviam todos em Lisboa...Embora vocês pensem que não, eu sou uma mulher delicada, por isso, numa das muitas vezes em que a mulher se referiu ao marido apenas perguntei:
- A Senhora deve ter sofrido muito quando o seu marido teve o acidente, não é?
- Não!
- Não?!!!!!!!
- Até pelo contrário, fiquei toda contente!
Julguei ter ouvido mal, como frequentemente acontece quando ouvimos alguma coisa que não estávamos à espera de ouvir.
- A Senhora ficou toda contente por o seu marido ter ficado entrevado?!!!!
- Claro, ele batia-me muito quando era são! Mas agora é ele quem as amarga. E bem! E bem!

Juro que esta história é verdadeira.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

O Reverendo Referendo

Existe, na obra Os Maias, um gato chamado Reverendo Bonifácio. Aparece só no princípio e já é velho. Há uns anos saiu no exame do 12º ano esse texto. Inúmeros alunos pensaram que o gato era um bispo e chamaram-lhe Referendo Bonifácio. Isto quer dizer alguma coisa, ou talvez várias...
Vem isto a propósito.
Pela 1ª vez desde que me lembro (não falo dos tempos do Camilo Castelo Branco), trava-se na sociedade portuguesa um debate em que uma das partes não faz figura de idiota e a outra de culta e arrogante - a sabedoria contra a ignorância.
Da outra vez, os argumentos do não eram ridículos, agora sáo de longe os melhores. Ganharam o debate. Creio que vão ganhar o referendo. E os do sim subiram de nível, também.
tudo estaria no melhor dos mundos possíveis , não fosse o carácter completamente obsoleto e descabido, ou seja, demagógico do referido reverendo referendo e a hipocrisia que manifesta. De facto, vivemos, em Portugal, uma época de endeusamento das crianças. Mas só de algumas.
Sempre que vejo alguém com um bebé, coloco logo um sorriso idiota, para imitar os que me rodeiam. se eu fosse simp´ática, além disso dar-lhe-ia muitos beijinhos, cheirava-o, lambia-o, dizia que perdia a cabeça sempre que vejo um, como vejo muita gente fazer à minha volta. E que sempre me pareceu esquisitíssimo.
um dia, num café, peguei numa ciganinha muito suja ao colo, para lhe dar metade4 do meu bolo. Disseram-me logo: "Cuidado, que a menina deve ter piolhos!", ao que respondi: "A meu ver, tu tens defeitos piores." mal a coloquei no chão, o empregado correu com a menina pela porta fora, muito agressivamente. Fiquei a saber que uma ciganinha imunda não é uma criança como as outras nem merece sorrisos idiotas e declarações de afecto. Mesmo que ande sozinha, a pedir.

Enfim, não posso votar. Não posso votar não por coerência, não consigo votar sim. Já me custou muito da outra vez e chega. O Graça Moura vota branco, eu abstenho-me, pois votar é concordar com o referendo.

Outro pormenor muito curioso: embora eu fale diariamente com pessoas que me são próximas em termos ideológicos, nunca ninguém se refere ao referendo. Nem mesmo as pessoas que lêem estes meus blogues. Também quer dizer alguma coisa, não quer?

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Estupor

Estupor, s. m. entorpecimento das faculdades intelectuais; assombro; pasmo; in Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora ...

domingo, fevereiro 04, 2007