quarta-feira, novembro 05, 2014

Por favor, posso dar a minha opinião?




Eu acho que os Russos vieram vender os navios que iam para a sucata, como novos, ao Paulo Portas.
Antes que ele saia do governo.

E também vão trazer os aviões velhos, os submarinos velhos, metralhadoras velhas, tanques velhos (não dos de lavar roupa) e também tanques velhos de lavar roupa. E máquinas de costuras velhas e assim...

A ver se a gente compra tudo. Eles também estão um bocado atrapalhados com o dinheiro...

Ver aqui:

Navio hidrográfico russo detetado na Zona Económica Exclusiva portuguesa



quarta-feira, outubro 29, 2014

Antes quebrar que torcer. Antes abraçar que desistir






Aprendamos a mensagem que esta árvore nos ensina. Abraçando a paisagem, talvez amando o mundo que abarca com os seus ramos, de pé, ainda que fendida pelo meio, transformada em duas.


Quantas vezes não evitámos abraçar os outros, o mundo, no receio de sermos fendidos em duas, em dois?

Ao contrário desta árvore, cujos ramos se abrem e fecham, sistólicos, partidos, em forma de coração.


domingo, outubro 26, 2014

Devemos aceitar as outras culturas? É ridículo ser feminista?




Até ao Sec XXI, sempre tive a impressão de viver num mundo atrasado. Quando me apetecia ir sozinha a qualquer lugar, sobretudo à noite, parecia estar a fazer algo de muito estranho. 
Respondiam-me:

- Mas pensas que em Nova Iorque ou Londres é diferente? 

- Eu não tenho a impressão de viver num país atrasado, e sim num mundo atrasado! Nova Iorque, Londres, (Paris - incluo Paris?) são lugares atrasados, em que uma mulher não pode fazer o que lhe apetece. Onde as mulheres ficam em casa, talvez a chorar, porque estão a perder a vida. Onde as mulheres casam porque é convencional fazer isso, sem perceberem que pode ser também uma maneira de perder a vida.

- Que vos parece esta notícia?

Nestes países, se a mulher é violada, pode ser morta pela família, pois é uma desonra para a família.
Devemos aceitar estas "culturas"? Não deveríamos fazer algo mais?


Aceitar as outras culturas e ser feminista? E de esquerda? 

Não nos parece tudo isto demasiado inconciliável? 

sábado, outubro 25, 2014

Janela do convento de Cristo















Nos últimos posts apenas coloquei fotografias, pois estava muito fatigada da viagem.



E agora vou dizer, muito direitinho, o que aprendi em Tomar.

Que o Rei D. Manuel se considerava um predestinado, profetizado pela Bíblia, nesta passagem do Profeta Isaías:


Então ele disse: Ouvi agora, ó casa de Davi: Pouco vos é afadigardes os homens, senão que também afadigareis ao meu Deus?

Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.
Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem.
Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, de que te enfadas, será desamparada dos seus dois reis.
¶ Porém o Senhor fará vir sobre ti, e sobre o teu povo, e sobre a casa de teu pai, pelo rei da Assíria, dias tais, quais nunca vieram, desde o dia em que Efraim se separou de Judá.


E por esse motivo, a simbologia das cordas como sendo uma homenagem aos descobrimentos, como tem sido interpretada, pode ser reinterpretada de outras maneiras, tal como muitos outros elementos simbólicos que lá se encontram e não têm sido referidos.


Assim, o rei faria a ligação entre os elementos e entre o Céu e a Terra. Como acontece com as raízes de carvalho, do lado direito da janela, inteiras, do lado esquerdo cortadas.



Ou a Árvore de Jessé, por baixo da janela.



(Não pretendo aqui falar uma análise desta obra, apenas transmitir algumas "dicas" que ouvi e que retive da visita guiada por um historiador de Arte, Dr. Miguel Soromenho. Para mais detalhes, pesquisar.)

domingo, outubro 19, 2014

Tomar







No que diz respeito a elementos simbólicos...

Claro.

Por exempo, esta fivela fez-me lembrar a revista Caras.
Pois, pode ter a ver com a ordem da Jarreteira. Mas nós só vemos os que nos parece normal. E eu nunca teria reparado em tal coisa, tal como vós, não tereis notado. Depois explico melhor...

Buéda Giro.

Apenas receio que no século XVI ainda não existissem a Caras nem a VIP.


Convento de Cristo, em Tomar











Pois. Hoje fui passear para o Convento de Cristo, em Tomar, com o Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga e com a agência de viagens Touch Travel de Rui Nobre.


Depois ponho mais fotos e explicações. Tenho outras fotos no Ipad.

sexta-feira, outubro 17, 2014

Andar à porrada: verbalmente, ou de facto?

Tive uma vez uma conversa com uma senhora do Casal Ventoso, num café, em que ela me garantiu isto: como eu nunca andei à porrada, penso que tenho medo, mas se eu começasse à porrada ia adorar. Até porque ela era muito mais pequena e franzina do que eu. 

Ver link do blog onde conto isso.

Só hoje entendi: andar à porrada, verbalmente, é relaxante, tipo terapia de grupo. Adoro. E só agora descobri. Vivendo e aprendendo. Hei-de experimentar a sério, tipo, a vias de facto.

Como me passaram  despercebidos até agora estes prazeres?

Ver neste mesmo blogue: 

A senhora, se calhar...


sábado, outubro 11, 2014

Portugal Moderno


Há uma ou duas décadas, a Avenida da Liberdade era um local de habitação degradada, de prostituição, agora é a 10ª mais luxuosa do mundo.

Há uma ou duas décadas, abriram em Portugal umas fábricas de sapatos estrangeiras, por um curto período, com incentivos da UE. Todos diziam que, passado esse período, nada restaria.

Resta o calçado português, já com fama no mundo.

VER AQUI:

33 razões para adorar Portugal

Também muito interessante esta frase de Vítor Hugo, a propósito de ter sido Portugal o 1º país da Europa a abolir a pena de morte, em 1867 (3º no mundo):


"Morte à morte! Vida à vida"

sexta-feira, outubro 10, 2014

MALALA





Só uma pessoa muito ingénua pode falar e pensar assim.
Aprendamos  a ser ingénuos com  a Prémio Nobel da Paz, de 17 anos. 
As palavras "ingénuo" e "génio" têm a mesma origem: o génio é ingénuo.


"Quando o mundo inteiro fica silencioso, uma só voz pode fazer a diferença" - Malala

"Sou mais forte do que o medo"  - Malala

Não, Senhor Ministro!!!

                            
                                   

                                   
Os mesmos professores foram hoje colocados em três, quatro ou mesmo dez escolas


Numa miseranda Terra Imunda como esta, que dá mais importância às coisas materiais do que à cultura, os professores só podem ser trash. Todos, claro. Mas sobretudo os melhores.

Após erros risíveis porque ridículos, mas dramáticos, o Ministério da Educação volta a ser protagonista de muitas anedotas. 

Professores colocados muito longe de casa, mas só por uma semana ou duas, alunos a gostarem ou a não gostarem dos professores e a dizerem-lhes adeus para sempre...

Tudo isto é nada. Num segundo erro, mais ridículo ainda, um professor é colocado, segundo a RTP, em 74 escolas, enquanto outros ficam sem emprego, dada a concorrência desleal...

Eu tinha-me calado a respeito deste assunto, mas agora já é impossível.

A quem encomendou o governo o sistema informático da colocação de professores e o sistema informático CITIUs, para a justiça? Que razões o levaram a escolher as piores empresas?

Podemos sentar-nos aqui






Fotos de Campo de Ourique

O que me impressiona mais na Turquia talvez não sejam os grandes e imponentes monumentos, nem algumas das maiores pedras preciosas do mundo. Talvez tenha sido esta particularidade quotidiana de por todo o lado encontrarmos velhas cadeiras desirmanadas e vários bancos, que escaparam ao lixo para serem utilizadas por quem quiser.

 E agora vejo o mesmo, no bairro de Campo de Ourqique, com a agravante de ter um murinho em frente, que permite juntar-se todo um grupo. À porta de um café, sobretudo quando o café está fechado. 

Juro que a ideia não foi minha, embora eu tenha pena.

quinta-feira, outubro 09, 2014

Eu disse-te para tu pores o pé em cima do dinheiro! Eu disse-te para tu pores o pé em cima do dinheiro!

A mulher, nos seus cinquenta mal conservados, encarquilhados, ainda que com alguma jovialidade no vestir e na atitude, chorava copiosamente do olho negro e ao mesmo tempo gritava com o rapaz, numa voz aguda e lamentosa, repetindo sempre a mesma frase, ainda que em diferentes tons: 

- Eu disse-te para tu pores o pé em cima do dinheiro! Eu disse-te para tu pores o pé em cima do dinheiro! 

Já se tinha juntado muita gente a ouvir aquele monótono refrão, quando passei. Mas mais ou menos discretamente, como é costume agora em Lisboa... fingindo que tinham parado ali por acaso, a conversar com um conhecido...

O polícia, um rapagão atlético, ultrapassava de vários dedos e de vários pés a estatura das duas figuras franzinas. Não dava demonstrações de autoridade, de força ou de persuasão, não empunhava arma e sim telemóvel, parecia que iam os três a passear por ali. Os outros dois nem tentavam fugir, mas a mulher insistia, aos guinchos cada vez mais estridentes e com mais lágrimas a sair do olho negro, ou com lágrimas mais visíveis no olho negro do que no outro:

- Eu disse-te para tu pores o pé em cima do dinheiro! Eu disse-te para tu pores o pé em cima do dinheiro! 

 E a certa altura acrescenta uma variante:

- Eu disse-te para tu pores o pé, mas era em cima do dinheiro! 

Prossegui caminho. O truque para continuar ali seria meter conversa com alguém e fingir que tinha encontrado um amigo, em cada esquina um amigo... e ficávamos ali a ouvir e a ver, meio voltados para a cena, meio voltados de lado...

Mas eu já tinha percebido tudo: os dois estavam a  vender droga.  Quando aparece o rapagão polícia, a mulher manda deitar tudo para o chão. O jovem, inexperiente, atira tudo, incluindo o dinheiro.

É então que a mulher lhe diz para pôr o pé por cima. Era evidente para ela: por cima do dinheiro. Mas ele pensou que a droga era mais valiosa do que duas ou três notas de 10 Euros, portanto pôs o pé em cima da droga.

Para gente sem poder algum de argumentação ( incluindo o rapagão polícia), o caso é simples: pôr o pé por cima de algo é o mesmo que tomar posse desse algo. O rapaz teria tomado posse do dinheiro se pusesse o pé em cima do dinheiro, mas em vez disso tomou posse da droga, porque pôs o pé em cima da droga.
E foram ambos presos.

- Eu disse-te para tu pores o pé em cima do dinheiro! - chorava a mulher, com lágrimas no olho negro.


segunda-feira, outubro 06, 2014

Viva a Burka ! E a liberdade que dá, aos homens e mulheres que a usam!





Em Portugal, nem se discute se o uso da Burka e do Niqab é proibido ou permitido. Não é proibido, mas ninguém se atreve a sair à rua nesta figura. 

Nos países em que se discute o que é permitido ou proibido, vejo com espanto que os de esquerda consideram um direito. Cada um pode vestir-se como quer. Ai sim? Isso é um direito?

E se vocês virem uma queridinha explorada como esta da foto? Por acaso a foto é de uma heroína afegã, já assassinada, uma polícia a prender um criminoso. Mas é utilizada como exemplo, na foto. 

As feministas teriam tendência  a dizer que devemos proibir isto. Mas quem liga às feministas? 
E os ingénuos democratas acham que cada um tem o direito de se vestir como quer. 

E estes tipos usam a  democracia para destruir a democracia.

Viva o Niqab! E a liberdade que dá!



Quando o cabelo não está bom, quando temos olheiras, quando queremos passar despercebidas. Viva o Niqab!!! Também queremos.

Ótimo para roubar coisas no supermercado, para insultar os vizinhos e conhecidos... Quando "não temos nada que vestir", quando gostaríamos de ser uma mosca para ver o que se passa sem sermos vistas... melhor, só a Burka.

 Vem isto a propósito de um artigo do The Gardien, em que mulheres muçulmanas consideram uma grande liberdade o uso do Niqab, o véu que tapa tudo, menos os olhos (a burka também tapa os olhos).


E que tal a sensação de ser perseguido / a, que muitos já devem ter tido, por alguém de niqab, m/f?

Vem isto a propósito da hipotética proibição do uso destas indumentárias em países livres, como a Euroa e os EUA. Mas os países livres podem proibir alguém de se vestir como quer? Eis a questão.

Ver também AQUI

Burqa defenders' paradox of injustice


domingo, outubro 05, 2014

A Arte de Mariana Gillot




Já aqui foi mencionada várias vezes a arte de Mariana Gillot.
Clicar em baixo, no nome, para encontrar outros posts sobre a artista.

sábado, outubro 04, 2014

E Portugal está à espera de quê? Preocupado em desculpar e explicar a corrupção política, nada mais lhe interessa

Suécia vai reconhecer a Palestina. 



O novo primeiro-ministro sueco anunciou que o reino nórdico irá reconhecer o Estado da Palestina. Segundo Stefan Loefven, o conflito "só pode ser resolvido através da solução de dois Estados".

Estado reconhecido por 134 países

E Portugal está à espera de quê? Preocupado em desculpar e explicar a corrupção política, nada mais lhe interessa.

O martírio de certos povos é muito romântico, o de outros povos parece não ter qualquer importância internacional.

quinta-feira, outubro 02, 2014

O frasquinho de perfume e o Euromilhões: diálogos



Bem, já que tinha de ir ao correio, aproveitei para ver as novidades: as estações de correio estão transformadas em livrarias, mas, para além disso, ainda me impingiram uma lotaria. 
- São só dez Euros!

Lá paguei os 10 euros e fiquei a conjeturar o que faria se me saíssem os 120 000 Euros.
Rapidamente percebi que pouco poderia fazer, pois não é grande fortuna.

Absorta com estes pensamentos, fui chamada à realidade por uma mulher bonita, não muito nova, não muito branca, na verdade, moçambicana clara.
- Sabe aquela loja dos indianos?
- Hum, aquela ali?
- Não, essa é a dos chineses. Digo a dos indianos, vê?
- Ah - respondi eu, muito nas tintas para saber se a loja era dos indianos ou dos chineses - Ah, pois!
- Sabe? Comprei lá isto agora! - Diz a senhora, radiante e felicíssima. 
Reparo com pouca atenção: é um frasquinho de vidro, bonito,  com o feito de um cestinho de vime com flores dentro. Um frasco de perfume. 
- Muito bonito, sim.
- Sabe, eu joguei dois Euros no Euromilhões e saíram-me 8 euros!
- Ah, que bom! Teve sorte - respondi, mesmo nada convencida, mas curiosa.
- Pois tive muita sorte! Descontando os dois Euros, dá 6 Euros. E eu dividi tudo por mim e pelos meus dois filhos. Deu dois euros e cinquenta a cada um.
- Ah, foi bom! - Respondi.
- Comprei este perfume e esta t-shirt preta. Vê? É gira! Sabe, é que eu ando de luto.
- Ah sim? Por quem? 
- Pela minha tia.
- Há quanto tempo você não vai a Moçambique?
- Há trinta anos. porque a viagem é 1500 Euros para cada um, portanto, 4500 Euros para nós os três. E além disso, eu ainda tenho de pedir autorização ao pai dos meus filhos. Se for só para a Europa não é preciso autorização, mas se mudar de continente já é preciso. E ele não dá...
- Os seus filhos nunca foram a Moçambique?
- O mais velho foi. Gostou tanto de lá estar que nunca mais foi o mesmo e desde que veio, ficou um bocado maluco.
- Ai sim?!
- Claro, se o meu pai ainda fosse vivo, eu mandava-o para lá, claro. Mas assim sozinho, maluco como ele está...
- Pois.
- O meu irmão é diferente. O meu irmão tirou o curso de Direito na Moderna e agora é diretor do banco, imagine! Quem for para lá com um curso, só para começar já ganha 2000 Euros, imagine o que ganha o meu irmão! Ele até veio cá!
- Sim, sim...
- Não acha bonito o frasquinho? E a minha T-shirt? Foi tudo por dois euros e cinquenta. No indiano! - Afirmava a senhora, de tal modo feliz, que também me senti, eu mesma, muito satisfeita. Por contágio. Ela era bonita, simpática, alegre... um nadinha escura, pensei que fosse indiana... giríssima...


Uma mulher alegre, satisfeitíssima... feliz?!

(Se conseguir, vou colocar aqui, mais tarde, uma foto de um frasquinho de perfume igual.)

sexta-feira, setembro 26, 2014

Tradições do Nepal: Jamara, a erva sagrada







Está agora a decorrer o Festival Dashain, o principal festival do Nepal, que dura 15 dias e que prima pela estranheza, para nós.

Já aqui várias vezes foram referidas tradições do Nepal, que surpreendem pela quantidade, variedade e, sobretudo, pela diferença absoluta em relação a outras tradições, como as europeias. Este blogue pretende divulgar em língua portuguesa, para países de língua portuguesa, algumas tradições orientais que só existem na Internet em língua inglesa.

Relacionado com a lua cheia, a mais brilhante do ano, esta festividade tem inúmeras prescrições, já aqui referidas. VER clicando em baixo, no post.

Para iniciar, é costume semear cevada, da seguinte maneira: coloca-se um quadrado de areia na parte principal da casa, sobre esse quadrado um pote, digamos uma vasilha com água, na qual se dispõem sementes de cevada. Cobrem tudo com bosta de vaca, vaca sagrada, claro.

Ao fim de nove dias a erva estará crescida e é considerada uma erva sagrada, cujo nome é "JAMARA".


Sendo esta  a tradição comum, com grandes  e inúmeros detalhes como é próprio das tradições, acabo de descobrir que algumas pessoas semeiam a "jamara" sobre o seu próprio corpo, de acordo com todos os rituais, esperando tranquilamente que a erva cresça. Como se vê nas fotos, a primeira no primeiro dia, e que a erva foi semeada, a segunda, de ano anterior, com a erva já crescida.

Chama-se a isto deixar crescer a jamara no seu corpo. Difícil ou impossível para nós de entender, como será difícil ou impossível para eles entenderem o nosso Cristo crucificado, por exemplo. Até para mim é esquisito... Todos queremos um deus invulnerável.

A princípio, as mulheres eram impedidas de entrar no aposento onde cresce a jamara, agora, com a libertação da mulher, até a podem deixar crescer no seu corpo.


Dizem-me que vai haver amanhã um primeiro desfile em Lisboa, relacionado com o festival. Não estarei cá. Não faltaria.

VER AQUI:

Divindades hindus saem em procissão para " conhecer" Lisboa e abençoar a população

Para saber mais, clicar nos links abaixo: Festivais da Lua e Festivais das Luzes, neste blogue.

sábado, setembro 20, 2014

Boa noite de sábado na terra



Boa noite de sábado para os meus amigos e amigas: é fácil, basta saber que não estamos a afundar-nos
que debaixo da nossa cama não há tubarões... 
só não entende isto quem nunca navegou pelos mares.


sexta-feira, setembro 19, 2014

Os nossos 800 mártires








Por este andar, Portugal não tarda a igualar os 800 mártires italianos recém canonizados pelo Papa Francisco.


Anterior Papa canoniza 800 mártires e três santos - Público


OU MAIS:

Passos Coelho não nega ter recebido dinheiro da Tecnoforma quando era deputado em exclusividade


Mas este último crime é difícil de descobrir e quando se descobre, prescreve.
O Expresso informa que já prescreveu, daí o ministro não ter negado. 
Em vez de ser um proscrito, é um prescrito.




domingo, setembro 14, 2014

O rosto feio deste país! Nojento, mesmo.

Isabel Jonet, fundadora da organização "de caridade" que sustenta muitos portugueses sem recursos, tem sido muito criticada por uma esquerda cada vez mais parva, em completa auto destruição.

Uma das razões foi ter dito recentemente que há profissionais da pobreza.

A senhora também tem sido criticada, por muita gente comum, e neste caso com razão, por dar de comer a quem não tem fome.
Se calhar muitos conhecemos situações como esta: gente que ganha mil euros estende a mão à caridade. Quando a caridade é, em parte, feita por gente que ganha quatrocentos euros, ou até menos.
Eu conheço gente assim, embora muitos meditam que vivo noutro planeta.

Sim, vivo noutro planeta. Porque só preciso de usar poucas das minhas capacidades (competências?) para estar neste um pouco de tempo e para o entender.

Alguém duvida que há pobres profissionais, pedintes profissionais, etc? Sempre houve.
E em Portugal são endémicos. Embora tenham, no nosso país, características especiais : têm bons automóveis e passam ferias como o turistas.

Só em países de língua portuguesa e espanhola, porque aprender línguas também dá trabalho. 

Como esta maravilhosa família, que vivia como rica à custa da caridade

Tanto se pode dizer sobre este assunto!

E para completar, esta anedota: quando um secretário de estado foi visitar um hospital, esconderam um deficiente. Isto só no tempo de Salazar. Mas mentalidade mudou? Tinha mudado, mas voltou ao mesmo com a avaliação. Introduzida pelo esquerdista Sócrates.


Para além dos profissionais da pobreza, há ainda os profissionais da doença, aqueles que nunca trabalharam com a ajuda de atestados médicos falsos. Com a cooperação dos médicos.

Enfim, o sonho do "portuguesinho" é não trabalhar e viver bem, com mordomias, carros bons, etc.

O título do post é uma paráfrase deste:

Uma face feia do país retratada ao longo de 2781 páginas







sábado, setembro 13, 2014

Morte que Mataste Lira








Morte que Mataste Lira, uma das canções preferidas da Natália Correia, que faria anos hoje. Se fizesse. Gostava dez  cantar em coro com os amigos.

Ela própria cantava muito bem o Summertime. E esta.

terça-feira, setembro 09, 2014

Filme A Viagem dos Cem Passos: França e Índia na culinária





Até há pouco tempo, a culinária era considerada uma profissão menor, relegada para o gueto das profissões em que não era exigida uma licenciatura.

Em Portugal, pelo menos. Em França sempre foi uma arte maior, tal como a costura e outros "artesanatos"... enfim.

O que se reflete na literatura. Foi necessário o advento das mulheres escritoras, sobretudo em fins de Século XX, para que a cozinha, a comida e a culinária pudessem emprestar à literatura as impressões sensitivas: o gosto, o olfato, o tato, neste caso, das texturas...

Enfim, a literatura quase descobriu o prazer de viver. Sendo que as mulheres contribuíram muito para isso, opondo-se às elucubrações pessimistas e decadentes da poesia e da narrativa, dominadas pelos homens, até então.

E finalmente, o cinema. Há agora filmes fantásticos como este, A Viagem dos Cem Passos apelando para os prazeres da mesa.

Este filme tem todo o apelo comercial dos filmes americanos, mais a paisagem francesa, mais o requinte das especiarias indianas, muito mais antigas do que tudo isto. E ainda a referência (vaga) à problemática da direita francesa, contrária à emigração e à diferença, no oposto dos ideais de Liberdade, Igualdade, Fraternidade, também difundidos pelos franceses e ao contrário do Hino, A Merselhesa, que é reacionário.



segunda-feira, setembro 08, 2014

Produto ecológico: limpa bem, mas volta a empedrar dentro dos canos



Nos sítios de produtos biológicos, ecológicos, etc., em que se manifesta uma parte de razão e uma parte de fé, vendem produtos novos e maravilhosos, como este. Não é barato, mas dá para muito tempo. Mostram, limpando à nossa frente, que é milagroso. Sim, limpa muito bem.

E é verdade. O problema é que volta a empedrar dentro dos canos. Sim, não tem poluentes nem nada, mas só os canalizadores podem tirar as pedras que se formam entre os tubos, às vezes com grande dificuldade. Dizem eles que o pó de pedra é a pior coisa que existe.

É chato. Estes produtos não foram sujeitos aos testes do consumo... não passariam... mas os que continuam a vendê-los, nalguns casos em exclusivo, sabem de certeza o resultado. E continuam com a farsa da ecologia.

Nem nestes lugares se encontra gente de jeito??? E quem não os proíbe de participar nos eventos ecológicos? 



sexta-feira, setembro 05, 2014

Em tempo de figos...



Foto 1: figos. Prato marca SPAL com poema de "Ode Marítima", de Fernando Pessoa




Foto 2: Figueira e nogueira com dois gaios. Existe noutro post deste blogue.



"Em tempo de figos, não há amigos" - ditado popular.
Começou o tempo dos figos. 
Nas esquinas das ruas de Campo de Ourique, aparecem, por esta altura, homens ou mulheres a vender figos de cor verde, pesando-os numa balança rudimentar, pois existem aqui muitas figueiras dessas.


Como vejo da minha janela uma carregadinha deles, aquela onde vi os gaios, fico com vontade de os provar. Peço meio quilo. Quando acho que já tem demais, digo, mas a senhora continua a encher o saco e responde:

- Depois conversamos.


Esta generosidade com os figos nem sempre existiu e bem ao contrário, como insinua o ditado popular já citado. Dado que os figos se podem secar e guardar todo o ano, constituíam uma das formas de matar a fome, em tempos de fomes que já lá vão. 


Daí estes outros ditados, do mesmo género:



Tinha um figo para dar ao meu amigo, mas vi-o, comi-o.
Uns comem os figos, a outros rebenta-lhes a boca.
Figo caído, para o senhorio; figo quedo, para mim.

E já agora, mais estes, de tipo diferente:
O figo, para ser bom, deve ter pescoço de enforcado, roupa de pobre e olho de viúva.
Ano de Figo temporão, ano de pão. (Deve ser este ano)

Acrescento aqui a palavra "Sicofanta"(de syko = figo), que tem uma origem grega interessante: como o figo era muito importante para a alimentação da Ática, era proibido vendê-los para outras terras. Sicofanta era o que denunciava os que vendiam figos. Ou o que denunciava os que roubavam  figos das figueiras sagradas. 

Eram grandes as penas para os sicofantas que dessem falsas informações, mas isso não os demovia, pois o ato em si também dava grande lucro. Daí que a palavra também possa significar pessoa caluniadora.

Enfim, é um termo erudito para significar delator, ou, usando termos menos próprios, "chibos" ou "bufos" :) Não gosta destes últimos? Então diga: sicofanta. 
Já que nunca disse...

Sobre a figueira: muitas vezes referida na Bíblia, desde a primeira vez, quando Adão e Eva, envergonhados da sua nudez, a ocultaram com as suas folhas, foi considerada árvore sagrada pelos antigos romanos, algumas eram também sagradas para os  gregos e ainda hoje é a árvore sagrada para as religiões de inspiração budista, já que foi debaixo de uma delas que o Buda obteve  iluminação, após vários dias de espera e de meditação.



Buda em meditação à sombra da figueira sagrada

quinta-feira, setembro 04, 2014

O ISIS aqui à porta e o que faz a Europa? - Nada, é claro!


A esquerda (com a qual me identifiquei sempre, até ontem ou hoje, ou amanhã)* está a ficar tão parva, que alguns quase defendem ou pelo menos minimizam o Estado Islâmico, só para serem contra a América. Depois queixam-se do avanço da extrema direita... sobretudo em França. Porque é em França que mais se confundem os direitos com qualquer outra coisa.

Que faz a Europa para lutar contra o Estado Islâmico aqui à porta? Espera que os Estados Unidos venham de longe resolver o problema.

Entretanto, a esquerda, seja radical, seja a progressista, critica alegremente os Estados Unidos. Por se virem meter onde não são chamados. Afinal, o ISA ainda demorará um tempos  chegar lá, depois de conquistar a Europa. para quê incomodarem-se tão cedo?

É claro que é a esquerda europeia é contra  a discriminação, por exemplo, religiosa: não devemos ser contra os islâmicos. É claro que as mulheres têm o direito de usar a burka e o iquab, se lhes apetecer... 

Ai é? E eu tenho o direito de andar de calções e de cabeça destapada no Irão e na Árábia Saudita? Claro que não. Vou presa.

Sim, quando nos levantamos tarde após uma noitada, com o cabelo despenteado e sujo, sem vontade de tomar banho, dava jeito uma burka para irmos tomar o café da manhã ao café do costume.

Ganda liberdade!


VER:

Obama diz que não se deixa "intimidar" pela "barbárie" do Estado Islâmico


O que faríamos nós, portugueses, se o EI decidisse decapitar centenas de portugueses? 

Respondam-me!


(* É claro que esta esquerda, com a qual me identifiquei até hoje, não inclui o PS, partido do poder, do abuso de poder e da corrupção do poder.)

quarta-feira, setembro 03, 2014

Cinema americano sobre emigrantes portugueses na América

Cinema americano sobre emigrantes portugueses (sobretudo açorianos) na América: por que razão não o conhecemos?

Baseiam-se na aventura marítima destes destemidos portugueses, que impressionaram América.

Sobre os emigrantes açorianos com Spencer Tracy, o filme Captain Courageous.







Filme completo AQUI

Ou este, intitulado Tiger Shark, baseado na vida de Mark Mascarenhas.





terça-feira, setembro 02, 2014

De que precisamos para sermos gente?

Tenho conhecido pessoas que seriam autênticos animais, se não fossem muito Religiosas e se não tivessem muito medo de Deus. São elas mesmas o dizem, em momentos de desabafo . Ou de gabarolice, pois não é fácil distinguir a confissão da gabarolice.

Tenho conhecido pessoas sem religião, ou sem filiação religiosa, que se guiam por altos princípios da ética.

Conheci alguns que afirmavam terem sido espancados em crianças e sem isso (achavam eles) nem seriam gente. E mesmo assim não eram grande coisa.

Conheci alguém que  dizia ter tido uma ótima professora de moral. Sem isso, nem seria gente, pois os pais, assíduos peregrinos de Fátima, nunca lhe tinham transmitido valor nenhum, a não ser uma noção exagerada do próprio valor. 

Talvez, para sermos gente, precisemos, cada um de nós, de qualquer coisa Que nos motive. Ou que nos meta medo... 

Sei lá.

segunda-feira, setembro 01, 2014

Pelo Rio Douro








 Régua: chapéus há muitos. Feitos nos chineses, a 2 Euros e 50 cada dois. Rebuçados da Régua há muitos! Serão chineses?


 Porto Sandeman: quinta vinícola em Valença do Douro. Também tem azeite e carradas de rosmaninho.




Ui! Tão ao pé do abismo!?



Para definir em cinco palavras esta viagem pelo Douro, subindo do Porto até à Régua, diria:
Azul escuro, verde, azul claro. Ou talvez antes: verde, verde, verde, verde, verde.

Os esquimós têm muitíssimas palavras para distinguir muitos tons de branco, os durienses deveriam ter milhares de palavras para definir os muitos tons de verde. E já agora, umas dezenas para os tons de azul...

Estas fotos mostram uma viagem feita no navio Vale do Douro, da companhia Rota do Douro. Foi tudo bom, correu tudo bem. Mesmo para a Nadinha, que tem algum sentido crítico. Um nadinha dele.

Feita marinheira de água doce...